Ao Seu Lado escrita por Anne


Capítulo 4
Capítulo 4 Novata sem noção, prazer


Notas iniciais do capítulo

Oiee, meus amores. Tudo bom?
Olha, sorry, me desculpem pela demora, sim?
Eu juro solenemente postar muito mais rápido agora. Fazemos assim?
Me desculpem, por favor.
Obrigada pela MP Láry. ♥
Uma ótima leitura! Beijos.



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P.O.V. Mônica

Mas hein? Como assim a sala entrou em abstinência integral por causa de um garoto? Eu realmente me pergunto se por aqui todos são assim mesmo.

O jovem arremessou-se bruscamente na cadeira do professor... Ah, tá explicado era o professor mesmo, afinal. Bom... Estranho um professor ter a nossa idade e carregar um cigarro na mão. Definitivamente não poderia ser um professor, ele não deu bom dia para a classe. Mal educado.

Observei-o por alguns minutos, ele era... Muito bonito. Tinha olhos castanhos, cabelo bagunçado em direções. Ele trajava uma camisa social branca colada ao busco que... Me atrevo em dizer que aquilo deixava-o completamente mais torneado. Por cima desta um colete verde para completar ele estava com um blazer preto. Uma calça jeans escura com um par de tênis.

Ele observou a sala em silêncio.

– Calma pessoal, eu não mordo. – Ele disse ao mesmo tempo em que arremessava o cigarro na lixeira.

Uma moça loira e com um batom extremamente vermelho apareceu na porta. Ela usava uma saia jeans completamente curta e uma blusa de alça que fazia seus peitos parecerem que iriam saltar da roupa.

– Ah, Cê! Volta, o professor nem chegou ainda. – Sua voz era melosa e enjoativa.

Neste momento notei que a boca do garoto estava borrada de batom vermelho.

– Vem cá, vem! – Ele a guiou pela cintura e a pós em cima da mesa. – Ele só vai chegar quando EU quiser. – Enfatizou apontando com o peito estufado para si.

Magali se aproximou de mim e segredou:

– Ele deveria nós poupar deste teatrinho, não acha?

– Ele deveria nunca ser um professor. – Revirei os olhos e Magali riu.

Um homem alto acompanhado de livros em baixo do braço adentrou a sala com um cara de reprovação em ver a ação dos jovens.

Agora sim era o professor.

– Senhor Menezes, porque não se senta? – O homem disse sério – Sua amiga poderia sair de cima da minha mesa? Acho que é o lugar onde ponho meus livros.

A sala inteira riu. Não pude me conter.

– Calem a boca! Ou eu suspendo a ordem de virem sem fardamento. – Ele gritou. Todos se calaram.

Isto explicava porque só eu estava com aquela roupa estranha. Mas... Como assim ele ordenou? Ele era alguma espécie de coordenador? Mas acho que coordenadores não possuem este direito, talvez o... Diretor. Engoli em seco.

– Está bem, agora se sentem. – Diz o homem.

– Tá. – Bufaram os dois.

Ele passou por mim com um olhar intrigado, logo, sentou-se em uma cadeira um pouco atrás da minha.

– Mô. – Chamou Magali num murmuro.

– Sim?

– Vamos trocar de lugar?

– Por quê?

– É... Não consigo ver daqui.

Pensei um pouco intrigada e depois disse:

– Tá bom.

Fui para sua cadeira e ela sentou na minha.

A aula passou normal, fora o fato de ver o garoto misterioso que me ajudou na hora do fogo. Ele conversava uma hora e outra com seus amigos. Eu precisava conhecê-lo e agradecer. Que estúpida eu fui! Não agradeci meu herói.

O sinal tocou depois da terceira aula. Todos se levantaram em direção à porta. Fui até a cadeira de Magali perguntar sobre os mistérios que rondam essa escola.

– Magali! Preciso falar com você! – Disse a cutucando. Ela parecia procurar alguma coisa desesperada na bolsa.

– Achei! – Ela pegou um celular. – Vamos, preciso procurar a Denise. – Ela pegou meu braço com um pouco de pressa.

– Pra onde vamos nesta correria? – Disse. Acho que de correria já bastava do cachorro, sinceramente.

– Resolver um problema sério. Que diz respeito com você. – Ela dizia sem parar de caminhar. Me assustei um pouco com seu comentário.

Atravessamos o refeitório e ela me levou para a área de fora da escola. Havia bancos, alunos conversando pelo gramado, várias árvores, com uma praça de passeio. Todos esbanjavam muitas mais luxúrias que se podia imaginar, com seus aparelhos digitais suas roupas únicas e feitas por estilistas. Que exagero!

Tinha também um chafariz com um clima de casais passeando. Desviamos de vários em nosso caminho. Acho que ela poderia notar que eu não sou boa nessa coordenação motora que ela adquiriu.

– Magali, eu não estou entendendo mais nada.

– Calma, ela está ali! – Magali apontou para uma ruiva com o cabelo preso em marias-chiquinhas.

