Decode escrita por Julio Kennedy


Capítulo 12
Capitulo 11 - Fragmentos


Notas iniciais do capítulo

Postando com mais frequencia do que o normal, aproveitem o surto de criatividade.
Deixei umas perguntas no final, se voces pudessem responder ia ser muito bacana.
Desde ja obrigado!



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A nuvem de fumaça e poeira já estava bem menos densa, de dentro dela um brilho verde era emanado, eu tinha me levantado e caminhado até dentro daquilo, era muito surreal, o mundo humano e o mundo dos Digimons estava mais próximo naquele lugar do que qualquer outro lugar do mundo, minhas costas doíam muito onde os escombros caíram, mas não mais que minha cabeça que parecia estar explodindo, depois de algum tempo caminhando ali Luiz chegou – Vamos cara, é arriscado de mais aqui – disse ele fazendo gestos com a mão.

Eu o acompanhei entre a multidão que agora já voltava a se formar – onde estão os outros? - perguntei curioso, não via mais ninguém, Luiz me olhou e colocou a mão em baixo de seu nariz, olhando pra mim com uma cara assustada, quando pus minha mão sobe o meu percebi que estava sangrando. Eu olhei para Luiz e minha visão ficou turva e começou a escurecer, pude ouvir a voz de Luiz gritando meu nome – Jonas – e então ficou tudo preto, novamente voltei a mim e vi que Will estava do meu lado também, os dois estavam me carregando, mais uma vez tudo voltar a ficar escuro, desta vez dando por mim vi Lud com o nariz sujo do sangue desmaiada do meu lado, pude sentir o chão tremer, estávamos dentro de um carro, e então voltei a desmaiar.

Abri meus olhos lentamente e a primeira coisa que vi depois de minha visão focar foi May, ela segurava minha mão, pelo que percebi estávamos no quarto de Weverton, ele é mais iluminado que os outros da casa e as miniaturas de grandes heróis de quadrinhos também me ajudou na dedução, me sentei na cama e percebi que estava nu – Cadê minha roupa sua pervertida? - gritei no estalo, só senti meu rosto queimar quando Mayara me deu um “tapasso”, e em seguida ela pulou em cima da cama e me abraçou, fiquei sem reação, foi repentino de mais.

_O que aconteceu comigo? - perguntei, eu estava muito disposto, cheio de energia, seja o que foi que deu em mim, me fez voltar a me sentir como me sentia antes disso tudo acontecer.

_Você desmaiou – respondeu ela sem olhar diretamente pra mim – e dormiu por setenta e duas horas.

_O que? - Gritei espantado, isso explica minha fome pensei – e Lud, ela já acordou?

_Ela ficou apagada por um dia apenas – disse May com os olhos cheios de lágrimas – eu comecei a achar que você não ia mais voltar, não podíamos te levar pra um hospital, nossas fotos estão na capa de todos os jornais do mundo, Will ta sendo chamado de domador de Digimons por causa das fotos dele com Shoutmon, não acharam o corpo de Douglas nos escombros, mas há algumas horas declaram sua morte e fizeram uma cerimonia em sua homenagem e enterraram um caixão vazio, o portal não se fechou Jonas, o exercito fechou tudo, o centro da cidade esta totalmente fechado pela policia e pelo Rad, e fora os meninos, seus machucados foram bastante feios, Babel fez os curativos, mas... - ela não conseguiu terminar.

Voltei a me deitar, e comecei a olhar para o teto, não conheci o Douglas bem, mas foi à pessoa mais próxima que conheci que morreu por causa de um Digimon. Passei mais algumas horas deitado, mesmo sem estar com sono só pensando em tudo que havia acontecido até então, todos foram me visitar no quarto assim que acordei, inclusive Babel que havia montado barraca na nossa sala, quando Lud entrou nos ficamos nos encarando antes de dizer qualquer coisa.

_Você sentiu o mesmo que eu – disse ela seguida de uma pausa desconfortável – quero dizer, eu perdi o controle quando Mailbirdramon apareceu, e depois, parecia como se ela estivesse sugando minha energia durante todo tempo.

_Sim – afirmei – é sempre assim, e quanto mais forte é a batalha pior ficamos no final – eu não queria ter aquela conversa, já tinha percebido isso mas não queria acreditar que fosse verdade, imaginei que fosse tudo emocional, mas se não era apenas eu a sentir, a historia era outra.

_Eu não conto se você não contar – disse ela com a cabeça baixa.

_E como esta sua perna? - perguntei para mudar o clima da sala.

