Beijos Letais escrita por WhiteKiller


Capítulo 18
Capítulo 17


Notas iniciais do capítulo

FÉRIASSS, então vários capítulos estão começando a ser escritos de madrugada (agora são 03:50 e acabei de terminar de revisar este capítulo), e bem este é o horário que eu normalmente posto porque eu sou uma menina noturna, e sou mais produtiva de madrugada, mas bem depois de um bom tempo mais um capítulo.
Espero que gostem e comentem pfff.



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Minha cabeça doía, minha visão estava totalmente embaçada, eu sentia as correntes cortando o meu pulso, meus pés estavam presos por grossas cordas, eu estava presa em uma parede gelada de pedras, eu ainda usava minhas roupas pretas, eu sentia o tecido contra a pele de meu rosto. Minha visão começou a melhorar, eu estava em uma sala grande, somente um espelho a minha frente que me deixava ver meu corpo por inteiro além de uma porta logo ao meu lado.

Olhei ao redor e procurei por alguma coisa para fugir, meus pés não encostavam-se ao chão, eu não sentia mais minhas facas e adagas contra o meu corpo minha franja não estava nos meus olho, eu ainda tinha meus grampos poderia tentar pega-los puxei meu corpo para cima cortando ainda mais meus pulsos, dobrei minhas mãos fazendo com que um grosso fio de sangue rolasse pelo meu braço por dentro da manga, senti meus cabelos sujos contra meus dedos, procurei os grampos em minha franja e puxei um, fazendo com que alguns fios de cabelo caíssem em meu rosto.

Quanto tempo será que eu fiquei desacordada, será que Julie já estava sentido minha falta? Um feixe de luz adentrava no quarto, então era dia, passei a noite lá com certeza, Julie já teria sentido que tinha acontecido algo comigo e viria me procurar.

Eu ouvi passos vindos do outro lado da porta, fechei minha mão em volta do grampo tomando cuidado para ele não me cortar olhei pelo espelho e vi Gregory, seus olhos maliciosos me encaravam pelo espelho, eu sentia seu sorriso ao virar as chaves na fechadura da porta. Ele adentrou a sala com mais três guardas.

“Vejo que já acordou!” ele disse se colocando em minha frente.

“O que você quer?” eu disse calmamente.

“Você Jasmine, eu quero você para mim.” Ele disse botando o dedo em meu queixo.

“Tire as mãos de mim.” Virei à cara.

Ele abriu forçadamente minha mão e tirou de lá o grampo e o jogou no chão, e assim fez com o que estava em meus cabelos e os jogou para longe.

“Cale a boca, eu sou seu príncipe e eu tenho o que eu quero.” Ele disse segurando fortemente meu pescoço “Eu não vou mata-la, eu quero você ao meu lado, você é forte demais para morrer.” Ele afrouxou as mãos.

“Vai... Se... Fuder.” Eu disse encostando meu nariz no dele.

“Isso é jeito de falar com o seu mestre.” Ele me deu um tapa na cara “Desse jeito você merece ser castigada.” A dor que atingiu meu rosto me fez parar um instante.

“Deixe de ser ridículo, você não é meu mestre, nem nunca será, ninguém é mestre de uma assassina como eu.” Eu puxei as correntes até o limite fazendo com que meus pulsos sangrassem mais ainda.

“Cale-se, você não está em posição de discordar.”

Ele passou a mão em meu corpo me fazendo eu me sentir muito incomodada. Ele me acariciava como se eu fosse dele, ele puxou minha máscara para baixo revelando meu rosto, eu virei à cara fazendo com que meus cabelos a cobrissem, Gregory segurou minhas bochechas com força e fez com que eu olhasse para ele.

“Não vire a cara para mim.” Outro tapa foi desferido em minha cara “Entendido?” eu cuspi em sua cara.

Ele limpou rudemente sua face de minha saliva e me olhou com olhos de ódio, ele fechou a porta e a trancou, deu a chave para um dos guardas que o colocou em uma bolsa de sua cinta, Gregory puxou uma faca de um de seus bolsos e cortou as cordas de meus pés, pegou uma chave colocou na fechadura de minhas algemas fazendo com que eu caísse pesadamente no chão. Eu ainda não tinha forças o suficiente para me manter de pé então caí de joelhos.

Ele segurou meus cabelos com força e puxou-os para trás fazendo com que eu olhasse para ele.

“Entendido?” ele aproximou seu rosto do meu.

“Não senhor.” Eu disse tentando não perder a calma.

“Vadia.” Ele me jogou no chão.

“Você pensa que é quem para me chamar assim?” eu disse me levantando.

