Terrible Love escrita por Isabella Cullen


Capítulo 19
Esperança


Notas iniciais do capítulo

Queridas eu estou de FÉRIAS! Nem acredito nisso, super feliz e viajando! Mas não sou de deixar leitores na mão de forma alguma e então todos os capítulos de todas as fictions estão programados aqui no Nyah e enquanto vocês leem me imaginem numa ilha deserta com o Edward! Bom, pelo menos será isso que farei nos meus sonhos! Bom capítulo meninas!



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Depois de algumas horas em casa depois do funeral eu pedi para ir para casa que havia comprado. Eu pensei que Edward não me deixaria ir, mas ele fez o contrário. Falou com George e providenciou tudo para que eu fosse o mais rápido possível. Ele também ligou para a faculdade e pegou um novo calendário de provas tanto para mim como para Alice, eu fiquei emocionada e muito aliviada por não ter que enfrentar o olhar de ninguém por algum tempo.

Por isso, eu já estava aqui há três dias sozinha estudando para as provas finais e finalmente começar a fase que mais queria desde que quis ser médica. Foram três dias de luto e estudo, eu revezava e gostava do fato de que George não entrava a não ser se chamado. Alice também estava estudando e eu tinha certeza que se sairia bem, ela era a quinta melhor aluna do curso dela.

– Posso entrar?

A voz de Esme soou junto com as batidas na porta. Levantei do sofá e fui até ela sorrindo. Como ela veio aqui? Era uma ótima surpresa.

– Como é bom revê-la querida!

Ela veio me abraçar e eu retribuí satisfeita por ela ter vindo.

– Como me achou?

– Bom, com certeza não foi Edward! Ele falou assim: ela precisa de paz.

Eu ri porque ela imitou ele falando mal humorado. Fomos até o sofá e sentamos. Tinha livros por todos os lados e anotações coladas em cada um deles.

– Desculpa a bagunça.

– Nada, eu que sou uma intrometida, é que fiquei preocupada sabe. Ele também está, mas vai se manter distante. Esse é Edward. Não fique preocupada com minha presença, eu vim fazer uma sopa, ter certeza de que você a comeu e conversar durante a janta. O que acha?

– Uma ótima ideia.

Esme levantou feliz e saiu. Eu ia atrás, mas ela só pediu para George entrar com as bolsas. Ela queria que eu ficasse estudando, mas não achei justo e fui ajuda-la a cortar os legumes alegando que assim aprenderia a fazer a sopa de legumes que ela queria fazer. A companhia de Esme era agradável, ela iluminava o ambiente como a luz do sol pela manhã.

– ... então ele me caiu de uma árvore e quebrou o braço. Nunca chorei tanto na minha vida e sabe o que ele fez? Saiu feliz do hospital dizendo que todos iam escrever naquele gesso que me assustava.

Eu ri da cara feia dela lembrando dessas coisas que Edward a fez passar.

– Ele sempre foi um menino fácil de lidar, obediente e amável. Fez na adolescência algumas besteiras, namorou muito e depois casou.

– Vocês se parecem muito.

– Acho que porque sou parecida com Elizabeth só por isso, a mãe de Edward é minha irmã. Ela morreu em um acidente de carro quando voltava do trabalho, Carlisle estava viajando a negócios. Demorou dois dias para conseguir chegar no enterro da esposa, eu providenciei tudo.

– Desculpe falar disso.

– Não querida, as coisas acontecem por um motivo e eu não posso reclamar, Edward é minha vida e valeu a pena cada coisa que abri mão por ele.

– Você casou com Carlisle por ele?

Apesar da pergunta ter sido feita com cautela para não ofender, ela pareceu não se abalar por isso. Ela continuou mexendo a sopa com tranquilidade.

– Claro que casei, eu e Carlisle foi algo de interesse. Ele teria uma mãe para Edward e uma esposa para apresentar aos amigos e ir acompanhado nas festas. Não era amor, mas deu certo.

– Por isso se divorciou?

– Sim, uma hora é preciso deixar os filhos crescerem. – ela olhou para a panela. – Está pronto. Vou colocar um pouco para George e depois vamos comer.

Enquanto ela servia George eu coloquei a mesa, sabia que não adiantava chamar ele, George não saía de seu posto por nada. Sempre foi assim. Esme voltou sorridente e sentamos a mesa. Começamos a comer tranquilas e ela voltou a conversar comigo quando sentamos para tomar um café.

