Temporada de Loucura escrita por DaniiBraga, Sad Mermaid, Nath Valdez, Cereja Azul


Capítulo 24
Gordos atolados


Notas iniciais do capítulo

Heeey eu demorei mas estou aqui, sei que sentiram minha falta hahaha sqn!!! enfim, estou dando de presente essa capítulo que é o maior da fic até agora, entao aproveitem!! Leiam as notas finais! beijos e cupcakes!



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POV Leo

– Depois a gente resolve isso! Agora vamos ralar! – Nico disse. É, parece que hoje vai ser cansativo.

POV Becky

Aí, já falei o quanto eu odeio tarefas? Por mim eu ficava dormindo o dia todo, mas nãããão! Essa bosta de universidade tinha que inventar essas tarefas!

– Vamos, Luke. Os cavalos nos esperam.

Quando chegamos nos estábulos, o lugar estava um verdadeiro caos. Não limpávamos aquilo há um tempo.

– Você limpa os cocôs.

– Há! Por que eu?

– Porque você é o homem! Ou será que não? – Luke murmurou algo que não pude entender, mas foi limpar os cocôs.

Ração, água, feno, lavar... limpar os cavalos e escovar. Tudo isso ficou por minha conta conta enquanto Luke demorava um século só pra limpar uns simples cocôs de cavalo. Okay, eram muitos e gigantes, mas não justificavam a demora.

– Becky? Já acabou? – Luke aparece suado e com as mão molhadas.

– Há muito tempo, Castellan. – digo, me levantando – Até em limpar estábulos eu ganho, hein! Tá precisando treinar!

– Muito engraçadinha. Você não consegue me vencer nisso. – ele diz e me beija, um beijos voraz que eu adoro e já estou beeeem acostumada.

– Nan, eu beijo melhor que você! – falo, interrompendo o beijo.

– Por que? Você já se beijou, por acaso?

– Não, mas eu aposto que se eu me beijar, te largo pra ficar comigo.

– Duvido. Vamos logo, estou com fome.

– Vamos, Garoto Esfomeado.

No caminho de volta, vi que todos ainda estavam fazendo suas tarefas. Vi Nath e Leo cortando as plantas, e Drake e Daniela alimentando as galinhas. Provavelmente Nico e Mille ainda faxinavam a casa.

– Por que sempre acabamos primeiro? – Luke perguntou.

– Porque somos os melhores e sempre ganhamos! – respondi.

– Pensei que só você ganhasse, Wisets.

– Ah, se for pra dividir por duplas, a gente que ganha. Mas individualmente, eu que ganho.

– Nossa, nem um pouco metida.

– Realista, você quer dizer.

Rimos e entramos na casa. Ouvíamos Nico e Mille limpando o segundo andar. Pelo menos estavam limpando, não tendo a 12° vez.

– Ah, mas que merda! Tô com fome, quero comida! CO-MI-DA! – digo, sentando na bancada da cozinha.

– Depois eu que sou o esfomeado, Garota Esfomeada! – Luke diz e eu dou língua – Pelo visto teremos que cozinhar.

– Há, não acho que seja uma boa ideia. Todos sabem que não somos bons na cozinha. Não me responsabilizo por danos. Faz o estrogonofe que eu faço o arroz.

Pego a panela e o saco. Ligo o fogo (N/A essa frase não ficou legal) (N/Becky foda-se). Vou colocando o arroz na panela quando sou interrompida por Luke:

– Não acha que tá colocando muito arroz?

– Relaxa, tá com poucos grãos de arroz. Não sou tão ruim assim!

Continuo colocando o arroz, até achar que tá bom. Mexo um pouco e deixo fazendo.

– Como tá indo o estrogonofe?

– Acho que bem. – ele diz – Prova – e coloca a colher na minha boca.

– Hum. Acho que alguém tem uma especialidade em estrogonofe! Luke Castellan: novo talento da culinária!

– Puta que pariu! Rebeca! – Luke berra.

– Que foi?

– Olha a panela do arroz!

