Beijos Letais escrita por WhiteKiller


Capítulo 19
Capítulo 18


Notas iniciais do capítulo

CARALHO GENTE MINHA PRIMEIRA RECOMENDAÇÃO!!!!!!!!!!!!!! Não acredito sério, eu nunca imaginei que essa fic fosse passar de dois leitores e agora eu tenho 58 comentários 20 pessoas acompanhando seis favoritos e uma recomendação. Eu espero que depois dessa venham muitas outras. E muito obrigado a todos você me dando um ótimo apoio eu realmente agradeço, e um obrigado especial a Nightingale que fez a primeira recomendação da fic.
Espero que gostem desse capítulo e boa leitura beijos!



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os do príncipe era muito bem decorada com pilastras forjadas em bronze e ouro, o chão de mármore era escorregadio e as moedas de ouro estavam largadas no chão em pilhas, assim com tesouros roubados de outros reino que haviam sidos conquistados, oito guardas mortos estavam estirados no chão agora sujo de sangue, não vai me pagar de boa vontade pode deixar que eu mesma pego é claro com uma pequena gorjeta, que não prejudicaria em nada aquela enorme quantia de ouro.

Coloquei algumas centenas de moedas dentro de uma grande bolsa que eu tinha em mãos. Amarrei-a em minha cinta fazendo um tilintar muito conhecido por mim. Escancarei a porta do cofre que eu tinha aberto com meu material de ladra, e andei tranquilamente entre corpos desacordados de guardas reais, eles não usavam armaduras pesadas somente espadas e alguns pedaços de metal forjados pessimamente. Foi mais fácil do que eu pensei.

O tesoureiro estava encolhido no chão chorando de medo, ele tremia e olhava para mim com os olhos assustados e segurava uma adaga com as mãos tremulas, me aproximei dele e ele apontou a arma para mim inutilmente, chutei-a quebrando o pulso do homem, que gemeu bem alto de dor.

“Avise Gregory, que Jasmine já recebeu seu pagamento! É claro se ele sair vivo das masmorras.” Eu ri e sai andando deixando o homem sozinho.

Meus dois chakram estavam pendurados em minhas costas e duas adagas estavam escondidas nas minhas mangas, meu capuz escondia minha face, e eu estava descalça, eu realmente gosto de matar descalça, a sensação do chão contra os meus pés, os corpos caindo sobre eles. O sangue quente que deixava meus dedos grudentos. Eu estava pronta para matar Vincent, estava de volta à forma, tinha ganhado um pouco de peso e massa muscular, minha resistência tinha quase voltado completamente e não tinha mais peso na consciência em matar.

Meus pés deixavam marcas vermelhas pelo corredor, tive que dar algumas voltas no castelo e parei em frente a uma porta aleatória, e andei mais um pouco até o sangue secar e então segui rumo até o meu quarto. Julie me esperava de malas prontas. Deu-me o mesmo vestido amarelo que eu tinha usado com Peter no jardim. Eles viriam com a gente para Brenória, e lá no fundo eu tinha gostado de ter Peter ao meu lado mais um pouco.

Vesti-me e então eu e Julie fomos para a carruagem, ela deu uma desculpa esfarrapada de não termos cocheiro e ela resolveu ir guiando os cavalos, Jasper foi ao seu lado, e Peter veio sentado ao meu lado, enquanto Marcos, Laura e Leo foram na carruagem improvisada dos mercenários.

Vi Brenória ao longe, fazia tanto tempo em que eu não pisava nessas terras estava com saudades de casa e de minha casa acho, não tenho amigos, tenho somente meu pai vivo, ele ainda me reconhece como filha, minha mãe está morta. Isso é história do passado não gosto de lembrar essas coisas. Julie levava a carruagem e os mercenários nos seguiam de perto, minhas armas estavam escondidas em um fundo falso junto com minhas roupas pretas no chão da carruagem.

Peter estava dormindo pesadamente em meu colo, roncava um pouco (e babava, mas eu não ligava muito) enquanto eu acariciava seus cabelos louros, suas pernas eram tão compridas que ficavam apertadas, seus braços seguravam minha cintura, sua cabeça pesada fez minhas pernas ficarem dormente. Ele era muito bonito, feições retas e duras, muito masculinas, cílios cumpridos, lábios grossos e bem definidos, cabelos meio cacheados que formavam uma linda curva na franja, sua barba por fazer era extremamente atraente, todas as mulheres olhariam para um homem desses, eu sorri ao ver o sorriso que se formava em sua boca. Eu gostava da companhia dele.