– Eu pensei de Edward nunca mais fosse se relacionar com ninguém depois de Kate. – eu fiquei um pouco tensa com o rumo da conversa - Aquele foi um ano terrível, ele ficou muito sombrio. Eu não estive muito presente, mas Emmett deve saber mais que eu. Eu estava nos primeiros meses de luto um pouco ocupada com meu marido e isso não me deixou ficar com ele, eu sei que Carlisle disse que ele se isolou, mas não foi só isso, tinha algo que ninguém queria me contar.

Esme era uma mulher muito intuitiva. Tomei um gole tentando disfarçar meu nervosismo.

– Foi então que seu pai entrou na história. Ele ajudou tanto Edward, acho que por ele ter perdido a sua mãe os dois se entenderam de alguma forma. Serei sempre grata a ele por tudo que fez por Edward. – ela sorriu triste – Por isso fui ao enterro dele, aquele homem tirou meu filho de algo que ninguém tinha proporção.

– Você... conheceu meu pai.

– Sim, algumas vezes tivemos a oportunidade de nos encontrar. E como você é parecida com ele. Os dois são idênticos.

Sim, eu sempre fui parecida com ele. Isso sempre foi motivo de orgulho, eu queria ser como meu pai.

– Bom, um tempo depois o seu nome começou a entrar nas histórias. – ela sorriu largamente. – Eu lembro de ouvir: Bella é a primeira da turma, ela está fazendo estágios avançados, tirou notas altíssimas, Bella é muito responsável, Bella é brilhante. Você não tem noção como eu queria perguntar: quando vou conhecer ou quando vão ficar juntos? Só que eu sabia que ele não me diria mais do que estava dizendo e então ele contou que casou. Eu vou ser sincera, fiquei preocupada demais porque afinal ele amou Kate e eu não queria que vocês só estivessem juntos pelo seu pai ou por carência, os dois sofreriam. – ela fez uma pausa e tomou seu café com calma - No entanto, ele me contou com um sorriso tão lindo e sincero, ele estava feliz. “ Esme, eu casei com a mulher mais especial que existe.” Essas falas me deram certeza que ele tinha superado e casado querendo ser feliz com você.

Eu estava estática com aquelas palavras. Ele estava feliz de ter casado? Aquilo era farsa? Deus eu amava ele e queria tanto acreditar que tudo isso era verdade. Eu queria por alguns segundos me enganar e dizer que éramos um apaixonado pelo outro.

– Quando casei com Carlisle eu casei por Edward, não foi um casamento por amor. Eu não me arrependo de maneira nenhuma, criei ele e o fiz meu filho. Mas eu sabia que aquele casamento não seria mais nada do que aquilo, fui fiel a Carlisle independente das escolhas dele. E quando olho para vocês eu vejo que o casamento de vocês não poderia ser dito normal, vocês passaram tanto tempo separados e agora parecem não saber como agir um com o outro. E eu queria só dizer a você que se há amor lute por ele. Se isolar e sofrer sozinha não vai ajudar, ele entende a sua dor. Edward perdeu a mãe muito novo e Kate. Ele entende a sua dor e posso garantir que apesar de não estar aqui ele queria.

– Ele te falou isso? – me arrependi de ter perguntado uma coisa dessas.

– Não, mas eu conheço meu filho. Não faça isso. Se deem uma chance de se unir, não há nada mais forte que um casal unido. O amor ele consegue romper barreiras que parecem inabaláveis. Acredite em vocês.

Eu não conseguia fazer mais nada a não ser olhar para aquela mulher que sem saber de nada dizia tanto sobre nós dois. Ela se levantou e então me abraçou e eu deixei as lágrimas escorrerem por meu rosto, a diferença dessa de todas as vezes que eu chorei foi que havia ali uma esperança renascida com as palavras dela. Ele poderia ter mudado e estar de alguma forma gostando de mim. Lembrei de todos os momentos que vivi com ele desde que voltei e todas as emoções causadas pelas suas atitudes e delicadeza comigo. Eu o amava tanto e queria conseguir resolver isso. Esme e meu pai acreditavam na gente, em algum momento meu pai e ela começaram a achar que aquilo poderia ter dado certo.

– Obrigada Esme... muito obrigada mesmo.

– Nada querida. Eu entendo perfeitamente o que é querer se isolar, mas sei quando é a hora de se abrir. Algo que a idade nos dá.

Ela sorriu e passou a mão pelo meu rosto.

Nossas dúvidas são traidoras e nos fazem perder o que, com frequência, poderíamos ganhar, por simples medo de arriscar.

William Shakespeare


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Notas finais do capítulo

Então meus amores o que acharam? Eu espero que tenham gostado! Comentem por favor!