O Legado de Lily Potter escrita por O Coração Negro, Lana


Capítulo 21
Capítulo 20 – Contagem Regressiva




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Capítulo 20 – Contagem regressiva

– Isso é maravilhoso! – eu disse, Tabitha estava sorrindo, assim como Hugo. Talvez eu finalmente pudesse perdoá-lo afinal, embora ainda restasse uma certa mágoa.

Acompanhamos Hugo de volta a torre da Grifinória onde ele havia deixado o livro com as instruções do feitiço. Meu primo contava sua pequena história a plenos pulmões, parecia tão feliz como se tivesse ganho a copa das casas ou a taça de quadribol sozinho.

– Eu estava na biblioteca, estudando – contava ele – quando pensei “Talvez dê para reverter à memória do James... Se tem como fazer deve ter como desfazer”, então comecei a juntar os livros sobre a memória e como modificá-la. Devo ter lido quase todos os livros sobre formas de modificar a memória que Hogwarts possui até que encontrei um falando sobre reverter os feitiços da memória, um livro intitulado “Sem segredos ou mistérios, as engenhosidades e maquinações da mente”. O feitiço é extremamente complicado e com uma pagina inteira de instruções. Exige preparo.

– Muito bom! - Eu disse, não podia deixar de sorrir enquanto atravessávamos os corredores para chegar á torre da Grifinória, seria ótimo reverter a memória de James, não ter mais que me preocupar do meu amigo ser capturado e enfiado direto para Askaban.

Dizem que as coisas tem que piorar antes de melhorar, que sempre temos que ver a luzno fim do túnel, mas o que se faz quando se segue a luz e a saída se fecha na nossa cara? Fomos até o quarto de Hugo onde ele pegou o livro e abriu na pagina onde devia estar o feitiço, mas não havia nada além das instruções de como remover uma memória da cabeça com a varinha, uma pequena irritação começou a passar por mim.

– Hugo...? – Perguntei, estaria ele tentando me enganar?

– Estava aqui, eu juro – disse ele na defensiva, sabendo que eu havia me irritado.

– Você está mentindo para mim de novo? – perguntei, acirrei meu olhar e Hugo recuou.

– Não, tinha um contra feitiço ali! Juro! – disse ele, Tabitha se adiantou e pegou o livro.

– As paginas foram arrancadas – ela disse como que para por fim a discussão.

– Mas estava ai antes de eu ir procurar vocês! – disse ele se adiantando e olhando no livro, eu fiz o mesmo, de fato havia restos de papel onde devia ter uma pagina e a numeração também estava incorreta.

– Podia ter qualquer coisa ai – disse para eles.

– Ou podia ter o contra feitiço – disse Tabitha. – Se for, alguém ouviu o Hugo falando nos corredores e chegou aqui antes de nós.

– Isso não muda nada – rebati, Hugo podia estar tentando nos enganar, uma desesperada tentativa de se redimir.

– Bem, mostra que foi alguém da Grifinória que fez isso, se fosse alguém de outra casa não poderia ter acontecido tão rápido – disse Tabitha.

Ela estava certa, mas isso não mudava o fato de que ainda estava furiosa com Hugo, para completar não conseguia confiar nele, talvez não tivesse nada de útil no livro e mesmo que tivesse o pamonha devia ter guardado melhor ou até levado com ele.

Sentei-me com Tabitha em uma poltrona na sala da Grifinória e olhei em volta, alguém em minha própria casa trabalhava diretamente para o retorno do Lorde das Trevas, não como um dos muitos membros iludidos do grupo, mas como um legítimo partidário de Voldemort, mas quem seria?

Enquanto divagava em meus pensamentos e conversava com Tabitha sobre as aulas, Hugo e todos os problemas notei o gatinho preto enroscado próximo a lareira, peguei-o no colo de novo, o animal me arranhou algumas vezes e eu o soltei, nunca mais iria acordar um gato enquanto ele está dormindo, Tabitha riu um pouco.

– Esta sabendo das novidades? Sobre “você sabe quem”? Digo o Alex? – perguntou Tabitha enquanto eu esfregava minhas mãos aranhadas.

– Não – respondi receosa.

– Seu pai liderou as buscas, parece que reviraram a floresta proibida e nada. Tem quem diga que o garoto desapareceu, o problema é para onde? Tipo como ele vai viver no mundo trouxa sem usar magia? – perguntou ela.

