POV Terceira Pessoa

A morte de Uranos abalou a todos, a floresta parcialmente destruída agora, não havia mais sentido para lutar, a cada passo que davam os seus inimigos estavam dois passos a sua frente, não havia mais sentido voltar a Grécia, o Olimpo caíra, os deuses perderam mais da metade de sua força, o que poderiam fazer?! Fugir? Essa não era uma opção, já não tinham mais lugares para ir, quando uma pequena garota loira se destacou na multidão, juntamente com Mateus, e Thalia, se aproximaram do deus dos heróis e Annabeth falou

–Lord Perseus, o que estamos fazendo parados aqui?- Perseus riu, uma risada fria, que fez os cabelos da garota se arrepiarem

–Você não entende Annabeth? A esperança se foi, minha mãe está literalmente um caco, suas forças estão no fim, não existe mais lar, muito menos experança, quando Ares se foi, a guerra se descontrolou, ninguém pode controla-la, agora o mundo está na era final, uma guerra que irá dar um fim a tudo que conhecemos

–Isso não importa, desde quando nós escondemos em um buraco com medo de nossos inimigos- gritou uma garota da guerra

–Clarisse, até mesmo a força se curva a sabedoria, Atena se foi, só poderemos ataca-los quando tivermos uma ideia do que iremos fazer

–Eu vou lhe dizer o que vamos fazer, vamos invadir a dimensão primordial- disse Nix, e os guerreiros rugiram em poder- Vamos chutar as bundas daqueles malditos miseráveis- disse Hemera se levantando transbordando poder- Vamos esmaga-los como insetos, e por um fim nessa guerra- rugiu Perseus por fim, suas esperanças voltando um pouco

Com um grito de guerra os semideuses bateram suas armas, o oráculo se revelou novamente, dessa vês em forma de um avatar de uma cobra, a mortal estava montada nele como se fosse um pônei, Perseus sorriu, se ganhassem a guerra, tinha planos reservados para ela, e seus amigos, Nix, Crhonos, Hemera, Talassa e Pontos deram as mãos, e rezaram nas primeiras das línguas, a língua do Caos, cada palavra parecia um estrondo de um milhão de trovões, quando com uma explosão que se compararia a uma bomba nuclear, todos desapareceram, deixando para trás apenas os vestígios de uma derrota, uma derrota que poderia se transformar em vitoria

Reapareceram num lugar totalmente diferente, a areia do lugar era venenosa e vermelha como se tivesse sido banhada em sangue, árvores amarelas retorcidas e sem folhas podiam ser vistas, mas definitivamente o mais estranho era um portão feito inteiramente a partir de ossos, o guardando estava um ser alado, mas no lugar que se deveria encontrar o rosto não existia nada, uma mascara cobria toda a sua cabeça, e dentro da mascara só se via nada e escuridão, suas asas que eram brancas ficaram negras, chifres surgiram de sua cabeça, e uma foice negra se formou em sua mão

–Aproximem-se ou morram intrusos- disse a vós como lâminas raspando uma nas outras

O pequeno exército andou sobre a areia roxa, chegando aos pés do gigante anjo mortal

–Eu sou o guardião de Erebus, um filho da escuridão, se quiserem atravessar o portão respondam a minha pergunta e vençam o meu desafio

–Pois bem eu responderei- disse Nix

O anjo mortal sorriu, e falou

–Pois bem o que eu sou?- falou em quanto sorria como um demônio, Nix sorriu devolvendo o sorriso

–Você é uma criatura feita a partir do nada, um presente de Vazio para Erebus enquanto ele era criança, foi incrementado o dom da escuridão dentro de você, se tornando um guerreiro da escuridão vazia- O gigante rugiu irritado e falou

–Vamos ao teste final, a batalha até a morte, ou você ou eu, que a batalha se inicie

Ele tentou decepar a senhora da escuridão em dois, mas ela se desviava com graça e agilidade

–Quem é você maldita!?- Nix riu e falou

–Não se lembra de mim? Eu sou a esposa de Erebus a senhora do escuro e você não sobreviverá a essa luta, e com um movimento incrivelmente rápido da foice que usava, arrancou um dos braços do gigante, ele rugiu em afronta, largou a espada no chão e elevou a mão, recitou algo, e uma incrível massa de poder saiu de lá, atingiu Nix com tudo no peito, a primordial da noite cambaleou, sangue escorria de sua boca, nariz e peito, ela pegou uma adaga, e com um movimento do braço desceu a adaga sobre uma das asas da criatura, ele sorriu para a antiga mestra

–Não pode me derrotar! Eu sou nada, assim como sou escuridão- ele riu abrindo um longo corte no braço de Nix, ela gritou em uma língua desconhecida, a faça se alongou até ficar do tamanho de um braço, Nix riu diabolicamente, e atirou a faca no peito do gigante, que cambaleou surpreso, ele sorriu a pele começando a expulsar a faca, Nix levantou o braço, e a lâmina seguiu seu exemplo, rasgando o ser ao meio, e o portão de ossos explodiu, haviam desbloqueado a primeira barreira, agora seu caminho desconhecido se projetava a sua frente

Quando os ossos dos portões começaram a se reconstituir, formando o anjo mortal novamente só que dessa vez muito maior, seu rosto só mostrava fúria quando falou com Nix

–Miserável! Achou mesmo que poderia me derrotar- disse o anjo lhe dando um murro no rosto, fazendo ela se enterrar profundamente contra o chão, os olhos da senhora da noite brilharam com o poder, quando se virou para Perseus, e proferiu as seguintes palavras

–Eu te amo

Em seguida seu corpo se tornou negro, estacas de pura escuridão saíram de lá se enterrando profundamente na cabeça do gigante, a essência do ser sendo sugada para dentro do corpo de Nix, que após sugar toda energia explodiu, em uma onda de energia negra, o primeiro portão fora aberto, e o preço fora alto demais, conseguiriam vencer, ou morreriam tentando?

Perseus suspirou lágrimas caindo de seus olhos, os soldados esperando ordens quando com a voz trêmula ele falou

–Vamos acabar com esses idiotas, iremos ganhar esta guerra, eu juro por Caos- sussurrou furiosamente Perseus, o céu estrondeou raios batalhando em brilhos furiosos, não se poderia quebrar um juramento pelo Caos, assim enquanto seguiam a vida de todos estava em grande perigo