Aloha escrita por BellaEvans


Capítulo 10
Capítulo 10 Chuva e Lama


Notas iniciais do capítulo

Esse é mais um cuti cuti



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Aloha se sentiu uma estúpida por ter acreditado nas palavras no mini Barão. Ela saiu apressada da cabana e caminhou para a floresta sem saber para onde estava indo.

No fundo agora sabia que o barão estava certo. O destino dela já estava traçado, e não eram palavras bonitas de um moço atraente que iria mudar isso.

Ela seguia uma trilha sem pensar. O que, para ela pareceram minutos, foram na verdade horas caminhando. Ela não se sentiu cansada nem com fome. Quanto mais se adentrava na floresta, mais densas as árvores estavam a dificultando de progredir.

Não prestando muita atenção Aloha tropeçou em um galho, desmaiando ao bater a cabeça no chão.

A menina abriu os olhos quando sentiu gotas de água em seu rosto. Ela olhou para o céu e percebeu que nuvens de tempestade cobriam os pequenos espaços que não estavam repletos de galhos.

Quanto tempo ela ficou ali? Por onde ela tinha vindo? Droga! Maldita Floresta. A chuva estava tão forte que impossibilitava de ver seus rastros no chão.

Desesperada ela olhou ao redor encharcada sem saber o que fazer. Pensou em subir em uma árvore para tentar enxergar algo, mas logo desistiu da ideia percebendo a altura dos primeiros galhos.

Seus planos foram atrapalhados por um barulho vindo de um arbusto próximo. Aloha gritou assustada e começou a correr para qualquer direção. Tudo o que ela via a seu redor era temível. A chuva e a escuridão fizeram com que ela começasse a enxergar formas nas árvores que não existiam. Ela continuou a correr até que percebeu um barulho de cavalos na direção em que seguia. A menina, mais assustada ainda se abaixou atrás de um arbusto de onde ainda podia ver o que acontecia.

Ela percebeu pelas armas e roupas que os três homens que cavalgavam de cabeça baixa não eram confiáveis. Ela os seguiu com o olhar até que desaparecessem de vista.

Não sabia se devia sair do esconderijo e continuar a procurar a saída ou se deveria ficar esperando ajuda. Ajuda, pensou? Ela não tinha família, foi expulsa do feudo, ela não iria receber ajuda.

Com esse pensamento a menina saiu dos arbustos e no mesmo instante sentiu uma mão cobrindo sua boca e a puxando para cima de um cavalo.

Aloha percebeu que os homens deram a volta e a estavam procurando até que “voluntariamente” ela se mostrou para eles. Não bastava estar chovendo e ela estar perdida em uma floresta, ela ainda tinha que ser pega por ladrões malucos que passeiam na floresta.

– Olha o que eu encontrei aqui Julius – mostrou o homem que a segurava.

– Ela não é aquela moça que estava dançando no cabaret? – respondeu um terceiro.

– Ela mesma, que azar o nosso não? – disse Julius que parecia ser o líder – Tudo bom querida? Está frio não?

Aloha queria morrer pela falta de sorte. Mas sabia que o seu destino seria muito pior. Todos pararam e desceram dos cavalos, com Aloha ainda sendo segurada por um dos ladrões.

– Eu sou o primeiro – Julius disse se aproximando e puxando Aloha para si.

A menina fechou os olhos e começou a rezar para acabar logo como sempre.

– Já está acostumada né queria? Só que aqui não temos cama – Aloha começou a se debater inutilmente a medida que ele tentava tirar suas roupas.

Nesse momento um assobio cortou o vento, e Julius foi atingido por uma flecha. Não teve tempo para que o outro a alcançasse, ele já estava no chão também por outra flecha.

Max surgiu detrás de uma árvore e correu para o último homem desembainhando sua espada. A luta foi rápida e com poucos golpes Max deixou o oponente caído morto no chão.

– Você tem que parar com isso – disse Max se aproximando ofegante – Não é fácil ficar te salvando o tempo inteiro.

Aloha ficou em silêncio sentindo as lágrimas da adrenalina começarem a escorrer de medo.

– Mas eu adoro – Max terminou acariciando o rosto da menina.

Ela não conseguia pronunciar nenhuma palavra e só conseguiu cair no choro por ainda se sentir atraída por aquelas doces palavras.

Max a abraçou e os dois ficaram um bom tempo sob a chuva em silêncio. Quando a menina começou a tremer de frio Max a apertou mais forte.

–Eu espero que vocês dois tenham uma ótima vida – disse Aloha após um bom tempo.

– Você não entende não é, donzela? – Max falou olhando nos olhos da menina – É você quem eu amo, sua bobinha.

– Você sabe que esse tipo de coisa só me machuca

– Meu amor, eu vou resolver isso, confia em mim. Eu vou cancelar esse casamento estúpido e vou casar com a moça mais bonita de todo o reino – disse ele sorridente.

– E você acha que seu pai vai amar a ideia? Que vai me levar até o altar? – argumentou ainda incrédula.

– Bom temos duas opções. Ou ele aceita e nós nos casamos ou ele não aceita e nós nos casamos. Parece simples não?

Aloha sorriu ao perceber como era simples o modo que Max enxergava as coisas. Sem dramas ou distorções. Tudo era muito simples ao seu lado.

– Falando nisso, eu não devo esquecer – disse Max tirando do bolso uma pequena caixa azul – Isso é de família, e eu estava guardando para quando eu conhecesse a minha futura esposa.

Como em um sonho, Max se ajoelhou em meio a chuva e abriu a caixinha revelando um belo anel de diamante.

–Max! – surpreendeu-se Aloha – Você não está se precipitando meu amor?

– Eu conheço Ágata à meses, e mesmo assim eu não entreguei isso a ela pois eu sentia que ela não era a pessoa certa. Aloha, me bem, eu tenho certeza que a pessoa é você.

A menina sorriu apaixonada estendendo-lhe a mão para que ele colocasse o anel em seu dedo. Antes que Max se levantasse, a menina se jogou em seus braços dando-lhe um caloroso beijo como se eles não estivessem completamente sujos de lama.


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