Beijos Letais escrita por WhiteKiller


Capítulo 21
Capítulo 20


Notas iniciais do capítulo

Então, um aviso, sim a fic está chegando ao final eu não gosto de histórias que enrolam muito, e eu não quero ficar enrolando para o desfecho da história, então acho que vai ter mais no máximo 10 capítulos, no máximo mesmo, talvez eu mude de ideia não sei, mas se quiserem que a fic sejam maior, me da um toque por MP, ou pelos comentários mesmo, ok beijinhos e obrigado por lerem!



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“Eu também te amo Peter.” Eu disse enquanto sorria encostada em seu ombro.

Continuamos a caminhada até um chegarmos à cidade onde paramos em um ferreiro para concertamos as armas quebradas dos mercenários. Jasper comprou um arco melhor já que eu tinha roubado o dele, falando nisso, desculpe Jasper, e mais flechas, Peter comprou uma espada longa um pouco pior do que a que tinha antes e ouvi Laura reclamando de que tinha perdido seu leque, aliás, desculpe para você também Laura. E então eles estavam armados novamente.

“Julie preciso pegar o dinheiro no fundo falso, não deixe eles chegarem à carruagem enquanto eu estiver lá.” Disse em Cerneria para ela.

“Sim, seja rápida.” Assenti.

Andei até a carruagem, enquanto os mercenários pechinchavam com o ferreiro, subi na carruagem e fechei a porta atrás de mim, abri o fundo falso com cuidado e lá estava minha roupa negra que escondia todas as minhas armas o saco de moedas que eu havia recebido de Gregory estavam a cima de tudo, peguei duzentas moedas e coloquei num saco menor. Fechando o fundo falso saída carruagem.

Fui até os mercenários que ainda discutiam com o ferreiro, esperei um pouco para a discussão cessar, mas isso não aconteceu, então interrompi todos.

“Licença, eu quero umas quinze facas de arremesso e uma ombreira de aço.” Eu sorri para o homem gordo e sujo de óleo a minha frente “Posso lhe oferecer duzentas moedas de ouro se você fizer também uma caneleira de aço. E se o senhor tiver o mapa dos arredores da prisão eu agradeceria, vamos ficar por lá um tempo e não gosto de ficar perdida.” Eu sacudi o saco vermelho em minhas mãos.

“Viu, é isso que eu gosto de ouvir!” ele disse rindo “É para já senhorita, eu já tenho as facas em mão, mas a caneleira e a ombreira ficaram prontas amanhã nesse mesmo horário.”

Retirei do saco um punhado de moedas e entreguei-as ao homem a minha frente.

“Para ter certeza que você vai fazer tudo direitinho.” Eu sorri e amarrei o saco à cinta que pendia em minha cintura.

“Claro, posso somente tirar as medidas.” Assenti.

Ele voltou com uma fita de couro com números marcados a mão por tinta preta, meu mapa e quinze facas de arremesso em uma cinta preta e grossa de couro novo e bem cuidado e logo depois de me entregar as facas, enroscou em minhas canelas, anotando tudo em um pedaço de papel solto, e então a largura de meus ombros e então depois de ter tudo anotado fez uma leve reverencia e voltou para a discussão com os meninos e Laura.

“Porque você precisa de uma ombreira nova?” Julie me perguntou enquanto estávamos longe dos mercenários.

“A velha vai ficar para você, está pequena em mim, e ainda está em ótimo estado e foi feita por Lucas é não muito fácil de achar um material com tamanha qualidade, e as caneleiras que eu tenho estão velhas e gastas as tiras de couro estão quase rasgando e o metal vai se quebrar daqui a pouco.”

“Obrigado pelas ombreiras.” Ela disse.

“De nada, não podemos nenhum deles chegar perto do fundo falso de nossa carruagem, não deixe ninguém entrar lá se não estiver acompanhado por uma de nós duas, entendido?” eu disse olhando para os mercenários.

“Sim, claro.”

Voltei minha atenção para os mercenários que finalmente tinham chegado em um acordo 250 moedas de prata, 100 de bronze e 20 de ouro, foi um preço bom por tudo que tinham comprado, que seria duas espadas, um ótimo arco com quarenta flechas, algumas dezenas de facas de arremesso, mais três adagas, junto com alguns pedações de armadura, e um pequeno kit de ferraria, que vinha com uma martelo e uma espécie de metal esticado com a ponta fina para fazer detalhes em armas. Foi um bom negócio.

A Lua já estava alta no céu, era possível enxerga-la claramente da clareira onde nós estávamos acampando, todos os mercenários estavam com suas roupas pretas, se preparando para invadir a prisão visando encontrar informações sobre Jasmine.

