Beijos Letais escrita por WhiteKiller


Capítulo 17
Capítulo 16


Notas iniciais do capítulo

Mais um capítulo, consegui arranjar um tempinho para escrever este capítulo então eu fiz ele um pouquinho menor, porque foi isso que eu consegui desculpe viu gente.
Já estamos com trinta leitores!!!! Gente desses trinta cinco ou seis comentam, então vamos comentar pf!
Obrigado por lerem e comentem para me ajudar a continuar escrevendo.



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Eu abri lentamente as folhas em minha mão e lá estavam as palavras de Lucas, as últimas palavras de Lucas, eu não queria lê-las, mas mesmo assim eu queria, eu não sei se aguentaria, mas essa seria a única oportunidade que eu teria, não poderia arriscar que Peter me visse ler aquela carta, eu finalmente estava sozinha, só eu e aquela carta.

Querida Jasmine,

Eu sei que este é um jeito formal para começar a carta que conta nossa história, mas eu não sou bom com palavras e você sabe disso, eu escrevi porque quero que essas sejam as minhas últimas palavras eu sei que eu vou morrer, eu sinto o sangue correndo pela minha testa, meu coração bate rápido demais, os Begaones estão do lado de fora da minha porta, eu estou trancado aqui neste quarto onde talvez você encontre essa carta, eu sei que vou sofrer, mas não pretendo de comprometer.

Eu sei que eu posso ser clichê as vezes, mas a verdade é que eu te amo, eu queria poder lhe dar um último beijo e um último abraço, mas quero que saiba que morri pensando em seu rosto, o jeito em como sorria, como fica bonita em suas roupas pretas, como eu te acho linda.

Eu sei clichê, você não gosta muito...Mas, eu preciso encher seu saco uma última vez não é mesmo Jas, foi isso que eu fiz toda a minha vida. Apesar de tudo, eu quero que você saiba eu quero que você procure por vingança, eu não ligo se eles merecem perdão ou não, eu sei que vou morrer da pior forma possível então mate-os.

Eu parei de ler, minhas lágrimas caiam sobre o sangue seco de Lucas. Eu respirei fundo mais uma vez e deixei que as lágrimas rolassem a vontade. Eu parei de chorar e recomecei a leitura.

Eu sei que você consegue fazer isso Jasmine, você precisa voltar a ser como era antes, quando veio aqui senti que alguma coisa tinha mudado, você estava diferente, acho que a prisão fez você ficar mais feliz e aberta, meio estranha, mas acho que é isso. E eu te conheço muito bem e sei que você é bem estranha às vezes Jas, mas eu gosto desse seu jeito estranho. Só que agora eu peço que volte a ser como era antes.

Prepare-se porque isso é só o começo de uma guerra que nós começamos juntos, temos muita fama no reino, e parece que se Julie andar com você, ela vai ficar que nem você, e acho que nem eu, nem você queremos isso, então quero que você lhe de um ótimo futuro. Que ela trabalhe, que ela tenha um marido filhos, e não uma legião de guardas.

Com muito amor, lhe dou minhas últimas palavras minha amada Jasmine.

Lucas.

Levantei-me daquele sofá e segurei aquelas páginas contra o meu corpo, ele queria que Julie tivesse um futuro assim como eu, enrolei-as e coloquei na minha calça, sai para pisar no chão lamacento, as gotas de água molhavam o topo de minhas cabeça, estava chovendo e minha visão ficava embaçada graças as grossas gotas d’água e em poucos segundos estava encharcada, a luz noturna me agradava, eu gostava da chuva, eu fiquei lá sentindo meus pés contra a terra lamacenta e então procurei ao redor pelo meu cavalo. Ele estava parado tomando a pesada chuva em suas costas então subi em seu lombo.

Não liguei para a dor de minhas pernas queimadas pela fricção contra o couro do cavalo, nem para a dor do corte que eu tinha feito, só precisava voltar para o castelo buscar Julie pegar o meu dinheiro com o príncipe e sair de lá para que Vincent me seguisse e eu o mate-se, e deixar Peter para trás sem questionar. Só isso, não era difícil, eu estou fazendo isso por Lucas e por mim. Ele quer vingança e isso só me da mais cede de sangue. Minhas lágrimas cessaram de vez, as únicas gotas de água que de agora em diante acariciariam a pele de meu rosto seriam as águas da chuva.