– Aí caralho! – grito assim que vejo o arroz transbordando pela panela e caindo no forno, e continuava saindo - Como faz isso parar?

– Eu não sei! – o arroz está saindo tanto que a tampa da panela caiu. Me aproximo do fogão e desligo. O arroz para de subir. – O estrogonofe queimou!

– Então, vamos subir e deixar isso aqui. A gente finge que nada aconteceu e eles não vão saber que foi a gente!

– É, vão pensar que foi o fantasma! Você definitivamente é péssima na cozinha, Becky!

– Affz, Luke! Vem logo!

Subimos as escadas gargalhando por causa do pequeno incidente na cozinha.

– Vou tomar um banho. Tchau.

– Ah, Becky, eu posso fazer isso com você...

– Faça por merecer, Luke. Aí quem sabe na próxima? – pisco e entro no meu quarto.

Ligo a TV, porque não gosto de silêncio. Me dispo e entro no chuveiro. Fico meia hora debaixo d’água pra só depois passar o shampoo. Depois vejo a porta se abrindo e Luke entra.

– Olha, Rebeca, eu só não entro aí com você porque eu não quero apanhar.

– Escolha sábia, Castellan – digo e continuo o meu banho, sem um pingo de vergonha. Luke fica parado me vendo tomar banho, tipo, normal.

– Por mais que eu ache que o banho seria mais divertido se eu estivesse aí.

– Pega um roupa no meu armário, por favor!?

– Tem certeza? Não vai reclamar do que eu escolher!

– Pega logo, Luke!

– Ok, calma!

Um minuto depois ele aparece com a roupa. Me seco e me visto.

– Vamos? Acho que eles já acabaram as tarefas e não vão ficar nada felizes com a cozinha.

Desço as escadas correndo e quase me estabaco no final, mas ok. Chegamos a tempo de ouvir um berro de Daniela.

– O que aconteceu aqui????? – todos estão na cozinha, e quando chegamos, todos olham para nós.

– Foi a Becky! – Luke diz, apontando pra mim.

– Ah, valeu, traidor.

– Você que vai limpar porque eu fiquei que nem uma idiota fazendo faxina! – Camille berra.

– Affz okay, mas alguém tem que fazer o almoço!

– Eu faço. – diz Nico. Sempre acaba com ele fazendo o almoço, na maioria das vezes.

Eu limpo o arroz e Nico e Mille vão fazendo a comida, que acaba sendo estrogonofe mesmo.

– Becky, leva a coca pra mesa! – Mille falou, ou melhor, me obrigou.

Depois que tudo estava pronto, todos sentamos na mesa e começamos a comer.

– Então, todos concordam que devemos deixar Becky o mais longe da cozinha possível? – Leo perguntou.

– Concordo. – todos disseram em uníssono.

– Ei! – exclamo – Eu não sou assim... tããão ruim.

– Não! Imagina! – diz Nath e eu dou o dedo.

– Vocês são muito chatos.

– Quem vai lavar a louça? – Drake perguntou, de boca cheia.

– Drake! Olha os modos! - Daniela disse.

– Eu posso lavar... – digo, mas sou interrompida.

– Não! Hã, quer dizer... Não precisa! Eu lavo! – Leo diz.

– Aff! – levanto e coloco meu prato na pia - Então trabalhem, escravos! MUAHAHAHA

– Rebeca, vai dar comida pros cachorrinhos. – Nathalia falou, e depois riu da minha cara.

– Chata.

Vou para o lugar-que-não-sei-o-nome onde os cachorros ficam.

– Oi coisinhas fofas e famintas! – digo, enquanto os oitos filhotinhos vêm em minha direção, pulando e lambendo meus pés – Ok, vou colocar a comida de vocês!

Me dirijo ao armário que tem ali e pego o gigante saco de ração. Vou colocando nas tigelas dos devidos cãezinhos. Quando terminei, Bruce já tinha comido tudo, e estava de olho na ração de Amora.

