Sólo Tú Me Importas escrita por Bia Rodrigues


Capítulo 35
Capítulo 35


Notas iniciais do capítulo

Holaaa! Demorei um pouquinho hehe Mas aqui estoy, finalmente de férias, ou seja vou postar bastante.


AGRADECIMENTO: A Violetta Portugal, sua recomendação maravilhosa me encantou, e o que mais me impressionou, foi o fato de você entrar na fic, a maneira como descreveu isso é algo impagável, é eu fico contente, pois a minha intenção é exatamente tocar o leitor, provocar emoções em vocês, e saber que você captou isso é importante para mim. Fora os seus elogios, eu fico até sem jeito hehe Sou muito crítica comigo mesma, e suas palavras me motivaram bastante, eu quero te agradecer, pois as suas palavras foram fantásticas, um grande beijo e obrigada.

Enfim, eu espero que gostem :D



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Pov’s Violetta

A primeira e a segunda vez que perdi Leon foram por causa de Tomás, eu estava descobrindo o amor, e me sentia confusa. A terceira vez foi por causa de Diego, ele havia me beijado no meio do palco, sempre me lembrarei de Leon e sua expressão de mágoa. Então fomos para a Universidade, descobri que Diego me traia, e naquele momento eu achei que voltaria com Leon, pois compartilhávamos do mesmo sentimento, porém eu meio que “pisei na bola”, não confiei em Leon, e o perdi pela quarta vez.

As coisas melhoraram, nós voltamos, Leon apareceu de pijama no meio da aula, e me fez uma declaração, logo em seguida foi expulso aos berros pelo professor, mas isso não importava, eu havia recuperado ele, havíamos voltado.

A quinta vez que o perdi foi no incêndio, ele ficou em coma, e uma parte de mim ficou em coma também, sem ele eu não reagia, sem ele eu mentia apenas Violetta, uma qualquer.

A sexta vez que o perdi foi hoje, á exatamente trinta e sete minutos atrás, não que eu estivesse contando, perdi ele novamente, e o culpado é o mesmo da primeira e da segunda vez, porém, eu também tinha minha parcela de culpa, afinal eu fui lá me encontrar com Tomás.

–Droga Leon. –Sussurrei baixinho, eu estava ajoelhada na cozinha e apoiada na parede, se alguém me visse ali, com certeza iria pirar.

Passei minha mão sobre meu dedo, e percebi que ali estava “vazio”, eu havia jogado minha aliança nele...

–Não precisava ser assim, não precisava terminar assim, não precisava nem terminar. –Eu falava comigo mesma.

Por um momento, aquela frustração que eu estava sentindo se tornou em preocupação, eu estava preocupada com ele, Leon era impulsivo, e eu tinha medo dele fazer algo, algo que ele se arrependesse depois.

–Violetta? –Era a voz de Fran, eu a reconheceria em qualquer momento. –Vilu. –Ela disse assim que me encontrou, ela estava com pena.

–Ele acabou com tudo Fran, mas a culpa foi minha. –Disse e chorei mais ainda.

–Eu sei. –Ela disse enquanto me abraçava. –Mas eu não entendi direito o que houve.

–Ele terminou comigo, mas a culpa foi minha, eu fui me encontrar com Tomás e...-Francesca me interrompeu.

–Já entendi.

–Como sabia? Quer dizer. Como sabia o que tinha acontecido? –Eu perguntei a ela, afinal a mesma tinha acabado de afirmar que sabia do término, sendo que esse péssimo momento havia acabado de acontecer.

–Encontrei o louco do seu namo....do Leon. –Ela se corrigiu, Fran ficou nervosa por causa do erro, ainda mais quando eu comecei a chorar mais do que antes. –Eu estava vindo pra cá, e encontrei o Leon...

–Como ele estava? –Perguntei.

–Sabe como ele é, não é? Leon se finge de pedra, mas aquele ali, é bem chorão. –Fran disse e soltou um riso. –Ainda mais com você, ele te ama demais, e por isso dói.

–Ele me disse a mesma coisa. É como se eu o machucasse, Fran. E isso acaba comigo, saber que eu o amo, e esse amor o machuca. –Eu disse. Era bom ter Fran comigo, ela tentaria me consolar.

–Não acho que seja bem isso. O amor de vocês dois é algo lindo, mas há muitos problemas, e é isso que afeta vocês dois.

–Eu me culpo, se eu não tivesse ido lá...-Fran novamente me interrompeu.

–Não lamente. Não adiante pensar no “e se eu não tivesse feito isso” ou “e se eu não tivesse feito aquilo” isso não vai trazer o Leon de volta. –Fran explicou.

–Para trazê-lo de volta ele teria que me perdoar. –Eu disse.

–Talvez seja isso. –Ela concordou.

–Na verdade, pensando bem, acho que a questão mais importante não é perdoar, e sim fazer com que ele confie em mim. –Expliquei.

–Acho que vocês precisam de um tempo, um tempo para esfriar a cabeça. –Ela disse e soltou um riso, apesar de eu ser a pessoa mais estressada entre eu e Leon, quando se tratava desses assuntos, como o término, Leon era mais cabeça quente que eu.

