Beijos Letais escrita por WhiteKiller


Capítulo 20
Capítulo 19


Notas iniciais do capítulo

Primeiramente obrigado pela segunda recomendação. E desculpe por eu estar demorando um pouquinho mais para postar um novo capítulo, porque a esperta aqui pegou recuperação, podem bater palmas para mim, eu sei eu sei, sou muito inteligente. Então eu estou tendo que estudar e ta difícil de escrever, mas eu estou fazendo o meu melhor.
Estamos com 25 leitores, e só poucos deles comentam, então gente partiu comentar, eu juro por tudo que não vou xingar vocês nas minhas respostas, eu não mordo não viu.
Boa leitura prucês, e espero que gostem, beijos :*



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Peter estava com os braços ao redor de minha cintura, meu corpo estava colado no seu, se eu havia acordado por aquele som Peter também deveria ter, mas se eu fosse somente uma duquesa com um pouco de habilidade com espadas eu ainda estaria dormindo. Eu senti seus braços afrouxando ao redor de meu corpo, e então ele estava sentado.

“O que foi Peter?” esfreguei os olhos fingindo que tinha acabado de acordar.

“Fique quieta, escute os passos.” Ele disse olhando para o pano que nos separava da clareira.

Os sons de galhos quebrando e folhas secas sendo esmagadas estavam mais próximo, mais altos, e em maior quantidade, não era somente uma pessoa, mas pelo menos umas cinco, um trote de cavalo também podia ser ouvido, mas com certeza dois cavalos não mais que isso, Peter puxou uma adaga de cabo curto de debaixo de um travesseiro improvisado e saiu da barraca. Fechei os olhos e me concentrei no som, umas sete pessoas no máximo, cinco no mínimo, me levantei e sai as pequena barraca me postando ao lado de Peter, o mesmo me entregou uma adaga sobressalente.

“Volte para a barraca e não saia até eu mandar.” Eu neguei com a cabeça.

“Não obrigada.” Dei-lhe uns tapas no peito.

“É sério, volte para a barraca.”

Nesse momento Jasper e Julie saíram de suas devidas barracas os dois segurando uma faca de lâmina longa deviam ser facas gêmeas, pois eram idênticas e Jasper também tinha em suas costas um arco longo de madeira bem rustico. Eles andaram silenciosamente até ficarem ao nosso lado, e não demorou muito para que Marcos, Laura e Leo se juntassem.

“Talvez não esteja atrás de nós.” Leo disse sussurrando.

“Talvez, mas temos que nos garantir.”

As luzes de tochas agora podiam ser vistas na linha do horizonte e estavam próximas, próximas demais, me separei do grupo e comecei a escalar uma árvore na beira da clareira, seu galho mais longo pendia logo a cima do grupo de mercenários e foi exatamente ali que eu fiquei, o galho era fino, mas aguentaria meu peso, vi Julie me seguindo e ficando numa bifurcação logo atrás de mim.

Peter olhou para cima e trocou olhares comigo, ele entendeu que eu seria o ataque surpresa caso algo desse errado, então vozes de homens podiam ser ouvidas, o som de metal batendo contra metal, então o primeiro ser adentrou a clareira, era um homem montado em um cavalo, parecia ser alto, tinha consigo uma armadura dourada com o símbolo de família Lasse, e outro homem a cima de outro cavalo com uma armadura de bronze com o símbolo da família Amir.

Era só o que me faltava, a família das duquesas estava sentindo falta delas, eu segurei minha respiração para não ser ouvida, mas então um pequeno grupo de oito guardas entrou na clareira, todos muito bem armados com espadas e alguns com arcos.

“O que fazem aqui mercenários?” o homem da família Lasse falou.

“Acampando.” Peter disse irônico apontando para as barracas.

“Estão de viagem para onde?” ele disse como se Peter não tivesse sido grosso.

“Nenhum lugar específico, mas o que os senhores querem aqui?” Marcos falou.

“Estamos à procura de duas duquesas desaparecidas, e segundo notícias de alguns reinos alguns de vocês se envolveram com Vivian e Beatrice.” O mesmo homem disse em tom cínico “Além do mais, aquela é a carruagem delas.”

Droga, este homem deve conhecer a duquesa Vivian, ele deve saber no mínimo como ela se parece não posso me entregar e tirar Peter dessa, porque eu vou me ferrar e ser morta. Eu não conseguia montar um plano em minha cabeça, tudo estava bagunçado, era muito para assimilar de uma vez só, muitas hipóteses possibilidades tudo que eu podia planejar tinha um grande problema no meio.

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Segurei a adaga firme em punhos, Vivian e Beatrice não queriam voltar para suas devidas casas, elas estavam cansadas de viver aquela vida de duquesas. Assoviei três vezes, esse era o sinal que nosso grupo conhecia, era o sinal de matar.

