Fix You. escrita por Autumn


Capítulo 2
Capítulo 2 – Loirinha do elevador.


Notas iniciais do capítulo

Volteiiiiiii! Um ano depois, mas voltei ;3
Explicação: preguiça.
Cara! Brigada por todos os comentários e dicas, eu amei... De verdade, com todo o carinho possível. Me desculpe por qualquer erro ortográfico (que eu sei que vai rolar muito).
Hehe, então... Bye, e muito, mas muito obrigada! Mesmooooooo.



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– Sim... Sim... Sim, eu não estou triste com isso, mãe.

– Annie, me desculpe. Eu juro que estaria aí se não fosse por... – Ela abafou o barulho e gritou com alguém. – ... por não estar aí. Os seus irmãos não me deram escolha, eu sinto tanto...

– Eu já disse que eu entendi, não disse? Pronto, se eu entendi não precisa ficar preocupada com isso. – Como se você ficasse.

Minha mãe e eu não tínhamos uma relação muito boa. Eu comecei a odiá-la desde o dia que ela entrou com o pescador grego maldito em casa. Ele chamava Poseidon, e eu considerei ele maluco desde o dia em que minha mãe disse que ele tinha o mesmo nome que um deus, mas isso era só uma desculpa – e minha mãe sabia que não era verdade, já que eu não era uma criança boba e idiota. E também porque a minha mãe também tinha o nome de um deus. De uma deusa, na verdade. Atena.

Ela tinha prometido nunca mais se relacionar com homens depois de ter se separado do meu pai, e dois anos depois ela começou a ter um caso com esse cara que cheirava a peixe. Eu sempre odiei peixe.

Acontece que ele sumiu, e todo mundo ficou arrasado – menos eu, é claro. Eu nunca gostei daquele cara, e comecei a nunca mais gostar da minha mãe também. Ela deveria amar o meu pai! E chorar por ter o perdido, não por ter perdido aquele pescador!

E para piorar ela consegui minha guarda do meu pai, porque mãe precisa lutar pelo filho e blá, blá, blá. Ela fez aquilo só para que eu achasse que ela me amava. Mas eu não achava não, o.k.? Ela não me ama, nem eu amo ela e pronto.

– Annabeth! Você está me ouvindo? – mamãe gritou do outro lado da linha.
Sério que ela ainda estava falando comigo? Eu juro que tinha desligado.

– A-hã, e adivinha, nossa conversa acabou. – Desliguei o telefone e o devolvi a para a secretária. Ela chamava Ana, e eu a conhecei a um tempão. Ela sorriu e eu não retribui. Não precisava fingir ser simpática com quem já me conhecia.

O HPdM – o apelido carinhoso que eu e Thalia demos ao hospital, Hospital Particular da Virgínia – é o maior do estado, então eu tinha um bom tempo para ficar ali. Embora minha mãe não tivesse dito que horas passaria para me buscar, eu sabia que ela só viria daqui umas três ou quatro horas. Ainda bem que eu tinha feito todas as lições que a professora tinha solicitado para essa semana, senão não iria conseguir fazer quando chegasse em casa. Eu costumava ver minhas séries de TV e terminar os livros que eu tinha comprado no mês, então não fazia lição. E era um saco, então eu não fazia lição depois das dezoito. E como eu ficaria lá um tempão eu entrei no elevador sem rumo.

Era uma brincadeira minha, eu entrava ali e só sabia o que fazer depois de ficar cinco segundo ouvindo a musiquinha irritante de jazz que tocava ali a mais de dez anos. Quando eu era pequenininha eu ouvia aquela mesma música, e sempre que ia para o hospital nós tínhamos que subir um andar ou outro e ela tocava, então eu sempre lembrava daquela musica quando pegava o elevador. Eu tinha tanta coisa na cabeça que só lembrava mesmo quando eu entrava ali, se não lembraria daquilo toda vez que entrasse no hospital – e eu entrava todo o dia, digamos que o hospital era como um clube em que eu ficava doze horas por dia. Eu vivia ali.

Uma garotinha entrou antes mesmo que eu pudesse apertar o botão e ver as portas do elevador se fecharem. Ela estava fadiga e caiu sentada em um ladinho, rindo. Eu sorri, gostava de pessoas como ela, que não se importavam com o que iriam pensar quando estavam felizes. Rir preenchia toda a vergonha.