– Bruce seu esfomeado! Sua mãe não te dá comida não, é? – falo, pegando-o no colo – Vamos ferinhas! Um pouco de liberdade pra vocês! – abro a grade e eles correm em disparada e entram na casa, dando um susto em todos.

– Estão devidamente alimentados. Satisfeitos?

– Sim! – diz Nath.

– Brinquem com eles. Estão solitários. – respondo a resposta – Os pais dos outros são super irresponsáveis, mas eu sou uma mãe super legal, não é, Bruce?

– Você diz que é mãe de um cachorro? – pergunta Drake.

– Sim. Algum problema com isso?

– N-não.

– Ah, bom. Eu amo animais. Cachorros são o meu segundo animal preferido.

– Qual é o primeiro? – pergunta Leo.

– Golfinhos, duh! Eles são a coisa mais fofa e perfeita do mundo! E cachorros são super fiéis, e mais confiáveis que pessoas.

– Filosofou! – diz Mille e jogo beijos pro ar. Rimos.

Coloco Bruce no chão e ele vai correndo morder o pé de Luke.

– Rebeca, faz ele parar!

– Não! Ele está se divertindo, seu pé é um brinquedo legal! – sento no chão e brinco com Brutus, enquanto Bruce continua mordendo o pé de Luke, que o xinga.

– Não xinga ele. São apenas dentes nervosos de bebê. Nem dói. Você é um homem ou um rato, Luke?

– Eu acho que é um rato! – diz Nicolas.

– Não, obrigado.

– Eu vou ver um filme. – diz Daniela

– Qual?

– Crepúsculo.

– Ah, então coloca no seu quarto, ninguém aqui merece ser torturado. Crepúsculo não dá. – digo.

– Aff. Vamos, Drake.

Drake finge que vai se matar, mas levanta e segue Daniela. Leo pega um colchão e coloca no chão, e ele e Nath deitam, e ficam trocando olhares maliciosos, tipo: não. Nico e Mille tomam posse do sofá, e deitam. Ficam assistindo um programa chato na TV, e ficam rindo a cada 5 minutos.

– Affz, tchau. – levanto e vou para o meu quarto, subindo a escada de dois em dois. Ligo a TV e está passando The OC, e eu quase tenho um ataque.

– Oh my Gosh! The OC! Seth Cohen! Ahhh! – dou pulinho que com certeza irritou o povo lé em baixo, mas eu não tô nem aí.

Deito e termino de ver minha série diva, em um episódio que a Marissa fica bolada com a Julie e joga as coisas na piscina. Até começar a passar um seriado nada a ver e muito chato e eu ficar entediada. Odeio ficar entediada.

Levanto, abro a porta e me dirijo ao quarto de Luke. Entro. Estava tudo escuro.

– Luke? – pergunto.

– Hã? – responde ele com uma voz abafada e sonolenta. Provavelmente estava dormindo com a cara enfiada no travesseiro. Sei como é. Acredite, eu faço muito isso.

– Tá dormindo? – essa é uma das perguntas mais estúpidas da face da Terra, mas faço mesmo assim.

– Eu tava... mas o que é? – ele levanta e senta na cama, e eu faço o mesmo. O quarto tava muito escuro, eu mal conseguia ver a cara dele.

– Eu tô entediada! Vamos fazer alguma coisa! Por favooooor!

– Tá entediada? Dorme que passa! Dormir melhora tudo!

– Mas eu não consigo! Sério, eu amo dormir de tarde, tipo, amo mais que qualquer coisa, mas não tá funcionando! Vamos sair! – levanto e começo a pular na cama, que faz um mega barulho. Imagino a merda que os outros deviam estar pensando. Luke deitou de novo. E eu continuei pulando.

– Por favor, por favor, por favooooooooor!

– Você parece uma criança, sabia? – ele diz, rindo.

– Uma criança linda, gostosa, maravilhosa... – digo.

– Uma criança com bastante peitos, tenho que concordar, mas ainda assim uma criança! – ele fala olhando pros meus peitos, e dou um tapa em seu braço. – Ai!

– Tarado! – falo, mas estou rindo.

