O Legado de Lily Potter escrita por O Coração Negro, Lana


Capítulo 5
Capítulo 4 –A Canção sem Significado do Chapéu Sel




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Capítulo 4 –A Canção sem Significado do Chapéu Seletor

– Abaixem as cabeças! - berrou Hagrid quando os primeiros barcos chegaram ao penhasco. Todos abaixaram as cabeças e os barquinhos atravessaram uma cortina de hera que ocultava uma larga abertura na face do rochedo. Fomos impelidos por um túnel escuro, que parecia levar-nos para debaixo do castelo, até uma espécie de cais subterrâneo, onde desembarcamos subindo em pedras e seixos.

Seguimos Hagrid por uma escada, depois pelo gramado que parecia úmido de orvalho, pude até mesmo ver o lendário salgueiro lutador (hoje maior que os próprios muros do castelo), até as portas de carvalho que dariam entrada ao grande salão, muitos alunos suspiraram ao ver a mulher que nos esperava na entrada, Victoire Weasley estava parada em frente ao carvalho, vestido um vestido se seda azul, uma capa pesada de lã que combinava com o vestido e sorria gentilmente com seus cabelos loiros prateados que ondulavam á menor brisa, assim como a mãe.

– Alunos do primeiro ano, Professora Victoire Weasley. —informou Hagrid, eu havia a reconhecido de cara, mas supus que os outros precisavam da apresentação, prima Victoire me deu um rápido e discreto sorriso, não esperava mais, afinal ali ela era não somente minha prima, mas também minha professora.

– Obrigada Hagrid – disse Victoire. Notei que muitos dos alunos do primeiro ano pareciam muito interessados em ajeitar as roupas; seguimos a professora pelas portas de carvalho e depois por uma escada de mármore que deu a uma pequena sala que eu já sabia ficar ao lado do grande salão.

– Bem vindos a Hogwarts - disse a Professora. - O banquete de abertura do ano letivo vai começar daqui a pouco,mas antes de se sentarem às mesas, vocês serão selecionados por casas. A seleção é uma cerimônia muito importante porque,enquanto estiverem aqui sua casa será uma espécie de família em Hogwarts. Vocês assistirão a aulas com o restante dos alunos de sua casa, dormirão no dormitório da casa e passarão o tempo livre na sala comunal. As quatro casas chamam-se Grifinória, Lufa-Lufa, Corvinal e Sonserina. Cada casa tem sua história honrosa e cada uma produziu bruxas e bruxos extraordinários. Enquanto estiverem em Hogwarts os seus acertos renderão pontos para sua casa, enquanto os erros a farão perder. No fim do ano, a casa com o maior número de pontos receberá a Taça da Casa, uma grande honra. Espero que cada um de vocês seja motivo de orgulho para a casa a qual vier a pertencer. A Cerimônia de Seleção vai se realizar dentro de alguns minutos na presença de toda a escola. Sugiro que vocês se arrumem o melhor que puderem enquanto esperam.

Ela não precisava ter dito, nessa altura a maioria dos alunos já haviam querido se colocar o mais apresentável possível, notei que uma das alunas tinha se aventurado a retocar a maquiagem do rosto com um pouco de pó de arroz.

– Aguardem em silêncio enquanto aprontamos tudo para receber vocês – disse Victoire se retirando.

Quanto ficamos sozinhos murmúrios encheram a sala sobre como seria a seleção, os boatos sobre o chapéu que morde pareciam ter se espalhado com uma facilidade tremenda, James ficara satisfeito ao ver o terror nos olhos e rostos dos alunos do primeiro ano? Bem, talvez, mas não por crueldade, eu supunha. Lembrei-me da agonia que foi não ter sido escolhida por uma varinha na Olivaras e em todos os outros fabricantes, pensei no que aconteceria se eu ficasse sentada horas com o chapéu na cabeça em silêncio e ele dissesse que obviamente “Ela não é indicada para Hogwarts e deveria procurar outra escola”. Senti a pressão cair e um frio passou por mim, eu seria escolhida para Grifinória, disse a mim mesma tentando me convencer. Aquela era uma forma de seguir os passos de meu pai.

– Vamos andando – professora Victoire havia voltado – Façam fila, pois a cerimônia já vai começar.