Precisei ponderar um pouco o assunto, as buscas eram tão intensas na escola justamente por isso, ele não poderia usar magia fora da escola sem ser pego, por isso ele devia estar na escola. O problema que a maioria desconhecia era que ele podia usar magia fora da escola, eu apenas não sabia como... Ainda, eu sorri.

– Nunca vão pegá-lo – comecei a dizer.

***

A recuperação de James trouxe grandes mudanças ao seu método de treino, treinávamos pesado dia e noite para recuperar o tempo perdido. Para completar, naquela semana ouve um jogo entre Sonserina e Lufa-Lufa, foi uma vitória apertada para Sonserina, e a Lufa-Lufa havia perdido para Corvinal, o que nos colocava novamente no páreo. O grande problema era que precisávamos ganhar por uma margem de cem pontos, mas James parecia decidido a conseguir essa vitoria na marra.

Faça chuva ou faça sol, nos estávamos lá fora treinando, os outros membros do time começaram a falar que meu irmão havia decidido se tornar um militar dada a rigidez dos treinos, porém todos estavam tão ansiosos por uma nova chance de ganhar a taça que não tinham a vontade de reclamar, embora fosse tão frequente voltamos para o dormitório tarde da noite e completamente exaustos.

Depois de uma semana com aquele treinamento espartano, nosso trabalho em equipe começou a melhorar, começamos a aprender jogadas ensaiadas, inclusive uma que consistia no batedor ficar posicionado atrás do alvo para rebater o balaço de novo no alvo caso o jogador saísse da frente.

Uma outra grande mudança foi as atitudes do FOOP, depois do grande auge da influência em que acidentes aconteciam com uma regularidade assustadora, as coisas se aquietaram, eu supus que isso se devia ao fato dos aurores andando de um lado a outra do castelo.

Após um treino particularmente espinhoso, em que ficamos horas voando de um lado ao outro, eu estava toda dolorida, minhas pernas estavam duras, sem falar das dores nas outras partes do corpo, voltei ao castelo pelo caminho regular sentindo que daqui a uma semana o jogo estava no papo.

Passei no corredor das tapeçarias e armaduras, ouvi um miado e me virei achando que seria Madame NorraSegunda e tudo aconteceu de uma vez: o chão sumiu, ou melhor, eu achei que havia sumido, porém não era isso, o chão amoleceu, virou um pântano, eu afundei. Uma das armaduras me atingiu e logo depois algo se enrolou no meu pé. Tentei ir para a superfície batendo os braços, mas meu corpo estava demasiado pesado, a vassoura escapou das minhas mãos.

Uma coisa sobre os pântanos portáteis é que eles transformam o chão em um pântano, mas não muda o fato de que em baixo em algum ponto o feitiço vai ter um fim e vai encontrar o chão e era fundo, era feito com a base de que a pessoa iria conseguir escapar de algo mortal se debatendo, mas minhas pernas estavam presas, se eu não conseguisse ir para a superfície eu iria me afogar.

Em meio aquela água que ficava entrando na minha boca e nariz eu pensava sobre minha possível morte. Eu não podia morrer assim, como pude ser tão burra? Apenas porque as coisas estavam quietas eu me descuidei, devia ter acompanhado os demais, ou ainda usado um caminho diferente por vez. Eu iria morrer ali em um jogo feito para crianças.

Eu já estava com os braços duros quando ouvi o barulho de pano rasgado e os restos da tapeçaria caíram próximo a mim, eu me agarrei a ela e puxei até a margem. Atingi a parte seca do corredor.

Cofcof – eu tossi e vomitei a água do pântano, respirei com dificuldade. Segunda vez que eu quase morria sufocada, eu ri me lembrando do visgo do diabo, então ouvi um pequeno miado e olhei para frente.

Vi o pequeno filhote de gato ali parado, sentado me observando com o rabo balançando de um lado para outro, olhei para a tapeçaria rasgada e para o gato.

– Parabéns gatinho, você acabou de ganhar uma dona.

***

A maioria das pessoas devia se sentir acuado depois de tentarem te matar, porém já não era a primeira vez e eu não tinha muito o que fazer, o pântano foi removido em um piscar de olhos pelo professor Dobge, de Feitiços. Ninguém nem questionou que aquilo se tratava de uma brincadeira. Com a proximidade do próximo jogo uma grande pressão começou a pairar em cima dos jogadores.