– Você tem meia hora pra se arrumar. – diz ele.

– Há! Você sabe que eu me arrumo rápido, não sou como as outras.

– Eu sei, então vai logo!

– Tá me expulsando?

– Talvez. Vai!!

– Que audácia! – digo rindo, e saio.

Levanto e vou para o meu quarto. Tomo um banho tipo, voando e me arrumo (http://www.polyvore.com/becky_wisets/set?id=107962239). Pego minha bolsa e coloco celular e carteira. Escuto batidas na porta.

– Tô pronta! – berrei.

Abro a porta e Luke também já estava pronto (duh!) de jeans, camisa preta e vans.

– Vamos?

– Bora! – respondo e descemos as escadas. Todos estavam na mesma posição que antes. Sedentários.

– Nico, vamos pegar teu carro, tá!? – Luke “pede permissão”.

– Okay, um arranhão e eu mato vocês.

– Ai, que meda! – brinco.

– Vão aonde, posso saber? – pergunta Mille.

– Não, haha! Mentira. Vamos sair porque vocês são sedentários e fracos e ficam cansados só por causa de umas tarefas e vão ficar o dia todo em casa. – respondo.

– Vai se fuder. – diz ela.

– Vamos juntos, Luke! – falo, rindo.

– Opa! Vambora! – Luke diz.

– Vão para um quarto! – Nicolas fala.

– Affz. Tchau sedentários, tchau Srta. TPM (vulgo Camille). Vamos Garoto Esfomeado.

Vamos pro carro. Luke vai dirigir e eu vou no banco do carona, obviamente.

– Liga esse ar logo! – reclamo

– Calma! – ele finalmente liga a merda do ar.

– Agora é o momento que você liga o rádio. – digo, e ele me olha com uma cara de tédio. Dou de ombros. Saímos da fazenda, andando sobre rodas na estradas que ficava ao redor.

– Pra onde vamos, exatamente? – ele me perguntou.

– Vamos no fliperama, pra eu ganhar de você em mais uma coisa!

– Vai sonhando, Wisets!

– Veremos, Castellan.

No rádio, começa a tocar Royals, da Lorde. Eu e Luke cantamos, rindo muito.

– And we’ll never be royals / It don’t run in our blood / That kind of luxe just ain’t for us / We crave a different kind of buzz

– Let me be your ruler / You can call me queen bee / And baby I’ll rule, I’ll rule, I’ll rule, I’ll rule / Let me live that fantasy!

– Meu Deus! A gente canta muito mal! – diz Luke.

– Eu sei! – respondo – Mas a verdade, é que todos os outros cantam mal, e a gente canta bem!

– Aham.

– É, só que não! Haha!

– Pois é! – ele fala.

O rádio toca uma música desconhecida e chata. Quando acaba, dou um grito e aumento. Começou a tocar Slow Down, da Selena Gomez, minha música preferida.

– Now that I have captured your attention / I want to steal you for a rhythm intervention / Mr. TSA I’m ready for inspection / Show me how you make a first impression / Oh, oh / Can we take it nice and slow, slow / breaking down and drop it low, low / Cause I just wanna party all night in the neon lights / Til you can’t let me go!

Eu fechava a mão fingindo ser um microfone e meio que dançava, da melhor forma possível, já que eu estava sentada num carro. Luke estava vermelho de tanto gargalhar, e percebi que minha performance devia estar tipo muito ruim, então eu ri e continuei cantando.

– I just wanna feel your body right next to mine / All night long / Baby, slow down the song / And when it’s coming closer to the end hit rewind / All night long / Baby, slow down the song / Slow, slow / Yeah baby, slow down the song / Oh, oh / Yeah baby, slow down the song

Essa música tem um duplo sentido que eu não sei se só eu percebi, ou se outras pessoas também já perceberam. Se você parar pra pensar, a letra da música pode estar se referindo a realmente ela dançando, ou outra coisa, por exemplo: Can we take it nice and slow. “Podemos fazer isso de um jeito legal e devagar” isso pode estar se referindo a muitas coisas, e tem várias partes na música também, e é por isso que me identifico com ela. Não, eu não me identifico com ela porque sou uma tarada (por mais que algumas pessoas às vezes me chamem de tarada) mas sim porque eu acho que essa música falava totalmente da minha relação com o Luke, sei lá, parece que a Selena escreveu especialmente pra gente (N/A quem dera). Por mais que uma música que realmente marcou nossa relação Hot N’ Cold tenha sido Come and Get It, que foi no dia que eu dancei bêbada naquela festa e espanquei a Jenn (única parte legal u.u). Mas enfim, voltando a música...

