O Garoto Que Tinha Medo De Amar escrita por Gin


Capítulo 7
A Fonte de Lágrimas


Notas iniciais do capítulo

Para Thais

Você me deu um mundo, tirando ele de mim

Obrigado



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Por mais que Ícaro havia dito aquilo, ele estava nervoso, agiu por impulso, e naquele momento não sabia o que fazer. Vários pensamentos passaram por sua cabeça, e a tensão tomou conta do seu corpo. Alex, o olhou de cima a baixo, após sua resposta. Ele parecia estar lendo os pensamentos de Ícaro, com os olhos em movimento.

— Muito bem. – Ele levantou a mão e baixou ela rapidamente. – Seu nome, por favor.

Ícaro sentiu um alívio, eram perguntas fáceis, nada para se preocupar de verdade. Se sentiu um pouco ridículo por ter se preocupado atoa.

—Eu sou Íca...

Alex levantou a mão, interrompendo a fala do garoto.

— Eu não quero saber seu nome, a classe quer saber seu nome. – Seu tom foi de descaso, como se Ícaro fosse um idiota.

Ao terminar a frase, algumas leves risadas foram escutadas, como se não fosse a primeira vez que esse tipo de coisa acontecia.

Entendendo o que Alex queria dizer, Ícaro respirou fundo e olhou para os alunos da classe. Todos os olhos fixados nele, o que o fez seu nervosismo voltar.

—Prazer em conhece-los, meu nome é Ícaro Arnetold.

Alex deu um assovio, e após o término do som, vários alunos se levantaram e fizeram reverências. Parecia ter um tipo de sincronia. Quatro pessoas levantavam, faziam uma reverência e depois sentavam-se. Após isso, a situação se repetia, com o mesmo número de pessoas.

—O que é isso? Você por acaso não tem modos? – Falou Alex, em um sotaque nobre, como se houvesse sido ofendido.

Ryan, ao lado de Ícaro, deu um leve tapa em seu braço sorrindo e balançando a cabeça. Foi quando ele percebeu que a sala toda fazia isso, os risos abafados se transformaram em altas gargalhadas que ecoaram pela sala. Motivado pela felicidade, Ícaro deu um leve sorriso, estavam brincando com ele, mas até que foi divertido.

— Não se ofenda garoto, é apenas meu modo de dizer. – Alex ficou de costas e levantou as mãos. – Bem-vindo!

A classe começou a aplaudir para Ícaro, que ficou um pouco envergonhado. Será que isso se repetiria com cada professor que ele encontrasse? Tomara que não.

— Tá, mas e as outras duas perguntas? – Ícaro falou depois que os aplausos cessaram.

Alex se virou, o olhou franzindo o cenho.

— Quem faz as perguntas aqui sou eu, rapaz. Apenas... – Ele levantou o polegar para cima e desceu lentamente até Ícaro. – Responda elas.

Como o silêncio após a sua frase demorou um pouco para acabar, Alex continuou.

— Garoto, para você, o que é filosofia?

— Pensar. – Ícaro respondeu, rapidamente, agindo por impulso.

—Pensar... – Alexander colocou a mão em seu queixo e começou a alisar sua barba. – De que maneira?

— De uma forma diferente da tradicional, ir além do pensamento comum. Pelo menos é isso que está escrito na introdução do livro.

Algumas pessoas riram um pouco, até mesmo Alex deu um leve sorriso.

— Ótimo! Está começando a entender como é a minha aula, pode se sentar agora, espero que se divirta.

Alex começou a escrever alguma coisa no quadro, foi quando a porta da sala se abriu, e Clara apareceu com uma cara fechada e triste. Seus olhos verdes estavam baixos. Ninguém disse nada ao ela entrar, já estavam acostumados com ela chegando após a aula ter começado. Talvez fosse por isso que ele percebeu naquele momento, a tristeza presente em Clara.

