Sólo Tú Me Importas escrita por Bia Rodrigues


Capítulo 37
Capítulo 37


Notas iniciais do capítulo

Hey! Buenas Noches! Primeiro que começo pedindo desculpas pela demora, minha criatividade bloqueou.

AGRADECIMENTOS: O Primeiro é para a "Bá Fortes Maddox", você disse que não sabe escrever, mas sua recomendação foi maravilhoso. Todo capítulo, eu tento passar emoção, seja ela triste ou feliz, e eu fico muito contente quando as pessoas conseguem sentir o que a fic quer passar, sentir as palavras, assim acaba-se provocando raiva de alguns personagens como você disse, e também alegria hehehe Adorei a parte que você falou do Universo Jovem é exatamente isso, é uma ficção, mas se passa com problemas do cotidiano, de uma maneira um pouco mais fantasiosa haha Só quero te agradecer, muito obrigada

E o agradecimento da Lena Blanco tá prontinho aqui, mas não consegui escrevê-lo, acho que é algum erro do Nyah, tudo bem se eu colocá-lo no próximo capítulo? Sinto muito mesmo, mas o Nyah está cortando meu agradecimento na metade.

Eu espero que gostem desse capítulo :D



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Pov’s Leon

“Amortecer a dor por algum tempo apenas a tornará pior quando você finalmente a sentir.” (Alvo Dumbledore).

“Todos temos luz e trevas dentro de nós, o que importa é o lado no qual decidimos agir, isso é o que realmente somos!” (Sirius Black).

1° Um dia após o término.

Querida Violetta, sei que não lerá essa carta que estou escrevendo agora, pois eu mesmo não tenho coragem de te entregar. Mas ontem eu desabafei com a Fran, e percebi que colocar meus sentimentos “para fora” me ajuda, faz passar a dor.

Nunca pensei que fosse doer tanto, já terminamos outras vezes, mas essa foi a vez que mais doeu, eu acho que isso é devido ao nosso relacionamento ter amadurecido de uma certa maneira, estávamos até noivos.

“Noivos” é engraçado, aquele dia que nós escapamos do incêndio eu sabia que algo iria acontecer, eu estava com um pressentimento ruim, e quando eu me vi naquela situação deitado no chão com você chorando sobre mim, só precisei garantir que você saberia o tamanho do meu amor por você, por isso te pedi em noivado.

Não tive tempo de saber da resposta, eu apaguei por três meses, e tenho certeza que você iria me matar se lesse essa parte da carta, mas você sabe que eu gosto de tratar as coisas com humor. O importante para mim foi ter acordado e ter tido a possibilidade de viver mais alguns momentos com você.

2° Na noite do passeio amigável que quase acabou em beijo.

Querida Violetta, à tarde de hoje não foi nada fácil, nada fácil mesmo. Pensei que fosse me fazer bem, passar um tempo com você, e até certo momento fez, mas aí caiu a ficha de que não estávamos mais juntos.

Eu queria tanto, ter te beijado. Queria poder ter te abraçado e sussurrar um simples e sincero “Vai ficar tudo bem”, mas eu não podia garantir isso, e se não ficar tudo bem? Eu teria mentido para você, teria te iludido te dado falsas esperanças, e aí que eu realmente não me perdoaria.

Faz apenas dois que terminamos, talvez por isso esteja doendo tanto, porque tudo é muito recente. Eu não gosto de me sentir assim, não gosto de ficar trancado em um quarto refletindo sobre os meus possíveis erros.

Dizem que os primeiros dias após o término são os piores, e agora eu sei por quê. Eu não queria e nem esperava o fim do nosso relacionamento. Me pegou de surpresa.

“Terminar um namoro nunca é fácil, é como chegar ao final de um livro que poderia ter uma continuação maravilhosa, mas não tem.” (Gabriela Freitas) Li isso em um artigo brasileiro que o Broduey tinha guardado.

Estão buscando formas de pular o mais rápido possível para o próximo estágio do fim de um relacionamento, mas não estou conseguindo, e até agora, sequer descobri qual é o próximo estágio.

3° 4 dias depois do término.

Querida Violetta, o terceiro dia após o término foi um pouco melhor, eu fiquei um pouco mais com a minha família, mas quando me deitei na cama de noite para dormir, lembranças e mais lembranças vieram em minha mente.

