Hunger Games Mockingjay II-Again Catching Fire escrita por White Rabbit, Maegor


Capítulo 35
O Sarcófago- Parte II


Notas iniciais do capítulo

Aviso logo que temos mortes neste capítulo, espero que gostem!



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Owen Murray

Ele corria o mais rápido que podia. Suas pernas doíam e estremeciam, que situação ele havia se metido! A poucas horas atrás ele foi arrastado para longe de sua aliança por uma estranha tempestade de areia, ouviu um tiro de canhão, mas graças a Deus foi do tributo masculino do distrito 11. Mas agora uma manada de saqueadores o perseguia e ele sequer tinha por onde correr. Apenas tentava fugir o mais rápido que podia. Os saqueadores eram humanoides com olhos cinzentos montados em cavalos vermelhos.

Eram assustadores até mesmo para ele, um vitorioso dos Jogos Vorazes. Ele não poderia perder aquela luta, não daquele jeito. Não morreria para nenhum bestante da Capital. Ele parou de correr e sacou uma adaga de sua cinta. Um dos saqueadores aproximou-se de forma furtiva, mas ele rodopiou e cortou o que seria a garganta dele. Seu sangue negro jorrou e seu cavalo morreu instantaneamente.

Ele segurou a adaga com força enquanto dava outro rodopio e matava outro saqueador. Parou ofegante, os saqueadores passavam por ele ignorando-o. O que estava acontecendo? Será que estavam com medo dele? Milhares de saqueadores rumavam para algum lugar da arena, passavam por ele e nem se importavam, como se ele não estivesse ali.

Em poucos minutos todos os saqueadores haviam passado e já sumiam numa nuvem de poeira bastante densa. Owen segurou sua adaga com força, sem dúvida aqueles seriam os jogos mais divertidos para a Capital. E um jogo não pode ficar entediante não é mesmo? Ele podia contar todos os tributos mortos até ali: Silena, Ernest, Trisha, Prince, Tobias e Khalil.

Seis tributos haviam morrido naqueles três dias de jogos. Restavam agora vinte tributos vivos na arena, dezenove deles precisavam morrer para que aquela loucura terminasse logo. Ele viu ao longe algo cintilando, seria a sua salvação? Sim, devia ser. Correu na direção daquela coisa brilhante e ao chegar perto, viu algo bastante intrigante.

Era uma espécie de arco de mármore gigantesco, embaixo dele três sarcófagos de ouro puro e uma tabuleta em frente aos sarcófagos. Ele aproximou-se para lê-la. O que será que tinha ali? A tabuleta dizia:

A Sorte Está Lançada Tributo

Três sarcófagos escondem segredos

Dois escondem a morte, um esconde a vida

Será capaz de enfrentar os seus medos?

Então um daqueles sarcófagos tinha o poder de salvá-lo? Ele precisava arriscar, talvez conseguisse pegar o sarcófago certo e conseguir suprimentos. Pois a sua boca já estava seca e ele precisava de comida o mais rápido possível. Resolveu apostar no terceiro sarcófago. Fechou os olhos enquanto suas mãos rolavam a tampa. Assim que o abriu afastou-se rapidamente.

Nada aconteceu, ele aproximou-se lentamente do sarcófago e de súbito, uma bola negra o acertou em cheio. Ele caiu no chão debatendo-se, uma dor insuportável tomava conta de seu peito, ele só queria pensar em Jennifer, ela tinha que estar viva, ele precisava viver para cuidar dela. Mas a sorte não estava a seu favor. E quando seu coração finalmente parou de bater, um tiro de canhão ecoou pela arena.

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Savannah Hastings

Ela ouviu o tiro de canhão e pulou de sobressalto, restavam apenas dezenove tributos vivos na arena agora. Somente dezenove, precisava somente que dezoito deles morressem para que ela pudesse voltar para sua antiga vida no Distrito 5, ela havia cortado os galhos de uma palmeira e com eles feito uma fogueira improvisada, estava assando uma ratazana do certo.

