O Legado de Lily Potter escrita por O Coração Negro, Lana


Capítulo 4
Capítulo 3 – No Expresso Hogwarts




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/428781/chapter/4

Respirei fundo e olhei para Hugo, meu primo me olhou como se implorasse “não”, mas eu simplesmente tinha que fazer isso. Olhei pela janela e os dois conversavam como se tramassem.Eu cresci com James, logo aquelas caras culpadas não me enganavam. Abri a porta de súbito, pude ouvir apenas uma curta frase “eles estão assustados”;decidi não iria me preocupar com quem estava assustado, tinha meus próprios assuntos a resolver.

Ambos nos olharam com olhos arregalados, adorei ver o rosto assustado deles, como se medissem o quanto ouvimos, sem dúvidas eles tinham algo em mente. Os estranhos pareceram tentar se recompor, o de óculos começou a brincar com as figuras de sapo de chocolate e o grosseiro da plataforma começou a ler o livro padrão de feitiços do segundo ano.

Muita coisa passou pela minha mente ao mesmo tempo, meu lado malvado pensou em blefar “Ouvi tudo, vão ter que fazer meus deveres até o fim do ano ou irei delatar”, porém meu lado curioso queria realmente colocar todos os pingos nos is, e a chantagem podia ficar para depois. Devia começar com um “Obrigada”, me apresentar ou simplesmente transformar as orelhas do babaca em rabanete? No fim quem se decidiu por mim foi Hugo.

-Podemos nos sentar? – perguntou meu primo parecendo mais incomodado com a situação do que eu, ambos os estranhos se olharam como se esperassem o outro responder, atéque balançaram a cabeça afirmativamente. Eu e Hugo nos sentamos de frente um para o outro, eu me sentei ao lado do loiro e Hugo do moreno.

Por algum tempo - me pareceu ser muitos minutos - o silêncio reinou sobre o lugar, o que me fez ficar realmente incomodada. Queria começar o assunto, mas novamente não sabia como. O garoto que me salvou também não estava à vontade, isso estava visível, pois ele deixava transparecer com cenho franzido.

-E então, vocês são de qual casa de Hogwarts? – Hugo tentou ser amigável e puxar algum assunto, embora eu soubesse que ele não queria fazer isso.

Nenhuma resposta. Era como se não houvesse mais ninguém ali além de nós dois, pois a dupla à nossa frente nos ignorava.

Comecei a bater a ponta dos dedos na janela produzindo um som irritante. O menino com o rosto pontudo, olhos claros e cabelos muito loiros me olhou com irritação, na tentativa de que me fizesse temer seu olhar e parasse com o gesto. Eu apenas intensifiquei o barulho, que o fez grunhir de raiva.

Ele tentou se controlar.

- Você poderia parar com isso, Lily? – ele disse severamente.

Eu me assustei com a menção de meu nome, e Hugo retesou ao meu lado. Eu devo ter feito uma expressão de confusão, que o fez sorrir sarcasticamente. O garoto que me salvou parecia estar em outra dimensão nesse momento.

- Como você sabe meu nome? Eu não me recordo de ter me apresentado. – eu perguntei inocentemente, repreendendo-me logo em seguida por continuar o assunto com os dois suspeitos.

- Quem não saberia que você é a filha caçula do famoso Harry Potter? – ele respondeu, e no mesmo instante seu amigo se voltou para mim. E ele não estava nada surpreso, o que me fez ter certeza de que, de alguma forma, ele me conhecia.

Quanto ao garoto loiro, me senti extremamente lesada por não ter notado antes. Pelo sorriso irônico e os cabelos albinos, ele só poderia ser um dos Malfoy. Meu pai havia falado deles algumas vezes, embora nunca tenha entrado em detalhes.

- Então se já me conhecem, poderiam se apresentar também? Não gosto de ficar conversando com completos estranhos.

Eles se entreolharam e depois riram. Estariam, por algum acaso, debochando da minha cara?

- Por quê? A mamãe ensinou a não conversar com estranhos? Então fique calada! – obviamente, quem disse isso foi o garoto Malfoy.

