Decode escrita por Julio Kennedy


Capítulo 13
Capitulo 12 - Escuridão


Notas iniciais do capítulo

Não sei o que dizer sobre esse capitulo, acho que tem uma mistura de fechamentos ainda sendo concluidos com a entrada do novo enrredo, a dez capitulos do final a escuridão finalmente toma conta.



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Willis andava assobiando entre o campo de dados, vários cientistas e pesquisadores foram reunidos ali, nada como aquilo tinha sido visto antes, o portal reluzia no alto. O maior medo de todos era que outro Digimon encontrasse o caminho para o nosso mundo usando aquela passagem. Já fazia uma semana desde que os novos recrutas Rad chegaram e nada havia acontecido, nenhum distúrbio, nenhum movimento vindo da rede.

Mais a frente Willis achou Thiago – o que esta fazendo ai? - perguntou Willis – é da hora não é?

Willis o olhou por um instante e logo depois olhou de volta para o portal que brilhava a frente deles – Cara, isso aqui é muito legal – Thiago abriu a boca pra dizer mais algo, mas desistiu no ultimo instante, pegou a pedra que segurava na mão direita, jogou para o alto e a agarrou de novo – tudo é questão de sorte.

O portal atrás deles pulsou e fez um barulho alto, como o bater de um coração, os dois Raders olharam-no curiosos, e todos os cientistas ali reunidos correram ate lá, seus gráficos ficaram malucos por um segundo, no exato momento em que o portal fez aquilo.

_O que foi isso? - Perguntou Thiago olhando em volta, ele preferia acreditar que aquilo não veio do portal.

E novamente a mesma coisa, só que desta vez mais alto e mais forte, um dos pesquisadores deu o alerta, e meio segundo depois um monte de soldados armados com equipamentos Raders aparecerem – Alerta de atividade – gritou um deles antes de sair correndo, mais uma pulsação, mais alguns segundo, depois mais outra.

Os dois Raders se olharam e começaram a se afastar do portal, eles andaram cerca de dez metros e então o portal pulsou com tanta força que os soldados mais próximos foram parar no chão, mas no segundo seguinte o portal não pulsou, mas sim dobrou de tamanho, dezenas de soldados se aglomeraram próximos ao local, uma sirene estridente começou a ser tocada, e então através do portal saiu uma criatura vermelha, em sua mão carregava um tridente vermelho da mesma tonalidade de sua pele, atrás dele balançava um rabo em forma de seta.

Willis colocou sua cabeça de lado olhando fixamente para o Digimon e disse – È um diabinho? - ele gargalhou – caralho, é um diabinho.

_Boogueymon – disse Thiago, olhando sério para Willis – Digimon tipo vírus, na fase Seijukuki.

_Como você sabe disso? - perguntou Willis ainda olhando a criatura que agora estava sentada no chão mordendo o próprio pé.

Thiago curvou as sobrancelhas e o olhou fixamente – Manual Rad, capitulo sobre espécies digimons, tópico quatro, digimons vírus demoníaco, você nunca leu o manual? - perguntou Thiago incrédulo.

_Vi as figuras – respondeu Willis.

A criatura tinha por volta de um metro e meio, e seu corpo inteiramente vermelho, ela caminhou cambaleante ate perto de um dos soldados que ainda não tinha recebido ordens de fazer nada, eles se olharam por um segundo e então o Digimon sorriu, como dentes amarelos e pontudos como os de um tubarão.

O soldado a principio tremeu, mas em seguida sorriu de volta, Willis e Thiago viam tudo sem se mover, aquilo tudo era novidade pra eles, o Digimon olhou para a barriga do soldado que tinha a arma apontada para sua cabeça agora e disse – Tripas – com uma voz esganiçada, como se dita em língua de cobra, o soldado o encarou por um segundo e depois confirmou com a cabeça, no instante seguinte o tridente do Digimon já estava cravado na barriga do soldado que caiu ao chão, o Digimon pisou em suas pernas e então com seu tridente arrancou as entranhas do homem que ainda estava vivo.

Quando o primeiro soldado atirou, o portal pulsou, mas desta vez dezenas de Boogueymons saíram de lá, como insetos em um bando voando, um enorme tiroteio começou, dezenas de Boogueymons voando de uma lado a outro, arrancando cabeças e perfurando o tórax de vários soldados, Willis e Thiago começaram a correr tão rápido quanto conseguia, alguns Digimon passaram voando sobre suas cabeças mas por sorte nenhum golpe os havia acertado.