– If you want me I’m accepting applications / So long as we can keep this record on rotation / You know I’m good with mouth to mouth resuscitation / Breathe me in, breathe me out / So amazing!

Essa parte da música me lembra quando tínhamos 16 anos, e a turma do colégio estava dando uma festa na praia. Eu não podia participar, porque eu era salva-vidas ali, e a festa acontecia no meu turno (sim, minha mãe me colocou num lugar de salva-vidas, mas eu até que gostava, do mar e coisa e tal). O idiota do Castellan inventou de tentar chegar numa ilha que tinha ali nadando, mas como ele não nada como eu (modéstia a parte) ele não conseguiu. No meio do caminho deu câimbra e ele se afogou. Todos da festa foram pra mais perto do mar e ficaram olhando ele se afogar, e como estava no meu turno, quem teve que salvar ele...? Exatamente. Eu. Eu nadei até lá, segurei ele da devida forma como se segura pessoas que se afogam e nadei de volta pra areia. Quando ele deitou lá, o idiota não acordava, estava desmaiado. Eu cutuquei, dei tapa na cara e nada. Então tive que fazer o procedimento padrão: respiração boca a boca. Ele acordou, e eu fiquei lavando minha boca durante dias depois daquilo.

You know I'm good with mouth to mouth resuscitation...

Breathe me in, breathe me out, so amazing...

Aparentemente Luke também se lembrou disso, porque arregalou os olhos ao perceber a tradução dessa parte da música e deu um sorrido de lado, e eu fingi não ter visto.

– Minha vez no karaoke, certo? Haha! – ele falou.

– Okay, Garoto-Esfomeado-Que-Agora-É-Cantor.

Começou a tocar Thrift Shop, Macklemore and Ryan Lewis.

– I’m gonna pop some tags / Only got twenty dollars in my pocket / I-I-I’m hunting, looking for a come up / This is fucking awesome

Ele cantava e eu balançava as mãos e os braços, imitando um rapper. Eu ria muito enquanto balançava a cabeça e dançava. Luke cantava, crente que estava fazendo a voz igual do Macklemore.

Chegamos no shopping. Aquela fazenda era basicamente no fim do mundo, mas ok.

– Comida ou fliperama primeiro? – Luke pergunta, sobrancelha arqueada.

– Fliperama primeiro. Aí eu comemoro a minha vitória comendo. E você que vai pagar.

– O perdedor paga?

– Fechado. Prepare a carteira, Castellan.

Depois de ficarmos uns 10 minutos procurando o fliperama (não, nós não lembrávamos onde era, okay?) nós finalmente achamos. Colocamos créditos em dois cartões. Eu já tinha, e Luke também. Sou superticiosa, só uso esse cartão para jogar.

Primeiro jogo: basquete. Era uma luta só pra pegar as bolas que estavam ali e arremessar. Luke fazia cestas de 3 pontos e eu fazia umas cestas de dois. Acabou que deu empate. Pegamos as fichinhas e fomos para o próximo.

Era meio que um boliche, em que você tentava acertar a parte que vale mais pontos, e tinha várias partes. Como era só pra uma pessoa, cada um jogou uma vez, e iríamos ver quem fez mais pontos. Luke ganhou. Bem, eu nunca fui boa em boliche,

Depois, era um simulador de tênis. Eu ganhei, sempre gostei de tênis, e ele não levava muito jeito nisso. Ganhei mais fichas que ele. YAY!