- Não fale assim com ela! – Hugo levantou-se abruptamente. Tive que segurá-lo para que não fizesse nenhuma besteira. Pedi que se acalmasse, e em seguida, olhei diretamente para o garoto de cabelos e olhos negros.

- Por que me salvou aquele dia, na Bulgária? – ele, por um instante, pareceu assustado com minha pergunta, mas logo pude ver seus músculos relaxarem.

- Do que você está falando? – ele disse simplesmente.

Minhas sobrancelhas arquearam. Eu ouvi direito? Ele estava fingindo que não sabia de nada... Onde ele queria chegar com isso?

- Não é possível que você não se lembre, não faz tanto tempo assim. Eu só quero saber o motivo! – eu disse um pouco irritada.

- Não me lembro de ter te visto antes, você deve estar se confundindo. – ele deu de ombros, enquanto o loiro se segurava para não rir. Eles estavam claramente mentindo.

Hugo, vermelho de raiva, levantou-se e escancarou a porta da cabine.

- Vamos embora daqui Lily.

Levantei-me dando uma última olhada em direção aos dois. O garoto loiro não me importava muito, ele estava querendo me irritar a todo custo; o que me confundia era o moreno, que havia voltado à sua expressão indiferente, e agora olhava fixamente para a janela.

Ele provavelmente esconde alguma coisa, e não quer contar por algum motivo, mas eu tenho o direito de saber, e sei que uma hora ou outra irei descobrir.

Fiquei criando hipóteses enquanto Hugo me arrastava pelo trem em busca de alguma cabine com lugares disponíveis, até porque acho difícil que encontremos alguma vazia para nós dois.

Eu sinceramente não estava satisfeita, a conversa não apenas havia sido profundamente desagradável, como também Hugo ficou estranhamente satisfeito.

- Agora vamos esquecer isso? Eu disse que não era uma boa idéia. – disse Hugo meio cheio de si e um pouco irritado.

Eu adoraria ter dito, “Nunca!”, mas me contentei em fazer “hum”, porem não queria continuar discutindo em um corredor enquanto procuramos nossos lugares e me sentia tentada a transformar de novo as mãos de Hugo em patas de macaco caso ele continuasse me irritando naquele dia. Não iria dar o braço a torcer e ainda não havia desistido de descobrir como aquele garoto havia usado magia fora da escola e porque negava ter feito. Ele havia salvado minha vida e agora, me deixado completamente possessa.

Eu estava tão irritada que disparei corredor afora pisando pesado com Hugo nos meus calcanhares, olhava rápido pela maioria das cabines apenas para descobrir que as chances de conseguir lugares era baixa, Hugo apenas atrasava, ele tinha dificuldade de passar entre a torrente de estudantes fazendo com que a todos os momentos eu tivesse que parar para ajudar ele a se levantar ou para nos desculparmos com alguém.

Já estávamos chegando próximos ao fim de um corredor quando uma porta abre do nada e Hugo conseguiu tropeçar em alguém. Era uma garota de rosto fino, cabelos pretos lisos e parecia ter treze, ela tinha o meu tamanho e estava com um grande copo de suco de abobora na mão, o que aconteceu em seguida foi o suco derramar completamente nas frentes da roupa da estranha.

- Desculpa! – Hugo se apressou a dizer completamente estabanado, meu querido primo vez menção de limpar sem jeito as frentes das vestes da garota, mas foi incapaz de tocar nela visivelmente atrapalhado. Olhei para a garota, que parecia furiosa, vi a mão dela se deslocar para dentro das vestes, geralmente o local em que uma bruxa guardaria a varinha, então seus se moveram para mim de volta para meu primo, à fúria dela pareceu abrandar, como quem conta até dez para relaxar, eentão seu rosto se tornou uma mascara inexpressiva e sorriu gentilmente, porém o que passou pela minha cabeça foi “fingida”.

- Não tem problema, foi um acidente! – disse a garota se adiantando e tentando limpar as roupas sem sucesso com um lenço de seda vermelho.

- Realmente sinto muito! – Hugo parecia visivelmente constrangido, por algum motivo algumas pessoas começaram a se amontoar no corredor para ver, alguns chegaram a sair de suas cabines.