Sem poder fazer nada, ele apenas se concentrou na aula, pensando no que poderia ter acontecido, mas nada lhe veio à mente, e Ícaro, achava que seria intrometimento demais perguntar o que havia acontecido.

A aula de filosofia seguiu, e, assim como Ryan havia dito. Brandon estava bastante atento e respondia quase todas as perguntas que Alex fazia. Até mesmo as coisas que eram debatidas, Brandon seguia com sua opinião e conversava fortemente o que achava daquilo. Ícaro se impressionou com a inteligência do garoto, talvez ele podia ser mesmo, o mais inteligente dali.

Após as aulas do primeiro período se foram, Ícaro se dirigiu até o refeitório, onde pegou um pedaço de pão e um copo de leite. Ele observou o refeitório. Um espaço gigantesco, com paredes pintadas de azul-celeste, várias mesas ocupadas, e um balcão, onde você poderia pedir o que estaria no cardápio.

— Só isso mesmo, jovem? – Disse a senhora atrás do balcão, observando o pouco que Ícaro havia pedido.

—Sim, senhora, não estou com muita fome. – E ao dizer isso, se dirigiu a uma mesa vazia encostada da parede lateral.

Ao lado da mesa onde Ícaro havia sentado ele observou as duas gêmeas, Alexya e Renata acenaram para ele, elas conversavam com dois garotos aparentemente mais velhos. Talvez seus namorados.

Enquanto comia, Ícaro pensou em Clara, e no que havia acontecido com ela. Ela era uma garota sorridente e parecia muito confiante, talvez fosse preciso algo grande para derrubar ela.

Pensando tanto, ele nem percebeu que alguém sentou do seu lado na mesa, e antes que visse quem foi, metade do refeitório estava olhando para ele. Virou-se para a pessoa, e viu Jocelyn. Seus cabelos loiros estavam soltos. Ela usava uma blusa branca, e um short meio curto. Não falou uma palavra, apenas o encarou enquanto comia uma laranja.

— É... Oi? – Disse Ícaro, confuso.

— Oi? Isso é tudo que tem a me dizer? – Falou ela, de uma maneira tão calma, que chegou a ser engraçado.

— Jocelyn, eu ainda não me decidi. – Disse ele dando um leve sorriso de desculpas.

— Não tem problema, você vai mesmo indeciso, nosso clube não critica isso.

Ícaro a encarou e riu um pouco.

— Isso sim que é uma boa maneira de convencer alguém a entrar no seu clube.

—Você nem imagina.

Ele mastigou o último pedaço de pão e a olhou.

— Mas sério, eu não sei ainda se devo participar do clube de atletismo, nem correr eu sei. Minhas pernas doem até mesmo quando eu levanto da cama.

— É pra isso que serve o clube de atletismo, pra você não ficar sedentário desse jeito. – Jocelyn devorou a laranja e continuou o olhando.

Ícaro deu uma olhada ao redor. E começou a ficar nervoso.

— Jocelyn... Tem muita gente nos olhando.

— Eu sei. É normal.

Ícaro respirou fundo.

— Você demorou para se acostumar com isso?

— Talvez um pouco.

— Não acha estranho?

— Não mais.

— E receber toda essa atenção?

— Eu até gosto.

Ele a olhou estranhamente, depois riu.

— Você é o oposto de mim.

— Que legal, senhor depressão, se a multidão te incomoda, podemos sair daqui.

Jocelyn se levantou e pegou a mão de Ícaro, e começou a levar ele para fora do refeitório. Se antes, não eram todas as mesas que os olhavam, agora eram todas. Os olhos estavam todos centralizados nos dois. Enquanto ele passava, observou Amy e Allan conversando em uma mesa a sós. Ele parecia estar brigando com ela, de alguma maneira. Amy o olhou, e deu um sorriso, um sorriso que não era verdadeiro. Um pedido de ajuda disfarçado.