Não me dei conta de onde, na fila, ficaram Tabitha e Hugo. Sabia apenas que meus pés pareciam estranhamente pesados e cada passo era difícil, lembrava uma marcha. Eeu não era a única ansiosa, a maioria se não todos pareciam com medo (mas por um motivo diferente eu supunha, me lembrarei de azarar James se tiver a chance). O salão era iluminado com velas que flutuavam no ar, os fantasmas deslizavam entre as mesas e paredes, o teto refletia o céu lá fora – uma linda noite de luar – eu já sabia como devia ser, mas isso era diferente de ver com os próprios olhos, tudo parecia fantástico.

Quando me dei conta o banquinho de três pernas já estava no meio do salão em frente à mesa dos professores, com o diretor Neville no centro ao lado da cadeira vazia que pertencia a Victoire e do lado esquerdo o professor Slugorn. Virei-me para as mesas para olhar para os alunos que poderiam ser meus colegas, a mesa da Grifinória. Vi os monitores que havia conhecido no corredor (Arika e outro cara sem nome), e mais ao fundo da mesa se sentavam Escórpio Malfoy e o outro garoto, bem na ponta e com certa distância de dois lugares para os outros ocupantes. Na mesada Sonserina estava Kirche junto com seus “amigos”. A mesa da Corvinal e Lufa-Lufa pareciam normais para mim, mas o que me chamou a atenção foi que dois em cada dez alunos usavam os distintivos escritos FOOP do estranho clube de Kirche. A garota cruzou meu olhar e sorriu, a cobiça passou nos olhos da estranha e desviei o olhar.

Qual o problema daquela garota afinal? Olhei de novo para a mesa da Grifinória onde eu almejava estar, olhei para Escórpio e o outro de novo me perguntando o porquê de estarem tão “isolados”, era quase como se tivessem uma doença.

No fim o que me cortou de meus devaneios foi o chapéu seletor que havia começado a cantar pelo seu rasgo em forma de boca.

Há mil anos quando eu era novo,

Quatro bruxos de grande fama e nome se encontraram,

Unidos por um objetivo comum,

Eles tinham a mesma aspiração,

Fazer a melhor escola de magia do mundo

E passarem todo o conhecimento deles.

Os quatro jamais sonharam que um dia se separariam,

Afinal onde encontrar um par de companheiros tão bons como Griffindor das charnecas e Slyterin dos Brejais?

Apenas em um par semelhante com Ravenclaw das ravinas e Hufflepuff das planícies.

Porém acreditem no que vos digo, até amigos se dividiram e brigaram.

Por motivos tolos eu lhes ressalto:

Ensinaremos os bravos e que buscam a glória, disse Griffindor;

Ensinaremos os sábios e que busquem o conhecimento, disse Ravenclaw;

Guiaremos apenas os de pura e nobre descendência,teimava Slyterin;

Cuidaremos de todos e os trataremos como iguais, disse Huffepuff;

As brigas continuaram por meses, que se tornaram anos;

Foi Gryffindor que encontrou a solução

Tirando-me da própria cabeça

Depois me dotaram de cérebro

Para que por eles eu pudesse escolher!

E cada um fundou uma casa em que pudesse aceitar,

Apenas os alunos que achava digno.

Coloque-me entre suas orelhas, e irei lhes dizer,

Qual a casa de seu coração!

Vamos me provem e mais uma vez irei lhes dividir,

Porém lhes peço que aprendam com o passado,

Nossa Hogwarts está em perigo

E nós devemos nos unir dentro dela

Ou nós iremos nos despedaçar

Por externos, mortais inimigos e,

Acreditem ou não os perigos crescem em nosso meio,

Lhes separarei de novo,

Pois está é minha função,

Mas permaneçam unidos em seus corações.

Cuidado, vocês foram avisados,

Eu os falei, eu os avisei...

Que a seleção comece.

Murmúrios encheram o salão vindo dos alunos do primeiro ano, esperava que os alunos das casas também comentassem a estranha canção de aviso do chapéu seletor, mas os alunos mais antigos permaneceram rígidos e impassíveis, o que me incomodou mais do que a seleção em si.

Dei-me conta que a seleção já havia começado quando uma aluna do primeiro ano foi mandada para a Corvinal, um a um cada aluno se dirigia a sua mesa. Logo foi a vez de Hugo, meu primo se dirigiu aos tropeços e trêmulo, o chapéu mal tocou sua cabeça quando o garoto foi mandado para a Grifinória, e mais alguns alunos foram selecionados quando finalmente...