Eu avistei o castelo e adentrei novamente nos estábulos, quantas vezes eu já tinha feito este caminho? Eu pulei a janela mais uma vez, a porta do quarto estava entreaberta, eu andei até lá uma dor latejante atingiu minha perna o corte que eu tinha feito, fazendo com que eu tivesse que me apoiar na parede gemendo um pouco d dor. Eu manquei até o quarto que estava totalmente vazio. Sentei-me à mesa, meu kit médico estava em logo em frente puxei-o para perto de mim. Peguei meus panos e os encharquei com o líquido para limpar a sujeira e o sangue.

Eu tinha deixado um rastro de água e a cadeira estava encharcada, peguei outro pano seco e tirei o excesso de água e comecei a limpar o machucado. Ardia, mas eu suportei a dor meu coração bateu mais rápido quando a dor chegou a seu ápice, eu não precisaria de pontos, mas o machucado estava bem feio. Fiz um curativo simples e tentei apoiar minha perna no chão. Não tive muita dificuldade.

Puxei a carta de minha calça e peguei o colar de meu pescoço revelando a chave de meu baú, segui até meu quarto e cuidadosamente eu o abri, todas as minhas armas e as minhas roupas de assassino, coloquei cuidadosamente a carta úmida de Lucas no topo de tudo e voltei a trancar o baú. Nessa hora Julie apareceu na porta.

“Você precisa parar de desaparecer desse jeito.” Ela disse apoiada contra a porta.

“Desculpe, tinha coisas importantes a fazer.” Eu disse mentindo um pouco.

“Vá se secar, senão você vai ficar doente.” Ela disse me jogando uma toalha.

“Peter e Jasper estão ai?” eu perguntei-lhe.

“Não, eu já tranquei a porta do quarto.” Eu tirei minha roupa.

. “Posso conversar com você Julie?” eu disse sentando-me na cama enrolada na toalha.

“Sim, claro.” Ela se sentou ao meu lado.

“Eu só queria falar, desculpe por ficar sumindo assim, mas depois da morte de Lucas é mais difícil de eu controlar meus sentimentos.” eu não queria falar muito só queria Julie ao meu lado.

“Eu te entendo Jas, mas me fale ok? É muito difícil perder alguém tão próximo.” Ela me abraçou pelo ombro.

“Mas, desculpe do mesmo jeito.” Eu disse retribuindo o abraço.

“Não se preocupe, só não faça mais isso. Se arrume, vista uma roupa, vamos sair daqui hoje mesmo, pode deixar que eu arrumo as coisas.” Eu assenti e me levantei.

Julie saiu do quarto enquanto eu peguei minhas roupas pretas de meu baú, vesti-as peguei poucas armas, algumas facas somente e uma adaga. Sai de meu quarto Julie me olhou com uma cara estranha, mas eu não liguei simplesmente sai do quarto sem tempo para ela questionar o que eu iria fazer. A escuridão me escondeu no corredor, fiz o mesmo caminho para a sala do trono do príncipe Gregory.

Pulei pela pequena janela meu instinto naquela hora falou para não ir lá, mas eu precisava do dinheiro, e lá estava Gregory sentado em seu trono, ele estava sem nenhum guarda dessa vez, pulei no chão logo a sua frente e ele sorriu alegremente a me ver.

“Vejo que voltou pelo dinheiro!” ele disse se levantando.

“Só pelo dinheiro príncipe, fiz exatamente o que pediu.” Ele se aproximou de mim.

“É, exatamente, só pelo dinheiro, você não é realmente tão inteligente como dizem.” Ele puxou o meu queixo me fazendo olhar para ele.

“Não somos tão íntimos assim.” Eu tirei as mãos do príncipe de mim.

“Você é tão bonita Jasmine, tem certeza que não quer nada com um príncipe como eu.” Seu corpo estava muito perto de mim.

“Tenho.” Eu dei um passo para trás “Eu não trabalho com isso, chame uma prostituta que você ganha mais.”

“Não quero prostitutas, quero você Jasmine.” Ele cobriu a distancia entre nós.