–Depois de esfriarem a cabeça, vem à segunda parte, a dor. Depois vocês provavelmente vão começar a lamentar...

–Vou ficar no estágio da dor até voltar com ele. –Eu disse baixinho. –Mas caso isso não aconteça, eu quero pelo menos ficar bem com Leon, há um tempo atrás eu simplesmente cheguei a conclusão que eu preciso tê-lo ao meu lado, mesmo que não seja com meu namorado.

–Não imagino Leon sem Violetta, nem Violetta sem Leon, não depois de tudo que vocês passaram. –Fran disse.

–Lutamos para ficarmos juntos, e olha aonde chegamos. –Eu falei mas para mim mesma do que para Francesca.

–Será que lutaram o suficiente? –Indagou Fran.

–Eu acho que sim.

Ficamos em silêncio. Eu e Leon tínhamos lutado para ficarmos juntos, merecíamos estar juntos, não estou falando de um “feliz para sempre” apesar de ser o sonho de qualquer um.

Mas eu era feliz ao lado dele, eu seria feliz ao lado dele, afinal era o Leon ele sempre me faria feliz, e eu sabia disso, mas acabou, acabou com a nossa relação, e acabou comigo junto.

Eu estava no estágio da dor, e creio que dentro desse estágio há a necessidade, eu necessitava de Leon aqui comigo, e doía saber que ele não estaria aqui, não mais.....não agora....

–Eu preciso ir Vilu, preciso resolver algumas coisas. –Fran disse.

–Claro Fran, e obrigada. –Eu disse a abraçando. –Aaah Fran, pode me fazer um favor? –Perguntei e ela assentiu. –Se tudo continuar como eu penso, eu e Leon ficaremos longe um do outro por um tempo, somente garanta que ele fique bem, e não faça nenhuma besteira, por favor.

–Pode deixar. –Fran sorriu e logo foi embora.

A única coisa que eu não me arrependo de ter feito em relação ao Tomás é: Ter seguido ele e ter encontrado o Studio, lá eu conheci a Fran, a Cami, a Maxi, e todos aqueles que são de extrema importância para mim. Apesar de não ter sido exatamente ali que eu conheci Leon, foi lá que eu me apaixonei por ele. Percebi que era apaixonada ao som de Voy Por Ti, ali eu percebi que existia um forte sentimento, ali eu percebi que eu não podia abrir mão do Leon, apesar de tê-lo deixado “escapar” inúmeras vezes.

Pov’s Leon

O que fazer quando tudo desmorona do nada? O que se faz quando um amor é perdido? O que fazer quando você se sente um completo idiota? Essas perguntas eu não conseguia responder, acho que nenhum ser humano descobriu o segredo dessas respostas, para falar a verdade.

–Violetta..Violetta..Violetta. –Era a única coisa que estava na minha mente, e eu não conseguia tirar, nem que eu bebesse (Algo que eu não iria fazer) eu conseguiria tirar esse nome da minha mente.

Admito, eu estava andando aos prantos pelas ruas de Buenos Aires, até trombei com Fran, ela perguntou o que houve e eu apenas respondi: “Vai ver a Violetta, vê se está tudo bem com ela, não se preocupe comigo, irei ficar bem” Tá, tá bom, bem eu não iria ficar, pelo menos não agora.

Eu estou me estranhando, se querem saber, eu estou mais sentimental do que o normal. Olhei a aliança de Violetta, a mesma a tacou contra mim, eu guardaria aquele pequeno objeto de redondo, pelo menos por um tempo, eu sei que não sou forte o suficiente para me livrar das coisas que marcam meu relacionamento com ela.

[...]

–Leon? –Gritou uma voz feminina. Eu estava todo largadão e depressivo em minha cama, eu não queria atender ninguém naquele momento. Eu chamaria aquele momento de: Estou acabado, depressivo com o fim de namoro, completamente magoado por ter pedido a minha pequena, machucado, desiludido e triste. Favor me deixar quieto.

Mas eu não seria rude, até porque eu reconhecia a voz que me chamava.

–Leon Vargas! Abra já a porcaria dessa porta, é a décima vez que eu te chamo. –Gritou, eu nada fiz. –Eu vou derrubar.

–Espera! Vou abrir! –Gritei também. –Sempre adorável, não é Francesca? –Eu disse irônico.

–É um dos meus dons. –Ela disse irônico. –A culpa não é minha se você está estressado e quer se isolar do mundo. Escute aqui Leon Vargas, eu não vou deixar você adoecer, virar um “vegetal”, nem você e nem a Violetta. –Ela berrou. Eu suspirei pesadamente, eu estava estressado, e não queria descontar em Francesca.

–Obrigado por estar aqui. –Agradeci, assim o clima ficou menos tenso. Ela se sentou em minha cama, e eu me deitei, apoiando a cabeça em seu colo, eu meio que precisava de um consolo amigável.

–Por quê? –Perguntei, era uma pergunta sem resposta.

–Simplesmente não sei. Na minha opinião você e a Violetta ainda voltam. –Fran disse.

–Eu acho que não.