- Sem problema, eu limpo depois com magia. – disse a garota, porém não pude deixar de notar que ela não parecia feliz e não olhava diretamente para Hugo – Você é Lily Potter? – ela acrescentou me olhando com um sorriso de orelha a orelha, eu assenti fazendo seu sorriso se alargar.

- Desculpe por meu primo, mas temos que ir procurar lugares vagos. – disse o mais calma que pude, mas o que realmente queria dizer era “por que todo mundo sabe meu nome ultimamente?!”, fora que o jeito que ela ignorou Hugo realmente me irritou.

- Meu nome é Kirche – disse a garota - KircheGramont, acho que posso te ajudar a conseguir um lugar. –Kirche estalou os dedos e um dos garotos da cabine dela imediatamente se levantou e saiu pelo corredor para procurar outro lugar.

A maioria das pessoas ficaria extremamente feliz de alguém ser cavalheiro e ceder seu lugar, normalmente eu ficaria, porém hoje havia brigado com minha melhor amiga, dois idiotas haviam me perturbado. A atitude dela realmente me irritou, era como se ela mandasse em seus amigos, se é que as pessoas da cabine eram seus amigos.

Olhei para o interior, havia mais quatro pessoas lá dentro e o grupo era composto por um garoto que parecia ter dezessete e três garotas, uma devia ter quinze e as outras duas quatorze. Todos, assim como o cara que havia cedido o lugar e a tal Kirche usavam o mesmo distintivo no peito com as iniciais F.O.O.P, porém não imaginava o que podia significar.

- Temos um lugar vago para vocêLily. – disse Kirche enquanto tirava o suco de abóbora da das vestes, ela sorria e os outros membros da cabine também, vi cobiça passar pelos olhos da garota, me senti tensa apesar do sorriso.

- Desculpe, mas eu e meu primo vamos procurar lugares vagos. – disse em tom frio, o sorriso da garota fraquejou um pouco.

- Tenho certeza de que ele não se importa, o trem está lotado. – disse Kirche ainda ignorando Hugo completamente. – Eu insisto, vai ser divertido, temos muita comida e muito o que conversar.

O corredor ficava cada vez mais lotado, se era porque os alunos esperavam que fosse começar uma briga ou simplesmente estávamos bloqueando o corredor eu não sabia, talvez os dois, mas a tensão que sentia era impressionante, a garota apertou o distintivo no peito e foi seguida por seus companheiros, as paredes do corredor ficaram com os dizeres “Frente de Oposição a opressão dos povos”, escrito em verde vivo.

- Frente de Oposição à Opressão dos Povos? – perguntei confusa, a garota pareceu satisfeita.

- Sim! Comecei esse clube para alertar a sociedade bruxa das diversas injustiças que existem na comunidade! – disse Kirche tomando fôlego e falando o que parecia ser uma porção de frases decoradas – Tem noção das implicações que o sigilo na magia tem na sociedade trouxa? Por que temos que nos esconder?

- Você está dizendo que devemos dominar os trouxas? – perguntou Hugo tentando entrar na conversa, Kirche olhou feio para ele, mas não se deixou abater.

- Não! Pelo contrario, devíamos ajudá-los! – continuou a garota, o trem sacolejou e eu realmente queria procurar lugares vagos, mas Kirche parecia realmente interessada em explicar tudo sobre o grupo, ela deve ter falado durante dez minutos um grande texto como se lesse em uma folha de papel, eu nem mesmo me dava ao trabalho de ouvir, estava meramente consciente de que a boca dela estava se mexendo.

- Então, nos acompanhe em nossa cabine e posso te falar mais sobre o movimento, ficaremos ainda mais felizes se você decidir fazer parte! – disse Kirche feliz.

- Não, prefiro procurar um lugar vago para mim e meu primo. – disse com firmeza. Uma das garotas do compartimento suspirou e fez como se fosse se levantar para dar lugar a Hugo (pelo menos eu assim imaginava) – Não se dê ao trabalho, nós vamos procurar nossos próprios lugares. – a garota se sentou, o sorriso de Kirche desapareceu completamente, eu me virei – vamos Hugo.