O portal oscilou novamente, mas desta vez ao invés de Boogueymons saíram dezenas de Devimons, Digimon negros tipo vírus. Mais e mais soldados brotaram, aquilo parecia um cenários de guerra a essas alturas, os dois Raders corriam abaixados, havia digimons voando para todo lado e eles não estavam com armas naquele momento, gritos de soldados pedindo ajuda, urros de digimons e barulhos de bala ecoavam, na frente deles apareceu um Devimon, ele devia ter mais de dois metros de altura, um sorriso malicioso no rosto e as assas batendo, ele estendeu a mão para os atacar, os dois puderam sentir ar se deslocar, mas o Devimon agora estava no chão, Monteiro apareceu no ultimo instante e o acertou com uma arma RAD.

_Onde estão as armas de vocês? - perguntou Monteiro os empurrando para trás de uma pilha de destroços que estava ali.

_Ficaram no alojamento senhor – disse Thiago – abaixem-se – gritou ele quando um Boogueymon apareceu do nada tentando acertar Pedro com o Tridente, Willis o acertou com uma pedra e o Digimon recuou por alguns segundo, tempo suficiente para Monteiro se alinhar e acertar um tiro na cara do Digimon. Dezenas de digimons e soldados, aquilo havia chegado ao mínimo a uma centena, o céu estava manchado de vermelho e preto quando o portal pulsou novamente, e de dentro dele saiu mais uma criatura, a primeira humanoide, seu pelo era azul um pouco mais claro que sua calça jeans surrada que era sua única peça de roupa no corpo. Um Leomon vírus disse Thiago assim que o viu.

O Digimon com seu sabre e sua incrível velocidade matou uma dezena de policiais em menos de cinco minutos, depois ele puxou seu braço para trás e depois de rugir lançou um ataque, uma cabeça de leão luminosa acertou mais cerca de cinco soldados que foram jogados longe. Os dois recrutas olhavam estupefatos, já Monteiro estava se acostumando com a tragédia, digimons e humanos sendo abatidos numa guerra sem sentido, o que estava acontecendo realmente do outro lado? Se perguntou Pedro.

_Temos que sair daqui – disse Willis – ou melhor, não devemos sair, se eles nos pegam estaremos mortos.

Dezenas dos soldados sobreviventes já estavam fugindo do local, derrotar um Digimon já era difícil, uma centena deles era impossível para um grupo de humanos, não importa o quão bem armados estivessem.

Os Devimons e Boogueymons pousaram no chão e se ajoelharam, Leomon se pôs em frente ao portal e rugiu, do outro lado ao monte via-se os soldados se reagrupando, eles iam atacar novamente. Leomon rugiu como um aviso e o portal pulsou novamente, de lá de dentro saiu uma criatura monstruosa, como patas e pernas de bode, em seu peito negro havia uma estrela de cinco pontas e em sua cabeça dois enormes chifres, era uma visão demoníaca. Todos aqueles digimons demônios o cultuando ali, era algo que deixaria muito religiosos dizendo que era o fim do mundo.

_Eles estão venerando Mephistomon – disse Thiago o mais baixo que pode, Pedro o olhou preocupado.

_Mephistomon é um lorde demônio? - perguntou Willis.

_Não, mas se tem algum Digimon que não é ,mas merecia ser é ele – respondeu apavorado Thiago. Eles estavam muito bem escondidos, mas caso algum Digimon resolvesse fazer uma ronda do alto, eles seria visto facilmente.

Mephistomon levantou os braços e uma bola de energia escura começou a se formar, a luz do dia parecia ser fraca de mais para penetrar naquela escuridão, tudo ao redor perdeu o brilho, a cor, parecia que o mundo estava perdendo a vida.

Alguns Devimon se transformaram em dados e se juntaram a grande esfera de energia que se formava, o Digimon demônio maior urrou tão alto que todos dentro de um quilometro puderam ouvi-lo, e junto com o som veio o arrepio, os olhos dos três que estavam ali mais perto se encheram de agua, e por fim Mephistomon lançou a esfera ao céu, a principio ela só ganhou altura, mas em certo momento ela parou e explodiu, um baque surdo, e então a energia negra começou a se espelhar pelo céu.

O Digimon demônio ergueu novamente as mãos e raios começaram a subir em direção aonde a esfera havia acabo de explodiu saindo de tudo, de todos os tipos de aparelhos eléctricos em volta daquele lugar, toda a energia estava sendo sugada. A massa negra continuou a se estender pelo céu, cobrindo tudo ao redor de sombras, uma escuridão mais densas do que nuvens em um dia completamente nublado.

