Fix You. escrita por Autumn


Capítulo 6
Capítulo 5 – Quem é ele? – Segunda parte.


Notas iniciais do capítulo

ATENÇÃO
Quebra de tempo: ~*~
Mudança de POV: ~*~ CENTRALIZADO
Oi seus gordos, como vão? Bein... eu vou bem. Hehe, e demorei um século para voltar, I know, I know. Eu tive uma série de problemas e tenho prova até sexta, mas aí eu resolvi vir aqui postar a fanfic ontem... Mas a caralha tinha sumido e eu tive que reescrever. Eu tinha amado o finalzinho desse capítulo ;^; Mas eu tive que reescrever Ah! Falando na minha nova fanfic... Hehe, se eu estiver feliz no próximo capítulo e digo o nome e coloco a sinopse pro cês, beleza? Só falta a minha capa para que eu possa postar, mas não querem terminar! Eu estou com raiva de uma designer e... Bem, deixa eu me explicar. Eu fiquei gripada um tempinho, então não tava afim de escrever nada... Aí também tinha as provas, e minha mãe está enchendo a minha cabeça porque ela não me vê estudando e se eu ficar muito aqui ela vai me decapitar. Bem, ignorem meus erros de português cavernosos que eu devo ter cometido porque eu nem revisei, então deve estar mais horrível do que quando eu reviso antes de postar o capítulo.



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– Annie, você está toda descabelada, olhe só isso - Thalia exclamou enquanto nós íamos até o banheiro depois de ter voltado do hospital e eu ter filmado tudo que eu queria. - Você trouxe escova?

– Claro. - Eu puxei a minha bolsa dela antes que aquela coisa começasse a mexer em tudo. - Eu não posso correr o risco de ter um fiozinho de cabelo fora do lugar, se não eu vou de um shopping ao FBI para minha mãe investigar o que eu tô fazendo... Bem, que horas são?

– Três e trinta e sete. Agiliza aí que eu quero passar na cafeteria para conversar com o pai do Luke, hoje é o único dia que eu tenho!

Eu congelei naquela hora, preferia ficar na mesma sala que a besta - apelidinho fofinho que eu dei para Clarisse, namorada no meu colega de psicóloga - do que ouvir falar no nome do Luke. Não queria entrar em assuntos que o envolvessem.

– Sério que você não vai pergunta nada? Nem por quê eu quero falar com o pai do Luke, ou por quê só hoje? - ela perguntou enquanto ia colocar placa de interditado na porta do banheiro para que eu me trocasse, ninguém reclamava quando a gente fazia isso.

– Não, não quero. - Neguei com a cabeça enquanto tirava minha blusa com que eu estava e colocava aquela bata que tinha colocado hoje de manhã.

– Mesmo assim... Eu vou contar. Daqui umas duas semanas é nosso aniversário de "conhecimento"! Não se lembra? Quando você veio pra cá e eu e o Luke conhecemos você.

– Ah - eu exclamei, tentando parecer animada. - Que legal, então você queria fazer uma festa surpresa para nós dois e me contou? O.k., que horas eu tenho que estar lá?

– Annabeth! Você está muito mal-humorada para o meu gosto. E... arg, eu não devia ter contado. Droga.

Eu ri da cena e terminei de calçar minhas sapatilhas.

– Te mando uma mensagem dizendo para onde levar essa mochila, o.k.? - eu disse, entregando minha mochila com tudo que estava ali hoje de manhã. - Hoje eu tenho uma seção tortura com a senhora deusa da beleza - ironizei.

– Vai sair com Afrodite? - Thalia riu e parou quando viu minha expressão de raiva. - Vamos, você tem uns dez minutos... Vem comigo na cafeteria, nós precisamos conversa com o pai do Luke sobre a festa surpresa de vocês dois.

– Mas o pai do Luke não trabalha nos correios? Por que ele estaria na cafeteria?

– O Luke foi fazer um bico para um tio, pelo que eu ouvi quando eu sem querer me colei na porta da cafeteria que dá para a cozinha e...

– Sem querer? - Arqueei as sobrancelhas. - Sei... E aquela área é restrita! Você sem querer não viu a placa que tem ali a dez anos e sem querer o seu ouvido criou magnetismo e grudou na porta de metal que, olha, não é de metal!

– Sim, exatamente! Você é muito esperta em dedução, devia ir para aqueles programas de adivinhação, se daria bem.

– Poupe-me, Thalia. - Revirei os olhos e comecei a rir da cara de ofendida que ela fez. - Vamos logo.

Ela me puxou pelo braço e nós saímos correndo do banheiro. Tinha uma velhinha tentando ler o que a placa de interditado queria dizer e que devia ter tido um susto do coração quando nós saímos correndo de lá dentro.

– Bem, ela já está num hospital... Se acontecer algo eu levo bolinhos para ela mais tarde - Thalia brincou e nós duas começamos a correr, mas diminuímos o passo enquanto passávamos pela ala do berçário.

– Olha! - sussurrei baixinho, parando na frente do berçário. - Bebês são tão fofos.