- Nós insistimos. – disse Kiche segurando meu braço.

- Quando me disseram que alunos estavam tumultuando o corredor eu mal pude acreditar! Sugiro que todos aqueles que não querem pegar uma detenção antes mesmo de chegarmos a Hogwarts. Vão para suas cabines. – disse uma voz de garota, o aperto de Kirche afrouxou e eu me virei, atrás de nós havia uma garota loira e bonita, comparável a prima Victoire e um garoto de cabelos loiros curto, eles tinham as mãos dadas e ambos um distintivo com a letra M pregado ao peito.

- Arika... – disse Kirche se retirando para a cabine, todos os outros estudantes seguiram sua deixa, a garota chamada Arika se virou para mim e Hugo.

- Ainda falta muito para chegarmos, andem e voltem para sua cabine ou decidiram pela detenção? – perguntou a garota, seu jeito de falar me lembrava tio Percy, porém mais arrogante e mandão apesar do tom de voz gentil.

Ela não precisou dizer uma terceira vez, eu e Hugo disparamos pelo corredor sem trocar uma palavra, até que chegamos ao fim do trem e dermos de cara com James.

- Por que essa cara maninha? – perguntou James que com as mãos cheias de feijões verdes que reconheci como sendo um dos mais novos produtos das GemialidadesWeasley.

- Sem lugares vagos. – disse Hugo tomando a frente e contando uma meia verdade. Minha viagem para Hogwarts não estava sendo exatamente o que eu esperava.

- Sem problemas, eu estava realmente planejando ocupar um pouco os corredores. – disse James mostrando os feijões verdes parecendo orgulhoso, ele se adiantou até a última cabine que estava cheia de alunos conversando e atirou um dos feijões por baixo da porta.

Então eu finalmente reconheci, segundo tio Jorge a idéia era um produto conveniente que “convencesse” a pessoa a querer deixar seu lugar. Era simples, assim que o feijão era arremessado ele liberava um odor verde e mal cheiroso que empesteava o lugar de tal maneira que ninguém poderia suportar. Não demorou nem cinco minutos e todos os ocupantes da cabine saírem pelo corredor com lagrimas nos olhos, James simplesmente se forçou a entrar na cabine pegar o feijão e atirar pela janela.

- Prontinho maninha! Uma cabine só para você. – disse James – Agora se me dão licença tenho que dar trabalho a nossos queridos monitores. – não se esqueça de fazer o teste para o quadribrol. – acrescentou ele me dando uma piscadela.

- Obrigada... Eu acho. – disse e me adiante me jogando no lugar recentemente desocupado, Hugo se sentou na minha frente fechando a porta atrás de si.

- O que foi que aconteceu exatamente? – perguntei.

- James sempre gostou de aprontar uma ou outra... – disse Hugo, mas eu o interrompi.

- Não isso! Na cabine do Malfoy e do outro garoto! E no corredor com a tal Kirche! – disse para ele, Hugo pareceu desconfortável com o assunto.

- Ah, isso... – disse Hugo – Podíamos esquecer disso e fingir que não aconteceu. – sugeriu Hugo esperançoso.

- Fingir que não aconteceu? – perguntei incrédula, sinceramente toda a vontade de conversar sobre minhas duvidas com ele desapareceu. Essa viagem de trem não estava sendo nem um pouco agradável até aquele momento. Primeiro dois garotos haviam tirado sarro da minha cara e depois uma garota metida a besta havia realmente me perturbado no corredor com um falatório interminável sobre algo que nem me dei ao trabalho de ouvir.

Fiquei tão incomodada com a atitude de Hugo que o ignorei por exatos vinte minutos, nem dei atenção quando ele puxou assunto sobre Quadribol, que era uma das paixões que tínhamos em comum, tampouco dei atenção quando ele contava as férias dele. Meu primo pareceu chateado, mas mesmo assim não lhe dei atenção, se ele não queria conversar sobre o que me incomodava por mim ótimo. Então uma garota abriu a porta da cabine.

