Sólo Tú Me Importas escrita por Bia Rodrigues


Capítulo 36
Capítulo 36


Notas iniciais do capítulo

Buenas Noches! Peço desculpas pela demora, é que tive outras fics para atualizar :D
Estamos em reta final de fic, por isso eu peço que comentem, por favor, estou carente de reviews hehehehe

AGRADECIMENTOS: Karina Nunes. Não tem essa de "eu sei recomendar", para mim, o importa é que você achou a fic digna de uma recomendação, e eu quero dizer Obrigada por isso. Você entrar na fic é algo que me agrada muito, porque essa é realmente a minha intenção Hehehe De verdade eu te agradeço



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Pov’s Violetta

–Coragem, coragem, coragem. É tudo o que eu preciso nesse momento. –Eu dizia para mim mesma.

Eu estava na frente da casa do Leon, fazia uns trinta minutos, eu colocava minha mão na campainha, mas não a apertava, eu precisava falar com ele, mas tinha medo de sua reação. Fazia apenas dois dias que havíamos terminado, mas eu não queria que as coisas continuassem assim.

–Vamos tentar de novo. –Eu falei novamente sozinha. Direcionei meu dedo contra a campainha, e quando ia apertá-la...A porta se abriu.

–Violetta? O que faz aqui? –Era Leon, mas que azar. Ele estava com a clássica camisa xadrez e uma calça jeans, cabelos como sempre rebeldes, e com a expressão triste e confusa no rosto.

–É...Oi. –Eu disse. Eu não tinha preparado nada para dizer, e vê-lo na minha frente estava me deixando nervosa.

–Oi. –Ele respondeu, era evidente que ambos estávamos desconfortáveis. Eu não podia simplesmente dizer “Por que não voltamos” eu precisava pelo menos acertar as coisas.

–Oi. –Eu disse novamente, saiu sem querer, eu não sabia o que falar.

–Oi Violetta. –Leon respondeu rindo. Era bom, vê-lo sorrir para mim novamente. –O que faz aqui? –Ele perguntou. Ótimo, eu não sabia responder isso.

–Eu...Eu...é...eu vim...Eu vim te ver. –Respondi cabisbaixa, eu não tinha coragem de olhá-lo.

–Por quê? –Leon perguntou.

–Porque me importo com você. –Respondi outra vez.

–Ata. –Leon disse baixinho, ficamos sem falar nada, e eu decidi quebrar o silêncio.

–Quer dar uma volta?

–Violetta...-Leon resmungou.

–Por favor. –Pedi.

–Não posso. –Ele lamentou. –Não consigo, preciso me afastar de você.

–Não se afaste, por favor, não se afaste. –Meio que implorei.

–Não. –Ele negou, Leon era duro quando queria.

–Vamos passar o dia juntos, como amigos, como conhecidos, vamos ignorar tudo que vivemos, pelo menos hoje, ignorar as brigas, ignorar tudo. –Pedi.

Eu sei, talvez fosse errado pedir isso, era incomum um casal que acabou de terminar saírem juntos, mas eu precisava ficar com ele, precisa conversar, eu precisava ver se realmente tinha acabado para nós dois.

–Como amigos? –Ele perguntou.

–Como amigos!

–Sem falar sobre nós? –Ele perguntou novamente.

–Sem falar sobre...sobre nós. –Confirmei meio triste.

–Então eu vou, acho que isso vai me fazer bem. –Leon disse, ele fechou a porta de casa e fomos caminhando pela rua.

Eu também acho que aquilo me faria bem, apesar de estarmos desapontados um com o outro, eu e Leon precisávamos daquilo, precisámos sair juntos, porque ainda nos amávamos, e não era para termos acabado.

Era como se ambos soubéssemos que precisávamos voltar, mas de alguma forma não fazíamos isso por medo, e no caso do Leon ele tinha um probleminha a mais do que o medo, ele não confiava em mim.

–Então, aonde que ir? –Leon perguntou, ele assim como eu parecia desconfortável.

