Fix You. escrita por Autumn


Capítulo 5
Capítulo 5 – Quem é ele? – Primeira parte.


Notas iniciais do capítulo

ATENÇÃO
Quebra de tempo: ~*~
Mudança de POV: ~*~ CENTRALIZADO

Então, como eu prometi... Eu vim aqui postar o quinto capítulo da fanfic! Yep. E, cara, a cada dia eu fico mais feliz. Vem mais gente ler e mais gente começa a acompanhar, e mais leitores anônimos eu ganho. Não façam isso com a tia aqui, ela sofre.
Mas, ao invés de chorar no leite derramado, eu agradeço! Nunca pude estar tão grata. Em um dia eu consegui dois comentário, acredita?
E, ah! Tem alguém que eu quero matar por não ter aparecido e eu vou matar mesmo, de qualquer jeito, na quinta feira. Mas, retirando isso... Fiquem com esse capítulo! Tem Percy para vocês... E não se preocupem que é a primeira parte u-u Eu dividi em dois porque o capítulo tinha ficado com umas quase três mil palavras, mas a próxima parte eu só posto semana que vem, dois beijus '3'



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– Ei! Como você vai hoje, minha garotinha? - Eu sorri quando a Ana apareceu na porta do quarto, no colo da minha mãe.

– Percy... - Mamãe parecia estar cansada e entregou Ana para mim, desabando no sofázinho do quarto logo após. - Agora eu só tenho horário depois da cinco e...

– Aquele cara maluco que pintou os olhos de preto parou de vir? - perguntei, sorrindo. - Sério, aquele homem era estranho e se bobeasse ele viraria meu padrasto.

Ela riu forçada, como se estivesse com dor, mas viu minha expressão confusa e forçou mais ainda.

– Mãe, está tudo bem?

– Percy, nós precisamos conversar. Você... Você não vai poder ir embora no dia combinado. Os últimos exames, eles... Parece que você tem um tumor do fígado e...

– Não... - eu a cortei. - Tudo bem, eu já não esperava que estivessem acontecendo tantas coisas boas de uma só vez. Não é hoje que eu vou me ver livre desse lugar, né? Tanto faz.

– Percy... Eles acham que não é algo maligno, mas precisam ter certeza. Você entende? As chances de ser algo ruim são mínimas, eles só querem ter certeza que nada está errado.

– Está tudo bem, sério. Eu não esperava finalmente me ver livre dessa droga de cama, onde eu estou vegetando a mais de um mês! - eu gritei e apoiei a cabeça para trás, arrependido. A minha irmã estava ali, e ela era a única pessoa que eu não queria que me visse assim. Eu vi seu rosto assustado e ela me abraçou do jeito que os seus braços tão pequenininhos podiam. - Ana, desculpa... Eu... Olha, vamos brincar, o.k.? Que jogo você trouxe para mim hoje?

A minha irmã tinha seis anos, era a pessoa mais meiga e inocente do mundo. Ela não merecia ter um irmão de dezesseis anos que todo mês tinha que passar por um batalhão de exames malucos que esgotavam toda a paciência e força dele. Eu era o pior irmão do mundo.

Mas ela sorriu. A minha pequena Aninha sorriu para mim e me pediu ajuda para descer da cama e ir até a nossa mãe pegar qualquer coisa que ela tivesse tido imaginação de criar para me trazer hoje.

– Eu desenhei você e eu comendo torta com aquela bola. - Eu a subi para a cama de novo e vi seu desenho. - Viu? A mamãe disse que era a única fruta azul que eu podia pegar, porque o resto tem que fazer com tinta.

– Corante, queria. Corante - minha mãe disse, sorrindo. - Ela não mudou de ideia, quis porque quis fazer um desenho... E como todos nós sabemos do que ela é capaz de fazer depois, nem dei muitas ideias.

– Sério? Oh! - Coloquei o desenho de lado e puxei Ana mais para perto. - E como foi a sua semana, Ana?

– Eu tava brincando com o Grover de pega-pega, já que ele disse que você não tá podendo brincar... E eu encontrei uma garota! Ela tinha um cabelo amarelo, que nem o meu!

– Sério?! - Eu fingi surpresa, mas não precisei fingir quase nada, eu fiquei meio que surpreso mesmo. Era tão difícil que ela conseguisse se interessar por alguém e me contar mais tarde. - Qual a cor dos olhos dela?

Ana era meio louquinha. Ela não era uma garota muito normal, que chegava nas pessoas e perguntava o nome delas. Ela ia até elas e perguntavam qual era a cor dos olhos delas. Era só uma desculpa, claro. Quando ela tinha uns três anos eu ensinei a ela como eram as pessoas e que, se ela quisesse saber como eram elas de verdade, era só se concentrar em seus olhos.

"- As pessoas mentem, mas os olhos não - eles são as janelas para a alma, e se você for capaz de observar você consegue descobrir tudo".