Por um momento achei que seria Kirche querendo continuar a conversa insuportável, porém era uma completa estranha, a garota usava óculos, tinha cabelos pretos cacheados e olhos castanho-esverdeados, tinha minha altura e parecia ligeiramente incomodada, por um momento achei que ela era um dos ocupantes originais da cabine (mas felizmente eles não voltaram).

- As outras cabines estão cheias, será... que eu posso me sentar? – a garota corou ligeiramente, ajeitou os óculos e olhou para nós esperançosa, eu fiz que sim com a cabeça e a garota se largou em uma poltrona vazia parecendo muito feliz – meu nome é TabithaBittencurt prazer. – A garota se apresentou.

- Lily – me apressei estendendo a mão – Potter, - acrescentei, esperei algum tipo de reação, a maioria das pessoas do mundo bruxo sempre perguntavam ou mencionavam meu pai, haviam alguns que pediam autógrafos, porém aquela garota nada fez, além de sorrir em retorno e apertar minha mão. Me lembrou Beatriz.

- Hugo Weasley – disse Hugo se apresentando.

- Vocês estão começando este ano? Primeiro ano? Quero dizer... – perguntou a garota timidamente puxando assunto, Hugo fez que sim com a cabeça.

- Primeiro ano. – confirmei, a garota pareceu relaxar um pouco.

- Também... estou nervosa, tem um garoto com feijões verdes na mão causando confusão no trem e espalhando que teremos que fazer um tipo de teste de admissão! Vocês sabem se é verdade? – perguntou a garota parecendo aterrorizada – E que os que passarem vão ser separados em casas e os que falharem vão direto para a masmorra! Disse também que envolve um chapéu que morde!

- James. – disse ao mesmo que Hugo deixou escapar um risinho, percebi de cara que a garota era uma nascia trouxa, todos os alunos que tinham pais bruxos sabiam em parte como consistia o chapéu seletor. Essa brincadeira de James passou completamente dos limites. Imaginei como iria me sentir quando tivesse que por o chapéu seletor e achar que ele iria arrancar partes de minha cabeça a dentadas, levei alguns minutos tranquilizando a garota sobre a cerimônia de abertura.

Á medida que o tempo passava mais conversamos, ela me contou sobre sua vida trouxa e de como foi um choque para família ao descobrir que era bruxa. Contei como era a vida na casa de um bruxo e Hugo se queixava de terem perdido o carrinho de doces; o trem parou de súbito e os monitores começaram a ronda orientando os alunos a seguir Hagrid.

- Boa sorte – disse para Tabitha antes de sairmos do trem – Espero que fiquemos na mesma casa.

Eu, Tabitha e Hugo saímos pela plataforma lotada.

- Alunos do primeiro ano aqui. – chamava Hagrid balançando uma lanterna, Tabitha disse “uau” ao meu lado – Oi Lily! Se eu soubesse que você entraria em Hogwarts esse ano teria feito um bolo. Por aqui alunos do primeiro ano! –gritou ele chamando os outros antes de acrescentar – boa sorte na cerimônia de abertura.

Fiquei feliz que Hagrid não tivesse feito o bolo, cresci com o amável gigante me visitando em casa e acreditem, quando se ouve as historias esquisitas da culinária do amigo não se imagina o quanto elas são próximas da realidade. Pouca coisa mudou em Hagrid com o passar dos anos, talvez pelo sangue de gigante, já havia visto fotos de família em que ele me segurava quando bebê e a única diferença do antigo para o novo além das roupas era que o atual tinha um único e solitário fio de cabelo branco.

Suspirei e segui a manada de alunos até os barcos que nos levaríamos ao castelo, coloquei o dedo na água para ver fazer onda no mesmo que o barco deslizava pela água, juro ter visto uma sereana se aproximar do meu dedo antes de ser deixada para traz e olhei para o castelo. Ali começava minha jornada, me lembrei de tudo que Harry Potter havia feito, não digo isso com frequência, mas ser filha de um grande herói nos marca, em toda vida fui tratada diferente e naquele momento eu sabia que ao colocasse o chapéu seletor na cabeça seria uma das muitas formas de me provar, estaria eu a áltura do nome Potter?


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Comentem no capítulo e fiquem ansiosos pelo próximo.