***

Ela tinha acabado de se sentar na poltrona da aeronave, cansada e com bastante raiva da General Lacerda, Sofia só queria voltar para Belo Horizonte e aproveitar seus dois dias de folga que ganhara de brinde com o sucesso de sua operação.

Depois que saíram do bar Shibume a levou para sua casa na região norte da cidade, era a primeira viagem da moça para aquele lugar, ela ficava deslumbrada com cada prédio gingante e telões enormes que via pelo caminho. A essas alturas já tinha confirmado que Shibume estava bêbado, antes de sair do bar ela fez com que ele tomasse mais doses do que devia de sua bebida preferida, agora ela dirigia o carro que os levava.

Quando eles chegaram ela mais uma vez ficou deslumbrada com o designer da casa, uma coisa bem futurista e bacana, ele a levou para a sala de estar e lhe ofereceu uma bebida, ela prontamente aceitou e então começaram a conversar, nada que Sofi não estivesse preparada, ela leu muito bem os documentos relacionados a ele.

A conversa fluiu bacana ate que o velho maldito resolveu investir, a principio ele tentou a beijar mas ela se esquivou, ele colocou a mão na cintura da moça e a segurou com força, eles estavam sentados de frente um para o outro, em um enorme sofá cinza.

Sofia tentou mudar o assunto para tecnologia, mentiu sobre ser uma analista de requisitos e que estava pelo mundo conhecendo novas tecnologias para que pudesse aplicar em prol da sociedade, Shibume há contou um pouco sobre seu passado como programador, nada que ela não soubesse, e então investiu de novo, desta vez contra sua vontade ela o beijou, a principio sentiu nojo, mas em seguida sem saber bem porque começou a pensar em Douglas, e então aos poucos se entregou a situação.

Quando deu por si o homem estava tentando abrir o zíper nas costas de seu vestido, ela por reflexo agarrou seu braço, girou o corpo e lançou Shibume em cima da mesa de centro, ela era feita de vidro e se partiu em milhares de pedaços em baixo do velho, Sofi cobriu a boca com as mãos e foi correndo conferir se o homem estava morto.

Caminhava ela pela casa depois de constatar que o idiota só estava desmaiado, quando achou atrás de uma enorme tapeçaria na parede uma porta de metal, com um painel para inserção de uma senha, de sua bolsa ela tirou um aparelho grande, puxou os fios e conectou ao painel, números começaram a aparecer na tela, “bendita seja Susan” pensou com ela, a criptógrafa que aperfeiçoou o código que ela estava usando para descobrir a senha.

Após dois longos minutos a senha com trinta e um dígitos foi descoberta, a porta se abriu e do outro lado dela o laboratório. O sonho de qualquer Hacker pensou ela, era magnifico, com sistemas de refrigeramento, por que o servidor era ali e aquelas dezenas de CPUs super aqueceriam se não o mantivesse ligado, a sala tinha as paredes pintadas de verde claro, tinha cerca de oito metro de extensão, Sofia controlou o impulso de se jogar em uma daquelas maquinas e descobrir o que havia, alguns minutos de busca e pronto, o artefato estava a sua frente.

Ela o colocou na bolsa e foi ate os computadores, apagou as filmagens dela andando pela casa, obviamente um génio da informativa não deixaria de usar comeras, voltou para sala, se ajoelho perto de Shibume o acordando, fingindo estar apavorada, disse a ele que ele provavelmente deveria ter escorregado e que ele deveria ir pra um hospital.

Fazer o papel de boa moça foi fácil, mas ela sentia um prazer enorme toda vez que lembrava de Shibume voando sobre a mesa, ela teria feito tudo de novo, mas agora ela devia voltar para Belo Horizonte.

Ela se ajeitou um pouco na poltrona e pensou em dormir, mas o passageiro que estava ao seu lado ligou a televisão, Sofia não pode acreditar nas imagens a sua frente, seus olhos se arregalaram e seu coração quase parou.

Era aquele garoto junto ao Digimon que eles haviam capturado que destruirá parte das instalações do Rad, um ataque de Digimon a luz do dia, ela não queria acreditar.