Tinha um jogo que com uma arma que tinha você tinha que atirar nos alienígenas que apareciam na tela, para salvar o planeta Terra. Nós dois temos a mira ótima, então acabamos empatados. De novo.

Luke insistiu para que jogássemos Guitar Hero. Jogamos. Eu sabia que ia perder, todas as vezes que tentei jogar esse jogo não consegui. Eu não tenho coordenação motora pra isso. Por causa disso, Luke estava ganhando.

Jogamos um de dança. Eu sempre fiz jazz e dança do ventre, então, obviamente, ganhei. Empatado de novo. Optamos por corrida. Sentamos na meio que réplica do carro e iniciamos. Comecei perdendo mais depois ganhei, por pouco.

Por último, simulador de corrida de moto. Nós dois gostávamos desse. Subi na moto preta e ele na azul.

– Boa sorte, Becky. Vai precisar.

– Você que pensa, Luke.

A cada hora que ficávamos empatados, a corrida se prolongava, pois tinha que haver um vencedor. Na moral, ficamos uns vinte minutos nesse jogo. Na última curva, minha moto ficou um pouco mais na frente que a dele. Passei pela linha de chegada. Ganhei.

– EU VENCI!!!!!!!!!! HAHAHA TOMA NA CARA, CASTELLAN!! QUEM É O PERDEDOR, QUEM? HÃ, NÃO TÔ OUVINDO!! É VOCÊ!!

Luke estava emburrado, mas acho que ele achava a minha atitude de sair por aí gritando e comemorando tão ridícula e estranha que estava tentando não rir.

– Assuma que eu sempre vou te vencer, Castellan. – ele ainda estava sentado no simulador. Vou pra lá e sento em seu colo.

– Você nunca vai ouvir isso da minha boca, Wisets.

– Vamos ver...

– Então, topa ir em brinquedos que não dão fichas?

– Topo. Eu adoro esses. – digo – Vamos no bate-bate!

– Bate-bate? – ele fala, rindo.

– Não adianta todos esses nomes que dão. Pra mim ele sempre vai ser bate-bate.

– Ok, então. Vamos no bate-bate.

Fui pro carrinho azul e ele pro laranja. O carinha ligou, e a perseguição começou. Um perseguia o outro e fazia o outro bater. Gargalhadas e xingamentos se misturavam. Demos uma batida que minha cara quase voou no volante, e aí desligou.

– Isso foi... divertido.

– É, vou pegar sua cara e bater com ela no volante e vamos ver se você vai achar divertido.

– Nossa, ficou estressada! – dou o dedo do meio. Ele ignora.

– Eu escolho o próximo. Hã... aquele! – ele aponta para um brinquedo que tem várias cadeiras juntas, elas sobem e caem do nada.

– Nem rola. Tenho medo de altura.

– Ah, você vai sim. – ele me puxa naquela direção. Entrega o cartão pro cara, que passe, e nos deixa entrar. Sentamos na cadeira, e colocam o cinto na gente, e abaixam o negócio na cadeira na nossa frente. Aperto a mão de Luke com força, e os nós de seus de seus dedos ficam brancos.

– Ai. Fala sério, é baixinho, Becky!

– Cala. A. Boca. – digo, entre os dentes. Fecho os olhos. Aperto a mão dele com mais força e sinto seu braço se contrair. O negócio começa a subir.

Quando chega lá em cima, ele fica um tempo parado. Eu abro os olhos, pensando que não .

vamos cair, mas aí ele dá um tranco, e finge que vai mas não vai. Sou a única que grito, e o garoto que está do meu outro lado me olha.

O brinquedo volta pra cima, e depois de um tempo ele realmente cai, e dessa vez não sou a única que grito. Contando comigo, umas três pessoas gritam, e Luke dá uma risada histérica. Isso se segue repetidas vezes, e eu grito em todas, até que em uma das vezes eles desce e não sobe mais. Acabou.

Quando finalmente saímos do brinquedo, falo:

– Nunca mais me faça ir num treco desse.

– Ah, fala sério. Você precisava ter apertado a minha mão?

