Acordou com um feixe de luz em seu rosto corado, dormiu abraçado no ruivo que dormiu assim que deitaram. Levantou sem fazer barulho e foi ver Rose que dormir tranquilamente. Enquanto preparava seu café uma grande coruja cinza adentrou a cozinha pela janela, largou sobre a mesa um exemplar do Profeta Diário e com a pata deu duas batidas na mesa. Hermione correu até sua bolsa, e de lá tirou alguns Nuques, colocou-os na bolsinha que a ave carregava e logo a viu levantando voo e saindo pela janela.

—Dia! —George a abraçava por trás, carinhosamente balançando seus corpos lentamente. —Hoje é sábado, por que acordou cedo?

—Na verdade, estou com fome. Você pode dormir mais um pouco, não tem problema! —Disse virando atenciosamente para o ruivo sonolento que bocejava.

—Então vamos tomar café e depois nós dois voltaremos para a cama! —Hermione assentiu em resposta e serviu um copo para o ruivo que apenas bebericou seu suco e logo arrastou-a para a cama.

Um ronco ecoou pelo quarto.

—Viu, ainda estou com fome! —Hermione dizia enquanto era apertada contra o corpo do rapaz.

—Certo, mas volte logo. Temos poucos momentos assim! —Em um salto Hermione obedeceu o rapaz, fez um lanche rápido e logo voltou para quarto novamente. Sob o olhar do rapaz entrou no quarto lentamente. —Já falei como você fica perfeita com as minhas roupas?

Hermione ruborizou e engatinhou sobre o corpo do rapaz e deposita um beijo nos lábios rosados do ruivo.

—Já falou sim, mas não me canso de ouvir! —Ainda por cima do ruivo, continuou a beijar-lhe suavemente. George rapidamente apertou a cintura de Hermione que colou-se à sua.

—Eu te amo! —Sussurrou no ouvido da garota enquanto beijava seu pescoço. Como um choque, Hermione parou e apenas sentiu o impacto daquelas três palavras.

—George...

George parou e observou sua expressão, logo a garota saiu de cima do ruivo e sentou-se ao seu lado. Levantou o queixo delicado de Hermione.

—Desculpe, acho que apressei as coisas, mas é o que sinto e senti a necessidade de te contar! —Hermione assentiu e abraçou o ruivo que colocou seus corpos. —Não vou apressar!

A garota aconchegou-se no peito do ruivo e ali permaneceu por mais algumas horas, até que finalmente escutou o choro de Rose.

—Eu te ajudo! —George estava prestes a levantar quando Hermione fez sinal negativo com a mão.

—Não precisa, ela normalmente come e dorme assim que a troco! —Sorridente saiu do quarto, alimentou sua filha e logo a fez dormir novamente. Voltou para o quarto na ponta dos pés e encontrou George lendo um livro qualquer.

—Tive uma ideia! —Sem tirar os olhos do livro começou. —Que tal deixarmos Rose com minha mãe e darmos um volta durante a noite... Tipo um jantar?

Hermione deitou-se novamente e sorriu.

—Perfeito!

—Que ótimo. Pois recém enviei uma carta avisando a ela que deixaríamos Rose na Toca perto das 21h. —Sorriu satisfeito.

—E se eu dissesse que “não”?

George vira o rosto e encara Hermione, revira os olhos e volta sua atenção para o livro.

—Você iria, mesmo não querendo!

—Me livraria de você apenas com minha varinha! —Hermione diz e espera a resposta. George solta o livro e coloca-se sobre a garota, prendendo seus braços e pernas.

—Mas sem a varinha você não é nada! —Diz e beija Hermione que acompanha o ritmo. Logo George é jogado para o outro lado da cama e preso por Hermione que sorri vitoriosa.

—Certeza?

George caiu na gargalhada.

—Onde foi que aprendeu a fazer isso? —Perguntou enquanto sentava-se com Hermione em seu colo.

—Na prática!

George esticou-se e beijou novamente a garota que agora passou os braços pela nuca do ruivo, envolvendo seus dedos nos fios ruivos de seu cabelo.

—Que hora são? —Hermione perguntou preguiçosamente.

—Hora de almoçar! —George rolou na cama. —Eu preparo nosso almoço e você fica aí.

O casal almoçou demoradamente, arrumaram a cozinha e voltaram para o sofá, que foi onde passaram o restante do dia.

—Hermi? —A garota o olhou. —Vou me arrumar, enquanto isso, você arruma uma bolsa para Rose passar a noite na Toca!

O ruivo esgueirou-se do braço da garota e entrou no banheiro. Hermione prontamente arrumou a bolsa cor de rosa de Rose, colocou algumas fraldas e roupinhas, arrumou a filha e esperou George que saiu do banheiro vestindo seu traje bruxo social.

—Aonde vamos? —Perguntou surpresa ao vê-lo daquela forma.

—Digamos que vai ser surpresa, apenas vista-se enquanto levo Rose até a Toca. Hermione beijou a filha e entrou no banheiro. Sabia que Molly começaria a conversar a ali ganharia quase uma hora para se arrumar.

Hermione rapidamente, após sair de seu banho, secou os cabelos ondulados e prendeu-os em um coque frouxo, mas bem ajeitado. Pegou o vestido que ganhara de seus pais antes de sair de casa e apagar suas memórias, lacrimejou ao lembrar-se.

O vestido marcava sua silhueta agora bem desenhada, ajeitou o laço cinza do lado o olhou-se no espelho e sobre o ombro pode ver uma figura ruiva escorada na porta. Virou-se rapidamente.

—Você está linda! —George continuava na porta. —Vamos?

—Só preciso pegar minha... Varinha. —Disse sem ter onde coloca-la.

—Viu, roupas trouxas dão nisso. Eu guardo sua varinha, está no bolso esquerdo! —Respondeu puxando Hermione para fora do quarto. —Agora... Vamos!

Hermione sentiu seus pés sobre os de George que sorriu e entrelaçou seus dedos. Andaram por entre uma estradinha simples e finalmente chegaram à uma clareira onde havia um pequeno restaurante.

—Fred e eu encontramos em um dos nossos passeios da escola! —Disse dando de ombros enquanto adentraram o local.

—Aqui é Hogsmeade?

George assentiu. O jantar foi tranquilo, do lado de fora do restaurante iluminado, a luzes de velas apenas conversaram e aproveitaram o momento tranquilo e romântico que ali tinham. No final George convidou Hermione para caminhar, e pela clareira Hermione teve vista privilegiada de Hogwarts. Como sempre a escola brilhava e lhe dava um aperto no peito.

Observava aquilo como uma criança observa algum doce. George abraçou-a por trás.

—Sei que sente falta de Hogwarts e sinto muito ter que desistir disso tudo! —Hermione sorriu com lágrimas nos olhos.

—Foi perfeito! —Agarrou o pescoço do ruivo e lhe deu um beijo carinhoso. —Eu te amo!

As palavras simplesmente voaram de seu lábios que sorriram ao ver o riso bobo que George soltou.