The Death Of Me escrita por saoren


Capítulo 4
Let there be peace


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura! ~nos vemos lá embaixo~



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Já em outra dimensão do mundo, Chris acordava lentamente, seu corpo parecia pesado. Despertou em um lugar escuro que foi clareando aos poucos... mas aquele era o Acampamento. Era tudo igual, os chalés, as árvores, o Punho de Zeus, a Casa Grande... Tudo, e só mais uma pessoa estava ali, ele podia sentir sua presença.

Em uma lembrança súbita, o semideus recordou do que havia acontecido. A guerra, o drakon, sua namorada... essa, não, Clarisse!

Ele desatou a correr para todos os cantos gritando o nome dela, mas não recebia nenhuma resposta. Ainda em desespero, o rapaz correu para a Arena, sua última esperança.

Aquele lugar era o santuário de Clarisse, onde suas forças eram dispensadas e reabsorvidas.

E ali estava. Uma moça grande, forte, de cabelos castanhos, com uma bandana vermelha na cabeça. Chris se apressou quase tropeçando nos próprios pés.

Clarisse ainda estava desacordada. Respirava com dificuldade. Lentamente o peito subia e descia. O rapaz expirou aliviado. Colocou a moça nos braços e a levou para a enfermaria.

Assim como ela havia feito por ele, quando o trouxe para seu lar, o Acampamento, agora era a vez de Chris Rodriguez cuidar dela. Deitou a numa maca e foi pegar alguns remédios nas prateleiras. De alguma forma, ele sentiu que precisava se afastar um pouco dela, fisicamente. Mas para quê ele pegaria remédios? Eles estavam... mortos.

Essa ideia lhe ocorreu e quando virou para refazer o caminho até Clarisse, uma luz branca muito forte o fez virar o rosto de tão gloriosa que era. Quando sua visão voltou ao normal, Chris sentia uma dor de cabeça horrível. Como Hades se sente uma dor de cabeça horrível estando morto?

Uma figura alta, forte e imperiosa destacava-se. O semideus logo reconheceu aquela face negra dos livros de mitologia que andara estudando. Tânatos, a Morte, estava à sua frente.

Chris Rodriguez, filho de Hermes - o deus falou - você morreu com grande honra. Espírito de guerreiro. Venho somente para transmitir-lhe um pedido de seu pai.

"Mas que irônico. Meu pai, o deus mensageiro, pede para alguém me enviar uma mensagem..."

Então? - Chris mantinha um tom cauteloso quando falava.

Por sua grande bravura na Guerra contra Cronos e Gaia, você irá para os Campos Elísios. Você foi perdoado por ter se juntado ao Exército dos Titãs. Tenha um bom descanso.

Uma aura amarelo-esbranquiçada começou a rodear Tânatos e quando Chris foi se aproximando dele para saber se estaria junto de Clarisse, o deus desapareceu. "Típico desses deuses...", o semideus pensou.

Estando consciente, o rapaz foi imediatamente para onde havia deixado a namorada.

Clarisse não estava lá. Em pouco tempo ele estaria nos Elísios, mas não estaria completo se ela não estivesse com ele.

Mais uma vez, de súbito, Chris se sentiu zonzo, as pernas estavam bambas, sentia seu corpo congelando por dentro, ao mesmo tempo que suava, e caiu no chão.

Clarisse - foi a última palavra que ele conseguiu proferir antes de desmaiar.
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Chris estava começando se achar uma Bela Adormecida de tanto ficar inconsciente. Levou um tempo para que seu corpo voltasse à ativa. Se aquilo tudo era magia boa e o deixava naquele estado enjoativo, imagine magia negra...

A questão era que um campo imenso se estendia ao redor dele. A grama tão verde, as flores tão vívidas, o cheiro de mel apurando seu olfato, e a mais bela visão? Clarisse La Rue parecia uma deusa.

Tinha seus cabelos escuros trançados de lado, usava uma toga grega branca que lhe cabia no corpo definido perfeitamente. Sandálias de tiras, como os gregos de três mil anos atrás usavam. Sua bandana vermelha foi substituída por fios avermelhados que se enrolavam na trança, dando nitidez à cor do cabelo. Seu estava sereno, mas os olhos castanhos eram intensos, como se finalmente tivesse achado seu tesouro depois de vagar muito tempo pelo mundo.

Chris não estava muito diferente. Também usava uma toga grega frouxa, dando-lhe liberdade de movimentos nos braços e pernas. As sandálias simples se ajustavam perfeita e confortavelmente em seus pés. Ao olhar para Clarisse, ele conseguiu realmente entender o que Beckendorf havia dito: "Existem certos sentimentos que não podem ser banidos e nem separados pela morte.", o filho de Hefesto comentou olhando para Silena, antes de morrer no Princesa Andrômeda.

Aquele lugar era magnífico! Tudo tão selvagem e natural!

Os dois jovens se aproximaram e, após um beijo calmo, escorreu uma lágrima quente pela bochecha do rapaz. A moça, por sua vez, secou-a com o dedo e proferiu três palavras que valeriam mais do que qualquer promessa feita em vida:

Eu te amo.

Eu também te amo - ele sorriu dessa vez - Cabeça de Javali.

O sentimento era tão verdadeiro que poderia ser palpável. Chris Rodriguez e Clarisse La Rue deram as mãos e seguiram por um caminho. Um caminho que só eles poderiam saber onde terminaria.

Não sabiam se seus amigos estariam por ali ou os Campos Elísios eram projetados de maneira diferente para cada um. O que realmente interessava era que Clarisse estava com ele.

E nem a Morte os separaria.


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Notas finais do capítulo

Então, como esse é o último capítulo, estou pensando em escrever um epílogo para finalizar.
Obrigada principalmente a Lena Nakamura por ler e comentar minha fics 'chrisse'. Você é a melhor, Lena.
Bjos.



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