O quarto dia começou pessimamente péssimo, as lembranças da noite do terceiro dia amanheceram em minha cabeça. Estou suspeitando que meu travesseiro seja o culpado, ou talvez eu só esteja procurando qualquer coisa para colocar a culpa de não parar de pensar em você.

Meus pais estão ficando preocupados. Se você está do jeito que eu imagino, provavelmente o Sr. Germán está querendo me matar. Na verdade, acho que ele sempre quis isso desde o nosso primeiro namoro. Acho que sempre me viu como o cara que deu o primeiro beijo da filha dele, e roubou sua menininha.

Minha mente está querendo me sufocar, hoje tudo que me vem na cabeça são nossas lembranças, desde a nossa época no Studio até a Universidade. O Studio, quantas coisas vivemos lá, boas e ruins, infelizmente.

Acho que pensar no Studio também não me ajuda muito, só consigo lembrar-me de nós dois cantando juntos, como Voy Por Ti, acho que nunca vou me esquecer dessa música, ela retratou muito bem o que eu estava passando naquela época. Talvez Voy Por Ti retrate o que eu estou passando nos dias atuais...

–Filho, você precisa se alimentar. –Minha mãe batia pela décima vez na porta do meu ex quarto, que no momento eu ocupava.

–Estou sem fome. –Eu disse, pude ouvi-la bufar no outro cômodo, não estava contente com as minhas atitudes, porém ela me entendia, e sabia que eu queria ficar sozinho.

Dedilhei a minha aliança, a qual eu ainda não havia tido coragem de tirar do meu dedo. Parecia uma tortura, a aliança era uma espécie de lembrança, uma lembrança que machucava.

Fazia uma semana e meia. Uma semana e meia que eu passei trancado no quarto, se eu disser que não saí de casas nenhuma vez sequer nesses dias, com certeza não irão acreditar. Só saía do meu quarto para comer, quando eu comia.

Novas batidas na porta. Parece que quanto mais você quer ficar sozinho, mais isso se torna impossível. Bem preguiçosamente eu levantei do meu canto, e caminhei até a porta.

–Mãe, por favor, quero ficar sozinho. –Pedi.

–Não sou sua mãe, Leon. –Era uma voz calma. Francesca. –Trouxe visitas.

Bem que eu estranhei, passei uma semana e meia do jeito que eu queria, sozinho. Mas foi meio estranho, nenhum dos meus amigos apareceu, me ligaram, mas eu recusei todas as ligações que recebi. Sem muita vontade, eu destravei a porta, as visitas, eram basicamente todos os meus amigos mais íntimos, com exceção de alguém extremamente desagradável.

–O que ele faz aqui? –Perguntei apontando. Maldito seja, era o Diego.

–Calma Leon. –Fran colocou as mãos sobre meu peito, me impedindo de avançar.

–Porque o trouxeram? –Indaguei com raiva.

–Eu preciso falar com você, de verdade. –Diego disse.

–Eu não quero, tudo que eu menos preciso nesse momento é conversar com você Diego. –Eu disse, não aumentei a voz a partir daí, já que Diego também estava colaborando.

–Escuta ele, Leon. –Pediu Ludmila.

–Não. Não, uma vez na vida preciso que vocês me entendam. –Eu disse olhando para todos eles. –Eu não estou bem, não estou em condições para uma discussão. –Eu disse, todos apenas me olharam com pena, e isso eu não queria.

–Sentimos muito...

–Não sintam. Não tenham pena. Porque vocês não podem sentir o que eu estou sentindo no momento. Todos aqui já tiveram términos, e cada um sofreu de um jeito diferente, vocês não sofreram como eu estou sofrendo, e eu não sofro como vocês sofreram.

–Isso é confuso. –André disse baixinho.

–E desde quando o amor não é confuso, André? –Eu disse e ele riu.

–Leon...-Diego me chamou e eu o interrompi. Eu estava estranhando tudo aquilo, se fosse em outra situação eu com certeza voaria em cima dele, acredite eu adoraria finalmente brigar com Diego.

–Peço que me respeite Diego. Eu sei que foi você que colocou fogo na Universidade. –Eu disse, ele abaixou a cabeça e Ludmila também lamentou.

–Achamos que ele mudou, Leon. –Fran sussurrou para que somente eu ouvisse, eu ignorei, pois não me convenceria disse tão fácil.