– Lily Luna Potter – chamou a professora Victoire, ao mesmo tempo queKirche liderou uma salva de palmas da mesa da Sonserina. Me perguntei se esperavam que eu fosse para a sua casa por esse estímulo, não lhes dei importância e me dirigi a passos pesados e quando o chapéu foi posto em minha cabeça ele tampou completamente minha visão. Porém, estava consciente de que todos os rostos do salão haviam se voltado para mim.

– Uma Potter... - disse a voz sabia do chapéu seletor, de modo que apertei as bordas do baquinho – talentosa... sim, muito talentosa, mas onde devo colocá-la? Ambiciosa, sim um pouco, inteligente e companheira! Nossa poucas vezes tive uma escolha tão difícil... mas ainda surge a questão: para onde devo te mandar?

Minha barriga deu um salto, poderia o chapéu não conseguir me selecionar? Pensava com todas as forças em seguir o legado da família, os passos de meu pai e ir para a Grifinória, embora supusesse que não poderia ser ruim ir para uma das outras, afinal seria uma decisão do meu subconsciente.

– Sabedoria e honestidade, cada vez se torna uma escolha mais complicada – disse o chapéu – você será grande menina, não tenha medo, lhe digo, se dará bem em sua casa, mas para onde você irá? Sonserina? Corvinal? Lufa-Lufa? Não... acho que tem razão, o melhor seria...

– Grifinória! – ouvi o chapéu anunciar para a multidão, tirei o chapéu e depositei no banquinho e me dirigi correndo para a mesa da minha casa, onde alguns alunos se adiantaram para apertar minha mão. Arika, a monitora, me cumprimentou animada e bem mais sorridente. A cerimônia se seguiu durante alguns minutos em que Tabitha foi selecionada para a Corvinal e se virou para mim com um rosto triste como se desculpasse.

Na Grifinória eujá possuía alguns conhecidos como James (o irmão parecia muito feliz com a seleção), mas não conhecia ninguém da minha idade além de Hugo (não é que Hugo não contasse, eu sou uma garota logo preciso de amigas também!). Eu teria preferido que Tabitha, Hugo e eu estivéssemos na mesma casa, seria mais simples, então dei por mim sentindo-me tola, não era porque estávamos em casas diferentes que não seríamos amigos, tudo ficaria bem.

O Diretor Neville Longbottom se levantou de sua cadeira de espaldar reto e teve que esperar alguns minutos antes de começar a falar, não pude deixar de notar o quanto ele parecia ansioso e assustado, mas ao começar a falar sua voz soou firme, embora ainda permanecesse um pouco pálido.

– Antes de todos poderem se deliciar com o banquete tenho algo a dizer – disse o diretor – aos alunos antigos e novos venho lhes dar as boas vindas e todos os avisos podem ficar para depois, bom apetite.

Os pratos e vasilhas ficaram cheios com as mais deliciosas comidas, me servi de tudo um pouco e peguei um grande copo de suco de abobora, estava tão faminta por não ter podido comer nada no trem que quando terminei o banquete ainda estava na metade e tive que esperar alguns minutos antes de ter alguém para conversar, porém a conversa se voltou para as famílias e não era bem os assuntos que eu tinha em mente.

Então um fantasma com golas de rufos transparente atravessou a mesa e ficou pairando alguns centímetros acima da mesa, reconheci de cara como sendo Nick Quase Sem Cabeça, não que fosse difícil conhecê-lo, a cabeça balançava perigosamente a cada movimento do fantasma.

– Ei Nick! – chamei, o fantasma se virou para mim abaixando a cabeça que rolou e ficou pendurada alguns segundos antes do fantasma recolocá-la no lugar.

– A jovem filha do Potter! Estava ansioso pelo dia que entraria na Grifinória! – disse o fantasma estendendo a mão como se fosse cumprimentá-la, eu apertei mão do fantasma e me arrependi, minha mão atravessou a dele e foi como mergulhar em água fria – espero que nos traga boa sorte assim como seu pai, quando ele estudou aqui ganhamos a taça das casas por seis anos seguidos!

