Hunger Games Mockingjay II-Again Catching Fire escrita por White Rabbit, Maegor


Capítulo 34
O Sarcófago- Parte I


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoal, espero que gostem deste capítulo!!!



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Trista Waldorf

A bola gigantesca surgiu atrás das dunas de areia que encobriam todo o deserto, um tom azul escuro tomou todo o céu de sobressalto, diversas estrelas surgiram ofuscantes como se tivessem acabado de nascer. As noites no deserto eram belas e ela não podia negar isso, os animais noturnos deixavam agora as suas tocas em busca de comida.

A temperatura caia drasticamente obrigando-a a apertar-se contra o próprio corpo enquanto seus aliados tentavam acender uma fogueira. Para a maioria dos tributos, acender uma fogueira no meio da noite era suicídio, mas para eles não, era uma chance de atrair os outros para matá-los e terminar logo com aquilo.

O segundo dia de jogo estava terminando, a Capital devia estar adorando cada momento, cada sensação, cada tiro de canhão escutado. Ela queria a cabeça do presidente em uma bandeja prateada diante dela, desejava banhar-se em seu sangue ainda quente, ter a sensação de matar o desgraçado que deu continuidade a maior besteira de todas que foram os Jogos Vorazes.

Derek finalmente conseguiu acender a fogueira, ela aproximou-se das brasas e deixou que o calor delas a aquecesse, Élleny suspirou aliviada, pelo menos não morreriam de frio e não havia o menor sinal de tributo a quilômetro de distância.

– Onde estarão Khalil e Savannah?- balbuciou Élleny enquanto contava as flechas que lhe restaram.

– Espero que estejam bem- disse Derek- ouvimos um tiro de canhão hoje mais cedo, significa que temos um inimigo a menos, ou um aliado a menos.

– Nem ouse mencionar essa palavra- Trista disse com frieza, detestava a idéia de que seu irmão pudesse estar morto- eles estão bem, provavelmente foi um dos outros que morreu, eu vi quando o corpo foi levado, deve ter sido trabalho de um bestante.

– Isso significa que estamos em perigo não é?- Élleny aproximou-se mais da fogueira- se os idealizadores colocaram mesmo bestantes na arena, então significa que existem monstros caçando cada um de nós para nos matar das piores formas possíveis.

– Você é bem otimista não é?- riu Derek.

– Tento ser o máximo que posso.

– Temos de pensar em uma estratégia- disse Trista interrompendo a conversa- usar a arena ao nosso favor, já percebemos que a cada hora acontece algo estranho, podemos usar esse conhecimento pra criar armadilhas pros outros.

– Mas parece que elas param de uma hora pra outra- disse Élleny.

– Elas param quando não tem sol- disse Derek- desde a tempestade de areia o sol ficou coberto por nuvens, então aquele relógio lá da Cornucópia não pode se mexer e assim é como se o tempo não passasse.

– Então quer dizer que sem sol.

– Sem surpresas, bem pelo menos é a minha dedução, pode ser que eles aconteçam a noite também.

– Só nos resta esperar para ver.

A quietude noturna foi logo tomada de assalto pelo hino de Panem, nos céus do deserto todas as estrelas tinham desaparecido para dar lugar a insígnia do país, o símbolo de “esperança” da nação. Agora sim eles veriam quem era o morto da noite.

Trista era a mais apreensiva do trio, tinha medo de que seu íntimo estivesse certo. A insígnia se desfez dando lugar a imagem do tributo... Não, não podia ser ele. Mas era, o mesmo olhar, o mesmo sorriso sem jeito, a mesma feição. A face de Khalil surgiu no céu com o “Distrito 11” piscando abaixo dele.

Todo o medo de Trista desapareceu, dando lugar a um ódio, um ódio infernal e incondicional, um ódio que ninguém nunca teve antes, ela prometeu, iria banhar-se no sangue do presidente, ainda quente.

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Savannah Hastings

A foto de Khalil desapareceu, as estrelas reapareceram magicamente e os típicos barulhos da noite começaram. Ela ficou surpresa não só pela morte de Khalil, mas pela própria sobrevivência, não entendia como ainda estava viva. A tempestade a tinha arrastado para um lugar totalmente desconhecido, não se via uma simples palmeira a quilômetros de distância.

Por sorte ela estava segurando uma das mochilas quando a tempestade começou, e novamente por sorte, a mochila tinha comida e água para três dias, quatro talvez se soubesse como racioná-la. E por sorte, estava com o saco de dormir que a protegeria da noite extremamente fria dos desertos.

Restava apenas agora usar a sua sorte inesperada para encontrar um lugar seguro em algum lugar daquele deserto miserável. Ela sabia que ficar ali a mercê do perigo não seria nada esperto de sua parte, agora talvez o distrito 5 estivesse vibrando por ela, gritando pelo seu nome.

Talvez se ela conseguisse sobreviver uma noite sozinha no deserto, ganhasse mais popularidade e com isso, mais patrocínios. Todos os outros tributos tinham suas alianças e eram totalmente dependentes da existência delas. Mesmo a maior aliança da história dos Jogos Vorazes- com treze integrantes- perderia facilmente se tivesse seus componentes dispersados pela arena. A prova disso foi Khalil, mesmo sendo forte, ele sozinho sucumbiu ao deserto.

Espere. Só agora ela tinha percebido que aquela tempestade de areia não fora algo casual, foi planejado. Dispersar os tributos pela arena para depois matá-los de formas horríveis e divertir o público. A arena devia estar cheia de bestantes, vagando pela arena a procura de tributos solitários. E ela era uma tributa solitária naquele momento. Passou a mão na única arma que tinha conseguido trazer, uma adaga prateada e brilhante, sua única chance de sobrevivência se encontrava naquela simples adaga.