O problema é que eu pensei que iria tudo ser papo furado e ela não iria entender. Mas ela entendeu! E, além disso, achou uma desculpa para enganar os mais espertos. Era só ela ser a criança que ela podia ser e fazer perguntas sem nexo, como "qual a cor dos seus olhos". Estranho, mas com isso eu conclui uma coisa; ela não era tão inocente assim e, na verdade, eu acho que as únicas pessoas inocentes são as que nunca conheceram o mundo, eles a entope de ilusões e verdades ruins. Sério, nem deve ser ele, a culpa é sim das pessoas.

– Ela não me deixou ver - ela disse, brava. - Mas aí o elevador abriu e ela saiu correndo... Só que aí ela caiu! E aí eu fui e vi os olhos dela, era cinza! Achei mais bonitos que os seus.

– Ah é, dona Ana? Eu quero ver! Você ainda vai me mostrar essa garota um dia, e eu vou comprovar que os olhos delas não são tão bonitos como os meus.

– Você promete? - ela perguntou, com os olhos arregalados. - A mamãe disse que não era para mim falar de próximos dias, porque as vezes isso não acontece... Mas você vai ver algum dia, né? Eu vou te mostrar ela algum dia e você vai estar aqui para ver, né?

– Ana... - Eu olhei para a minha mãe bravo. Ela não podia falar aquelas coisas para a Ana. Mas não importava, eu não iria morrer cedo demais, então ainda tinha tempo, então sorri. - Claro que eu vou, eu prometo.

~*~

– Annie... Tem certeza que eu não fiz nada de errado? Você ficou me evitando desde que chegou até a hora que entrou no consultório da Sally! - Thalia me questionou pela décima vez nos últimos cinco minutos. - Eu não lembro de muita coisa depois que eu desmaiei, eu não lembro o que eu fiz... Juro.

– Thalia, está tudo bem! Sério, eu só tive problemas com a minha mãe e não estava bem para conversar - menti. Se bem que não era uma mentira, eu só tinha escondido parte da verdade. - Vamos, eu tenho que estar em casa às quatorze e preciso aproveitar em quanto posso.

– Annabeth! Você tem certeza disso? Quer mesmo ir para uma loja de livros do outro lado de uma avenida interestadual... Pela avenida?! Vamos usar a passarela!

– Não tenho paciência para isso. E, por favor, arrume essa câmera - eu disse, levantando de um bloco de cimento que havia ali. - Como combinamos, o.k.?

– Você vai ir correndo e eu vou filmar, depois eu paro a filmagem e vou atrás de você, correto? Mas... Para que isso? Você quer fazer um filme ou algo do tipo?

– Não, é trabalho escolar - menti. Não tinha me arriscado hoje de manhã a pegar aquela bolsa dentro do meu armário fechado e não conseguir filmar aquilo, mas ninguém podia saber para o que era aquilo. - Depois você me filma entrando, pausa e volta a filmar quando der uma e meia certinho, eu vou estar saindo nesse horário.

– Como você sabe? - ela perguntou, arqueando as sobrancelhas.

– Fala sério, eu sou filha da minha mãe; eu sei quanto tempo eu preciso, quanto eu vou usar, quando eu entro e quando eu saio. Lembra que eu sou filha do monstro da loucura? Então.

Eu arrumei o meu rabo de cavalo e ajeitei meu shorts. Eu deveria ter pegado um mais folgado, mas na hora do desespero de ontem à noite eu arrumei a mala com uma regata, um shorts e coloquei o meu boné dentro. Claro que eu não iria ficar com aquela roupa toda fofinha que a minha mãe tinha escolhido para mim, isso é tão óbvio. Depois eu iria trocar e ir para casa, arrumadinha do jeito que eu tinha saído.

– Tudo pronto aí, Thalia? - perguntei, arrumando o nó do cadarço de um dos meus all-star que estava frouxo. - No três você começa a filma... Um...

– Três! Hasta la vista, baby. Vai logo.

Eu revirei os olhos e saí correndo enquanto os carros estavam à uns seis quilômetros de mim, não podendo me ameaçar ou algo do tipo no dois sentidos da rodovia. Eu nunca seria tão burra de fazer essas coisas, mas era por causa de algo importante, então eu teria que não ser burra calculando a hora certa de não morrer atropelada... Vai saber, as vezes faz sentido.

Eu era proibida de tomar refrigerantes e energéticos já que eles davam uma dose eletrizante de adrenalina e era mais fácil de eu ter uma crise do nada, mas nunca haviam me proibido de receber um pouco de adrenalina perigosa. E ela era muito pior. Mesmo que naquele momento eu não me importasse com aquilo era ruim, e eu sentia que não devia fazer isso.

Eu estava certa, e logo logo comprovaria isso.


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Notas finais do capítulo

Surprise motherfucker! Agora eu fiz a junção de menina maluca do elevador irmã do menino maluco peixinho de água salgada que tem problemas e está internado u-u Brincadeira.
Ficou meio estranho, mas afinal... Eu escrevo, e me desculpe por fugir muito dos contextos e fazer a Annabeth dar uma de louca
Ah! Alguém aí gosta de THG? Eu tô arrumando umas coisas para começar a escrever uma fanfic sobre, hehe. Quando eu postar eu mando link por aqui e vou por uma macumba sedutora tão grande que vai fazer você ficar maluco e não conseguir dormir se não apertar no link e ler '3'