Vi o portão principal da cidade passar pela janela, abri uma pequena janelinha de metal que dava vista para o cocheiro atrás de mim e vi Julie e Jasper rindo, mas mesmo assim tive que interromper.

“Beatrice, após a entrada da cidade entre na décima rua a esquerda é sem saída, a última casa.” Ela olhou para mim e assentiu.

Dei um selinho em Peter fazendo-o acordar.

“Gostaria de acordar assim todos os dias.” Ele se levantou e me beijou suavemente.

“Eu gostaria de poder lhe acordar assim todos os dias.” Eu disse me separando só durante poucos instantes.

Nossos lábios se tocaram novamente sua língua pediu passagem e eu a concedi, parecia que um fogo subia pelas minhas pernas até minha cabeça, sentei-me em seu colo e continuamos nos beijando e trocando caricias, suas mãos estavam em minha bunda, e eu o puxava cada vez mais para perto como se toda distancia fosse muita, nossos corpos se tornaram um, mas tudo foi interrompido pela voz de Julie.

“Desculpe interromper, mas chegamos Vivian.” Eu me separei de Peter bruscamente.

“Desculpe nada, vamos logo Peter.” Jasper disse.

Eu desci da carruagem e vi a antiga casa em que eu morava, uma grande placa de madeira escrito SAPATEIRO, ruída pelo tempo estava pendurada na porta, a casa estava caindo aos pedaços, as madeiras tinham sido comida por cupins e a construção inteira estava torta, mas era o lar e estava exatamente como eu me lembrava, teria que mentir e falar que o homem que ali morava era um tio distante que eu gostava muito, e meu pai entraria na mentira, eu abandonei meu pai por tanto tempo.

Eu bati na porta e Julie veio ao meu lado e disse em Cerneria para que Jasper e Peter não entendessem.

“Quem viemos visitar?” ela perguntou-me.

“Meu pai.”

Então a porta se abriu meu pai estava lá, magro como sempre, em um estado deplorável, usava roupas rasgadas, velhas e sujas, seu cabelo e sua barba estavam compridos, suas unhas também, ele segurava a sua velha bengala que estava em perfeito estado em sua mão direita, mas apesar de tudo parecia saudável. Ele olhou para mim e seus olhos lacrimejaram, e lhe apontei o anel que usava disfarçadamente e virei o símbolo para ele que compreendeu quase que instantaneamente.

“Minha querida!” ele me abraçou esmagando minhas costelas.

“Tio Bernard!” eu o abracei de volta.

“O que deu em você para vir me visitar!” ele me soltou e olhou para mim.

“Bem eu Vivian Lasse consegui uma boa quantia de dinheiro para lhe oferecer, pois fiquei sabendo que o senhor estava em um estado muito... Digamos assim, ruim de vida. Então eu vim lhe ajudar tio.” Ele sorriu com seus dentes amarelos.

“Então parece que você tomou rumo eu Vi.” Meu pai era muito inteligente “E quem são estes homens e mulheres a sua volta.”

“Esta é minha melhor amiga.” Apontei para Julie “E me acompanha em todas as minhas viagens.”

“Hm... Interessante. E quem são eles?” Peter me abraçou por trás.

“Este é Peter, meu namorado.” Disse dando um leve beijo em sua bochecha.

“Um homem muito decente se quiser saber minha opinião.” Peter sorriu disfarçadamente.

“Este é Jasper, namorado de Julie, aqueles são Marcos, Laura e Leo. São mercenários.” Peter me olhou abismado, não se saí falando para tios que você namora um mercenário.

“Mercenários em... Você sempre foi assim, vivendo no limite, quero só ver quando seu pai ficar sabendo disso mocinha.” Eu ri com seu comentário.

“Quem disse que ele vai, não pretendo voltar para lá.” Meu pai sabia o que aquilo significava eu não ficaria ali com ele.

“O que?” Peter disse.

“Depois conversamos sobre isso Peter.”

