Deathbed escrita por Grani008


Capítulo 7
Boyfriends


Notas iniciais do capítulo

anh, desculpa a demora pessoal, eu estava doente. Quero agradecer aos comentários e a quem acompanha a fic (que é bem mais gente do que eu esperava) pq eu quase desisti de escrever, mas continuei por causa dos comentários que me apoiaram. Obrigada e dessa vez espero n ter mts erras de gramática! ;D ps.: o cap do Leo vai ser mt revelador e em breve :) n odeiem ele, eu só peço isso.



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Cap. 7 ------------------------------------ Nico Di Ângelo

Nada poderia me impedir, sabia que Percy queria que aquele idiota levasse um soco tanto quanto eu, mas não pensaria, nunca nem suspeitaria que, de fato, ele o fizesse. Ele parou meu braço em meio ao ar e realmente pensei que tentaria me parar, porém, essa sensação durou apenas alguns segundos.

Ele não socou Leo apenas uma vez, mas duas, três e teria socado mais se Annabeth não estivesse parada, abismada, na porta da sala, para logo depois impedi-los. Pude perceber mesmo chocado com a cena, que Leo não se incomodava em tentar revidar, mesmo parecendo, um segundo atrás, pronto para me dar uma surra.

Enquanto Annabeth se empenhava para mantê-los afastados, não, para manter Percy afastado, Leo se contorcia de dor no chão, tinha sido atingido com um chute na barriga, e lutava para recuperar o ar. Percy gritava coisas ofensivas, mas depois de um tempo, ele parou de se debater, - algumas pessoas se amontoavam na porta da sala, confusas - mas ainda sussurrava coisas como “deixe ele em paz” ou “não é da sua conta idiota” e lágrimas grosseiras corriam pelo seu rosto, fluindo dos olhos verdes que cintilavam.

Ele abriu caminho pela multidão que se formara lá fora, empurrando estudantes que não reagiam paralisados pelo que viram. Antes de correr para ver se Leo ainda estava vivo Annabeth sussurrou algo pra mim, as palavras nem saíram da sua boca, mas não podiam ser mais claras para mim “vá atrás dele”. Foi o que fiz.

Corri por toda a escola, evitando um diretor aos berros, uma coordenadora exigindo meu uniforme, e alguns alunos me olhando torto e comentando, não importava mais. Eu sentia que ele não tinha saído da escola. Continuei procurando, e me senti burro por não ter pensado naquele lugar antes.

A cerejeira tinha povoado o chão com flores rosa, os balanços iam de um lado para o outro, com exceção do balanço do meio, onde Percy balançava de cabeça baixa. Sentei-me no balanço do seu lado, e fiquei em silêncio.

- Desculpe... – ele tentava não soluçar – Eu não...

- Obrigado – falei. Ele me olhou espantado, os olhos e o nariz vermelhos – mas eu acho melhor sairmos daqui antes que alguém apareça.

Ele riu e deixou que eu o ajudasse a voltar para casa, ele tentava evitar, ou até mesmo disfarçar para eu não notar, mas não conseguia parar de chorar. O apartamento não era longe então chegamos rápido e não foi difícil sair despercebidos do colégio.

- Você precisa tomar um banho – sugeri – vou arrumar alguma coisa pra gente comer.

Ele só assentiu com a cabeça e foi em rumo ao banheiro.

Depois de tentativas mega fracassadas de cozinhar resolvi pedir uma pizza. Não me lembro de ter ouvido o barulho do chuveiro nem nada parecido, então peguei uma toalha e fui até lá pra ver se estava tudo bem. Bati na porta duas vezes e ele disse que podia entrar. Coloquei as toalhas em cima tampa da cesta de roupa suja e me virei para encará-lo. Seco, vestido e do mesmo jeito de antes.

- Não te mandei tomar banho?! – Tentei transmitir meu melhor tom de nervosismo, o que não foi muito difícil.