Jasper puxou uma flecha e deu o primeiro tiro, e então o homem na armadura da família Amir caiu no chão com um baque metálico, e com uma mancha de sangue no chão, Marcos não hesitou e pulou em cima do homem no outro cavalo cortando lhe a garganta num ponto fraco de sua armadura, e fazendo com que ele caísse de seu corcel. Os oito guardas olharam embasbacados para a gente, todos eles quando voltaram a pensar direito puxaram duas armas.

Acabe com o líder deles que ele ficam que nem baratas tontas, um arqueiro puxou a corda e soltou sua flecha em minha direção, como reflexo minha adaga impediu que algo me machucasse, eu corri em sua direção e lhe enfiei a adaga em seu estomago, o corpo se curvou e caiu sem vida no chão, olhei para o lado e vi Marcos com o rosto sujo do sangue de dois homens que ele tinha acabado de matar. Laura sorria sinistra como sempre fazia quando matava alguém, a faca em sua mão estava suja de vermelho e dois homens estavam caídos a sua frente.

Leo havia atirado duas facas, mas uma errou o homem e caiu no chão, então ele correu e quebrou o pescoço do mesmo, fazendo com que esse caísse no chão de forma desengonçada com o corpo mole e morto, o resto dos guardas olhou para nós e hesitou em nos atacar.

“Próximo.” Leo disse brincando com a adaga em mãos.

O único guarda de pé gritou de horror e medo, e se ajoelhou no chão.

“Tenham piedade!” ele gritou.

“Se te deixarmos vivo, você irá falar para o duque a bagunça que fizemos aqui.” Laura falou segurando o homem pelo colarinho.

“Não eu juro que não.” Ele começou a chorar.

“Eu não acredito em seu juramento, você é um homem sem palavra.” Laura adorava brincar com guardas.

Olhei para cima e vi Vivian parada olhando para cena, como será que ela aceitaria esse tipo de coisa sendo que ela é apenas uma duquesa, Beatrice também, o que elas pensariam sobre agora que viram nós matarmos como se fosse tão simples tirar a vida de outra pessoa. Um grito agoniante me tirou de meus pensamentos, Laura tinha matado o pobre coitado com uma facada no coração. E agora o banho de sangue tinha acabado.

Vivian e Beatrice desceram da árvore os pés descalços delas ficaram vermelhos como os nossos, Vivian tinha um rosto meio pálido e Beatrice estava tremendo, enquanto Beatrice foi para os braços de Jasper, Vivian me abraçou.

“Desculpe ter que fazer você passar por isso.” Eu disse beijando o topo de sua cabeça.

“Meu pai já fez muito pior.” Ela me disse “Aqueles eram os generais de guerra, eu não acredito que ele botou os dois atrás de nós, eles são sangue frio e matam qualquer um que estiver contra o meu pai, então bem, você salvou várias vidas.” Então era assim que ela pensava.

Eu olhei para baixo e encontrei os olhos negros de Vivian me encarrando, ele me deu um suave beijo na bochecha e se separou de mim, foi até a carroça pegou um cantil de água e começou a limpar o sangue de seus pés.

“Vamos embora daqui.” Marcos disse colocando a mão em meu ombro “Amarre os dois cavalos ao lado de nossa carruagem.” Eu assenti.

Eu corri para perto dos cavalos enquanto o resto do grupo estava guardando as barracas e tudo que estava espalhado pela clareira e também resolveram enterrar o corpo dos guardas para honra-los.

Os cavalos tinham corrido para a beirada oposta da clareira um era branco de tudo, e outro era marrom com algumas manchas brancas, eram de raça e eram muito bem cuidados, eu me aproximei calmamente deles, mas eles relincharam e se afastaram de mim, eles ficavam juntos o tempo todo.

Senti uma mão no ombro e vi Vivian sorrindo para mim, ela passou à minha frente e começou a se aproximar dos cavalos.

“Eu vou me aproximar de vocês, certo?” ela estava tão calma, todos os seus movimentos eram suaves “Mais um passo.” Os cavalos a encarravam “Estou quase lá, não é mesmo, vocês parecem muito simpáticos.” Ela ficava linda assim, tão calma, serena “Pronto, não doeu nada não é mesmo.”

Ela segurava a rédea dos dois cavalos em uma mão e alternava fazendo carinho na cabeça dos dois com a mão livre, os corcéis pareciam alegres com Vivian ao lado deles.

“É bom não é?” ela riu enquanto falava com os cavalos “Não precisam ter medo de mim.”

Eu vi algo que nunca tinha visto, o cavalo marrom se aproximou de Vivian e encostou o topo de sua cabeça contra a de Vivian, e relinchou e assim fez o branco, parecia um sinal de confiança. Vivian tirou tudo que estava preso aos cavalos, as rédeas, as selas e os estribos dos dois. Ela passou a mão pela crina curta que fora cortada por algum humano, e sorriu para os dois.

“Bem melhor assim, não é mesmo?”