Era meio repugnante ter de comer ratos do deserto, mas ou era isso ou era morrer de fome. Sua aliança devia estar procurando desesperadamente por ela. Ela havia conseguido sobreviver sozinha por um bom tempo, não precisava de sua aliança pra dizer a verdade, mas havia criado laços com eles.

Devorou a ratazana em poucos minutos e jogou areia por cima da fogueira, ninguém iria rastreá-la, ninguém mesmo. Ela levantou-se passando as mãos na adaga que havia pego. Sua mochila ainda tinha comida, mas ela resolveu não tocar nela por enquanto, poderia se alimentar de tâmaras e ratos e só usaria aquela comida quando fosse extremamente necessário. Agora ela precisava voltar para aquele oásis onde estava sua aliança e mesmo que eles não estivessem lá, havia mochilas com suprimentos. Poderia voltar para a Cornucópia, mas ela sabia que ela estava ocupada por alguns tributos. Mas seu parceiro de distrito estava lá, será que ele a aceitaria como aliada?

Resolveu rumar em direção a pirâmide que se destacava no centro da arena, eles iriam acolhê-la sabia muito bem disso. Columbae tinha um bom coração, Philipe também e Eric com certeza aceitaria alguém habilidoso em seu grupo. Ela tinha a salvação em suas mãos. Quanto a seus antigos aliados... Bom, Trista devia ter enlouquecido com a morte de seu irmão e poderia fazer qualquer coisa para vingá-la. Derek e Élleny ainda eram uma incógnita para ela, mas fazer o quê? Ela não queria abandoná-los, mas precisava fazer isso.

Continuou rumando pelo deserto na direção da pirâmide, se tudo desse certo estaria lá antes do sol se pôr, estaria viva antes do sol se pôr e era isso que ela mais ansiava e desejava. Estar viva o maior tempo possível, viver era uma dádiva única e ela não queria perdê-la numa arena.

Tudo o que ela precisava fazer era aliar-se a Eric, Columbae e Philipe. Depois eliminar os outros tributos e depois, seria cada um por si e que vencesse o mais forte e o mais habilidoso. Aquilo sim eram os jogos vorazes, apenas o mais forte e o mais habilidoso, ou talvez o mais esperto poderia vencer. Vinte e seis pessoas combatendo para sobreviver e voltar para sua casa, sua família e sua vida.

Enquanto deslizava os pés pela areia chegou perto de uma palmeira gigantesca, acabou pisando em algo estranho. Sentiu o chão abaixo dela ceder e uma corda suspendê-la ela estava pendurada de cabeça para baixo e abaixo dela, um buraco cheio de estacas. Quem havia feito aquilo. Pode ouvir algumas risadas se aproximando, em segundos cinco tributos estavam diante dela. Espera? Cinco? Não eram oito?

– Bela armadilha Tracy- disse o tributo do distrito 1- você sempre as coloca nos lugares certos.

– É eu sei disso!

– Pessoal vamos ficar aqui batendo o papo o dia inteiro ou vamos ao que realmente nos interessa- dessa vez quem falou foi a tributa do distrito 6- talvez ela saiba de alguma coisa.

Os cinco a encararam. Iriam matá-la? Ou usá-la como isca para alguma coisa? Com toda certeza havia uma finalidade por detrás de tudo aquilo. Eles queriam usá-la para algo, o problema era... o quê?

O tributo do distrito 7 aproximou-se segurando o seu machado pesado e luminoso. Seria o fim da vida dela, um fim terrível e ela sabia muito bem disso.

– Você viu minha irmã pela arena?- ele perguntou num tom rude e firme- ouvimos um tiro de canhão, pode nos dizer se viu minha irmã, o tributo do distrito 4 ou o do distrito 13?

– Não- Savannah sibilou- não vi nenhum tributo até agora. A tempestade de areia me separou da minha aliança e eu estava tentando voltar para a Cornucópia.

– Você sabe quem foi que morreu?- dessa vez quem perguntou foi Jennifer em tom choroso- se souber responda logo.

