Minha Namorada de Mentira escrita por TamY


Capítulo 39
quando não há Palavras...


Notas iniciais do capítulo

Promessa é divida... :D
espero que gostem e comentem... vocês fazem essa fic com seus comentarios, não se esqueçam disso.
o titulo é o titulo de uma musica que estava ouvindo enquanto estava escrevendo... então talvez nem tenha haver com a fic, mas me serviu de inspiração. :D kkkkkkkkkk....
boa leitura.



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## Delegacia ##

– Douglas Maldonado! Disse Carlos Daniel olhando a foto de seu amigo Michel em sua mão, sim, agora tudo fazia sentido.

– Esse seu amigo tem alguma inimizade com esse Douglas Maldonado? Perguntou Edmundo olhando seriamente para Carlos Daniel. Como ele poderia ter tanta certeza para dizer que um dos homens mais importantes estaria envolvido em um sequestro.

– se ele tiver descoberto que Michel mentiu para ele , sim, Douglas teria motivos suficientes para fazer tudo isso! Disse olhando Edmundo muito seriamente.

– e onde Paulina Martins entra em toda essa historia? Perguntou Edmundo não entendendo absolutamente nada.

– no momento preciso apenas que acredite em mim e coloque seus homens atrás de Douglas Maldonado, tenho certeza de que ele esta por trás de tudo isso, ele mais que qualquer um teria motivos para tudo isso! Disse Carlos Daniel de forma apressada.

– esta bem! Disse Edmundo enquanto pegava seu telefone e dava as ordens necessárias. – mas vou querer uma explicação mais tarde! Completou olhando Carlos Daniel seriamente.

## Cativeiro ##

– Vamos La, Paulina! Dizia Douglas enquanto obrigava paulina a apontar a arma para seu amigo. – acabe com o sofrimento dele ou eu vou acabar com vocês o de vocês dois! Dizia com irritação.

– Não me obrigue a fazer isso, Douglas! Implorou Paulina chorando copiosamente. – Não me obrigue! Pediu fechando os olhos apertados tentando afastar de sua mente a imagem de seu amigo já quase sem vida, tentando afastar a sensação do metal gélido em sua mão, o som gélido da voz de Douglas em sua cabeça. – deixe-o ir! Pediu abrindo os olhos e o olhando em suplica.

– Muito bem! Disse Douglas suspirando cansado e retirando das mãos de Paulina a arma que a pouco a obrigava a segurar e apontar Para Michel que continuava imóvel.

Douglas afastou-se de Paulina apenas alguns passos em direção a Michel, mantinha um silencio ensurdecedor, apenas os soluços de Paulina preenchiam o vazio. Douglas analisou a imagem destruída de Paulina totalmente descontrolada em um choro copioso... seu rosto retorcido em dor, medo, angustia. Ela estava destruída.

– Me diga uma coisa... dizia Douglas enquanto mais uma vez se aproximava de Paulina ajoelhando-se a sua frente para conseguir olhar em seus olhos. – apenas me diga porque deveria deixar seu amigo viver? Perguntou a olhando.

Paulina ergueu a cabeça... silenciando os soluços, Douglas estaria pensando em dar uma chance ao seu amigo de viver? Pensava enquanto seu coração batia acelerado no peito diante da possibilidade de que ao menos seu grande amigo pudesse sair dessa com vida.

– ele não te fez nada! Disse juntando toda sua coragem e o olhando nos olhos.

– ele me arruinou! Rebateu Douglas com ódio.

– Como? Perguntou franzindo a testa. – ele não faria algo assim! Rebateu confusa sobre o que Douglas estava dizendo.

– seu amigo andou escondendo de você algumas coisas! Disse sorrindo de canto. – por culpa do incherido do seu amigo eu estou arruinado, ele se fez passar por outra pessoa ganhou minha confiança... e todos meus sócios, o banco... todos descobriram os golpes que dava na empresa e agora estou sem nada, minha fortuna foi congelada e eu posso ir preso! Explicou observando as reações surpresas de paulina. – tudo para conseguir uma confissão minha sobre a armação que te separou do Carlos Daniel! Completou.