–Por que você acha isso? Não quer voltar com ela? –Fran indagou.

–Amo a Violetta, mas tenho medo. –Expliquei.

–Não seja medroso, não perca a Violetta por medo, mostre ao Tomás que ela é sua, ela ama você, apenas você. –Ela disse.

–É complicado.

–Você é complicado Homem, que desgraça. – Fran disse rindo.

–Você não entende. O meu relacionamento com a Violetta está sempre ameaçado, é como se fosse um edifico bambo, ele está de pé, mas a qualquer momento pode desabar e acabar com tudo. –Eu disse.

–Vocês me deixam confusa, de verdade. –Ela disse. –Porque não esfria a cabeça e conversa com ela?

–Porque não consigo, porque cansei, cansei de ser feito de tolo, tratado como se não tivesse sentimentos. –Eu disse, com uma certa frustração na voz.

–Sabe que as coisas não são assim, a Violetta se importa com você...-Eu a interrompi.

–Se importa, mas faz muita besteira, age sem pensar, e isso estraga tudo. Acho melhor ficarmos separados.

–Sofrem mais separados do que juntos. Vocês dois precisam aprender a lidar com esses problemas que tem/tinha no relacionamento de vocês.

–Tentei juro que tentei. Olha por tudo que passamos, não foi fácil Fran. –Eu disse e ela deu de ombros.

–Ela jogou a aliança de noivado em mim. –Eu disse após alguns minutos de silêncio.

–Não acredito. –Fran disse pasma. –Ela fez sem pensar, sabe disso...

–Ela faz muita coisa sem pensar, e isso acaba machucando...-Constatei. –Entendeu? Eu assumo, sou impulsivo, mas o meu modo de agir, não costuma estragar as coisas.

–Leon...

–Leon nada, Fran. Mas não se preocupe, vou guardar a aliança, não estou pronto para me livrar das coisas que marcam nosso relacionamento, como fotos e objetos. Mas eu guardei tudo em uma caixinha, não posso ficar olhando para aquilo se não eu...eu

–Você chora. –Fran me completou. –Você é durão por fora, mas é “molenga” por dentro quando se trata da Violetta.

–É basicamente isso. A Violetta sempre mexeu comigo, de maneiras diferentes. –Eu disse com um sorrisinho bobo, e isso fez Fran sorrir também.

–Que saco Fran! Vocês me faz dizer coisas que eu não quero dizer. –Eu resmunguei e ela riu.

–Você diz o que quer dizer, eu apenas dou um empurrãozinho. –Fran disse rindo.

–Por falar em empurrãozinho, eu podia dar um empurrãozinho acompanhado de alguns socos no Tomás. –Eu disse. –Nessa confusão esqueci que aqueça criatura é um dos grandes culpados de tudo.

Francesca me olhou com um olhar tão bravo, que eu achei que ia morrer só com aquela fuzilada. Eu realmente não entendi o porque da raiva, afinal, eram só alguns empurrões, tapas, socos, puxões, murros e chutes que eu daria em Tomás, nada demais.

–Você não irá fazer nada. Não quero que você espanque o Tomás, depois o prejudicado é você.

–Mas eu bem que gostaria de....-A italiana me interrompeu.

–Gostaria, mas não vai fazer nada. Eu gostaria de poder fazer várias coisas, mas infelizmente não posso fazer. –Ela disse séria. –Promete que não vai fazer nada?

–Pro...pro...-Eu não queria prometer, mas Fran me encarou tão fulminantemente que eu até fiquei com medo, apesar de ser baixinha, Francesca brava não era nada agradável. –Prometo.

–Obrigada. –Ela disse e eu bufei. –Preciso ir para casa, vou sair com o Marco. Aaah não sei se você está sabendo, mas as aulas logo irão retornar na Universidade.

–Já? Ainda estamos em período de férias. –Eu disse irritado.

–Mas vamos voltar mais cedo, para recuperar o tempo perdido por conta do incêndio. –Fran explicou.

–Tudo que eu menos preciso é ficar trancado em um internato com a Violetta. –Eu disse frustrado.

–Isso pode não ser tão ruim. –Fran disse rindo, nem deu tempo de eu reclamar, pois ela saiu em um pulo do meu quarto.

Ótimo, eu só quero evitar a Violetta, e advinha, vou ficar trancado com ela na Universidade, fora ficar trancado com ela nas aulas. Vai ser péssimo, como que eu vou superá-la, se eu há verei todo dia?

As coisas iam de mal a pior para o meu lado. Sinceramente acho que é melhor eu me trancar no quarto e me isolar de tudo e todos, talvez isso resolva.

Eu sou Leon Vargas, posso ser considerado um cara sortudo e azarado. Tive a sorte de pertencer ao coração de Violetta Castillo. E tenho o azar de amar Violetta Castillo, sou só um mexicano perdido e confuso, quero e não quero Violetta, necessito e não necessito dela, sou confuso, sou só um simples louco apaixonado...


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Notas finais do capítulo

Então? Peço perdão pelo final, não sei se ficou tão bom :/ Mas eu espero que tenham gostado, até logo, e peço que comentem :D Beijos.