“Príncipe Gregory.”

Ele me empurrou contra a parede e grudou seu corpo no meu, suas mãos desciam meu corpo e acariciavam minhas pernas, eu coloquei minhas mãos em seu peito e o empurrei para longe, bem pelo menos tentei, ele segurou minhas mãos e se virou para os guardas.

“Amarrem as mãos dela.”

Um dos guardas puxou minhas mãos rudemente e as amarrou atrás de minhas costas machucando mais ainda meus pulsos cortados fazendo com o meu sangue manchasse as linhas da corda. Gregory sorriu maliciosamente para mim.

“Saiam, podem me deixar sozinho com ela agora.”

Os três guardas se curvaram o que estava com a chave abriu a porta e saíram da sala, só que um dos guardas hesitou um pouco antes de sair da sala, isso chamou um pouco de minha atenção, mas logo depois ele saiu sem nem mesmo olhar para mim, será que meu príncipe encantado apareceria arrombando a porta. Não, a vida não é um conto de fadas. Provavelmente eu seria estuprada ali mesmo e talvez depois o príncipe me matasse, não sei, depende talvez ele tivesse pena de mim, ou não.

“Agora parece que estamos sozinhos...” ele me falou enquanto se aproximava.

“Jura, não tinha percebido.” Fui irônica.

“Você não está em posição de ser rude comigo Jasmine.” Ele me empurrou contra a parede. “Você não é nem considerada uma humana, você é somente uma assassina sem coração, mas por acaso você é muito bonita.”

Suas mãos acariciavam minha face, agora que estávamos sozinhos eu não deixaria ele tocar em mim, eu não seria estuprada, eu não preciso de um príncipe para ser salva, eu sou uma assassina, não nego em momento algum, eu conseguiria matar esse príncipe com as mãos amarrada nas costas e olhe que conhecidencia...

Levantei meu joelho com violência acertando no meio das pernas fazendo ele se curvar de dor, minha canela bateu na bochecha direita de Gregory fazendo ele cair no chão com a boca e o nariz sangrando manchando o chão de vermelho. Ele olhou para mim com os olhos de ódio.

“Grite e eu te mato agora, mesmo que eu seja morta, você vai junto comigo para o inferno.” Eu cutuquei seu rosto com meu pé “Agora você que não está na posição de ser rude comigo não é mesmo?” eu ri sádica.

“Quem você pensa que é para tratar o príncipe assim?” ele gritou.

“Ei.” Eu chutei seu rosto fazendo ele rolar para o lado “Vamos parando com radicalidade fera.” O chão estava sujo de sangue “Acho que você não quero morrer hoje.”

“Você não teria coragem de me matar!” ele cuspiu sangue enquanto falava.

“Acho que você não me conhece.” Eu chutei a boca de seu estomago.

“Vadia.” Ajoelhei ao seu lado e sorri.

“Vamos ficar quietinho vamos?”

Com um pouco de esforço e dor consegui tirar minhas mãos das cordas deslocando meu pulso, doeu mas foi preciso. Passei a mão pelos meus pulsos e os coloquei de volta no lugar dando um pequeno grito de dor. Havia uma adaga na cintura de Gregory puxei-a a coloquei em minha cintura.

“Seu bobinho, o seu primeiro erro foi me soltar daquelas correntes.”

Peguei a corda suja de sangue e amarrei os braços de Gregory com força fazendo com que chegasse a cortar sua pele, puxei-o para canto da sala e desamarrei as duas cordas que antes amarravam minhas pernas, coloquei uma em sua boca para que não pudesse mais gritar e outra em seus pés.

“Boa noite.” Dei-lhe um belo soco no rosto fazendo-o apagar.

Procurei no canto da sala pelos meus grampos de cabelo, meus joelhos rasparam na pedra gelada enquanto minhas mãos apalpavam o chão com delicadeza, senti o toque metálico contra minha mão, eram dois grampos, peguei-os. Dois eram suficientes. Andei até a pesada porta de metal e coloquei os dois grampos dentro da fechadura improvisando uma chave, consegui destrancar a porta com um clique.

Puxei a adaga e a empunhei em mãos, olhei pela pequena janela na porta, dois guardas estavam de costas para mim e os outros dois não estavam na minha vista. Comecei a empurrar a porta quando o guarda da direita tirou uma faca e enfiou no ponto fraco da armadura fazendo um fio de sangue rolar pelo prata da armadura.

Eu me assustei, porque aquele guarda fez aquilo? Ele começou a se virar eu me coloquei atrás da porta enquanto o guarda enfiava a chave na fechadura ele pareceu confuso ao encontrar a porta destrancada então a abriu.