– então... disse entendendo tudo.

– tenho motivos suficientes para acabar com a vida desse desgraçado! Disse se colocando de pé rapidamente.

– Douglas, por favor! Pediu.

– Não peça por seu amigo! Disse olhando Paulina de maneira fria. – porque ele não vai sair dessa sala com vida!

– Douglas! Pediu novamente. – faço qualquer coisa, mas deixe que ele viva! Pediu.

– é uma proposta tentadora! Disse sem desviar o olhar de Michel.

Douglas estava completamente fora de si, seu olhar era algo como um carrasco que sentia prazer em ver sua vitima sofrer, agonizar ate a morte... sim, a morte era a única coisa que poderia satisfazer a vingança de Douglas. E ele não estava disposto a mudar isso.

– então... deixe-o... e... e podemos sair daqui, poderíamos ir para algum lugar! Sugeriu Paulina atropelando as palavras, enquanto tentava engolir o nó que apertava sua garganta. – algum lugar bem longe... por favor!

– não existe lugar nesse mundo onde eu não corra o risco de ser preso, de passar o resto da vida em uma cadeia, e não vou suportar isso! Disse de forma irritada.

– o que você pretende, Douglas? Perguntou Paulina sentindo seu coração aperta.

–logo tudo isso vai acabar! Disse lhe oferecendo um sorriso. – não se preocupe com nada minha cara!

– Douglas você não esta raciocinando direito! Disse paulina o olhando com a testa franzida, Douglas tinha enlouquecido.

– engana-se... sei muito bem o que estou fazendo... e nada nesse mundo me fará voltar atrás em meus planos.

Enquanto Douglas falava com Paulina não tirava os olhos de Michel que ainda permanecia pendurado pelos pés de cabeça para baixo, embaixo de si, a apenas alguns centímetros uma poça de sangue que escorria de seus ferimentos formava uma poça de sangue.

Mal se podia ver sua respiração...

– muito bem... já estamos conversados! Disse olhando paulina de forma fria.

– Douglas... não o deixe assim! Pediu Paulina, Douglas já ia em direção a porta quando parou sem se virar...- por tudo de mais sagrado não o deixe assim ou ele vai morrer!

As coisas aconteceram de forma tão rápida que paulina mal teve tempo para fechar os olhos... e não deixar que sua mente gravasse aquela cena que à atormentaria para sempre. Douglas simplesmente apontou a arma em sua mão na direção de Michel e sem pensar duas vezes apertou o gatilho... a sala com pouca luz acendeu-se em um clarão que apagou-se tão rápido quando acendeu.

Paulina poderia jurar poder ouvir o momento em que a bala rasgou a carne de seu amigo ceifando sua vida no mesmo instante.

O choque dominou o corpo de Paulina que encolheu-se o Maximo que conseguia estando amarrada à aquela cadeira, Douglas simplesmente o matara, assim, em sua frente sem um pingo de misericórdia.

– lembre-se disse! Disse Douglas sem se virar para olhar a mulher devastada a suas costas. – você matou seu amigo, a culpa é sua, você destroi a vida de todos que se aproximam de você! Disse saindo e fechando a porta da sala a deixando ainda mais escura.

Paulina tremia acolhida pelo frio da morte, seus olhos antes secos agora transbordavam com suas lagrimas de dor, pesar... perdera, Douglas ganhara e agora Paulina sabia disso.

Seu corpo estava fraco pelo choro, pelas dores musculares pelas horas em uma mesma posição e a sua frente o corpo de seu amigo ainda pendurado a sua frente, a sala cheirava a mofo e sangue... Paulina não conseguia sequer olhar para seu amigo.

– Ah Michel.... disse em um sussurro. – meu amigo... porque você tinha de se meter com ele? Perguntava como se a qualquer momento o amigo fosse se justificar.