Os dois se dirigiram até próximo do campo de atletismo, agora vazio. Principalmente porque o sol brilhava fortemente, e o vento estava fraco, o calor era difícil de suportar.

Ícaro ficou pensando em Amy, e por isso não disse nenhuma palavra. Jocelyn, ao observar seu silêncio, logo falou.

— Ok, aqui está melhor?

Quebrando sua linha de pensamento, ele olhou para ela, sem ter escutado a sua última frase.

— O... O que?

— Perguntei se aqui está melhor. Francamente, além de imbecil você é surdo? – Disse ela se sentando.

— Ah, desculpa, estava pensando em outras coisas. – Ícaro olhou ao redor. – É, parece que aqui não tem ninguém, é um bom lugar para cometer um assassinato.

— Infelizmente não trouxe minha faca de assassinato comigo hoje, então você vai ter que ficar vivo mesmo. É uma pena.

— Pois é.

Jocelyn se sentou, Ícaro fez o mesmo.

— Sério, você não pensa em entrar para o clube de atletismo? – Disse ela, olhando para o campo.

Ícaro olhou ao redor, e se deitou sobre a grama onde estava sentado e observou o céu por onde a luz do sol deixaria.

— Eu não sei Jocelyn, tem muitos clubes para entrar, e não tenho certeza ainda.

— Você realmente gosta de ficar sem fazer nada? Não acharia legal passar a tarde fazendo algo de útil?

— Sim, hoje à tarde, os alunos da 1-A tem como ocupação o clube, mas como eu não estou em nenhum, vou ficar sem fazer nada. Não estou muito preocupado com isso no momento. – Falou ele calmamente.

— Preguiçoso. – E ao dizer isso, ela levantou. – Vai ficar ai? Eu vou dar uma volta.

— Sim, acho que vou passar mais um tempinho olhando o céu. Não tenho mais nada para fazer mesmo.

— Se mudar de ideia, me fale. – Falou em um tom um pouco irritado. Mas logo saiu e deixou ele sozinho ali.

Ao ver que Jocelyn tinha ido embora, Ícaro sentou-se e ficou de cabeça baixa, olhando para a grama, que dava leves movimentos por causa do baixo vento. Observou ao redor, o imenso campo de atletismo, e imaginou ele ali, correndo. Não, não era uma boa ideia, não era isso que ele queria. Além do mais, o que ele queria?

Após alguns minutos sentados, ele resolveu dar uma volta, tentando procurar Amy ou Clara, mas não achou nenhuma das duas. Quando estava indo em direção ao dormitório, encontrou Richard, acompanhado de Brandon. Brandon olhava estranhamente para ele, enquanto Richard sorria.

— Já vai dormir, Ícaro? – Não acha que está um pouco cedo demais?

— Eu não vou dormir, vou apenas descansar. Não tenho mais nada para fazer mesmo. – Falou Ícaro balançando a cabeça.

Brandon colocou sua mão sobre o queixo.

— Você não está em nenhum clube ainda? Nenhum te interessa?

— Ainda não. Estou pensando em qual seguir.

— Ah é? E em quais você está em dúvida? – Falou Brandon o olhando como se estivesse desconfiado.

— O clube de atletismo, no momento. Mas... Preciso conhecer os outros também, tenho que ver se vou gostar de algum.

Richard deu um leve tapa no ombro de Ícaro.

— Vai ter que ser rápido em, os clubes dão pontuação extra, é uma ótima maneira de encontrar amigos e ainda te mantem ocupado nas tardes quentes como essa.

Brandon assentiu fortemente, como se fosse a maior verdade do mundo.

— Então... Qual o clube de vocês? – Falou Ícaro, curioso.

— Eu estou no clube de teatro. – Disse Brandon, com uma voz dramática.

— E eu no clube de música. – Disse Richard, sorrindo.