_Melhor do que o braço de Luan e a cabeça de Luiz, mas o corte de Luan foi bem pior mesmo – afirmou a garota balançando lentamente a cabeça – Viramos celebridades do dia pra noite, não importa o que vem Pela frente agora, o caminho que escolhemos não tem volta.

***

Em Hong Kong eram onze e trinta da noite, Sofia descia de uma limusine em frente a uma das mais luxuosas casas de evento da cidade, ela estava deslumbrante usando um vestido vermelho que beneficiava cada curva de seu corpo, em suas mãos usava luvas longas e brancas trabalhadas em cristais, seu cabelo estava solto e seus cachos estavam com um brilho magnifico, ela caminhou calmamente sobre o tapete vermelho que ficava na entrada do lugar sendo perseguida por dezenas de fleches, aquele era um evento importantíssimo da comunidade e tinha cobertura de noventa por cento dos sites e programas de fofocas.

_Respiração, Calma, Um passo de cada vez – Dizia ela a si mesma, Sofi não era o tipo de mulher que colocava vestidos caríssimos, que se maquiava até pra ir comprar pão e muito menos que se importava com seu status social, ela gostava de armas, esportes radicais, treinamento de luta e computadores, aquela missão era especialmente torturante para ela.

Assim que entrou na festa seus olhos se arregalaram, estava tudo exageradamente branco, as paredes, a iluminação, as toalhas das mesas, as flores nos arranjos, os ternos dos garçons, e cada um dos convidados usava roupas de cores extravagantes, mulheres com vestidos rosa cintilantes, laranjas e verdes, homens de ternos amarelos, roxos e todo o tipo de cores que você conseguiria lembrar. Havia um grande telão no fundo onde varias formas geométricas aleatórias acompanham as batidas do DJ, mas a musica não era alta, afinal de contas às pessoas que estavam ali queria conversar, debater sobre negócios e fazer amigos importantes.

_Encontrar o alvo, Fazer contato pessoal, descobrir a localização do laboratório em sua casa, e pegar o artefato – ela repassava plano mentalmente varias vezes seguidas. Dentro do avião ela tinha lido sobre vida inteira de Shibume em uma pasta entregue pelo SIB, haviam varias fotos, perfis psicológicos durante a vida, projetos, romances, vícios, ela sabia tudo o que tinha para saber sobre ele.

Foi quando ela decidiu ir ao bar pegar um drink que encontrou seu alvo, sentado em uma cadeira com a cabeça baixa sobre o balcão, com uma taça de uma bebida qualquer na mão esquerda.

O homem usava um terno vinho, com sapatos pretos, seu cabelo era na altura dos ombros da cor castanho, sua pele era branca e seu queixo quadrado. Apesar do nome oriental Shibume não tinha olhos puxados nem mesmo cabelos super lisos, ele tinha características de sua mãe que era americana. Ele era mais velho, tinha cerca de sessenta e dois anos, mas era impressionantemente enxuto, aparentava ter no máximo quarenta e cinco, havia algo de errado nele, Sofi pensou, ninguém poderia parecer tão jovem naquela idade.

Sofia se sentou ao seu lado e pediu a bebida preferida do homem, Vésper Martini, que consiste basicamente em três doses de Gim BOMBAY SAPPHIRE, uma dose de Vodca e 1/4 dose de Kina Lilet, uma bebida forte e que deixaria qualquer pessoa inexperiente tonta facilmente, Shibume levantou a cabeça lentamente e a encarou, a primeira impressão era a mais importante e ela achava que tinha conseguido causar uma boa.

_Bebida um pouco forte para uma garota – disse ele em inglês, a conversa seguiria nessa língua.

Sofia deu um leve sorriso, e então virou o drink de uma vez, deu outro sorriso, pediu mais um ao garçom e voltou-se para Shibume – Isso se você for uma garota comum – Shibume abriu um largo sorriso – mas se conhece essa bebida tem bom gosto, acho que isso já é um bom começo.

_Ta brincando não é? É minha Bebida preferida – ele parecia ser bem extrovertido, ou já estava "alto" pelo álcool – Então, você é mais uma dama da alta sociedade vindo se divertir no final de semana?

_Depende muito de sua ideia de diversão, olha pra isso – disse ela se virando e apontando a taça para a multidão de snobes interagindo e fazendo negócios, fingindo ser quem não são, só para conseguir status – um monte de macacos treinados, atrás do poleiro mais alto da arvore central, não, eu não, só estou de passagem pelo pais, e o guia dizia que eu tinha que conhecer isso aqui, bom, na verdade minha ideia era só tomar esse drink e ir embora, com certeza não sou esse tipo de pessoa.