Paulina não sabia dizer quanto tempo se passou ali de cabeça baixa, chorando... a esse ponto suas lagrimas haviam secado e só havia a dor da perda de uma pessoa muito querida. Ainda não conseguira reunir forças para olhar para seu amigo. Como poderia? Sentia-se tão culpada.

– como eu sinto por isso! Disse em um fio de voz tremula. – tudo poderia ter sido diferente... ah Michel... o que farei sem você? Perguntou Paulina obrigando-se a levantar a cabeça e olhá-lo pela primeira vez. – o que faremos sem você? Perguntou lembrando-se da promessa do amigo de que os dois criariam seu bebê se preciso fosse.

O pouco de claridade que entrava por uma pequena e suja janela aos poucos foi sumindo indicando que o dia se fora dando lugar a noite escura, fria...

– preparada para sair desse lugar? Perguntou Douglas entrando na sala e acendendo uma fraca luz que tremulou.

– Vá para o inferno, Douglas! Cuspiu Paulina o olhando cheia de ódio.

– uau! Disse surpreso. – finalmente esta mostrando quem realmente é! Disse divertido.

Paulina nada respondeu recusava-se a discutir qualquer coisa com o assassino de seu amigo... e quem sabe seu próprio.

– que tal darmos um passeio? Perguntou Douglas aproximando-se e a desamarrando.

Paulina não se permitiu perguntar onde iriam... antes de atravessar pela porta permitiu-se um ultimo olhar para Michel. Poderia existir um resquício de vida ainda em seu corpo, lutando para viver? Se perguntou, mas rapidamente matou qualquer esperança que pudesse alimentar “Adeus, Amigo!” pensou enquanto desviava o olhar enquanto seguiam pela imunda casa desviando de cadeiras velhas desmontadas e um sofá empoeirado e comido por traças...

# Delegacia#

– Aguente firme meu amor! Pedia Carlos Daniel enquanto olhava pela janela. – por favor, aguente! Pediu mais uma vez.

A cada minuto que passava sem uma noticia do paradeiro de Paulina mais Carlos Daniel sentia seu coração apertar... tentava se manter otimista... mas houve momentos que fraquejou e entregou-se aos pensamentos negativos.

Mas se recurava a aceitar que as coisas terminariam assim...

– Carlos Daniel! Disse Edmundo chamando sua atenção para sua presença na sala.

– Conseguiram alguma pista?perguntou virando-se rapidamente para o amigo que o olhava de forma seria, profissional.

– não é nada certo! Disse o olhando. – mas...

– Mas o que Edmundo? Perguntou angustiado. – encontrou alguma pista? Perguntou novamente enquanto sentia que seu coração poderia explodir em seu peito a qualquer instante.

– bom... a algumas horas recebemos informação de que um avião particular foi alugado! Disse pensativo.

– ele esta tentando sair do pais! Exclamou Carlos Daniel alarmado.

Se Douglas conseguisse sair do pais seria quase impossível encontrá-lo... isso não podia acontecer.

– o nome da pessoa que alugou o avião não é o de Douglas... só estranhamos por ser o avião que Douglas sempre usa para suas viagens! Disse pensativo.

– é claro que é ele... esta usando nome falso! Disse Carlos Daniel seriamente.

– também achamos em alguns minutos mandaremos algumas unidades verificar! Disse casualmente.

– eu vou também! Disse Carlos Daniel já pegando seu casaco e o vestido indicando sua pressa em acompanhar os policiais.

– imaginei que não poderia segurá-lo aqui! Disse sorrindo.

Carlos Daniel não tinha mudado em nada esse jeito impulsivo desde os anos de faculdade pensou Douglas.

Antes que conseguissem sair da sala um policial apareceu na sala com pressa e em suas mãos um papel que entregou a Edmundo que o leu com atenção.