***

Estávamos sentados conversando com Babel quando o notebook de May ficou completamente louco, Lud e Luan haviam trabalhado em um código de alerta para quando novos distúrbios acontecessem, fomos como loucos ver onde era, a primeira reação de todos não foi surpresa, se o portal ainda estava aberto muito provavelmente outro Digimon acabaria passando naquele ponto, mas a quantidade de dados que estávamos recebendo era quase absurda – tem algo de errado com o código – gritou Luan, o braço dele estava enfaixado e suspenso em seu peito, o corte havia sido bastante profundo – não pode estar certo.

_Mas esta Luan – disse Lud – nos trabalhamos nisso, sabemos que não havia margem de erro.

_O que isso significa? - perguntou Weverton, ele estava como o resto de nos, perdido no assunto, tá bom, bem mais perdido que o resto.

_O portal no centro da cidade – Disse Luan se sentando – cara, vários digimons passaram por ele.

Vi a tensão subindo em todos – quantos exatamente? - perguntou Luiz com aquela cara engraçada de sempre, a faixa na sua cabeça fazia com que ele parecesse estar usando um chapéu coco.

_Não temos parâmetros para estipular exatamente ainda, mas acreditamos – Luan parou e olhou pra Lud que assentiu com a cabeça – que pelo menos cinquenta.

Os olhos de todos se arregalaram, Luan e Luiz não tinham se recuperado ainda dos ferimentos, eu tinha acabado de acordar de algo parecido com um coma e já iriamos voltar à batalha, que vida legal, valeu mesmo o destino.

_Não temos escolha pessoal – disse pegando um boné de Weverton que estava sobre a mesa e o colocando – Somos os Guardiões não somos? - perguntei olhando para eles com um sorriso forçado no rosto.

_Que inferno – indagou Will, todos arregalaram seus olhos mais ainda e o olharam – Digo, vamos ferrar com esses monstros.

Quem era esse garoto e o que ele tinha feito com o Will que conhecemos? Calçamos ténis, as meninas trocaram de roupa para algo mais, como dizer isso sem parecer completamente estranho? Propicio pra uma batalha, na cabeça delas calça Jeans, camisas justas e cabelo preso, eram itens importantes. Peguei meu Notebook e coloquei o código na tela pronto para execução, e depois de brigar um pouco para que Luan e Luiz ficassem em casa percebemos que não haveria como convence-los e então partimos.

Mas assim que atravessamos a porta e chegamos na rua, dezenas de policiais armados apareceram, juntamente com Mauro e mais dois vestidos iguais a eles, uma garota linda de cabelos curtos, lisos e pretos e um outro qualquer baixinho e com cara de quem tinha ganhado o prémio Nobel por entrar na equipe.

E como se não faltasse mais nada, nosso amigo, Capitão Tavares na frente de todos, apontando a arma para minha cabeça, o maldito surgiu do nada do lado da portaria, não digo que quase me borrei, por sorte meu notebook não caiu, mas minha raiva por aquele homem era realmente dez vezes maior que meu medo.

_Vocês estão presos por destruição de património publico, por perturbar a ordem publica, por tentativa de assassinato e resistência a prisão – terminou de falar o Capitão não conseguindo esconder a própria felicidade no rosto.

_Posso ate dizer que destruímos um prédio ou dois, que quebramos algumas viaturas e que fizemos algumas pessoas morrerem de medo de nossos amiguinhos, até admito que fugíamos quando queriam nos prender, e que esse daqui o – disse apontando para Will – fugiu da cadeia Rad viu – continuei dizendo com o tom mais sarcástico que já usei na vida – não que você não deveriam agradecer de joelho visto que salvamos o dia, mas tentativa de assassinato? - eu ri na cara dele, ursinhos carinhos que me mordam, eu estava louco mesmo.

_Incitou deliberadamente um monstro contra uma dúzia de policiais – começou a gritar o homem nitidamente perdendo o controle, mas Mauro não o deixou continuar, o fez calar e o lembrou quem estava no comando da operação.

Olhei para Luiz e Will que já seguravam discretamente suas armas, mas não pude deixar de notar que Will estava tremendo, era bom saber que ele ainda era humano, planos nunca dão certo então não adianta planejar, Mauro me olhava fixamente.

_Largue o Notebook agora – disse ele, tão intimidador quanto era normal ser pra um cara do tamanho dele. Tavares balançou a arma como se estivesse me dizendo que se eu não fizesse ia levar uma bala pra cara a fora. Então lentamente coloquei meu computador ainda aberto no chão – agora ergam os braços – terminou dizendo Mauro.