Outras grandes mudanças começaram a ocorrer no castelo. Todo final do ano, bem no dia da vitória da batalha de Hogwarts – quando meu pai e seus amigos derrotaram Voldemort- era feito um baile em que até os país dos alunos podiam comparecer. Como era um grande evento devia ser preparado com antecedência e o castelo começou a ser limpo e alguns dos enfeites e mantimentos já podiam ser vistos sendo transportados para determinados cômodos.

Eu também cuidava de meu novo mascote, decidi chamar o gato de Felpudo mesmo, ele não ficou feliz com o nome e muito menos com a fita rosa que usei como coleira. Era frequente eu ter que reatar o nó, pois o bichano adorava tirar a coisa; quando contei a Tabitha que ia ficar com o gato ela me aconselhou a primeiro colocar alguns cartazes.

– Com os dizeres “Este era o seu gato” – eu cortei a ideia, ainda estava brigada com Hugo e era ótimo ter algumas responsabilidades amais para me distrair, entre o FOOP, tentativas de homicídio e o quadribol.

O tempo parecia contribuir para o jogo, um dia claro com o sol fraco e de boa visibilidade. Eu ficava me lembrando o tempo todo de que devia esperar o jogo estar exatamente cem pontos de vantagem, o que esperava que fosse rápido, se todo jogador sentia a pressão a que estava sobre mim era maior, afinal eu havia encerrado o jogo e nos dado a derrota contra a Lufa-Lufa em nossa última partida. Agora esse jogo contra Sonserina era crucial, se perdêssemos sairíamos do ranking de vez.

Quando os capitães apertaram as mãos eu notei que o capitão um garoto chamado Splint era três vezes maior que James, e apertou a mão de meu irmão com tanta força que ele gemeu, o rival sorriu como se tivesse acabado de vencer a partida.

Levantar voo foi maravilhoso, a pressão desaparecia instantaneamente, assim que planei acima dos demais tratei de marcar a outra apanhadora, uma menina miúda chamada Luce. Minha adversária sorriu quando me aproximei e vi de relance o reluzente distintivo do FOOP, me perguntei se teria que me preocupar com minha vida ali, mas pensei melhor, eles não tentariam nada... Não com tanta gente olhando.

Eu marquei a garota de forma tão pesada que era corriqueiro nos esbarramos no ar. Por volta de cinco minutos de jogo marcamos um ponto, podia ser impressão minha, mas estávamos dominando a partida. O capitão da Sonserina foi em direção ao gol como uma bala quando Harvar rebateu um balaço nele, Splint saiu da frente e James pegou o rebote atingindo ele bem na lateral se vingando pelo aperto de mão quebra ossos.

O jogo começou a se tornar mais brutal à medida que o tempo passava, embora Jeska e Lizz tivessem conseguido marcar três vezes cada, o time da Sonserina começou a jogar sujo. Em dado momento um dos artilheiros da Sonserinaliteralmente agarrou Patty Tompson de cima da vassoura como se que havia errado a goles e a soltou, como se tivesse errado a goles e soltado por acidente, ela foi segura pelo arbitro que marcou um pênalti pela Grifinória e Lizz cobrou marcando mais um gol.

A narração de Giovanna estava bem mais controlada agora que ela devia fingir estar sobre o efeito da maldição Imperius, ela fingia estar vagamente interessada no jogo fazendo a marcação de maneira robótica. Era óbvio que não estava agradando ninguém.

– Sai da frente Potter – disse Luce ao colidir comigo pela décima vez na partida, mas eu continuava na cola atenta para quando finalmente pudesse capturar o pomo: quando tivéssemos cem pontos a frente.

Apesar de o jogo pender para o nosso lado, a Sonserina conseguiu marcar três vezes, estávamos cento e dez a trinta, mais duas vezes que a goles atravessasse o aro poderíamos finalmente encerar apartida, então Luce disparou em direção ao chão e eu, horrorizada, a segui.

Balaços passaram voando por nós e eu vi o pomo voando em direção ao chão como uma bala; eu acelerei e desci noventa graus até conseguir ultrapassar Luce, nenhuma de nós poderia pegar o pomo, não ainda, tampei a visão dela e curvei para a direita, ela que havia perdido o contato visual com o pomo me seguiu achando que o mesmo havia mudado de direção. Na confusão o rastro da bolinha dourada desapareceu, então bem, recebi um balaço bem nas costelas que me derrubou derrapando na areia.Foi sorte estar próxima ao chão.

Devido ao truque sujo o jogo parou por cinto minutos para concertarem meus ossos quebrados. Era difícil respirar, mas consegui e me senti vitoriosa, pois impedi a captura e Jeska cobrou o pênalti e marcou, mais dez pontos e eu poderia capturar o pomo.