_Talvez não precise ir sozinha – disse Shibume segurando a taça um pouco mais alto e sorrindo escancaradamente para a moça. “Encontrar o alvo, Fazer contato pessoal, descobrir a localização do laboratório em sua casa, e pegar o artefato" repassou ela mentalmente novamente o plano, ela realmente odiava esse tipo de trabalho.

***

O centro da cidade como Mustang havia previsto tinha virado zona militar, barreiras de isolamento foram postas a dois quilômetros de distancia de onde um dia havia sido a praça sete, policiais e soldados estavam por todos os lados, caças da força aérea mantinham a segurança aérea do local, comboios com soldados chegavam a cada minuto, Jornalista do mundo todo chegavam para tentar conseguir qualquer informação que fosse sobre o que havia acontecido ali e sobre o que estava acontecendo.

No centro disso tudo, a metros de distancia daquele local estava Maristela, sentada em uma mesa de escritório de um dos prédios que foram obrigatoriamente desocupados, em sua frente estavam o comandante de operações especiais Fabio Campus, e os dois agentes do RAD responsáveis pela segurança da cidade.

_As coisas saíram do controle, mas não é culpa de vocês, não havia como prever a magnitude que isso podia tomar. Um Kyuukyokutai era de mais para quatro agentes e vocês por minha causa já estavam desfalcados, mas quando ele fez chou shinka – ela fez uma pausa e se levantou da cadeira indo até a janela olhando o portal ainda aberto – malditos sejam esses garotos, precisamos detê-los, quero cada um deles presos, inclusive Babel.

_General, eu peço desculpa pela fuga do grupo de garotos, depois da morte de Douglas fiquei certamente instavel psicologicamente e assumo toda responsabilidade pelo incidente – se pós a frente Monteiro, ele usava uniforme do RAD, calça e camisa preta, um colete cinza com o emblema da organização estampada e luvas pretas.

_Não me interessa quem são os culpados do incidente Monteiro, quero soluções, o problema tomou porte mundial e toda a comunidade esta em cima de mim – disse ela sem se virar para olha-los – quero a cabeça de cada Digimon em uma estaca, quero esses monstros fora do nosso mundo não importa quantas batalhas tenhamos que travar.

_Sim senhora – disse Monteiro fazendo continência, assim que eles começaram a se retirar da sala Maristela chamou Monteiro – Sim? - perguntou ele.

_Não há meio termo Monteiro – disse ela, agora olhando dentro dos olhos do agente - você vence ou morre, é assim quando se joga o jogo dos Digimons.

***

Monteiro saiu do escritório com a cabeça a mil, assim que ele chegou à rua Mauro o olhou com o ar de sempre, ele parecia inabalável, o enterro de Douglas havia sido no mesmo dia que declararam sua morte, ele estava provavelmente com a maioria dos ossos do corpo quebrados, o caixão não poderia ser aberto mesmo se o corpo estivesse lá.

Como o garoto não tinha familiares Monteiro escolheu o cemitério na capital mineira mesmo e cuidou de todos os preparativos relacionados, na cerimonia de despedida não haviam mais de seis pessoas, ele mesmo, Mauro e quatro dos novos agentes que haviam sido enviados para o que seria a nova equipe.

Ele nunca tinha sido realmente amigo de Douglas, mas a morte dele pesava tanto em seus ombros que ele mal pode levantar da cama nos dias que se seguiram, mas ele era líder de uma nova equipe, não podia se demonstrar tão frágil. Morrer enquanto se esta cumprindo o dever é considerado honroso, mas o que é a honra quando não se esta mais vivo pra se gabar dela?

Assim que chegaram nos novos alojamentos do Rad, Mauro e Pedro viram os novos integrantes, cinco bem dispostos e jovens agentes esperando para morrer pensou Pedro.

Assim que os novatos os viram se puseram em sentido – descansar – disse Pedro, pelo menos eram muito bem disciplinados.

_Eu como a maioria de vocês já sabe sou o General de Brigada Monteiro, líder e companheiro de equipe de vocês até que o governo descida, este ao meu lado é o recentemente promovido Subintendente Mauro Sampaio, o segundo no comando – terminou de os apresentar Pedro, ele suspirou, detestava a ideia de alguém substituindo seu subordinado – Quem são vocês? - perguntou ele por fim.

_Eu sou agente Glauro Quinta – disse o primeiro se ponto outra vez em sentido, ele era branco, forte e baixinho, com cabelo naturalmente raspado – transferido da divisão de brigada de São Paulo. - ele parecia nervoso ao se apresentar pensou Pedro.