Ele estava sentado em uma pequena cadeira de madeira - que ficava ali para se alcançar o armário de remédios - e me ignorou, continuou de cabeça baixa que nem quando cheguei. Aproximei-me e toquei seu rosto, ele segurou minha mão junto à sua face, mas não levantou o rosto, então, me ajoelhei na sua frente e o encarei.

- O que foi?

- M-Me desculpa e-eu não queria... – Ele chorava muito e soluçava.

O abracei, reconfortando-o, ignorando os pedidos sem sentido de desculpas. Afaguei seus cabelos negros e rebeldes, dava tapinhas em seus ombros e repetia que estava tudo bem, e aos poucos ele foi se acalmando, os soluços diminuindo e a respiração ofegante ficou controlada.

- Melhor? – Perguntei.

- Aham, obrigado.

- Agora me explica o porquê de tantos pedidos de desculpas – continuei a abraçá-lo, e nenhum dos dois pareceu se incomodar com isso.

- Não era pra todo mundo saber, eu nunca te perguntei... Nunca perguntei...

- Nunca perguntou? – perguntei com voz calma, quase um sussurro.

Ele me olhou nos olhos e depois desviou o olhar, suas bochechas coraram.

- Se você queria assumir, sabe... Anh, isso entre a gente, se é que tem alguma coisa...

- Claro que tem alguma coisa seu lerdo – respondi quase que imediatamente, surpreendendo até a mim – e a propósito, você fica uma gracinha com as bochechas vermelhas.

Ele riu e me beijou. Os lábios salgados tocaram os meus, me surpreendendo, me dando aquela sensação de choque de quando beijei Leo, e a culpa me tomou imediatamente por pensar nele enquanto beijava Percy, afastei o pensamento e me concentrei no beijo. Primeiro foi um selinho demorado, depois a língua dele brigou por espaço na minha boca e eu cedi e me perdi nos toques dele no meu pescoço, ele me fazia enlouquecer quando me beijava, um calor surgia de dentro de mim, tomando conta das minhas emoções e pensamentos, mordi o canto do lábio inferior dele, mas sua única reação foi de devolver a mordida com mais intensidade, ele fazia movimentos circulares com os dedos no meu pescoço, me fazendo ter arrepios, que poderiam ser considerados uma das melhores sensações do mundo. Ele deixava algumas lágrimas caírem e eu podia senti-las se misturando ao beijo, deixando-o mais salgado, porém gelado. Do jeitinho que me fazia ficar louco.

Ele sorriu no meio do beijo, um sorriso que me tirou do sério. Ele tentou dizer algo mais o interrompi com um selinho e sussurrei:

- Me deixa pedir isso.

Ele devolveu um selinho demorado.

- Não dessa vez.

Beijamo-nos de novo, e em meio a um sorriso e outro, dissemos em uníssono:

- Namora comigo?

A resposta, para mim, não precisava ser dita. Ele retomou o beijo cautelosamente e devagar, como se fosse um primeiro beijo, não interrompi e deixei que ele me guiasse. Ocupei minhas mãos com os botões do uniforme dele e em segundos ele estava só de calça, o peitoral musculoso me chamava à atenção. Cara! Que namorado eu tenho! Essas palavras invadiram minha mente e me diverti com a estranheza delas, nunca pensei que um dia chegaria a realmente pensar sobre eu mesmo assim. Não importava mais.

Ele me puxou pra mais perto dele e me arrastou para debaixo do chuveiro, que molhava minhas roupas e o que tinha sobrado das dele, mas não nos importamos um beijo molhado realmente era uma coisa diferente... E interessante. Ele passou as mãos pelo meu pescoço me mantendo perto e... O som da campainha tocando ecoou pela casa, eu ri.

- Pedi pizza – comentei.


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Notas finais do capítulo

ahahahaha obrigada por acompanharem, comentem!



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