Peter trajava uma blusa que vinha até seus cotovelos, uma máscara que escondia seu rosto por completo deixando somente seus olhos a mostra, e uma calça preta um pouco larga, a espada que ele tinha comprado assim como as mesmas adagas que ele guardava debaixo de sua manga só que agora brilhavam onde a cinta não cobria o metal. Jasper vestia quase as mesmas roupas só que a manga de sua blusa ia até o punho e uma pequena prendia a manga em seu dedão, ele levava nas costas um arco com uma aljava com quinze flechas, e uma adaga de cabo curto na cintura. Marcos estava muito parecido com Laura, uma regata e uma calça larga que era presa por uma cinta que dava apoio para uma espada longa que parecia extremamente pesada e os dois usavam espadas gêmeas, a única diferença era que Laura tinha o seu longo cabelo preso em um rabo alto e usava uma máscara igual a minha. Leo só tinha seu soco inglês nas duas mãos e uma espada curta presa nas costas em diagonal.

Se eu fosse os guardas daquela prisão em não mexeria com eles, se Lucas sozinho criou um grande estrago imagine cinco mercenários assassinos altamente treinados, eles conseguiriam o que quisessem de qualquer um que fosse da prisão. Nós estávamos em uma roda em volta de uma fogueira.

“Então tentem evitar combate logo de cara, provavelmente todos os guardas estão conectados por algum dispositivo então se algo ocorrer em uma sessão da prisão o resto vai ficar sabendo rapidamente. E por favor tomem cuidado não esqueçam que os prisioneiros não são de leve porte.” Eu disse enquanto observava o mapa dos arredores da prisão “Boa-sorte agora é com vocês.”

“Aliás pelo que vemos no mapa o esgoto sai exatamente por aqui.” Julie apontou para o riacho no mapa “Então será uma entrada mais segura.” Foi por lá que fugimos da prisão “Ninguém deve ficar 24 horas cuidando desse local.”

“Obrigado pela ajuda meninas.” Marcos disse se levantando “Está na hora de irmos, se não voltarmos até o amanhecer saiam daqui.” Eu e Julie assentimos.

Peter tirou a mascara e me abraçou por trás me dando um beijo no topo da cabeça eu me virei e enterrei meu rosto em seu ombro. Eu me sentia mal por deixar com que ele fosse atrás de mim sendo que eu era Jasmine, e além de tudo eu precisava atrapalhar todos os planos dele sem mesmo que ele percebesse.

“Eu voltarei logo.” Ele segurou meu queixo fazendo com que eu o olhasse “Não pretendo morrer esta noite.”

Ele me deu um longo e selvagem beijo, nossos lábios viram somente um, nossas almas pareceram se entrelaçar dentro de nossos corpos, e lá estávamos, a assassina que quase matou ele, e um homem apaixonado procurando me matar, mas ele acha que eu sou o amor da vida dele, e o pior é que eu acho que ele é o amor da minha vida. Fomos interrompidos pela voz de Laura.

“Ei, pombinhos, já deu de se despedir!” Peter se separou de mim.

Ele estava sorrindo como aqueles meninos bobos de doze anos, e lhe dei um último rápido beijo e ele e os outros quatro mercenários sumiram na escuridão.

“Acha que eles vão conseguir alguma coisa sobre você lá?” Julie me perguntou.

“Não acho que não, nenhum guarda prestava atenção em nós. Os guardas nunca mexeram com nós!” eu disse rindo.

“Exceto Buner.” Julie disse desesperada.

“Julie, ele sabe exatamente como eu sou, se ele falar alguma coisa para eles, eles vão me reconhecer!”

Eu corri para carruagem seguida de Julie, me despi completamente e abri o fundo falso pegando todas as minhas roupas, vesti elas o mais rápido que pude, e vi que Julie também colocava as suas roupas e cintas, fiz uma rápida checagem nas minhas armas, o remédio em minhas botas, e assim fez Julie.

“Desta vez você não vai sozinha.” Julie falou abrindo seu leque checando as lâminas.

“Eu não tenho escolha, preciso da sua ajuda.” Prendi os dois chakram nos seus devidos lugares “Vamos.”

Corremos juntas para dentro da mata o mais rápido que pudemos, os galhos quebrando sobre minhas botas faziam um som que incomodava meus ouvidos, eu e Julie vimos o suficiente do mapa para saber o caminho que tínhamos que seguir. E após de uns dois quilômetros percorridos numa velocidade sobre-humana eu avistei o lago e o esgoto da prisão, olhei para trás e vi Julie respirando pesadamente.