_Eu sou a agente Marcelia Regina – se apresentou à segunda, uma garota aparentemente mais jovem que a agente Sofia, com cabelos pretos curtos acima da altura dos ombros, e com um corpo lindamente esculpido – transferida da divisão de brigada de Santa Catarina.

_Meu nome é Cesar Coutinho, vim transferido do SIB, trabalhei durante dois anos na Síria e seis meses na divisão de brigada de Washington, sou perito em programação e tenho cento e duas horas de voou em aeronaves pequenas – terminou ele, a primeira vista parecia só alguém querendo aparecer, ele era alto e usava óculos, não era malhado como os outros, era o CDF do grupo provavelmente.

O quarto pareceu hesitar na sua vez de se apresentar, era um garoto muito novo, não deveria ter mais que dezoito anos – Eu sou o agente Thiago Strathmore – todos o olharam de relance, Strathmore era o sobrenome de uma das maiores criptografia do mundo, esse garoto podia ser parente dela? - fui transferido da Divisão de brigada dois da cidade de Yorkshire na Inglaterra – Sim ele era parente dela, todos sabiam de onde Susan era, sua historia ficou famosa no meio Rad, faz parte do treinamento estudar historia da informática.

E por fim o quinto, um garoto moreno de estatura media, que não parecia ter nada de especial – Eu sou Willis Madeira – disse ele tão simples quanto alguém pode ser – agente transferido da equipe de brigada do Rio de Janeiro.

_Mas você não tem sotaque – interrompeu Monteiro, ele tinha se afeiçoado de cara com ele, não sabia dizer por quê.

_Não senhor, eu sou mineiro, nasci aqui em Belo Horizonte – informou o garoto.

_Vocês já sabem onde colocar suas coisas, já estão todos de uniforme, quero encontrar vocês aqui em uma hora para instruções – terminou Pedro, a situação estava cada vez melhor.

***

_A algo que eu preciso contar a vocês – disse Babel sentado no sofá de dois lugares, novamente a mesma situação que já havia acontecido ali antes.

Mais cedo depois que me levantei da cama Babel disse que queria conversar com a gente mais tarde, que haviam mais coisas que precisávamos saber, passamos o dia vendo jornais, nossas fotos apareciam a todo o momento, a de Will e Shoutmon estavam nas capas, Digimon muito estranho venhamos e convenhamos, porque após nos salvar simplesmente sumiu, Lud passou hora buscando algum distúrbio na rede mas ele não parecia ser rastejável, Will passou uma hora contando tudo o que havia acontecido com ele desde que saiu do apartamento de Luan, agora isso tudo parecia muito tempo atrás.

O clima entre nós não estava lá essas coisas, não que estivéssemos brigados, mas depois da morte de Douglas todos nós finalmente começamos a temer uns pelos outros, e o foco das preocupações novamente eu e Lud, todos estavam curiosos para saber o que realmente havia acontecido, mas eu e Lud nos fingimos de bobos e simplesmente deixamos a conversa tomar outro rumo.

Nossos telefones naquele dia não pararam de tocar, parentes, amigos e conhecidos nos ligavam sem parar, criamos uma gavetinha do desapego, uma das gavetas da estante de Weverton onde todos nos depositamos os celulares. A principio queríamos sair dali, porque Weverton havia sido fotografado junto a nós, mas ele nos tranquilizou dizendo que o apartamento havia sido alugado no nome de outra pessoa.

E então finalmente a hora de conversar com Babel chegou, ele pediu que não o julgássemos e que prestássemos o máximo de atenção possível em cada palavra.

_Como já devem ter deduzido, sou filho de um dos "Criadores de Criaturas", naquela época eu era bastante pequeno e meu pai nunca me deixou realmente a par de suas pesquisas, ele sempre foi um homem bastante ocupado e não era um exemplo de pai, quando eu tinha dez anos meus pais se separaram, isso foi um escândalo na época, mulheres separadas sofriam muito preconceito na sociedade, meu pai queria minha guarda e por muito tempo a disputa durou, até que minha mãe finalmente ganhou.

Eu comecei a visitar meu pai uma vez por semana, sempre nos domingos, era muito feliz isso pra mim, era realmente o único momento em que ele se comportava como pai. Mas o que importa é que em um desses domingos tudo começou, meu pai saiu de casa nesse domingo e correu para o Laboratório me deixando sozinho em casa, nesse dia houve coisas muito estranhas em relação à meteorologia, uma tempestade de raios estava atingindo nossa cidade – ele lambel os lábios que já estavam secos e continuou – horas depois quando meu pai voltou ele me contou por alto sobre seu projeto, e disse que naquele momento cinco grandes monstros estavam lutando contra o maior que já foi visto em algum lugar onde o homem nunca poderia chegar.