– Annabeth! Vamos, eu quero... Pera, cadê a mochila?

Ela não podia ter esquecido minha mochila no banheiro, de jeito nenhum. Olhei para ela assustada e gemi de raiva.

– Não acredito... - falei baixinho, mesmo prestes a explodir. Sério, era minha mochila! Lá tinham coisas preciosas... tipo a mochila! - Vá falar com o pai do Luke logo que eu vou buscar. Meus Deuses, minha mãe vai me matar.

– Annie, desculpa... Eu, olha, vai logo lá esperar sua mãe que eu busco a mochila, não se preocupe.

– Nananinanão! Vai que você esquece ela na cafeteria, ou em qualquer lugar, depois? Meu Deus, eu vou morrer e... O que eu tô fazendo parada aqui?! - Revirei os olhos e comecei a correr. - Boa sorte com a festa! - gritei de longe e ouvi o choro de alguns bebês. Droga... Minha mochila era importante também, que as enfermeiras parassem aquele chororo.

Tudo bem, eu estava sendo egocêntrica e egoísta, mas eu não iria correr o risco de alguém pegar minha bolsa e fuçar lá dentro. Vai que aquela velhinha quisesse se vingar de nós com a minha doce e inofensiva bolsinha?!

Eu estava quase virando o corredor quando eu ouvi o barulho de alguém chorando e gelei. Aquele choro era familiar para mim, lembrava do meu choro quando eu era criança quando me perdia no supermercado. Eu sempre tive medo de supermercados depois que eu me perdi num Walmart. Gelei na hora e parei de correr, não aguentava aquilo.

– O.k., você só vê quem é e leva para a recepção, que fica do lado banheiro em que estão suas coisas, possivelmente... - falei comigo mesma, balançando a cabeça.

Fiquei em silêncio. Aquela parte do hospital era bem quieta já que nenhum quarto estava por lá e era um corredor pequeno que levava a vários cantos do hospital. O choro continuou e eu mordi a língua de tensão, era tão melancólico.

Quando eu tinha uns seis anos meu pai tinha me ensinado a procurar passarinhos no parque em que nós íamos quando minha mãe não era separada dele e nós morávamos na mesma casa. Ele dizia que eu precisava me concentrar no barulho, já que os passarinhos nunca apareciam para nós se não fôssemos os procurar. Era só prestar atenção e perceber para qual direção o barulho estava mais alto. Tudo bem que tinham vários outros sons no meio, mas eu conseguia achar os passarinhos quase sempre. Desta vezes era só o choro que eu precisava ouvir e não tinha mais nenhum barulho dificultando as coisas, não era tão difícil assim.

Eu fui correndo para a direita, entrando em um outro corredor que dava a uma janela e não tinha saída. Não entendi aquilo, até que eu ouvi passos quietinhos de alguém se aproximando e me virei ágil para trás. Não tinha ninguém e eu suspirei confusa. Estava assustada, nervosa e não estendia o que acontecia. Até que ela apareceu. A mesma garotinha de uns dias atrás no elevador que me deixou incomodada. Ela fungou baixinho e se aproximou de mim, limpando o rosto molhado.

– Eu quero o meu irmão - ela falou, gaguejando e puxando a barra da minha bata. - Cadê ele? Por que ele não tá aqui? Eu quero o Percy!

– P-Percy? - A observei melhor. Ela tinha olhos verde água e estava com o rosto vermelho e com os olhos brilhando por causa do choro. Até que era verdade, o seu cabelo tinha a mesma cor que o meu, mas estava muito mais bem cuidado e arrumado. - Você que estava chorando agora pouco?

Ela assentiu para mim cabisbaixa e tentei pensar em algo para anima-la. Não tinha jeito com crianças, então não consegui pensar em nada que não fosse pão, não sei porquê.

– Você é aquela garota que eu vi no elevador - ela falou, levantando o rosto e me observando. - A garota dos olhos bonitos...

– Não sabia que meus olhos eram bonitos. - Eu ri da carinha de espanto dela e então mordi o lábio. - Você quer ajuda para procurar seu irmão? O que você estava fazendo com ele antes de se perderem?

– O cara de branco deixou ele sair para fazer caminhada porque ele ia ter que fazer xixi mais tarde e andar ia fazer ele fazer xixi mais rápido.

– Ah! - Ri da repetição de palavras dela e cruzei os braços. - E você veio junto com ele, certo?

Ela assentiu novamente e continuei a fazer perguntas sobre os acontecimentos. Parecia que ela tinha visto uma mulher levando um pano rosa para um lado e ela quis segui-la, mas já já iria estar de volta para continuar com o irmão, só que ela não lembrava mais como voltar e ficou com medo.

– O.k., eu vou te ajudar a achar seu irmão - conclui depois de uns vinte minutos conversando com ela. No começo eu tinha falado de uma forma que tinha visto nos filmes e com as pessoas conversando com crianças, bem devagarzinho e com termos simples, mas aquela garotinha não era como as crianças pelas quais eu tinha ciência do agir. Ela se irritava com perguntas bobas e revirava os olhos como se pensasse que eu era idiota e sempre sabia responder qualquer coisa na hora, rápida e hábil, como se tivéssemos decorado um roteiro e ela só estivesse encenado junto a mim.