– Ah sim, talvez eu traga sorte... – suspirei, era mais um dos marcos que Harry Potter deixado, me senti coberta por sua sombra, meu pai tinha um legado muito grande em Hogwarts com o qual era difícil viver longe – escuta, queria te perguntar sobre a música, me contaram que o chapéu dá avisos quando...

– A escola corre perigo? – disse o fantasma completando a frase – sim, lembro de ter dito a mesma coisa a seu pai anos atrás e o aviso é quase sempre o mesmo unam-se ou morram! Como se fosse ruim morrer... bem também não é bom, mas não é de todo mal entende?

– Entendo... masesperava um pouco mais de alarde... – comecei a dizer – Quero dizer, a maioria não deu nem atenção!

– Ah minha criança! – disse o fantasma abafando uma risadinha – Faz alguns anos que o fantasma tem dado o mesmo aviso, uns quatro ou cinco anos, no começo todos ficaram alvoroçados, mas os avisos continuaram se repetindo e até hoje a escola continua firme e forte! Chegamos à conclusão que o chapéu está ficando velho, os feitiços de inteligência que jogaram nele podem estar enfraquecendo e ele tenha ficado um pouco gaga.

Eu não abracei a teoria, se o chapéu estivesse velho ele não poderia selecionar os alunos, tive certeza de que os fundadores tenham colocado feitiços nele que não perderiam forças com a idade ou ele se tornaria incapaz de cumprir suas funções; o aviso também não foi unicamente “unam-se”, mas o perigo cresce em nosso meio, cuidado, talvez o real problema que o chapéu quisesse nos alertar estivesse dentro das paredes de Hogwarts, conversaria sobre isso com Hugo e Tabitha assim que pudesse.

– Uma última pergunta – Comeceiapontando para o fim da mesa, onde Escórpio e o garoto de cabelos pretos se sentavam completamente isolados – Por que eles estão separados dos outros?

– Ah! – o fantasma suspirou – por que eles são encrenqueiros... os piores da escola se me permite, uma mancha na Grifinória.

– Assim como James? – perguntei surpresa, isso não fazia sentido, James estava cercado de garotos e garotas risonhos brincando com a varinha fazendo o macarrão dançar.

– Não como James, seu irmão é bagunceiro, mas tem boa índole... Eles são violentos, encrenqueiros e arrogantes, a maioria não quer se envolver com eles. – disse Nick – Aqueles dois causam problemas, principalmente o Alexander, veja bem, causam acidentes que a tal ponto podem ser letais, como no fim do ano passado quando o garoto desprendeu uma estátua de grifo da parede no meio da entrada. O lugar estava cheio, tivemos sorte de ninguém se ferir e acredite, digo que isso não é nem a metade do que eles fazem, ainda mais juntos.

– Se eles são tão ruins assim, deviam ser expulsos! – disse para Nick me lembrando do comportamento deles, porém me senti um pouco culpada, afinal eu devia minha vida ao tal Alexander , Nick deu algumas risadinhas.

– É realmente difícil pegar eles com a mão na massa. – disse Nick – Ninguém os flagra propriamente no ato e são bons alunos, com ótimas notas, mas todos sabem que são eles, fazem questão de estar na cena do crime, muitas vezes até matando aula, é quase como se quisessem que todos adivinhassem que são eles, e como conclusão ninguém quer ficar com eles. Perigosos são o que são, cuidado jovem.

Essa história me era familiar, como se no passado tivesse ouvido falar de um ótimo aluno que tivesse causado sérios incidentes em Hogwarts sem nunca ser ligado diretamente ao caso, porém não associei a ninguém em particular, nessa altura o diretor Neville pediu atenção mais uma vez e começou com os avisos de inicio do ano.

– Agora vou lembrar a todos que é proibido a todos os estudantes entrar na floresta negra que existe nos arredores da escola – disse o diretor Neville e continuou -, e o nosso estimado zelador filch lembra q todos que os artigos das GemiliadadesWeasley estão terminantemente proibidos; os que quiserem fazer parte dos times das casas podem se inscrever com os diretores das casas como sempre.

– Agora uma noticia não muito feliz.Estamos sofrendo algumas alterações em nosso corpo docente que vale apena avisá-los – disse Neville, achei que o diretor estava muito rígido, tudo o que ele dizia podia estar escrito em uma folha em sua frente – primeiro o atual professor de defesa contra as artes das trevas o Profº Adalberto Von Mitelford vai se aposentar para retomar projetos pessoais...