Ela caminhou em minha direção, só que agora ela tinha companhia de dois lindos corcéis, ela deu-me um selinho, como se tivesse dizendo, viu eu ganhei, o que em certa parte me deixou encantado. Ela começou a correr e os dois cavalos a seguiram a galope passando-a rapidamente, ela assoviou e um deles diminui a velocidade, ela se apoiou na parte de trás do cavalo com as duas mãos e jogou seu corpo para frente, subindo em seu lombo facilmente.

Ela se segurava no pescoço de um lindo cavalo branco, ela conseguiu controla-lo facilmente e deu algumas voltas na clareira sempre seguida pelo outro corcel.

“Seu nome vai ser Lucas, em homenagem a um amigo meu.” Ela disse acariciando o pescoço do cavalo “E o seu vai ser Bernard. Acho que são nomes bonitos.”

Eu sorri sozinho vendo aquela cena, ela era tão lindo, o cabelo ondulado ao vento, as roupas pretas que se enganavam com a escuridão, seu sorriso brilhante como as estrelas e seus olhos negros como a noite, ela era linda.

“Vamos? Estamos seguindo para a direção Sul Niguiaça.” Leo me tirou de meus devaneios.

“Ah, sim vamos.” Eu disse.

“Vivian!” eu ouvi Beatrice gritando “Vamos logo!”

Vivian se aproximou da carruagem e trocou algumas palavras com Beatrice e então voltou para meu lado com seu cavalo.

“Se quiser subir no outro fique a vontade, eu vou nesse daqui.” Ela disse batendo fraco no lombo do cavalo.

“Mas, eles estão sem sela.” Eu disse.

“E...” ela se afastou para ao lado de Beatrice.

Todos já estavam em seu devido lugar, menos eu, eu corri até o corcel marrom e subi em seu lombo com certa dificuldade, eu não tinha apoio com os pés, poderia cair facilmente se ele começasse a correr. Fiquei ao lado de Vivian que sorriu a me ver em cima do cavalo.

Fomos os últimos da fila, a primeira carruagem era a de Marcos, Leo e Laura, a segunda de Beatrice e Jasper, e então eu e Vivian em cima de dois cavalos.

“Eu gosto de cavalgar sem material de equitação.” Ela segurava a curta crina de seu corcel.

“Porque exatamente.” Eu perguntei-lhe.

“Porque eu me sentiria muito mal se eu fosse um cavalo e tivesse que ficar usando todo esse pesado equipamento, e além do mais eu confio em meus animais, e acho que posso controla-los sem precisar de um material que os machuque.” Ela disse.

“Isso é lindo de ouvir Vi. Eu nunca tinha pensado assim antes.” Ela soltou uma risada.

“Ninguém nunca pensa, mas tem pessoas inteligentes o suficiente para aceitar a opinião dos outros.” Ela disse como se isso não fosse nada “Para onde vamos agora?” ela perguntou-me.

“Segundo o Leo estamos indo para Niguiaça, ao Sul, é perto de Eliorn, e tem um presídio de máxima segurança por aquelas áreas, mas não sei bem ao certo onde fica.” Vivian estava pálida, ela não parecia muito bem “Está tudo bem Vivian?”

“Sim... sim.” Ela pareceu melhorar um pouco “Quanto tempo vamos ficar por lá?”

“Uns dois, três dias no máximo.” Ela assentiu.

“E depois sabe para onde vamos?” ela me perguntou.

“Provavelmente procurar por pistas de Jasmine com os viajantes.”

Ela não disse mais nada, continuou cavalgando em silencio, ela parecia meio estranha, estava mais quieta que o comum, estava até meio cabisbaixa o que não era comum dela. Saímos da mata e depois de alguns metros pude ler uma placa com escritas estranhas, era a língua de Niguiaça (ninbuem), tentei decifrar o que estava escrito em vão.

“Bem-vindo a Niguiaça, população 250 pessoas livres 780 são prisioneiros, esperamos que não venha para ficar em nossa prisão. Estamos com superlotação.” Vivian disse.

“É isso que está escrito?” eu perguntei-lhe.

“Sim.”

“Quantas línguas sabe falar?” ela ponderou um pouco.

“Em volta de doze, talvez mais, talvez menos. Meu pai me forçava a aprendê-las.” Ela disse em resposta.

“E você não gosta de saber falar essas línguas.” Ela deu uma risada.

“Deve ser, mas eu nunca viajei muito, então nunca tive a oportunidade de usar essa habilidade, agora vou poder aproveita-la.”

“Tudo vem no tempo certo não é mesmo?” ela riu com minha piada.

“É, é mesmo, até mesmo o amor.” Ela sorriu e quase caiu do cavalo quando me deu um beijo.

“Vamos tomar cuidado não quero perder o meu amor agora.” Ela riu e desta vez conseguiu me dar um longo beijo sem quase cair do cavalo.

“Eu te amo Vivian.” Eu pensei alto.


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Notas finais do capítulo

Obrigado por lerem e comentem!