— Clube de música? Não sabia que você tocava algum instrumento. – Ícaro falou sorrindo.

— Pois é, eu estou aprendendo a tocar violão. Você deveria passar por lá, ainda sabe tocar piano?

— Eu improviso.

Brandon pegou no ombro de Richard.

— Bom, temos que ir, não quero chegar atrasado.

— Ah! É verdade. O clube de música hoje vai participar da apresentação do clube de teatro. Vamos fazer a trilha sonora deles. – Richard sorriu tanto, que pareceu ter ganhado na loteria.

— Eu desejo boa sorte a vocês dois. Em breve eu estarei em um clube também.

— Foi um prazer conhecer você, Ícaro Arnetold. – Brandon fez uma reverência. – Espero que possamos ser amigos.

—Digo o mesmo, Brandon. – Ícaro estendeu a mão, e Brandon a tocou.

— Bom, vamos indo, até mais! A gente se vê por ai. – Richard falou e foi embora junto a Brandon.

Haviam vários estudantes amontoados na quadra de tênis. Talvez estivesse acontecendo um campeonato. Ele observou Renata participando, enquanto Alexya a observava da plateia. Ele se perguntou se os estudantes queriam mesmo ver a partida, ou apenas as saias das garotas participantes.

Ícaro foi até seu dormitório, e andou um pouco por ele, sem saber o motivo de estar assim. Olhou pela janela, para o campo de atletismo. Ainda não havia ninguém ali. Abriu seu guarda-roupa e retirou uma revista a qual ficou lendo durante a tarde. Mesmo não querendo, adormeceu.

Já era de noite, quando Ícaro acordou, ele tentou dormir novamente, mas não conseguiu. Olhou pela janela e viu as estrelas a brilharem, e a grandiosa lua no céu. Não havia ninguém ali, provavelmente todos estavam em seus dormitórios dormindo, até porque era proibido ficar fora deles ao passar do horário. Mesmo assim, ele abriu a porta do seu quarto e saiu para dar uma volta. Pensando em ir até a grama que antecedo o campo de atletismo, para observar melhor as estrelas.

O medo de ser descoberto não era alto, se ele fosse pego, era só dizer que não conhecia muito bem as regras e não sabia disso, a punição não seria grande. Ícaro passou pelo campo de tênis, mas, quando se aproximava da fonte, ele observou que havia alguém ali, sentado. A escuridão da noite não fazia ele perceber quem era. A fonte estava desligada, e não emitia nenhum barulho, porém a pessoa que estava ali, parecia esconder alguma voz, mas estava tão baixa, que não dava para escutar de onde ele estava, provavelmente com medo de algum vigia noturno escutar e o pegar desprevenido. Ícaro se aproximou, mas quando percebeu, ele viu. Era uma garota, com aquele cabelo preto em um rabo de cavalo, os óculos um pouco molhados, talvez dá água da fonte. Não, não era da água da fonte, ela estava chorando. E a garota, era Amy.

Ícaro se aproximou assustado.

— A... Amy? – Falou ele em voz sussurrante.

Amy se assustou, pega desprevenida, mas quando observou quem era abaixou a cabeça, tirou os óculos e passou a limpar as lágrimas.

— Bo... Boa noite... Ícaro. – Ela falou, gaguejando, enquanto fungava o nariz.

Ícaro sentou-se ao lado dela, e sem dizer uma palavra passou a mão sobre a cabeça dela. Ele conhecia esse sentimento, é uma hora em que alguém quer acima de tudo ficar sozinho, é a hora que ela mais precisa de alguém.

— Allan... Ele... Ele terminou comigo. – Disse ela, desabando a chorar novamente.

Ícaro manteve-se calmo. Amy era uma garota extremamente feliz, e vê-la desse jeito era quase que um choque para ele. Ele olhou para os lados para ver se via alguém, mas não havia ninguém ali.