Ela trajava uma blusa com mangas branca com botões brancos. Uma gravata preta, uma saia xadrez cores preto e vermelho. Meias até os joelhos, com faixas da mesma cor que a saia. Uma luva na mão esquerda, branca com um símbolo de caveira. Um cinto em volta da cintura e uma bota cano longo bico fino preta.

A garota estava com uma câmera em cima do tronco de uma árvore. Eu me pergunto se esse equilíbrio é comum em mim também.

– Denise, vem cá. Rápido! – Gritou Magali para que a ruiva ouvisse.

– Calma! Você sabia que a Lara deu um fora no Brian? Haha, não vou perder essa, não gatz. – Disse a ruiva sem olhar para baixo filmando alguma coisa com sua câmera.

– Denise, o Titi me disse algo para dizer pra você! – Ela gritou.

A ruiva do susto se desequilibrou e caiu em cima de uma moita. Rimos com sua aparição atrás da moita com folhas na cabeça bufando.

– Ai minha coluna vertebral. – Ela disse se aproximando com as mãos nas costas. – Fala o que meu futuro namorado disse.

Ri com a palavra ''futuro''. Definitivamente ele era alguém importante para fazer uma pessoa se arremessar de uma árvore.

– Ele não disse nada. Tenho algo importante para te mostrar. – A ruiva fez cara feia de decepção.

– É fofoca? – Perguntou procurando folhas em seu cabelo com a mão.

– Não, definitivamente, mas eu sei que você vai estar disposta a me ajudar. É contra a Carmem. – Diz Magali já sabendo a reação da ruiva.

Os olhos da garota se iluminaram.

– Fala tudo...

P.O.V. Cebola.

Depois que o sinal tocou puxei Vanessa pela cintura para passearmos um pouco, tomar ar por aí.

– Ah, não, Cê! É verdade que seu pai vai voltar no próximo mês? – Ela perguntou fazendo beicinho.

– Sim, não importa quantas vezes eu diga que estou mantendo o controle dessa espelunca, ele sempre diz que tem que avaliar tudo. – Resmunguei.

– Ah, você poderia parar com isso, sabe! Temos muito pra se divertir e você fica tentando parecer responsável pro seu pai. – Ela diz com reprovação.

– Eu sei, mas ele precisa confiar em mim. Tenho que ser melhor que o meu irmão para ele poder me dar mais atenção, entende? – Perguntei.

– Atenção como liberdade? Dinheiro? – Perguntou.

– Exatamente. – Sorri perverso. Ela pareceu se animar.

Logo, me lembrei que tinha algo importante para terminar. Eu precisava me informar com a Denise sobre a aluna nova. Não só por causa do seu registro, mas como para tirar um bom proveito. Ah, eu precisava saber quem causou o incêndio de um mesa caríssima no refeitório.

Larguei Vanessa ali, sem deixa-la falar e sai pelos corredores perguntando sobre Denise.

P.O.V. Mônica.

Ouvi atentamente o plano de Magali. Eu merecia justiça por ter sido humilhada por aquela garota, não? Mas talvez aquilo só me trouxesse mais problemas.

– Magali, e se essa tal de Carmem resolver vir atrás de mim? – Perguntei. Acho que minha brincadeira de fogo já bastava de confusão.

– Não, ela não vai! Eu falo com o Cebola pra ocupar ela. – Magali disse.

– Bom, então tá.

Cebola? Será que era humano? Um garoto que adora comida temperada? Algum apelido de mão gosto? Um bad boy que fazia as garotas chorarem? Afinal, cebola faz chorar...

– Magali, essa é a aluna nova que tanto falam né? – Perguntou a ruiva me notando.

– Já estão falando de mim? – Me intrometi na pergunta.

– Ora, uma desconhecida pôs fogo na escola. Só podia ser novatas sem noção. – Disse a ruiva.

– Denise, mostre educação e cumprimente minha nova amiga. – Diz Magali.

A ruiva se aproximou de mim com o pedido.

– Sou Denise, gatz! Sem cópia e em pessoa. – Denise me estendeu a mão e eu apertei. – E você?

– Eu? Eu sou a novata sem noção, prazer. – Disse cínica e a garota pareceu se divertir.

– Então, novata sem noção, o único conselho que tenho em lhe dizer desse ambiente é cuidado com alguém. – Ela diz piscando.

– A cada momento eu tenho mais duvidas deste lugar. – Disse.

– Tudo bem, Mônica! Vamos comer alguma coisa que eu tô faminta. – Diz Magali.

Rimos com o comentário de Magali.

Andamos um pouco conversando animadamente até andarmos por um corredor e encontrarmos o mesmo garoto que nunca devia ser professor. Será que ele está procurando alguém? Parecia cansado, quem correu uma maratona... Duas ou três.

– Finalmente te achei! – Ele disse respirando ofegante com seus cabelos colados na testa.

Apenas senti uma mão me empurrar rapidamente para dentro de um lugar escuro e apertado. Senti o impacto de meu corpo se chocar com materiais estranhos. Logo, um barulho de porta sendo fechada se fez ouvir atrás de mim.

Onde eu estava?


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Notas finais do capítulo

Por favor, comentem. Por favor. =D