“Tio, isto é para você, está é a última vez que nos veremos, e espero que tenha boas memórias de mim.” Entreguei-lhe um saco com trezentas moedas de ouro.

“Não posso aceitar Vi.” Ele se recusou a pegar.

Entrei dois passos para dentro da casa e coloquei o saco ali mesmo. E então sai, dei-lhe um forte abraço e uma lágrima caiu em meu ombro, ele não retribuía o abraço só ficou ali paralisado, com lágrimas nos olho. Eu nunca tinha visto meu pai chorar, mas tudo tem uma primeira vez, e serei a primeira e última vez que eu o verei chorando.

“Eu te amo pai.” Sussurrei em seu ouvido em Brenor “Nunca se esqueça de mim que eu não me esquecerei de você. Eu posso ter virado uma assassina, mas eu ainda sou sua filha.” Eu lhe dei um beijo na testa “Adeus tio.” Falei em voz alta.

“Cuidado Vivian.” Ele secou a única lágrima que rolava em seu rosto “E que você tenha muita sorte em sua jornada.” Ele acenou para mim enquanto eu subia na carruagem.

Peter veio logo atrás de mim, eu abri a grande janela na lateral e lhe acenei com felicidade de poder me despedir de meu pai e poder dar a ele uma oportunidade melhor de vida pelo menos nestes últimos anos em que ele ainda vai respirar, mas quando ele morrer ele encontrará Carmelli, minha amada mãe e ficaria mais feliz, e eu tenho certeza que não vou viver muito. Então logo o encontraria.

“Aonde querem ir agora?” Julie perguntou.

“Para onde o vento levar.” Peter disse.

“Então que seja, vamos virar na próxima a direita, ver onde isso nos leva.”

O trote suave do cavalo na estrada me fez ficar sonolenta, um grupo de mochileiros estava à cavalo ao lado de nossa carruagem, minha janela está aberta então pude ouvir a conversa entre o grupo.

“Fiquei sabendo que um dos Beagones foi assassinado por Jasmine!” o homem em cima de um corcel negro falou.

“Mas, Jasmine está morta!” o outro disse assustado.

“Pelo que parece não.” Afirmou o outro.

“Mas, se ela esta viva, temos que viajar com mais cautela, ela pode aparecer a qualquer momento em nossa frente e...”

“Cale a boca e se acalme os Beagones são dois, pelo que os mochileiros e lojistas viajantes andam dizendo que o outro deles está indo atrás de Jasmine, e agora está indo em direção a Brenória, que é onde Jasmine estaria hoje.” JÁ? É só ficarem sabendo que eu estou viva que os boatos rolam soltos.

Fechei a janela, não queria mais ouvir aquela conversa. O que eu conheço sobre a história dos irmãos Begaones é que os dois assassinaram cada um, um de seus pais, Vincent a mãe e Nina o pai aos dez anos, e então deram o sangue de seus pais para o Deus da morte, que lhe concedeu o poder de apurar o olfato e audição de Vincent, e a força e beleza de Nina, então se isso for realmente verdade Vincent me acharia mais cedo ou mais tarde.

“Então, Vivi, como assim não pretende ver mais seu pai.” Peter me tirou de meus devaneios.

“Eu quero ficar com você e se eu for ficar com meu pai, nós nunca poderemos ficar juntos, e além do mais eu e Beatrice não gostamos de ficar presas naqueles enormes e sufocantes castelos.” Eu disse “Mas, se isso for atrapalhar a integridade de seu grupo nós nos separamos aqui.” Eu falei seca.

“Não atrapalharia, você só precisaria treinar, mas você não pode abandonar seu pai.” Eu sei uma risada.

“Até parece que ele está sentindo minha falta, eu quase nunca via ele no castelo.” Eu segurei as enormes mãos de Peter entre as minhas “Eu quero ficar com você, ponto final.” Ele assentiu.

“Então você precisara se tornar uma mercenária, você sabe disso não?” ele retribuiu o aperto em minha mão.

“Eu treinei quando jovem, mas devo estar enferrujada.” Ele riu.

“Temos que comprar roupas novas para você. E você precisa ver se Beatrice vai querer ficar com você ou seguir seu próprio caminho.”