Um destino cruel, mas ela já estava mais do que acostumada com crueldade, ao ver o seu aliado sendo torturado até a morte nos primeiros jogos. Não queria lembrar-se daquilo, não agüentava mais as lembranças de quando ela foi vitoriosa, aquela maldita vitória que agora a colocara ali, para morrer no meio de um deserto.

Continuou a andar pela a areia fria e fofa do deserto, seus pés eram engolidos a cada passo que dava, teria sido picada por escorpiões umas cinco ou seis vezes se não estivesse com sapatos. Queria achar uma caverna, uma fenda entre rochas, qualquer lugar que lhe oferecesse segurança para a noite, sangrenta e perigosa.

Ela riu do próprio pensamento... Ela nunca estaria segura, mesmo que estivesse longe de todos os outros tributos a arena ainda era um perigo e os idealizadores queriam sangue derramado, não importa o quanto ela se escondesse, uma hora ou outra, teria de encarar a morte, lutar contra ela e escapar apenas se possível.

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Jennifer Matriz Murray

A noite caía, por sorte ela sabia que os outros estavam vivos, não, eles não poderiam morrer, não naquela hora. A tempestade de areia levara três de seus companheiros: Serena, Luke... e Owen. Haviam sumido desde então, primeiro vasculharam nas proximidades, mas parecia que aquela simples tempestade havia arrastado todos eles para longe.

Ela tinha que encontrá-los, sentia-se na obrigação de protegê-los. Não poderia permitir que eles morressem a míngua, ela não podia deixar de imaginar as piores coisas ao lembrar-se que eles estavam espalhados pelo deserto, e o pior, com outras alianças atrás deles.

Ela puxou do bolso da calça o patrocínio que tinha recebido a noite anterior a tempestade, aquilo sim a ajudaria a encontrar os outros, pelo menos ela esperava que você ajudar, analisou bem o seu presente e voltou a guardá-lo. Começou a olhar para o horizonte, atrás de alguma sombra ou de alguma silhueta, qualquer coisa.

– Ei, que tal irmos à direção daquele oásis- Heather gritou apontando para um conjunto de palmeiras ao longe- eles precisam de água, devem ter ido atrás de um e aquele pelo que vejo dá pra ser visto de toda a arena.

– É uma sugestão- disse Tracy- mas existem outros oásis por aí, milhares, não vamos encontrá-los indo de um em um.

– Acha mesmo que aquela tempestade arrastou-os para quilômetros adentro no deserto- riu Rupert.

– Não, mas eles podem ter ficado desorientados e seguido na direção contrária a nossa se afastando cada vez mais- ela riu- o deserto é traiçoeiro é meu amigo.

– É melhor irmos logo- gritou Chris do alto de um rochedo- tem uma nuvem de poeira vindo nessa direção e eu não estou gostando nada disso.

Ao ouvir isso Jennifer puxou discretamente o seu patrocínio do bolso. Sim, pela posição do sol devia ser mais ou menos uma hora da tarde, então havia começado de novo. Ela voltou a guardar o patrocínio enquanto juntava as suas coisas, eles precisavam sair dali o mais rápido possível.

E ela esperava que Owen não estivesse indo naquela direção, nem Serena, nem Luke, nenhum deles, desejava que todos estivessem bem longe dali, em algum lugar seguro, apenas esperando para serem salvos pelos aliados.

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Columbae Ballantyn

Acordou sobressaltada, provavelmente por algum sono ruim, ela e seus aliados ainda estava na Cornucópia e tinham suprimentos suficientes para pelo menos mais duas semanas, por sorte tudo tinha dado certo, pelo menos até ali.

Ela ouviu as vozes de Eric e Philipe, mas queria voltar a dormir, fazia dias que não conseguia dormir direito e o sono apenas dificultaria seu desempenho quando os problemas aparecessem, porque os jogos estavam começando a ficar parado, e os idealizadores não queriam que o jogo ficasse parado.

As vozes continuaram, mas dessa vez outro barulho foi ouvido, um barulho alto e inquieto, como o de muitas vozes se juntando a uma tempestade. Ela levantou-se rapidamente, passando a mão no cinto de facas-de-arremesso mais próximo, quando saiu do chifre dourado, pode ver que ao longe uma nuvem de poeira se levantava, seria outra tempestade?

Não, havia algo dentro da nuvem de poeira, como um exército, provavelmente bestantes, o que ela mais temia havia chegado, a hora em que os idealizadores interferem para deixarem os jogos mais divertidos. Por sorte a nuvem de poeira não ia na direção da Cornucópia, mas seguia em linha reta ao outro extremo da arena.

– O que será que é aquilo?- teve de gritar, pois o barulho aumentou.

– Não faço a mínima idéia- gritou Philipe- mas eu também não estou querendo descobrir, é melhor nos escondermos dentro da Cornucópia até que ela passe.

Eles se esconderam dentro do chifre dourado, e ficaram lá até que o barulho finalmente cessou, quando saíram, viram que a nuvem de poeira havia desaparecido por completo e o silêncio do deserto voltou a tona. Mas logo foi cortado, por um sonoro tiro de canhão, alguém havia sucumbido.


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Notas finais do capítulo

Quem será que morreu? Só no próximo vocês vão saber, a partir daqui teremos pelo menos uma morte por capítulo, assim ninguém ficará entediado.



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