–Não, sei talvez ao parque. –Sugeri.

–Tudo bem.

Continuamos a andar, sem nos falar, mas para falar a verdade, sobre o que falaríamos? Não podíamos conversar sobre o nosso “ex-relacionamento” e parecíamos não saber agir como amigos.

–É tão estranho. –Disse ele.

–O quê?

–Isso. –Ele disse nos indicando. -É estranho estarmos saindo “assim”. –Ele disse, esse assunto se cortou aí, porque se continuássemos com certeza conversaríamos sobre nós, e provavelmente iriamos brigar.

–Posso falar uma coisa? –Leon perguntou.

–Depende. –Respondi sorrindo, ele sorriu também.

–Que tipo de seres humanos terminam e dois dias depois saem juntos? –Leon perguntou rindo.

–Pensei que não falaríamos sobre nós. –Eu respondi rindo. –Mas como sou legal, vou te responder. Nós dois somos o tipo de seres humanos que terminam e depois saem juntos.

–Somos anormais. –Leon disse. –E você é pior que eu.

–Eu? Por favor, você é Leon Vargas, tira dez no quesito anormalidade, fora que é retardado. –Eu disse rindo.

–Assim você me ofende. –Ele disse brincando.

–Por favor, seu ego é grande demais para ser ofendido.

–Assim você me ofende 2. –Leon disse, ele colocou a mão sobre o peito e fez uma cara de indignado.

–“Quem vê, pensa”. –Eu disse. Chegamos ao parque, e nos sentamos em um banquinho.

–Vou pegar dois sorvetes. –Leon disse já indo ao sorveteiro

–Não Leon, eu não quer...Ele me interrompeu,

–Quer sim! –Ele disse rindo e foi pegar os sorvetes.

Fiquei observando tudo ao meu redor, crianças brincando, adultos felizes e infelizes, um Leon impaciente na fila do sorvete, era um bom lugar, um bom lugar para tentar se resolver.

Fiquei observando ele, era uma das melhores pessoas que eu conhecia, era o tipo de garoto que você sonha quando mais jovem. Era desastrado e tudo mais, mas era um ótimo namorado, ou melhor, foi um ótimo namorado.

–Eu não devia ter te perdido. –Murmurei baixinho para mim mesma, pois Leon já voltava com os sorvetes.

–Um de morango para você, e dois de baunilha para mim, e se quiser comprei uma garrafa de água. – Ele disse sorrindo.

–Dois? –Perguntei.

–É. Por quê? –Indagou enquanto tentava chupar um dos sorvetes, ele estava com as mãos ocupadas e acabou se lambuzando um pouco.

–Parece uma criança. –Eu disse rindo e pegando um guardanapo para limpar o canto de sua boca. Foi uma espécie de tortura ficar com os dedos roçando naqueles lábios, mas eu não podia fazer nada.

–Obrigado. –Ele sussurrou, e voltou a chupar o sorvete, desta vez como uma pessoa civilizada.

Eu estava observando a paisagem quando me fixei em um local, ali, estávamos em um parque que era em frente de um teatro, estávamos de costas, por isso eu não havia visto, eu reconhecia aquele lugar, mas queria ter certeza. Sem dizer nada me levantei e comecei a ir naquela direção.

–Violetta? –Leon me chamou, mas eu não dei ouvidos. –Vilu? Ele me chamou novamente, percebi que ele se levantou e começou a ir atrás de mim.

Eu só parei quando cheguei ao local, era uma pista de ciclistas e skatistas, eu apenas sorri.

–Violetta cuidado! –Leon gritou. Só senti suas mãos em minha cintura enquanto ele me puxava da pista. Ele olhou em volta e percebeu, percebeu porque eu estava lá, foi ali que nos vimos pela primeira vez.

–Está bem? –Ele perguntou.

–Sim, obrigada.

–Por que essa cara? –Ele brincou. –Uma garota tão bonita como você não pode ficar triste. –Ele disse rindo e repetindo as palavras daquele dia.