Segui para as águas, e fui até a beirada do rio perto das barras de metal, eu não as alcançaria em um pulo, mas poderia escalar a parede de pedra. Enfiei meus dedos em uma fresta entre duas pedras, e refiz o mesmo processo de sempre até sentir a água fria contra o meu corpo a força que ela batia em minha era tremenda, já estava me segurando nas barras de metal e me espremi para passar entre elas, no final das contas consegui, pulei para segurança das pedras úmidas de dentro da prisão. Vi Julie entrando pelas mesmas barras e aterrissando um pouco atrás de mim.

“Parece que nenhuma liberdade é para sempre Jas.” Julie disse colocando a mão em meu ombro.

“É o que parece, vamos não temos tempo a perder.”

A descida íngreme em que eu tinha me machucava da última vez ainda estava lá, mas apesar de tudo não foi difícil escala-la com a ajuda de minha adaga que fincava facilmente no chão, vi a o túnel pequeno e estreito que levaria para o terceiro corredor depois de nossa cela ao lado da quinta pilastra, o espaço estreito e fedido logo se deu para o alto do corredor, ainda estava aberta a saída parece que não descobriram por onde nós havíamos fugido ou os mercenários abriram passagem por ali.

Pulei no chão o que machucou um pouco meus joelhos, Julie foi mais cuidadosa descendo pela pilastra, eu me escondi atrás da mesma ao ouvir a voz de dois guardas, aquele corredor era onde ficava o salão dos guardas e a sala de arma. Eram dois homens que corriam com os olhos preocupados que entraram numa porta que levava para um cômodo muito barulhento e cheio de outros guardas bêbados.

Meu instinto mandou esperar e então ele estava certo novamente, de dentro da saleta dez guardas saíram armados até os dentes virando indo em direção ao corredor perpendicular a este, e logo viraram em direção a onde antes era a minha cela. A gritaria começou, ouvi gritos de dor, de morte, e então soube os mercenários estavam lá. Corri até a próxima pilastra, e depois até a próxima, até ficar perto da que dava visão ao corredor, vi dez guardas mortos no chão sujo de sangue.

Os presos pareciam animados com o ocorrido, mas não é como se os mercenários fossem liberta-los, olhei para frente e vi os meus amigos cercados por corpos mortos e ensanguentados, alguns cobertos de cortes outros de flechas, todos os mercenários seguravam alguma arma suja de vermelho vivo.

Olhei mais cuidadosamente, haviam quatro guardas rendidos e amarrados encostados na parede oposta às celas e tinha um rosto que eu nunca esqueceria Buner. O velho bigode sujo, a barriga grande e redonda e seus olhos maldosos.

“Quem pensam que são?” ele falava rude como sempre.

“Aqueles que agora controlam se você vive ou morre.” Marcos disse apontando a espada para o pescoço de Buner.

Não eu não deixaria eles matarem aquele homem eu queria mata-lo eu mesma. Olhei para Julie e então para a cena novamente ela pareceu entender o recado. Que eu iria lá. Ela escalou a pilastra e pulou até ficar exatamente em cima dos mercenários, sem ser notada, extremamente habilidosa, por isso eu a adorava.

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“O que vocês querem de mim?” falava o refém enquanto os outros apenas olhavam para o chão.

“Queremos saber o que o senhor sabe sobre Jasmine..” ele sorriu cínico ouvindo a pergunta de Marcos.

“Ah, Jasmine, como eu adoro essa assassina.” Ele disse irônico “O que querem sobre ela, posso lhes fornecer muitas informações. Aliás meu nome é Buner.”

Marcos soltou as cordas dos pulsos de Buner, e esfregou os mesmo que estavam avermelhados, ele se colocou de pé e esticou seu corpo rechonchudo de uma forma estranha que meu deu um pouco de nojo.

“Estamos atrás dela já faz alguns dias, mas não temos nenhuma pista decente, e parece que aqui era onde ela estava presa.” Disse Marcos.

“Ah, sim claro para ser mais exato naquela cela.” Ele disse apontando para um das celas.

“Como ela se parecia?” Marcos perguntou.

“Vamos ver...” ele se apoiou contra a parede e ponderou “Ela era uma mulher muito bonita, nunca estuprei ela porque não tive chance.” Ele era uma pessoa horrível “Nunca vi ela muito de perto, mas ela tinha os cabelos longos e...”

Ele não teve tempo de continuar, pois um chakram cortou fora o seu pescoço fazendo com que sua cabeça caísse no chão com os olhos arregalados, Laura virou para trás e vomitou tudo. Eu fiquei estupefado com a cena, o chakram voltou com um zunido para as mãos de Jasmine que estava de pé do outro lado do corredor. Eu ouvi o som do corpo inerte caindo no chão.

“Eu não serei tão fácil assim de capturar e considere isso a volta de meu jogo. Aliás obrigado por me dar a oportunidade de matar Buner.” E então ela sumiu de volta dentro da escuridão.


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Notas finais do capítulo

Obrigado por lerem e comentem!