– Não, eu não sei.

– Então você não nos é útil- disse Rupert segurando o machado com força- sinto muito distrito 5, mas apenas um pode vencer!

E ele cortou a corda, a única coisa que a salvava das estacas e o seu corpo foi em direção a elas. As estacas perfuraram todo o seu corpo. Seu sangue jorrava como água e ela estava morrendo aos poucos. Pode ouvir palavras desconexas dos seus assassinos. Desejou que todos eles tivessem uma morte trágica e pior do que a dela. Então seus olhos se fecharam eternamente. E um canhão soou por toda a arena.

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Trevan Wayland

Duas mortes seguidas em apenas meia hora. A Capital devia estar adorando aquilo. Por sorte, sua aliança ainda estava quase intacta, tinham perdido apenas Tobias e ninguém mais. Todos os outros estavam vivos e ele agradecia aos céus por isso. Continuavam a viver naquela cidade abandonada pois até então era o único lugar supostamente seguro para que eles pudessem viver até que a final finalmente chegasse. Cada um na aliança tinha uma função diferente. Julieta e ele eram os combatentes, prontos a matar qualquer um que aparecesse em seu caminho. Jason era o ninja, ficava escondido e aparecia de surpresa para matar quem fosse preciso. Sharon e Olívia eram as manipuladoras. Sim, eram uma aliança completa.

– Duas mortes- riu Olívia enquanto bebericava um pouco de água- desse jeito os jogos não vão durar muito.

– Mas é pra isso que os jogos são feitos não é mesmo?- riu Jason- pra que aconteçam mortes. Então elas serão frequentes.

– Se eles não morrerem nós é que vamos morrer- disse Sharon- então só podemos rezar pra que eles morram o mais rápido possível.

– Nossa falando assim, você fica meio.... estranha- comentou Trevan- devemos somente sobreviver, se alguém morrer, bom, não somos Deus pra ressuscitar pessoas não é mesmo?

– Vamos parar com essa conversa- disse Julieta- devemos é comemorar por ainda estarmos vivos e com suprimentos suficientes pra mais dois dias. Depois disso estaremos ferrados e vamos ter que caçar simples.

A noite caiu rapidamente, eles nem perceberam quando o sol se pôs. Todas as estrelas desapareceram deixando o céu negro como carvão. O hino de Panem ecoou por toda a arena mostrando a insígnia do país, a águia que mostrava os mortos do dia. A insígnia se desfez dando lugar a imagem do tributo do distrito 4, seguido da tributa do distrito 5. E junto com o hino a imagem celeste sumiu e as estrelas reapareceram. Mas agora, eles podiam ouvir uma voz metálica ecoando por toda a arena:

Olá tributos, vocês sobreviveram três dias na arena, por isso preparamos para vocês um presente, algo especial para cada um de vocês. Os presentes ficarão junto ao obelisco brilhante, não se preocupem, pela manhã haverá um sinal de fogo marcando o local. Sua presença será crucial! Bons Jogos Vorazes, e que a sorte esteja sempre a seu favor.

– Querem mesmo que a gente se mate, imagine só, todos os dezoito tributos reunidos no mesmo lugar, com toda certeza teremos lutas e mortes, talvez um de nós morra- gritou Julieta desesperada- seus desgraçados!

– Acalme-se- Trevan segurou os ombros da mulher- nós vamos a esse encontro, pegar os nossos “presentes” e sair de lá com vida. Tudo bem?

Ela assentiu. Restava agora esperar que amanhecesse e que eles pudessem ir ao tal encontro, iriam sobreviver aquela arena, custasse o que custasse.


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Notas finais do capítulo

Mil perdões aos donos dos tributos mortos, mas estes são os Jogos Vorazes não é mesmo? A partir daqui teremos duas ou três mortes por capítulo, quero começar logo a terceira saga e por isso quero que essa termine logo. Beijos!! Peço ao criador do Khalil que me mande quantos anos ele tem agora e a Trista também, pois as fichas simplesmente sumiram!!!



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