Anos depois descobri que se tratava do digimundo – completou ele.

_Mas espera – interrompeu Luan – se não foi ao laboratório aquele domingo, então quem era a criança que o pai levou?

Babel estalou os dedos da mão – eu nunca cheguei a conhecer os filhos dos outros pesquisadores.

_Acho que é impossível descobrir a essas alturas – indagou May

_Impossível é dizer impossível – adicionei, mas isso não faria diferença.

_Continue Babel – rosnou Lud.

Babel sorriu e continuou seu relato – naquela mesma noite durante a tempestade de raios, eu estava tentando dormir em meu quarto, ainda na casa de meu pai quando escutei algo chamando meu nome, me levantei assustado e quando cheguei ao corredor ouvi novamente, segui a voz até fora da minha casa, havia um enorme jardim lá, com arvores enormes e uma cerca de madeira. Casas que não existem mais hoje em dia.

Estava muito escuro, e a única iluminação era dos relâmpagos – ele suspirou e olhou para a janela – e em um segundo ele apareceu...

_Quem? - interrompeu Weverton.

_Não viu que ele ia dizer imbecil – que ódio, agora que íamos saber o segredo de Babel, porque isso sempre acontece? Que inferno, bom, isso também foi muito infantil, deixa pra lá, pensei.

_Bem – continuou Babel – Urielmon.

Weverton conteve o impulso de perguntar o obvio, "um Digimon?" Pude ver com minha visão periférica.

_Um anjo Kyuukyokutai, só existe ele dessa espécie – babel parecia estranho falando do Digimon, era como se ele estivesse falando que viu Deus – ele me contou sobre uma profecia, que falava sobre os que traíram sua raça, sobre cinco estarem sendo guiados pela destra de outro – O velho fez uma careta – eu não consigo me lembrar exatamente, mas sei que o que importa é que ele disse que quando isso acontecesse os mundos estariam convergindo, que não importava o que acontecesse, o destino dos seis era destruir o mundo.

E quando eu vi vocês – ele pareceu hesitar – eu tinha que vir atrás de você entendem? Eu sei que vocês são bons, mas acho que algo grande, realmente grande esta para acontecer, e eu quero ajudar vocês, por isso estou aqui, por isso trabalhei todos esses anos.

Nós nos olhamos, seria difícil acreditar nele um mês atrás, mas agora, tudo parecia tão possível que eu me perguntava se não estaria enlouquecendo e imaginando aquilo tudo. E também me lembrei do que ele disse sobre o Rad, e por um segundo me perguntei se ele não estava nos alienando.

_Eu construí um laboratório sobe a faculdade, nenhum aluno, funcionário ou visitante além de mim sabe sua localização, e acho que lá seria o melhor esconderijo para vocês – disse o homem suando agora – lá estão todas as minhas pesquisas, e tem equipamentos para os manter bem o tempo que for preciso, os códigos de acesso e a localização estão nessa papel – disse ele puxando um pedaço de papel do bolso da calça e o entregando a Will, o garoto o abriu no mesmo instante – vocês precisam confiar em si mesmos e uns nos outros, e eu sei que ficaram bem.

_Seja lá qual for à profecia, nós nunca ajudaríamos a destruir o mundo, estamos tentando salvar uma cidade e isso já esta exigindo de mais de nós – disse por fim Luiz.

_E quem guardara os Guardiões? - perguntou Babel, foi a ultima coisa que eu li naquele livro no dia em que cheguei a BH, eu olhei para todos em minha volta, nós não mudaríamos de lado.

Quem tomaria conta de quem toma conta do mundo, esse era o verdadeiro significado por trás da frase.


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Notas finais do capítulo

Sei que não é comun mas gostaria de saber sua opinião sobre esses pontos.
1- O que voce espera que em relação ao final de Jonas e May? ( namorados, amigos, nada eles nao tem nada haver?)
2 - Em relação a "afeto", quem voce escolheria o para protagonista da Fic se não fosse Jonas?
3 - O que é mais frustrante num final de fanfic, saber que a historia não acabou mas o autor ja terminou a fic ( um fim sem resolver todas as pendencias), ou um fim triste, onde as espectativas de nenhum dos personagens é atendida ( visto que isso é so uma pesquisa e pode não ter relação com o que ja preparei mentalmente pro final)



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