–Sei que você tentou colocar a culpa em mim. Mas eu não te denunciei. –Eu disse. –Eu queria te dizer que não denunciei porque te perdoei, mas infelizmente eu ainda não consegui te perdoar, não te denunciei porque não tive provas, e com um tempo você sumiu, e eu realmente comecei a pensar na possibilidade de você ser um cara bom, e me sinto um babaca por isso.

–Você não é babaca, Leon. –Cami disse. –Você é uma pessoa muito boa, é capaz de enxergar o bem nas pessoas onde as mesmas não são capazes de ver.

–É cara. –Concordou Maxi. –Foi capaz de enxergar que o Diego é um cara bom, mesmo antes de ele perceber.

–Olha, eu também não sou Santo, não sou esse cara bom. Eu nunca quis deixar o Leon em coma. Eu admito estava praticamente depressivo, e culpei o Leon por todos os meus problemas, e quis me vingar. –Diego disse. –Mas após alguns tapas e berros da Ludmila eu decidi me tratar.

–Tratar? –Eu indaguei.

–É, eu meio que fui visitar um psicólogo, meu pai que recomendou. –Diego disse. Aí eu me toquei que o pai dele era o Gregório, talvez loucura seja hereditário.

–Olha, eu ainda dou o típico Bad Boy, mas me arrependo de ter feito o que fiz apenas por popularidade. –Diego explicou. Todos apenas olhavam.

–Olha, eu acho que é muito legal você ter vindo, mas não posso ser falso, ainda não consigo te perdoar, vocês fez muitas coisas Diego, e sinto muito, mas um pedido de desculpas não mudas muito as coisas, o que muda são as atitudes.

–As coisas estão muito difíceis para mim....Eu perdi a Violetta( Aquilo soou de uma maneira depressiva até demais, não tenho condições de me preocupar com outras coisas no momento. –Eu disse. –Preciso ficar sozinho hoje, peço desculpas a vocês que vieram aqui me ver, mas no momento, quero ficar sozinho, de verdade.

–Tudo bem, todos sabemos como é um fim de relacionamento, precisamos de um tempo para relaxar e entender tudo que estamos passando. –Marco disse, e eu assenti.

–Então nós já vamos, né. –Broduey disse, todos pareceram meio desconfortáveis, mas saírem bem devagar. Com exceção, claro, da baixinha italiana teimosa.

Sem nem pedir ela entrou no meu quarto, e sentou sobre a cama, eu bufei, Francesca não me deixaria sozinho tão cedo. Ela ficou me encarando por um tempo e eu não estava entendendo

–Amortecer a dor por algum tempo apenas a tornará pior quando você finalmente a sentir. –Francesca soltou, assim do nada.

–Acredite eu estou sentindo dor. –Eu disse confuso.

–Não. Leon você está se torturando. Fica aqui sozinho, e naturalmente sozinho você começa a pensar nas coisas, e você só consegue pensar no término com a Violetta, mas acredite, ela não está muito melhor do que você.

–Falou com ela? Como ela está? –Sem querer minhas perguntas pareceram desesperadas demais.

–Ela é uma versão feminina sua e um pouco mais sensível. –Francesca explicou.

–Está acabada. –Concluí. Fran assentiu, ela começou a fuçar na papelada que estava em cima de minha cama, eu apenas me sentei ao seu lado, esperando que ela falasse alguma coisa.

–Foi legal o modo que você agiu com o Diego. Talvez ele não tenha mudado, mas quer se aproximar de nós, não sei se realmente acredito que ele esteja arrependido.

–Acredito que o caso do Diego se aplica a uma única frase: “Todos temos luz e trevas dentro de nós, o que importa é o lado no qual decidimos agir”. Acho que o Diego mudou de lado. –Eu disse e ela riu.

–Assim espero. –Ela disse sorrindo, e continuou a fuçar nas papeladas, eu apenas observei. –Cartas? –Ela indagou, eu nada disse, não queria que ela lesse. Fran vendo que eu não iria responder começou a ler em voz alta.

4° Uma semana após o termino

Querida Violetta, fiquei alguns dias sem escrever, estou tentando te esquecer, não queria falar isso, mas parece que o esquecimento talvez seja a única maneira de fazer com que as coisas melhores. Mas percebi que não é esquecendo que se resolvem as coisas

A dor é a mesma, nada mudou, eu continuo te amando incondicionalmente, acho que por mais que eu tente te esquecer de alguma forma você sempre fará parte de mim. Sei que falar o que vou falar agora parece besteira de um simples adolescente deslumbrado com a vida amorosa, mas eu realmente acho que nunca vou amar alguém com eu te amo, acho que não quero amar alguém mais do que amo você. Acho que uma parte de mim está louca para correr até você e pedir perdão, perdão por ser só mais um idiota na sua vida.