Ergui os braços com bastante calma, fui acompanhado por todos os outros, olhei pra eles, todos tremendo por dentro, inclusive Babel, dessa vez parecia mesmo que íamos ser pegos, mas não foi bem assim, algo totalmente inesperado aconteceu, o tempo mudou completamente de uma hora para outra, tudo começou a ficar escuro do nada, a principio imaginei serem nuvens, mas com certeza não eram, era algo mais denso, negro, tomando conta de todo o céu no horizonte, isso só podia ter haver com o que estava acontecendo no centro da cidade. Aproveitei a distração de todos e soquei Tavares, um murro no meio da cara enquanto ele olhava para cima, ele perdeu o equilíbrio e então dei outro soco agora em seu braço, ele soltou a arma que voou longe.

Me abaixei o mais que depressa possível e dei o comando, F5 e um minuto depois Greymon estava lá, me arrependi amargamente porque no mesmo instante Mauro arrancou seu equipamento Rad junto aos dois novos Raders e começaram a atirar, Greymon urrava, os outros policias por reflexo começaram a atirar e logo aquele lugar estava perigoso de mais, balas voando para todos os lados, Greymon usou bolas de fogo pra atrasar o Rad, me deu um acesso de loucura e de notebook na mão pulei nas costas do dinossauro azul.

Os Policias sessaram as balas mas os Raders continuaram atirando, Lud mais que depressa invocou Mailbirdramon, conseguimos uma vantagem muito bacana quando começamos a correr, mas antes de conseguir chegar muito longe um policial qualquer conseguiu agarrar Luiz, mais dois brotaram nessa hora e apontaram suas armas pro garoto.

Eu tremi, que merda, Luiz era esperto de mais para ser pego, ele se debatia, gritava xingamentos e então um dos policias o acertou com a parte de trás da arma na barriga, ele soltou um gemido de dor enorme e parou de se mexer, sua cabeça ficou abaixada enquanto ele amaldiçoava o mundo.

_Corram seus imbecis, fujam sem mim – gritou ele, Greymon ainda atacava os Raders enquanto eu de cima dele estava impotente – se o Will conseguiu eu também consigo – afirmou ele com um sorriso obviamente forçado no rosto.

E então uma explosão me atingiu, eu cai de Greymon, Bati minhas costas forte no chão, Mauro havia me acertado diretamente, eu me contorci de dor mas ainda sim não gritei, não daria esse gostinho a eles, Greymon parou de atacar e chegou com a cabeça bem perto de mim, ele me cheirou e então voltou se para os Raders mas eles não estavam mais lá.

Eles correram ate Luiz e todos os policiais se juntaram a eles, eles sabiam que não iriamos atacar. Eu não podia explicar, mas Greymon sentia a mesma coisa que eu, a ligação que nos tínhamos o fazia saber diferenciar quem era bom e quem era mal, a partir do meu julgamento claro.

_Parem com essa confusão – gritou Mauro – se querem seu amigo de volta entreguem Babel – disse ele agarrando o queixo de Luiz e o fazendo olhar pra gente, ele ate tentou dizer alguma coisas mas Mauro lhe deu um soco no rosto que o fez cuspir sangue. Tavares estava logo atrás dele, apontando uma arma pra nos.

_Não entregaremos ninguém – disse Will se ponto à frente, de peito limpo, uma coragem idiota venhamos e convenhamos.

Babel passou andando por nos, e parou do lado de Will – Eu me entrego, mas primeiro soltem o rapaz – eu gritei para ele não fazer isso, mas ele nem se quer olhou para trás, Mauro segurou Luiz pela garganta e o jogou no meio da rua, Will correu ate ele e o ajudou a se levantar, enquanto Babel caminhava tranquilamente ate o grupo de policiais.

Assim que Luiz chegou ate nos, o fiz subir em Greymon junto comigo, ajudei ele a se apoiar enquanto nos fugíamos de lá, vi que as bandagens na cabeça de Luiz estavam novamente cheia de sangue, a escuridão à frente não nos dava mais confiança, seja o que fosse que nos aguardava parecia pior do que Armagedomon.

A escuridão guarda o pior de cada ser humano.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado, sua opinião é mega importante, por isso nao deixe de comentar.
E so pra lembrar, essa é a primeira fic relacionada a essa historia, como disse nas notas de historia ela tera tres fases, Decode, Guardians e Recover... Recover ainda é apenas um projeto adjacente, mas Guardians ja é fato consumado.



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