– conseguiram descobrir de onde veio a ligação que alugou o tal avião... mandaremos duas unidades, uma ira para o aeroporto e a outra ate o endereço... fica afastado da cidade! Explicou quanto Carlos Daniel o olhou esperando por algo que pudesse leva-los ate Paulina e seu amigo Michel.

– Vou com você ate esse endereço! Disse Carlos Daniel mudando seus planos de ir ate o aeroporto.

– então vamos logo porque talvez ainda conseguimos o pegar antes que chegue ate o aeroporto.

Carlos Daniel e Edmundo saíram junto à unidade destinada a seguir ate o endereço...

## Cativeiro ##

– Precisamos ir... não vai demorar muito para a policia conseguir nos rastrear! Douglas disse de forma nervosa, o cerco estava se fechando para ele.

Paulina observava Douglas com um olhar sombrio, quem poderia imaginar que naquela moça angelical, doce poderia acrescer tais sentimentos de ódio? Sua dor Alimentava tal sentimento, seu amigo não merecia tal destino. Enquanto estava sentada naquele sofá cheio de mofo Paulina sempre lançava seu olhar para a porta de onde viera, onde seu amigo ainda estava como um animal.

Não havia mais lagrimas em seus olhos, apenas um olhar frio e cheio de raiva, de ódio... e mesmo diante de tudo Paulina não podia deixar de pensar o que aconteceria com ela e por consequência com seu bebe... alguma coisa não estava certa, sentia uma Fraca cólica e sentia medo por seu pequeno. O que faria se o perdesse também? Perguntava –se enquanto tentava pensar em outra coisa que não fosse perdê-lo. mas tal fato parecia inevitável.

– o que tanto olha ali? Perguntou Douglas sentando-se ao lado de paulina e seguindo com seu olhar para o ponto onde Paulina tanto olhava, a porta semi serrada onde seu amigo estava – ah... disse sorrindo. – não se preocupe, seu amigo ficara bem! Disse dando de ombros para a dor que aquelas palavras poderiam causar em Paulina.

– você também ficara! Disse paulina de forma fria o olhando nos olhos.

– o que quer dizer? Perguntou devolvendo o olhar de forma intimidadora, mas Paulina não se permitiu intimidar-se por aquele assassino.

Paulina não respondeu a sua pergunta, e sustentou o olhar ate que Douglas o quebrou levantando-se de seu lado e a puxando pelo braço para que se colocasse de pé e de forma brusca a puxou para fora da casa.... estava escuro e apenas a pouca luz que emanava das vidraças da casa iluminava o caminho ate uma van preta estacionada a alguns metros da porta.

Paulina não esboçou qualquer reação. o seguiu sem fazer perguntas sem tentar lutar. Douglas estava em vantagem sobre Paulina, mas dentro dela sua força era alimentada pelo ódio que crescia a cada minuto em seu coração que nunca conheceu o quanto esse sentimento tão ruim poderia dar forças a uma pessoa.

“ talvez você nem chegue a nascer!” pensava Paulina enquanto colocava as mãos em seu ventre onde seu pequeno ainda se segurava pela vida que talvez nunca chegasse a ter. “ eu preciso!” pensava. “ não existe outra maneira!”

Enquanto seguiam pelas escuras estradas Paulina deixava tudo para trás... e mesmo diante de tanta dor não podia esconder um fraco sorriso ao pensar em Carlos Daniel o amor da sua vida... vovó Piedade, Rodrigo ... os amigos que conheceu quando se meteu nas ideias malucas de seu amigo Michel... lembrou do acampamento que fizeram das risadas que deram e sentiu seu coração ficar pequeno com tudo que deixava para trás. Mas por enquanto vamos ate o fim da estrada e então... então Pularemos....


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Notas finais do capítulo

Gostaram?
que tal comentarem?
o que acharam? Paulina deve se vingar?
me ajude a montar o proximo capitulo! :D comentem ai o que desejariam que acontecesse no proximo capitulo!

Bjus e ate qualquer hora! :D
#TamY