Mas outra parte de mim parece que quer sofrer, tem uma parte do meu corpo que tem somente orgulho, medo, e falta de confiança, sim eu percebi que o orgulho me afeta quando o assunto é reatar. Eu quero você de uma maneira incontrolável, mas tenho medo de voltar com você, um medo que também é incontrolável.

Seria muito mais fácil recomeçar, eu sei. Esquecer do que o desgraçado do Tomás fez, esquecer que você errou, e esquecer que eu sou um idiota orgulhoso. Mas parece que “esquecer” não é tão fácil, e como eu disse, não é esquecendo que se resolvem as coisas.

Tudo o que eu faço me faz lembrar de você, eu pego o meu violão e só consigo me lembrar de melodias que tocamos juntos, sim, parece que eu estou despertando um lado muito sensível e meloso, mas é como eu me sinto.

Eu mal converso com nossos amigos, é muito egoísmo da minha parte, mas sei que vamos acabar falando de você, pois eles obviamente tentarão me consolar.

Fico pensando em como você deve estar, infelizmente sei que te machuquei, espero que me perdoe por isso, não é a primeira vez que isso acontece, não é a primeira vez que terminamos. Já parou para pensar que é por isso que eu tenho medo de voltar com você? Não é a primeira vez, não é a primeira vez que eu te machuco, não é a primeira vez que você erra me omitindo coisas como omitiu o Tomás, não é a primeira vez que eu termino tudo.

Isso é tão cruel Vilu, tão cruel, sabemos que nos amamos, mas mesmo assim estamos separados, 80% culpa minha eu admito, se falarmos isso para alguém com certeza irão nos chamar de trouxas: “Se vocês se amam então é simples, voltem”, a maioria das pessoas reagiria assim, por isso acho que é melhor eu suportar tudo isso sozinho, acho que ninguém poderá me entender, somente você entenderia.

Para falar a verdade nem sei se o que estou falando faz sentido, eu só sei que me sinto mal, muito mal...

–Wow Vargas! –Francesca exclamou de boca aberta, posso jurar que ele estava emocionada. –Isso foi...Foi muito bonito. –Ela disse sorrindo. –Deveria mostrar as cartas para ela.

–O que? Você realmente ficou maluca? Francesca! A Violetta nunca verá nem as cores dessa carta. Sem contar que acho que ela não vai ficar feliz de ver que eu pretendia esquecê-la. –Eu disse me levantando da cama e me sentando no chão.

–Ela não me contou muita coisa quando fui lá, na verdade todos foram, mas só eu e Cami conseguimos falar com ela. Ela só chorou Leon. –Fran lamentou.

–E você acha que é fácil para mim? Francesca eu amo a Violetta! Eu a amo.

–Eu sei, por isso acho que vocês deveriam se resolver. Mas acho que como você disse, é difícil que outras pessoas entendam vocês, porque o que estão passando é raro, podemos dizer assim, já terminaram muitas vezes, e a grande maioria pelos mesmos motivos, e eu entendo que isso abala os dois. –Fran disse enquanto fazia uma espécie de cafuné em minha cabeça.

–Sabe o que eu acho? –Ela perguntou e eu neguei. –Já que somente a Violetta é capaz de te entender, porque você não fala com ela? –Fran disse e eu soltei um riso.

–Porque não consigo, acho que sou covarde demais. –Eu disse.

–Um covarde não escreveria essas cartas. Já que não vai falar com ela, eu não sei mais o que te dizer. –Ela disse. –Eu vou te deixar sozinho como você pediu. –Fran apenas me deu um abraço sussurrou um “Fique bem” e foi embora.

E eu? Fiquei lá sentado no chão, nada diferente de uma semana atrás, eu peguei mais um papel de carta, esse seria o último e minhas palavras seriam curtas, porém sinceras e puras.

6° Uma semana e meia após o termino

Querida Violetta, sinto sua falta.


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Notas finais do capítulo

Então? Gostaram? Esse capítulo foi difícil de escrever, e de verdade eu espero que tenham gostado. Quero agradecer pelos comentários do cap anterior e peço que comentem (Isso me deixa beeem feliz haha) Até logo :D Beijos :D