Eu só estou fazendo isso para arranjar uma desculpa para ficar longe do reino de Vivian, e depois que eu matasse Vincent eu e Julie provavelmente sumiríamos como Jasmine e Julie não como Vivian e Beatrice, eu falaria quem eu era e então sumiria da vida de Peter e Julie de Jasper, ela aceitou essas condições, agora era começar a “treinar” e fingir que eu era ruim.

Achamos um vendedor no meio da estrada e Peter comprou uma calça preta que ia até meu calcanhar que acabava raspando um pouco no chão e uma regata preta, além de uma cinta para pendurar uma espada e outra uma adaga na cintura, só porque eu não gosto de ter uma espada na cintura, e ele me emprestaria algumas armas para treinar, mas eu não poderia reclamar senão ele poderia desconfiar que eu lutava algum tipo de luta com espadas.

Eu falei com Julie e ela aceitou seguir este plano então ela também comprou algumas peças de roupas e então nós montamos um acampamento em uma clareira fora da trilha. Era final de tarde e eu tinha vestido as roupas pretas, a calça era um pouco larga, mas uma corda resolveu a deixa-la no lugar e a regata preta era de pior qualidade do que as minhas, mas a usei de qualquer jeito. Prendi meu cabelo em uma trança embutida simples que caia suavemente em minhas costas.

“Pronta?” Peter me entregou uma espada curta de madeira.

“Sim.” Fomos até uma área livre na clareira.

“Então o que você sabe sobre luta com espadas?” ele me perguntou pegando outra espada de madeira.

“Eu aprendi com um dos melhores em minha infância, mas só consegui aprender o básico.” Eu disse disfarçando.

“Ok, então vamos tentar um combate simples e lento.” Eu assenti “Você começa na posição de defesa e eu vou te atacar, prepare-se.”

Coloquei-me em posição, meu pé direito na frente e esquerda atrás na paralela, minha mão esquerda segurava a espada, eu era ambidestra quando se tratava de lutas e Peter não pareceu notar nada de errado. Ele deu dois passos rápidos em minha direção e colocou força em minha direita lentamente e eu impedi o ataque facilmente com a minha espada, ele atacou novamente só que desta vez mais rápido em meus pés, eu dei um pulo e escapei do ataque e botei distancia entre nós.

Quanto mais eu acertava mais ele aumentava a velocidade dos ataques, meus olhos acompanhavam o movimento de seu corpo, ele fintou para esquerda, eu previ o próximo movimento, direita na cabeça, abaixei-me ficando de joelhos e então peguei seu braço com minha mão esquerda que agora estava livre, pois eu tinha jogada a espada para a direita e coloquei seu braço para cima o máximo que pude e coloquei força em seu pulso na hora do impacto fazendo com que ele fosse desarmado, empurrei a espada contra seu estomago fazendo com que ele se dobrasse. Acho que me exaltei um pouco.

“Parece que alguém não aprendeu só o básico.” Marcos disse. Não tinha percebido que ele tinha chegado.

“É, acho que não foi só o básico.” Peter disse, e eu o soltei.

“Desculpe, eu fiquei animada.” Eu ruborizei.

“Mas, aonde aprendeu isso?” ele me perguntou.

“Com um espadachim que dava aula para meu pai.” Eu tentei arranjar uma desculpa.

“Você sabe que poucas pessoas conseguem fazer esse movimento, não?” Jasper também observou nossa luta.

“Não, eu achava que era normal saber fazer isso. Bem pelo menos até agora.” Talvez a ingenuidade funcionasse “Como Julie se saiu.” Tentei mudar de assunto.

“Ela foi bem, só precisa melhor algumas habilidades básicas e então passaremos para o próximo passo.” Jasper disse.

“Você pode começar a treinar do avançado Vivian, amanhã eu pegarei mais pesado.” Peter disse enquanto guardava os materiais na carruagem.

Marcos tinha montado o acampamento e minha barraca seria dividida com Peter, a de Julie com Jasper a de Marcos com Laura, e Leo precisava arranjar uma namorada. O treino tinha me deixado bem cansada então assim que toquei os tecidos da cama eu caí num profundo sono, que depois de algumas horas foi atrapalhado pelo som de passos a distancia.


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Notas finais do capítulo

Obrigado por lerem e comentem.