Murmúrios de indignação encheram o salão, pude captar pelo sentido que o tal professor parecia ser um excelente professor e obviamente muitos gostavam dele. O homem que devia ser o professor se levantou, era gordinho e de rosto simples, quando ele abaixou a cabeça saldando a todos notei que ele era careca na parte de cima da cabeça, a visão do homem pareceu acalmar a maioria.

– Continuando, o professor Adalberto permanecerá em nosso convívio por mais cinco dias antes do novo professor assumir, então tomando o seu lugar como diretora da Grifinória, a professora VictoireWeasley – disse Neville, algazarra encheu o salão no mesmo que minha prima se levantou para receber os aplausos, em sua maioria vindo de garotos que assoviavam -, E para preencher o cargo de professor de defesa contra as artes das trevas será o ex bruxo erranteCórmacoMcLaggen...

Eu gemi, mas não fui ouvida, a maioria murmurava e cochichava feliz, vou explicar melhor: Errante é uma espécie de bruxo que dedica a vida a lutar contra as artes das trevas, segundo meu pai a associação é uma espécie de empresa privada, no passado prestava assessoria ao departamento de aurores, não estando atados á mesma burocracia e cooperando mutuamente. Era uma respeitada associação reconhecida até pela Confederação Internacional dos Bruxos, mas hoje o que a maioria desconhecia era que a associação estava em decadência e a culpa era sem favor algum de Cómarco.

Cómarco havia conhecido meus pais na escola, até mesmo saído com tia Hermione (fato que deixava tio Rony de cabelo em pé se tocássemos no assunto). Então, quando meu pai se formou entrou para os aurores e Cómarco também tentou, mas falhou, e quando Harry Potter se tornou chefe dos aurores ele tentou de novo achando que seria aceito, pois era um dos favoritos de Slugorn assim como meu pai, mas falhou miseravelmente.

Depois de falhar como auror,Cómarco entrou para a associação dos errantes, nessa altura ainda uma associação respeitável, mas com o passar do tempo ele se tornou o líder e as coisas começaram a desandar. Ele era um sensacionalista sem talento e que não sabia o que fazia, tinha habilidade, mas faltava nele o cérebro e astúcia. Até hoje não sei como conseguiu se tornar o líder.

Desde que assumiu o posto, Cómarco começou a sair em vários artigos com notícias dos feitos da associação, a maioria escrito por Rita Skeeter. Os artigos eram uma visão unilateral em que o homem ofendia meu pai e se gabava dos seus feitos; Uma vez, pouco após o meu aniversário, saiu um artigo sobre como os errantes haviam feito uma investida de sucesso em um grupo de lobisomens que havia se organizado em uma gangue e atacado trouxas na lua cheia para aumentar de número, lembro-me do artigo unicamente por casa da uma frase que o Cómarco disse na entrevista: “Eu não sou um auror de óculos sentado atrás de uma mesa esperando os outros fazerem o serviço, eu sou um homem de ação que quando vê o problema tem que ir e resolver, diferente de Harry Potter”. O que o artigo não disse foi que a seção dos aurores estava organizando uma investida bem estruturada para acabar com aquele bandohá semanas, fora que por ter feito a investida sedo demais e na lua cheia, muitos bruxos haviam se ferido e se contaminado e que no fim as autoridades tiveram que intervir. Quando recebeu a notícia meu pai saiu ás pressas no meio de meu jantar de aniversário para liderar os aurores e salvar o grupo que havia ficado encurralado por lobisomens, e no fim conseguiram salvar os bruxos, o Córmaco inclusive, mas alguns membros da gangue escaparam e houveram contaminações.

Meu pai ficou furioso, e fez um grande inquérito para saber como os detalhes das operações dos aurores estavam vazando para Córmaco e moveu um processo contra o bruxo, que no fim teve que ser arquivado diante da pressão que os fãs do errante exerceram, e no dia seguinte saiu o artigo.

E agora esse bruxo errante havia se aposentado e se tornado professor de Hogwarts, meu professor. Meu ânimo desapareceu completamente.


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Notas finais do capítulo

Daqui a 3 dias outro capítulo, comentar não mata, eu mato. è.é