Um chorinho acordou Hermione, Rose apenas iniciou o choro que foi cessado assim que recebeu sua mamadeira. Não havia sinal de George no apartamento, provavelmente trabalhando pensou Hermione enquanto limpava o rostinho da filha. Arrumou o bebe e logo começou a se arrumar, ajeitava seu terninho quando foi abraçada por trás e recebeu beijou no pescoço. Com um impulso Hermione virou-se e beijou o ruivo que sorriu debochadamente.

—Vou adorar ser cumprimentado assim todos os dias!

Hermione assentiu.

—Achei que não o veria agora! —Segurava o pescoço do rapaz que deu de ombros.

—Bem, achei que pudesse passar um tempinho a mais com minha... —Ficou um silêncio. —Com a minha Hermi.

A garota riu.

—Certo, mas sua “Hermi” precisa deixar Rose na Toca!

—Vamos juntos, depois tomamos café no caldeirão furado. —George usou sua melhor cara de “coruja perdida em dia de mudança” e logo teve o pedido aceito.

.....

Molly se assusta ao se deparar com George roubando um biscoito da forma recém-tirada do forno.

—Hey, vão logo ou fará Hermione se atrasar! —Dizia ao filho que segurou a mão de Hermione a aparatou. Continuaram andando de mãos dadas sem notar os dedos entrelaçados, no Caldeirão Furado, pediram tortinhas de abóbora e um suco de laranja.

—Veja bem, não é querer apressar as coisas, mas o que acha de começarmos algo mais sério?

Hermione bebericava o suco.

—George! Moramos juntos e estamos... Juntos. Algo mais sério? —Hermione sentia-se perdida, algo mais sério significaria um namoro, mas seria um tanto traição para com Fred, ou não?

—Hey! —George segurou as mãos nervosas da garota. —Foi apenas uma ideia, até porque sei que você ainda tem Fred em mente. Mas queria que soubesse que não posso reprimir meus sentimentos, e se me permite dizer, estou apaixonado por você!

Hermione carinhosamente assentiu e beijou o ruivo, alguns bruxos de mais idade olharam para a cena com certo desgosto, outros sorriram e um ajudante - que limpava as mesas- simplesmente gritou um “parabéns” a George.

—Vamos continuar assim, pelo menos por mais algum tempo! —Pediu Hermione. —Meus sentimentos por você são recíprocos. Ainda penso em Fred, mas você é a cabeça ruiva que domina meus pensamentos nesse segundo!

George sorriu e beijou novamente a garota que surpresa pela ação apenas retribuiu.

—Que horas termina seu turno? —Pergunta enquanto caminhavam –com os dedos entrelaçados- pela Londres Trouxa.

Hermione para e vira-se de frente para o ruivo.

—Às 16h! Por quê?

George levanta os olhos como se tivesse um boa ideia.

—Que tal você e Rose ficarem com a minha mãe por mais algumas horinhas?

—O que pretende George Weasley? —Hermione usou seu tom brincalhão.

O ruivo revirou os olhos e encostou Hermione a uma parede de tijolos.

—Na verdade, nada que nos envolva! —Beijou a garota confusa. —Até mais tarde!

Hermione então acenou e entrou na cabine telefônica, digitou o código que havia recebido de Kingsley e logo chegou ao Ministério.

A tarde foi tranquila, conversou com alguns colegas e logo aparatou até a Toca.

—Hermione querida!

Molly sempre carinhosa.

—George já levou Rose, mas sente-se e tome um café comigo! —Sentaram-se então e conversaram sobre o dia. Aparentemente aquela era o único assunto que tinham. —George pediu para segurar você o máximo possível, mas acho que já deu tempo. Então, se quiser ir!

—Por acaso, você não saberia o que ele está planejando, não é?

Molly fez que não com a cabeça e logo se despediu da garota que aparatou no meio da sala.

—Hermione? —George vinha correndo do quarto de Fred. —Achei que chegaria mais tarde, mas venha!

A garota teve os olhos cobertos, presa aos braços do rapaz foi guiada por algum lugar da casa. Não fazia ideia do que a esperava por detrás da antiga gravata vermelho e amarelo. Mas não pode impedir um sorriso assim que George desamarrou e tecido.

O antigo quarto de Fred continuava o mesmo, apenas sua cama foi diminuída e empurrada para o canto do quarto deixando um espaço que foi ocupado pelo berço, algumas prateleiras brancas cheias de dragões, duendes, gatos e corujas de pelúcia.

—A garota da loja me disse que um quarto para bebês precisava de brinquedos de pelúcia! —Deu de ombros. —Achei esquisito aqueles ursos.

Hermione sorri ao ver Rose deitada no berço, dormindo tranquilamente.

—Comprou isso tudo na Londres Trouxa?

O ruivo assentiu e recebeu um beijo rápido.

—Gostou? Eu queria arrumar mais coisas, mas não de tempo! Além do mais, não achei que fosse tão difícil achar animais mágicos em lojas trouxas!

Hermione abraça o ruivo que a levanta enquanto toca seus lábios com carinho.

—Eu amei! —Hermione dizia.

—Bem, a cama está um pouco pequena para você... —Levantou os olhos. —Que tal dormir comigo e deixar o quarto somente para Rose?

Mexeu nervoso nos cabelos.

—Claro! Vou tomar um banho e te encontro na cama!

George assentiu feliz com o plano que teve sucesso.

—Quer uma camisa minha? —Hermione respondeu que não precisava. —As minhas estão cheirosas!

—As do Fred também! —Gritou do banheiro.

—Por que as do Fred são melhores que as minhas? —A conversa acontecia com George sentado ao lado da porta do banheiro, enquanto Hermione tomava seu banho demorado.

—Não são melhores, só me acostumei a usa-las!

—Use a minha hoje! E também te empresto uma cueca para usar como bermuda! —Ouviu Hermione rir. —Tenho uma da Grifinória! Vou busca-la, e você abra a porta, prometo apenas colocar a roupa aí e sair!

George sem ouvir a resposta fez o que disse, buscou a cueca e sua camisa também de Quadribol e colocou-a sobre a bancada do banheiro. Voltou para o quarto e vestiu sua calça de moletom, deitou-se então para esperar a garota que logo entrou timidamente.

—Adoro quando você usa as minhas roupas! —Sorriu galanteador.

Hermione sorriu envergonhada.

—É a primeira vez que uso suas roupas!

—Mas eu gostei, principalmente dessa meia larga! —Ambos riem da situação. O ruivo levanta-se e corre até a garota que surpresa pelo ato fica imóvel, até ser pega no colo por George que sorria. —Amo seu sorriso tímido.

Hermione o beijou.