“Mas, eu não quero você.” Eu segurei-o pelo colarinho “Eu posso mata-lo se quiser, e você sabe muito bem disso.”

“Mas, você não vai, sabe por quê? Porque você não quer mais levantar suspeitas sobre você, você quer ser livre.” Eu tentei andar mais para trás, mas esbarrei em uma parede.

“Não tem mais para onde fugir assassina.” Eu puxei minha faca e coloquei-a em seu pescoço.

“Sai de perto de mim.” Eu gritei.

“Vamos nos acalmar vamos?” ele se afastou de mim.

Eu não vacilei continuei com a faca levantada e apontada para seu pescoço, eu não tremia, eu não tinha medo de mata-lo, eu estava voltando a ser quem eu era, sangue frio se ele fizesse algo contra mim eu o mataria sem excitação. Eu estava pronta para matar novamente.

A porta se arrombou com um estrondo seis guardas adentraram o lugar, eu deveria ter gritado muito alto, eles empunhavam lanças e espadas, puxei minhas duas adagas e me preparei para lutar.

“Ataquem-na, ela quer me matar, mas não a mate eu quero interroga-la.” Ele sorriu maliciosamente para mim.

Filha da mãe segurei firme minha adaga, e então os primeiros dois guardas atacaram, eles investiram contra mim, a lança passou raspando em minha cintura, mas eu desviei, a espada foi mirada em meu pescoço mas eu a amparei com minha adaga, enfiei a outra adaga livre na jugular do primeiro guarda, puxei-a de volta, então com o guarda caído agachei-me desviando do ataque de outro guarda que veio correndo em minha direção e enfiei a adaga atrás do joelho que cada um deles fazendo-os caírem no chão, minhas adagas estavam sujas de sangue. Só restavam mais três, o barulho de metal contra metal das armaduras dos guardas facilitava a localização dele na escuridão, subi em uma pilastra e os guardas me seguiram sem conseguir escalar o monumento. Os três estavam parados bem perto da pilastra, pulei em cima de dois e enfiei as adagas nos pontos fracos das armaduras matando-os instantaneamente, só mais um a minha direita, puxei a adaga de minha mão esquerda e enfiei entre dois pontos de ligação da armadura perto de suas costelas, então ele caiu desacordado no chão.

Minhas mãos estavam limpas, eu ainda matava sem me sujar, não tinha perdido a técnica, puxei um pedaço de tecido da roupa de um dos guardas e limpei minhas duas adagas, então elas estavam sem sangue. Ouvi um bater de palmas atrás de mim, virei-me apontando as adagas para a escuridão, ao fundo eu consegui observar o brilho de joias, era Gregory.

“Muito bem, muito bem, você é muito boa, isso só me faz querer mais você.” Ela apareceu sob as luzes das velas.

“Cale a boca Gregory, eu só quero meu dinheiro e se for preciso mata-lo para isso, eu irei fazê-lo.”

“Você não vai, porque eu não vou deixar!” era uma ameaça.

“Quem disse?” eu indaguei.

“Hora de dormir Jasmine. Não se preocupe não irei tocar em sua máscara é uma promessa.”

Eu vi de relance um homem na porta segurando uma minúscula besta, eu ouvi a sua chegada, um dardo sonífero estava apoiado no fio elástico, dobrei meus joelhos para poder me esquivar e então a dor de meu corte fez com que eu não conseguisse me mexer então eu passei minha mão no lugar onde o dardo tinha entrado, eu não tive forças para me manter de pé e caí de joelhos o dardo caiu no chão com um som metálico, como eu fui vacilar desse jeito, e era isso que ia me fazer ser praticamente estuprada pelo príncipe, ótimo, delicioso. Lá se vão minhas adagas, e minha virgindade. Sim sou virgem, nunca transei com Lucas, sou pura, não tão pura, mas sim nesse sentido pura.

E então meu corpo caiu pesadamente no chão não sentia mais nenhum músculo não conseguia controlar meu corpo, meus olhos ficaram pesados, tudo começou a ficar embaçado, minha visão ficou preta aos cantos, e tudo foi se fechando, então tudo ficou preto, a escuridão tomou conta da minha visão. Eu estava no mundo dos sonhos.


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Notas finais do capítulo

Obrigado por lerem e comentem.