Como eu gostaria de rir assim. Eu era uma adolescente, mas nunca iria viver como uma adolescente ou fazer brincadeiras que um adolescente gostava, porque eu simplesmente não gostava dessas coisas.

– Ele não vai me pegar! – ela falou baixinho, soltando uma risada gostosa de ouvir e se virando para mim. – Ei, que é você?

Eu ignorei ela, como sempre fazia com estranhos perguntando quem eu era. Não gostava de quem não conhecia e em tinha motivo para ser gentil com quem nunca mais me veria. Ela nunca tinha estado lá, então provavelmente era a primeira ou ultima vez lá.

– Você tem um cabelo bonito, é amarelo. Quê nem o meu! Olha. – Ela levantou e foi até mim, levantado uma mecha de cabelo, mas eu ignorei novamente. – Você não gosta de conversar? Qual a cor dos seus olhos?

Eu franzia a testa depois que ela me perguntou aquilo. Que garotinha com menos de, sei lá, um metro de altura pergunta para uma pessoa qual a cor dos olhos dela?

– Deixa eu ver, deixa eu ver! – Ela ficou me rodeando, cantando 'deixa eu ver' para mim. Eu nunca tive raiva de ninguém além da minha mãe, já que eu não era infantil e tinha raiva por motivos reais, mas eu ficava irritada as vezes com pessoas como essa garotinha.

Ainda bem que o elevador abriu e eu saí rápido para ir para longe daquela garoto. Era horrível ter que prestar atenção nas coisas e andar rápido. Tão horrível que eu era péssima nisso, e aí trombei com alguém e caí. Com falta de educação não faltando ignoraram meu corpo caído no chão e saíram correndo. Que pessoa mais grossa, nem tive tempo de ver quem era. Conhecia muita gente ali e iria dar uma bronca naquela grossa, se eu soubesse quem ela era. Arg!

A garotinha veio até mim, e eu entortei o olhar. Ela parou na minha frente e me observou durante um tempinho, depois sorriu e saiu andando. Eu tentei ignorar, mas ela não saiu da minha cabeça durante as duas horas que se passaram depois disso. Eu consegui parar de pensar nisso quando Thalia veio brigar comigo por causa da falta de cara de pau de um garoto que tentou mexer com ela. Digamos que ela não se preocupava em parecer atraente e esse estilo meio gótico dela não atraía muito a atenção dos meninos – menos a do Luke, porque o Luke só olhava para ela, E ELE PODIA OLHAR PARA MIM TAMBÉM! Eu vivia coma Thalia, ele sempre estava prestando atenção nela quando nós íamos na cafeteria, onde ele trabalhava. Eu daria um nobel para alguém se o Luke começasse a me notar, mas já que não é assim. Ficam sem Nobel e eu sem Luke.

Eu consegui rir um pouquinho e nós fomos para a loja de presente ver se tinha chegado algo novo lá, já que todo mês eles mudavam a temática. Coisa para alegrar os visitantes que estavam deprimidos por estar visitando pacientes em estado crítico – entre dez, quatro visitantes estavam aqui vendo pessoas com câncer ou crianças esperando um pulmão na lista de espera.

Não tinha chegado o estoque e eles só iriam receber daqui uma semana, mas a Thalia teimou que deveriam ter trazido, porque ela tinha visto um caminhão de enfeites parando lá na frente quando ela tinha entrado quando ela chegou aqui.

Aí a recepcionista disse que o filho de um milionário tinha nascido e por isso ele queria decorar todo o quarto da esposa. Ela disse para a Thalia esfriar a cabeça um pouquinho e eu fui obrigada a sair de lá com ela, porque ela queria ir par ao terraço e a Morna só gostava de mim e que ela só deixaria a Thalia ficar lá em cima se eu estivesse junto. Justo porque os livros novos tinham chegado na estantezinha de leitura da loja – que era um dos poucos locais que eu abençoava naquele hospital maldito.

Eu vi as horas e disse que o horário da Morna já tinha acabado, para variar, mas a Thalia queria porque queria ter certeza que ela poderia ficar lá, e que se a Morna ainda estivesse seria uma subida cansativa, que ela não queria fazer o caminho todo em vão.

Eu bufei mas assenti e nós duas subimos as escadas vendo se ninguém nós via, mesmo que as câmera iriam ver. Eu só não disse isso porque iria começar outra briga, alguém com certeza iria nos ver e ela iria colocar a culpa em mim.

E lá fomos nós, numa missão de agente da FBI, ir para o terraço.


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