— Amy... – Ele tentou dizer algo, mas nessa hora não sabia o que falar. – Eu sinto muito...

— E... Ele me disse que nós não poderíamos mais ficar juntos... Não sente nada por... – E desabou mais uma vez em lágrimas.

Ícaro a abraçou de lado, e Amy o apertou bem forte, enquanto as lágrimas caiam pela blusa dele.

— Sabe, essas coisas mexem mesmo com a gente não é? Uma hora você está completamente feliz, e de repente, sem que você espere, desaba tudo.

Amy assentiu, nos braços de Ícaro, ela fungava, tentando parar o choro.

— Términos de relacionamento sempre são tristes, pelo menos para um lado. Mas, Amy, olhe para si mesma. Você é uma garota incrível, engraçada, e animada. Consegue me fazer rir só de dar um sorriso também.

Amy assentiu novamente, parando um pouco o choro, parecendo estar mais calma.

— Mas... O que eu faço agora? – Disse ela.

Ícaro olhou para o céu e observou as estrelas, se lembrou de uma antiga garota que há algum tempo atrás tinha sido muito especial para ele.

— Bom, amanhã é um novo dia não é? Podemos rir, chorar, se divertir, ficar tristes. Quem sabe o que acontece? Não se preocupe tanto com isso, o amanhã pode revelar surpresas. – Disse Ícaro, dando um breve sorriso para ela.

Amy havia parado de chorar, e abraçou fortemente Ícaro, como um agradecimento.

— Bom, agora é hora de voltar para o dormitório, se formos eu e você aqui, vamos ter sérios problemas. Você divide o quarto com alguém não é? Por isso quis vir aqui pra fora.

— Sim... Eu divido o quarto com uma amiga minha, mas eu não queria que ela soubesse... Você entende não é?

— Claro. A fraqueza não é algo que você queira que os outros vejam. Você prefere esconder para si mesmo, embora não seja o certo.

Amy assentiu, parando aos poucos de fungar, e coçou o nariz.

— O que você veio fazer aqui? Sentiu que eu estava chorando?

Ícaro deu um sorriso.

— Não, apenas vim observar as estrelas, e por causa disso, acabei te encontrando no caminho.

Amy olhou para o céu e o observou por um tempo.

— É, elas são lindas, infelizmente é difícil achar alguém que se importe com elas hoje em dia. Isso é coisa de retardado!

Ícaro riu.

— Bom, muito obrigado.

Amy riu um pouco também. Tirando um pouco do peso dos ombros.

Ícaro olhou para a fonte, desligada, com algumas gotas de água quase secas.

— Olha só, uma fonte de lágrimas. Vou chamar essa fonte dessa maneira agora.

Amy sorriu.

— Sim, é uma boa ideia!

Ícaro se levantou e passou a mão sobre os cabelos de Amy.

— Está na hora de ir, Amy. Não vou contar isso para ninguém, até porque se contasse estaria encrencado também.

— Você ainda vai ficar olhando as estrelas?

— Não! Só quando você for embora, para não fazer papel de retardado.

Amy deu uma boa gargalhada, que de tão contagiante, fez Ícaro sorrir também.

— Ok, então eu vou indo também. – Amy se levantou e começou a ir ao dormitório.

Ícaro a observou, e logo seguiu seu caminho também.

— Ícaro! – Disse Amy lá atrás correndo.

Ele olhou ela se aproximando e o abraçando.

— Obrigada. – Ela disse, em um tom gentil. E ao dizer isso saiu correndo para seu dormitório.

Ícaro sorriu um pouco e foi em direção ao seu. Seu sono havia voltado e ele se sentia cansado. Chegou em seu quarto e desabou na cama, pensando em tudo que havia feito nesse dia. E no final, seu pensamento voltou a Clara. Ele não sabia o que estava acontecendo, ele queria saber. E ele saberia.


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Notas finais do capítulo

Voltei, sim, dessa vez mesmo.



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