Os Mistérios Do Doutor Jekyll (destino indefinido) escrita por Gogetareborn


Capítulo 2
II. Uma fonte secundária


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem. ;)



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O som dos pássaros batendo em retirada ecoava pelo meu escritório, eu sabia que já eram 10:00, e era quase hora do saboroso intervalo. Bom, tecnicamente todos já tem um pequeno intervalo entre as entregas, mas, finalmente quando o alarme soasse, eu poderia ir comer, minha fome era extremamente abusiva.

Finalmente, depois de horas em pesquisa, fechei o livro que estava diante de meu nariz, guardando a minha caneta dentro do mesmo, simulando um marcador. Meu rosto magro se apoiou nos braços, e com o cotovelo na mesa, comecei a deixar minha cabeça se destrinchar daquele clima monótono e criar sua própria fantasia.

Eu estava com bastante sono, minhas pálpebras mal conseguiam ficar direcionadas a uma só direção, eu tinha vários devaneios devido ao sono. Eles geralmente eram relacionados aos meus longínquos pensamentos e ambições. E principalmente, relacionados a Mônica.

Em meio a tudo aquilo, fui surpreendido pela maçaneta sendo girada, eu não me lembrava de ter trancado a porta, mas fui até lá e a abri, fui surpreendido por um baixinho sendo empurrado contra meu peito, eu recuei e ele se segurou na porta, tirando o chapéu por uma fração de segundos e colocando de volta, não sabia se ele havia se atrapalhado ou se estava me saudando, então fiz o mesmo.

-Olá. prazer, Cornelius. - Murmurei, baixo, não lembro ao certo o motivo de ter falado desta forma. Mas apertei sua mão e a chacoalhei, brincando.

-Ah, opa! Olá, desculpe pelo empurrão! - Ele riu, me cativando pelo bom humor desde o início. - Meu nome é Mitch. Mitch Davinson Hyde!

Seu nome me surpreendera. Na hora, não associei seu nome ao do doutor a qual fazia pesquisas, por isso o tratei normalmente, fui educado e o convidei a entrar.

-Bom, o que lhe fez me entregar a honra? - Rindo e pressionando uma mão contra a outra, causando eco na sala.

-Sou novo aqui, acabei de terminar o curso de ciências, fiz a entrevista e me mudei pra cá, já ouvi falar do seu trabalho como cientista, mas principalmente como escritor. Devo dizer que "Entre mares e luares" foi brilhante, vossa senhoria.

Eu havia desenvolvido um hábito de observar as características mais pulsantes das pessoas que conhecia, por simples desenvolvimento criativo. O rapaz em minha frente parecia sofrer de transtorno nervoso, pois se movia de forma rápida e de difícil compreensão. Também notei seu dedo polegar direito desgastado, provavelmente o garoto também escrevia, assim como eu.

-Muito obrigado, Sr. Davinson. - Minha pessoa rira, pronto para fazer uma piada. - Diga-me, você já leu o conto do "Médico e o Monstro"? Acho que iria se identificar!

Ele gargalhou de forma forçada, seu olhar era tão sem graça que eu não sabia se ele realmente achara graça em meu gracejo. Suas mãos foram direcionadas a maçaneta e eu acompanhei cada olhar do jovem.

-Bom, foi um prazer, mas é meu primeiro dia, e eu tenho muito trabalho para fazer. - Ele se retirou, entre murmúrios incompreensíveis de vergonha, eu fechei a porta e voltei a minha cadeira, mas antes de sossegar-me, olhei perante a janela, a neve agora era espessa, nenhum ser fraco sobreviveria lá. Senti-me aliviado por estar quentinho, em um escritório, que embora fosse pequeno, era aconchegante. 

Apoiei minha mão sobre o encosto da cadeira, pressionando um lábio contra o outro, em um dos meus momentos pensantes, olhei para o relógio, ofegante que o ponteiro marcasse 11:30, mas não, não haviam passado das 10:43, maldito tédio!

Resolvi pegar o penúltimo livro que havia recebido da biblioteca local para pesquisar mais um pouco sobre Francis Hyde. Ele se chamava "Teorias da Mente", era um dos únicos escritos por Hyde, mas o descartei na hora. Quero dizer, mesmo para mim, um cientista, intelectual, aquele livro era complexo demais. Já havia me arriscado nas 6 primeiras páginas, mas aquilo tudo não parecia ser mais do que delírios. Definitivamente eu não conseguiria saber nada sobre Hyde desta forma. Vi que o que dizia dele nas notas, mas eram apenas notas básicas como data de nascimento, nome completo, nem a cidade natal era dita!

Eu nunca vira sequer uma vez Hyde em público, sempre estranhei este fato, nunca fazia entrevistas, palestras, doações... Quem era afinal esse homem?


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Notas finais do capítulo

Olá, leitor. Peço que se leu e gostou, adicione aos favoritos e recomende. Caso queira, obviamente.

Grande abraço!



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