Deathbed escrita por Grani008


Capítulo 8
Soldatino


Notas iniciais do capítulo

oooooooooooh, me inspirei da música "Soldatino" Nico lulaby. espero que gostem e desculpa a demora genet, o site tava migrando e talz...



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Nico ----------------------- cap.8

Ao contrário do que muitos pensam, não aconteceu nada demais naquela noite, fui atender a porta com as roupas pingando como se Percy, ao invés de ter me beijado, tivesse estourado um cano de água em cima de mim, - de alguma forma, eu sentia que ele poderia fazer isso com muita facilidade - essa sensação logo foi embora. Sozinho com um sorriso bobo na cara me esforcei para não molhar o dinheiro e paguei a pizza.

O vapor quente esquentou minhas mão confortavelmente mas logo elas voltaram a congelar quando coloquei a caixa no balcão e pesquei uma lata de Coca-Cola na geladeira. Deixei que Percy terminasse o seu banho e sentei no sofá.

[...]

Eu realmente esperava poder passar um tempo com ele, tipo, assistindo um filme calmo e chato na TV ou ouvir uma musica diferente, comer pizza e ficar desfrutando da companhia dele, mas quando ele saiu do quarto, foi em direção ao casaco mais próximo e pegou o celular, quando eu perguntei aonde ia, ele só deu um sorriso torto e disse que voltava logo.

A primeira coisa que eu iria perguntar quando ele voltasse, era qual era o conceito dele de “Voltar logo”. Quando ‘As vantagens de ser invisível’ terminou de passar, já era mais de meia noite, e eu estava me esforçando para continuar de olhos abertos. Fui tomar um banho quente, mas percebi que não tinha nada pra vestir, e, pensei que ele não se importaria se eu pegasse algo emprestado.

De toalha, revirei o guarda roupa em busca de algo que me servisse e que não fosse tão azul, o que quase foi uma missão impossível. Depois de um tempo eu encontrei uns shorts jeans cinzentos e surrados, e uma blusa preta com um cupcake azul estampado na frente, “Percy e sua obsessão por cupcakes azuis” pensei.

Já ia fechando o guarda roupa, quando uma caixa cinza me chamou a atenção. Ela estava bem no canto do armário, como se pra ser escondida. Abri e vi uma camiseta laranja lá dentro, que dizia “Camp Half Blood” e tinha o desenho de um centauro na frente e de um Pégaso atrás. Um pequeno bilhete caiu quando desdobrei a camiseta.

Dear, Percy

Desculpe-me por não te dar notícias rápidas e nem tão boas. Todos no acampamento estão bem, Thalia sabe comandar isso aqui como um general, Quíron teve que ver alguns parentes distantes, e disse que você entenderia mais que ninguém o quão difícil de lidar eles são. Responda-me logo, todos aqui sentimos sua falta, e Annabeth... Ela está a ponto de ir te alcançar, se ela ao menos soubesse por que você está tão longe... Tenho medo de não conseguir impedi-la, então, por favor, não demore muito e explique para ela... Não quebre o coração dela como quebrou o meu, espero que tenha encontrado o que procura. Aproveite essa camiseta como lembranças de casa, e nunca se esqueça o que você realmente chama de “lar”.

Obs.: O acampamento está à beira de um colapso sem você e nem Quíron aqui.

Com Amor, Jason.

Terminei de ler, meio atordoado, tentando entender tudo aquilo, o que era aquele tal de acampamento que ele citou, e o que Annabeth tinha a ver com isso?! Thalia, apesar de nunca ter ouvido esse nome, ele me era muito familiar... Mas o que mais intrigava “Não quebre o coração dela como quebrou o meu” “Com AMOR Jason”. Quem era Jason?

Fui para a sala com o intuito de tirar satisfação quando ele chegasse, mas meus olhos me pregaram uma peça novamente, como se não bastassem eles terem me feito acreditar que ele gostava de mim – o que eu estava começando a duvidar – eles se fecharam sem me dar escolha.

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Quando acordei, ouvi vozes vindas da cozinha, fui devagar até lá, me lembrando de que da última vez que agi assim, não foi uma coisa muito legal. No começo só ouvi vozes baixas, mas, depois que me aproximei, percebi que estavam sussurrando.

– Você já não encontrou o que procura? Volte para casa!

– Eu não posso, não agora. – Identifiquei a voz de Percy.

– O que te prende aqui? Por que não me dá uma chance? – O garoto se irritou ao não obter resposta e continuou – Volta pra casa comigo! Droga Percy! Não percebe que ele se trancou no próprio mundo?

– Jason...

A voz de Percy estava embargada em choro, mas ele permanecia firme. Aproximei-me para entender melhor por que ele parou de falar e me arrependi por ter feito isso. O garoto o estava beijando, e ele não pareceu reagir de modo algum. Nem positivamente nem negativamente. Como se não quisesse parar o beijo, mas também não pudesse correspondê-lo.

Senti o ar me faltar e meu estômago se embrulhar. Aquela cena... Me deixou sem palavras.

Tentei ver mais um pouco. Percy segurou no rosto dele e o afastou devagar, só alguns centímetros, de olhos fechados, ele pediu, como se as palavras o cortassem por dentro:

– Vá embora Jason...

Mas Jason não foi, reconheci o nome da carta um pouco tarde demais. Tentei me esgueirar pela parede mais um pouco, mas tropecei no meu próprio pé. Eu não caí, mas foi o suficiente para que eles me notassem.

Percy tinha uma expressão de decepção e compaixão, ao contrário do garoto que deveria ser Jason, que parecia assustado, como se tivesse visto um fantasma.

– C-como? – Ele parou de sussurrar e olhou para Percy exigindo explicações – Por que não me falou que o tinha encontrado?

Percy não respondeu, nem ao menos olhou para ele. Pude observar Jason melhor, ele era alto, loiro – o cabelo impecavelmente arrumado – tinha olhos azuis profundos e tristonhos, e um corte pequeno nos lábios. Era atraente, eu confesso.

– Obviamente você gosta de pessoas loiras – falei apontando a carta para Percy, e me lembrando da menção que Jason fizera para Annabeth.

Dirigi-me para a porta da frente, quando Percy agarrou meu pulso.

– Nico, eu posso tentar explicar...

– Não precisa explicar – eu disse furioso, sentindo as lágrimas chegando – mas quer saber? Foi o namoro mais curto que já tive.

Saí e ele não me impediu, apenas ficou olhando a carta que eu lhe tinha entregado na cozinha.

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Sem saber para onde ir, fui para o lugar de onde nunca deveria ter saído. De casa. Bianca abriu a porta espantada, mas logo me abraçou, e percebeu que eu não estava nada bem.

Ela não perguntou nada do que eu pensei que perguntaria só me abraçou forte por muito tempo, e sussurrou no meu ouvido, uma parte da musica que nossa mãe cantava para nós na Itália. “Ma Nico, Mio Caro.”


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Notas finais do capítulo

espero que tenham gostado, comentem pleaseeeeee' a ultima frase do cap é da musca que falei nas notas iniciais ^^ cap. dedicado a todos os leitores :)
ps.: o prox é o do Leo!



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