“Jasmine?” a voz de Julie fez carinho em meus ouvidos.

“Julie? Então você é meu príncipe encantado?” ela se virou para mim assustada.

“Pelo que parece você não precisa de um!” ela riu tirando o capacete da armadura.

“Coloque de novo esse capacete e finja que está me escoltando.” Ela assentiu.

Puxei minha máscara para cima e Julie me segurou pelo braço tentando não me machucar com o duro metal da armadura, puxei meu capuz com o braço livre, Julie trancou a porta e colocou a chave em seu bolso, e começamos a andar pelos corredores pequenos e sujos da masmorra. Julie me guiava com precisão ela tinha decorado o caminho, alguns guardas olhavam para nós, mas não questionavam nada sobre o que estávamos fazendo.

Saímos tranquilamente pela porta da frente, era final de tarde estava quase de noite a sala de guardas estava vazia Julie tirou a armadura e jogou ali mesmo no chão fazendo um alto som metálico. Saímos da sala, estávamos num dos andares mais baixos da castelo, tivemos que subir alguns bons lances de escadas até que conseguíssemos chegarmos nos corredores principais do castelo.

Corremos pelo corredor sem parar por nada até o nosso quarto, e então e fechei a porta as minhas costas caindo sentada apoiada nela. Julie estava sentada na mesa de jantar rindo alto.

“Que saudades da adrenalina Jasmine!” ela disse.

“Tem razão.”

Eu e Julie começamos a ter uma crise de riso, não importava o que tinha acontecido comigo eu gostava da adrenalina eu e Julie estávamos felizes. Eu me levantei e tirei toda a roupa preta ficando apenas com um sutiã e a calcinha, andei lentamente até o banheiro seguida de Julie, me olhei no espelho vendo parte de meu rosto roxo.

A marca da mão de Gregory estava em meu rosto, passei a mão pela parte inchada doía um pouco, mas só o tempo poderia tirar aquela marca de lá. Julie me olhava da porta, ela se voltou para fora do banheiro e trouxe um vestido para mim. Ele era amarelo e de seda escondia meus pés e era liso. Vesti-o com rapidez, as malas já estavam prontas e dentro de uma carruagem.

“Julie?” eu disse.

“Sim...” ela me respondeu.

“Eu... Quero dar tchau para o Peter.” Eu cocei a nuca envergonhada.

“Vamos, eu quero dar tchau para Jasper.” Ela cruzou seu braço no meu.

Nós andamos até o corredor do quarto de Peter e Jasper e hesitamos um pouco antes de bater, mas mesmo assim batemos. A porta demorou a se abrir, mas então o sorriso de Marcos nos recebeu.

“Peter, Jasper.” Ele gritou para dentro do quarto “Vocês tem visitas.”

“Obrigado Marcos.” Eu disse.

“Oi Vivian.” Peter me deu um selinho.

“Beatrice.” Ele sorriu para Julie.

“Bea.” Jasper apareceu dando um beijo em Julie.

“Quer andar Peter?” eu perguntei-lhe.

“Claro.” Ele disse.

“Encontramos-nos mais tarde Beatrice.” Ela assentiu e eu continuei andando com Peter.

“Quer ir no jardim?” ele me perguntou.

“Sim, claro.”

Nós fomos até lá sem trocar um palavra, e então sentamos em um banco de madeira abraçados.

“Você anda meio distante... E estranha.” Ele disse.

“Eu sei, eu sumi aquele dia e não apareci até agora pouco, você deve ter ficado muito preocupada, eu só precisava esvair um pouco.” Eu disse.

“Quer conversar sobre o que aconteceu?” ele fez carinho em meu ombro.

“Não, desculpe, mas realmente não.” Ele olhou para mim.

“Eu entendo.” Ele me deu um curto beijo inesperado, o que me tirou um sorriso.

“Peter... Eu vou embora hoje, você sabe não?” ele pareceu surpreso.

“Como assim para onde?” ele se separou de mim.

“Brenória, quero voltar para um lugar onde eu realmente conheço e me sinto em casa.”

“Eu vou com você.” Ele disse.

“Não Peter, para que?” eu perguntei-lhe.

“Para lhe proteger de Jasmine.” Se ele ao menos soubesse “Além do mais você é a única pista que temos dela.” Eu assenti.

Vincent seguiria Peter para onde quer que fosse, seria melhor assim, daí somente desse jeito conseguiria matar Vincent, talvez essa paixão vá parar em algum lugar decente.


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Notas finais do capítulo

Obrigado por lerem e comentem.