Continuei a marcação e tomei o cuidado de procurar o pomo por mim mesma, pois devia estar pronta para finalizar o jogo rapidamente, fiquei feliz ao constatar que marcamos e eu finalmente podia entrar realmente em ação. Esquadrinhei o campo como um falcão procurando qualquer rastro dourado quando o vi e disparei no exato momento que Luce fazia o mesmo.

Ficamos ombro a ombro e eu acelerei ainda mais, passei a frente dela sem dificuldade e estiquei a mão para pegar a bolinha dourada, quando senti a vassoura desacelerar. Não precisei de me virar para saber o que acontecia, então uma loucura se apoderou de mim e eu pulei, simplesmente apoiei os pés no cabo da vassoura e pulei abandonando toda a segurança e agarrei a bolinha dourada em pleno ar.

Tentei agarrar de novo a vassoura no ar, mas Luce a puxou, tirando qualquer forma de eu me apoiar.E então, eu estava caindo com o pomo na mão achando que finalmente teria chego o meu fim, quando James me pega no ar, ele estava pálido, mas estava sorrindo.

– Ficou maluca? – perguntou meu sorridente irmão, ao mesmo que as arquibancadas explodiam em vivas – Ganhamos – ele completou.

O efeito da vitória foi instantâneo, todos os alunos da Grifinória que antes estavam chateados pela anterior derrota, agora me parabenizavam e vários deles diziam como eu havia sido corajosa de pular da vassoura para pegar o pomo. Eu não me sentia corajosa, me sentia tola, muito estúpida, mas foi uma boa vitória, que nos colocava no páreo para conquistar a taça de quadribol.

Nada poderia estragar a emoção que seguiu àquela vitoria, James e eu pegamos comida nas cozinhas e a sala comunal ficou em festa durante boa parte da noite; minha emoção foi tanta que eu quase fiz as pazes com Hugo, mas minha mágoa para com ele ainda era grande.

Depois do exaustivo dia eu me dirigi a meu quarto onde encontrei Felpudo deitado em cima da minha cama dormindo, eu o abracei e fiz carinho.

– Ganhamos! – contei para o gato, ele miou indignado por tê-lo acordado, eu respondi apertando ele ainda mais apertado. Larguei o gato e fui me trocar, Felpudo disparou porta afora quase de imediato, como se temesse que eu começasse a apertá-lo outra vez.

– Bobo – sussurrei, e foi com aquela emoção que eu fui dormir naquele dia glorioso.

***

Os dias que se seguiram á partida foram realmente animados, era como se cada aluno ainda estivesse em festa, até Arika parecia um pouco melhor apesar de eu poder jurar que ela estava perdendo cabelo. Ouvi dizer que calvície feminina atingia uma a cada cinco mulheres.

Eu andava pelos corredores me sentindo nas nuvens, e todos os boatos ruins sobre mim pareciam ter morrido juntamente com a conquista da vitória. Não haviam mais cochichos, apenas cumprimentos e acenos.

Durante a aula de Feitiços, abri um dos livros e notei um pequeno bilhete.

“Sétimo andar, sala precisa às onze horas. Pense em quero um lugar para conversar sem ser ouvida.

Meu coração deu um salto, poderia esse bilhete ser do Alex, ele teria achado um jeito de continuar em Hogwarts? Quase nada poderia ter completado ainda mais minha felicidade, talvez finalmente provar a inocência do garoto. Quando a aula acabou eu me dirigi ao sétimo andar, não haviam aurores vigiando a entrada, o que era suspeito, quando abri a porta da sala precisa esperava topar com Alex, me assustei quando dei de ara com...

– Giovanna – eu disse decepcionada.

– Quem você esperava? – ela perguntou impaciente – Não importa, tenho algo para te contar. É o FOOP Lily, eles temtudo que precisam para fazer o Lorde das Trevas renascer! Só falta a data!

– A data? – eu disse sem entender de completo.

– Sim! Voldemort tem que renascer exatamente no dia que ele morreu!- ela disse e eu liguei os pontos de imediato. Bem no dia do baile.


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Notas finais do capítulo

Capítulo dedicado a Mah Valdez pela lida recomendação, obrigado foda =3
a todos os leitores fantasmas, apareçam ai, eu quero ver vocês também, eu não sou mal... não o tempo todo.
lembrem-se Comentar é divertido, comentar não demora, comentar agradar os autores, comentar não mata, eu mato è.é



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