–Fico feliz que se lembre. –Eu disse.

–Eu não podia esquecer. –Ele disse envergonhado, novamente estávamos entrando em um assunto que queríamos evitar, “Nós”. –Aquele dia eu estava saindo do teatro, aí eu te vi e fui te espiar. –Ele revelou dando risada, eu ri também, eu não sabia dessa.

–Eu achei que você tinha me visto, aí foi lá me ajudar. –Eu disse. –Lembro-me de você naquela época, de franjinha. –Eu disse despenteando seu atual topete.

–Qual é. Você adorava a minha franjinha, era parte do meu charme. –Ele disse jogando o cabelo para o lado e arrumando o topete.

–Ainda não me decidi se prefiro franjinha, topete, ou topete tamanho Federico. –Eu disse rindo.

–Eu não acredito que você disse isso. –Ele disse gargalhando. –Conseguiu superar as piadas horríveis do André.

–Não foi tão ruim. –Resmunguei.

–Foi péssima. –Ele gargalhava.

–Tá, Tá, Tá, agora vamos mudar de assunto. –Eu disse sem graça. –Pera Leon, tem alguma coisa no seu cabelo. Eu disse subindo na ponta dos pés e passando a mão no cabelo dele.

–Tirou? –Ele perguntou, e aquilo acabou comigo, só senti sua respiração batendo contra meu rosto.

–É uma folha. –Expliquei, deveria ter ido parar lá quando nos sentamos no banquinho, que era embaixo de uma árvore. –Pronto. –Disse assim que o fiz.

Me amaldiçoei mentalmente, pois assim que votei a minha altura normal, estávamos próximos bem próximos, minha mão já estava em seu peito, pois eu havia segurado ali para me equilibrar na ponta do pé. Leon estava ofegante bem ofegante, e era evidente seu nervosismo.

Eu não recuaria, eu queria beijá-lo, mas estava demasiadamente nervosa, pois tinha medo do que se passaria depois. Havíamos terminado, um beijo poderia ajudar, como poderia atrapalhar, e estragar tudo que se passava naquele momento. Nossos rostos se aproximaram um pouco, e eu fechei os olhos esperando o que viria a seguir. Senti-o colocar as mãos em minha cintura, achei que ele me puxar contra si próprio, mas não. Leon afastou meu corpo do dele, perdendo todo o calor do momento.

–Sinto muito, não posso. –Leon disse.

–Eu que peço desculpas.

–Vou embora, é melhor. –Leon disse e se afastou um pouco mais, porém, eu o segurei.

–Não vai, combinamos que passaríamos o dia juntos, que ignoraríamos tudo. –Eu disse.

–Não dá para ignorar isso, não pode me pedir que ignore meus sentimentos por você. Só faz dois dias Vilu, preciso me afastar de você, sinto muito. –Ele disse, me deu um beijo demorado na bochecha, e percebi que uma lágrima escorreu por sua face. –Tchau.

–Por que faz isso? –Perguntei quando ele já estava saindo.

–Porque preciso de um tempo, eu andei pensando, não é nosso fim, mas preciso de um tempo. –Ele pediu.

–Vai se apaixonar por outra. –Eu disse, e ele riu.

–Estou muito ocupado sendo seu para me apaixonar por outra pessoa, mas preciso de um tempo para cuidar dessa paixão. – Ele respondeu, eu me calei, corri até Leon e lhe dei um braço forte, bem forte.

–Eu amo você Violetta. –Ele disse e eu o soltei para por fim poder encará-lo. –Até um dia aí. -Ele disse sorrindo, com um tom brincalhão no "aí"

E ele saiu, com as mãos no bolso e cabeça abaixada. Fiquei admirando, no momento a única coisa que eu podia fazer era admirar, admirar o garoto que eu amo, admirar o garoto que perdi por um ridículo erro meu...


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Notas finais do capítulo

Entonces? Bom ou ruim? Peço que comentem. Logo eu posto novamente :D Beijos :D