– Sério?! - perguntou ela contente e eu afirmei com a cabeça.

Tudo bem que eu não sabia de que jeito eu iria encontrar alguém que sumiu e que eu nem sabia como era, mas aquela garota... Os olhos dela cativavam e me deixavam com vontade de fazer as coisas.

Ela era como um anjo; nós adorávamos ela de vista e por comportamento também, mas anjos não são para ficar sempre conosco...

E eu não sei por quê não percebi isso bem na hora que eu a conheci.

~*~

Eu não conseguia. Como, raios, era aquele garoto?

– Bem... Eu acho que aqui é o último lugar em que poderíamos acha-lo - disse depois que nós paramos na entrada do hospital. - Acho que pacientes não podem ir para áreas restritas, então vamos precisar pensar em outra forma de procura-lo.

Ela não questionou o fato de que eu conhecia tão bem aquele lugar e nem perguntou se eu trabalhava ali. Deveria estar na cara que eu não podia trabalhar ali, eu tinha apenas dezesseis anos e tudo em mim provava que eu parecia ter esta idade mesmo. Mas ela deveria estar confusa... E eu não digo nada para os outros se eles não perguntam para mim. Isso me torna vulnerável, mais vulnerável que já sou.

– E-eu não vou achar meu irmão? - Os olhos dela marejaram.

– Claro que vai! Vamos pensar... Quando eu fiquei mais velha e pude sair sozinha minha mãe sempre me disse uma coisa: quando você estiver perdida se alguém em um local fechado, pare. Fique onde você está e espere. É bem melhor que te achem do que fiquem procurando você e você as pessoas. As duas vão se perder mais ainda. - Eu fiquei com medo de que ela não entendesse a complexidade da coisa ou questionar o fato de que se as duas se procurassem seria mais fácil de uma achar a outra, mas até que ela assentiu.

– E se a pessoa não for te procurar?

– Acredite, se ela se importa com você vai se preocupar e correr atrás, não simplesmente te deixar. Se ela o fizer esqueça, ninguém merece alguém que não se importa - falei e ela sorriu.

– E você se importa comigo! Você não me deixou sozinha!

Suspirei, mas depois fingi um sorriso contente e meio amarelo. Eu não me importava, sinceramente. Eu só não aguentava ver alguém chorando e não fazer nada. E se eu pudesse fazer algo para ajudar eu faria.

Nós andamos mais um pouquinho, até que eu consultei as horas e vi que já passavam das cinco da tarde! Eu estava uma hora atrasada e quando me voltei para a garotinha que eu estava ajudando - que, por sinal, eu deveria ter descoberto o nome ao invés de ficar perguntando coisas como 'o que você gosta de comer' - quando meu olhar se cruzou com o de um garoto com roupa que hospital disponibilizava para os pacientes. Ele era alto, tinha cabelo castanhos escuro, quase preto, e olhos verde água, como os da garotinha. Ele sorriu para mim, ou pelo menos foi na direção em que eu estava. Ninguém como ele sorriria para mim. Era lindo, até mais bonito que o Luke, e meu rosto ficou quente de vergonha quando eu pensei no Luke, mas logo esqueci. Ele era lindo, até com aquelas roupas de hospital e um rosto cansado.

Na maioria das vezes eu não costumo ficar fascinada pela beleza dos outros, mas, sinceramente, eu fiquei vidrada naquele garoto, nos seus olhos verdes... Verde água, olhos verde água da garotinha... Olhos verde água dele. Consegui sair do meu transe quando eu cheguei a uma conclusão básica.

– Hey... - eu me virei para a garotinha, mas sempre olhando de lado para ele. - Eu esqueci de perguntar seu nome.

– Eu sou a Ana, e você? - ela perguntou.

– Annabeth e... Ana, estava vendo aquele garoto ali? - perguntei de volta apontando pra o garoto

Ela afirmou com a cabeça e arregalou os olhos, começando a correr até ele, mas antes disso eu a segurei pelo braço, fazendo-a me olhar confusa.

– Quem é ele? - perguntei e ela sorriu para mim, respondendo da forma que eu imaginaria:

– É Percy, o meu irmão.


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Notas finais do capítulo

O.k., eu queria que essa última fala fosse a hora em que você iriam descobrir que o Percy e a Ana são irmãos, mas como o mundo não conspira ao meu redor... Ia ficar bem mais legal u-u Mas podem fingir que não sabem e ler de novo o final, fazendo uma cara assustada. Sim, eu estou mandando isso, e não briguem comigo porque a Annie e o Percy não se falaram! Eu disse que eles iriam se conhecer nesse capítulo... Mesmo que só a minha querida Annabeth tenha conhecido, prometo que os dois começam a se amar logo, logo. Hehe.



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