– Ou era a sua ou era do garoto que estava do meu lado, que deve ter 14 anos e deve assistir pornôs. E ele com certeza ficaria excitado se eu apertasse a mão dele.

– É. Melhor você ter apertado a minha mão. – sorrio vitoriosa – Vamos comer, e depois trocamos as fichas.

Com o trato, Luke, que é o perdedor, paga a comida, mas nós dois escolhemos o lugar que vamos comer. Optamos por hambúrgueres, fritas e milkshake no The Fifties.

Quando terminamos de comer os hambúrgueres e as fritas, pedimos para colocar os milkshakes pra viagem, para irmos andando. Saímos, depois de pagar, claro, e vamos de volta ao fliperama, para a tão esperada hora (pelo menos pra mim) de trocar as fichinhas! YAY!

– Já que você perdeu, acho justo me dar as suas fichinhas.

– Mas isso não faz parte do trato.

– Foda-se. Eu ganhei, me dá as fichinhas!

– Tudo bem... aqui as fichas. – ele bufa – Vamos trocar.

Depois de 10 minutos pensando, escolho uma tartaruga marinha de pelúcia relativamente média super fofa para fazer companhia pro meu golfinho.

Pegamos o carro de Nicolas e saímos do shopping. No caminho, ficamos conversando sobre o milkshake do The Fifties.

Ainda conversávamos sobre comida (não preciso nem dizer, né? Gordos) quando o carro parou, do nada, no meio da estrada. Estava chuviscando um pouquinho. Luke pisa no acelerador, ouvimos a roda girar, mas o carro não anda. Nos entreolhamos.

– Puta merda. – dissemos.

Saímos do carro desesperadamente.

– Não acredito nisso. – disse Luke.

– Lama. – completei.

Estávamos atolados na lama. Literalmente. Meu tênis estava todo sujo.

– Vamos ter que empurrar. – diz ele.

Vou andando para trás do carro, mas quando estou quase lá escorrego.

E dou. De cara. Na lama.

Fico toda suja, desde meu cabelo até meus pés. O pior de tudo, é que quando fui levantar, escorreguei de novo, sujando a parte da roupa que ainda estava limpa.

– Você está bem? – Luke pergunta do outro lado, vindo pra onde estou.

– Não vem pra... – tarde de mais. Luke cai com tudo, e lama espirra pra todo lado, até em mim.

– Caralho!!

– Vamos empurrar isso agora antes que fiquemos mais sujos ainda. Se é que tem como.

Vamos pra trás do carro e empurramos com toda força, mas o carro estava muito atolado. Tentamos de novo, de novo e de novo. Até que ele finalmente se move e sai da poça de lama.

Corremos (com todo cuidado, óbvio) pra dentro do carro. Sentamos e imediatamente Luke gira a chave, dando partida e nos tirando dali.

Depois de cinco minutos me dou conta do que aconteceu e caio na gargalhada. Ele me olha como se fosse louca, mas logo depois cai na gargalhada também. Duas pessoas sujas de lama. Dentro de um carro sujo de lama. Gargalhando. Normal.

Rimos basicamente até chegarmos na fazenda, já com a vaga ideia de que Nico vai nos matar. Estacionamos o carro, saímos e andamos, o mais silenciosamente possível. Abrimos a porta e nos deparamos com seis pares de olhos nos encarando.

– O que aconteceu com vocês?

Eu expliquei tudo, desde quando saímos do shopping até o tombo na lama. As reações foram variadas. De olhos arregalados a gargalhadas histéricas.

– Bom, pelo menos Becky ficou muito ocupada gargalhando e parou de jogar na minha cara que ganhou. – diz Luke, e eu dou língua.

– Tá bom. Agora os dois vão lavar o meu carro.


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Notas finais do capítulo

Então, gostaram?? Vi que uma leitora que-nao-é-mais-fantasma comentou, e quero que voces, meus queridos leitores fantasmas, sigam o exemplo dela. proximo capitulo so com 5 comentários!!!! beijos e cupcakes!!!