Sólo Tú Me Importas escrita por Bia Rodrigues


Capítulo 31
Capítulo 31


Notas iniciais do capítulo

Heeeey! Quanto tempo. Eu estava pirando sem o Nyah. Mas aqui estou hehe Bom, não consegui responder os comentários, porque o Nyah só voltou agora. Mas prometo que logo irei responder. Espero que gostem :D



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Pov’s Violetta

Eu sentia que tudo estava acontecendo novamente, como se eu tivesse deixando Leon escapar pelos meus dedos. Ele é meu, e eu sou dele. Não há o que discutir.

–Você não vai me perder. –Eu disse baixinho, mas o suficiente para que ele ouvisse.

–Como ter certeza? Já passei por essa história do Tomás há três anos atrás. E Violetta, eu não quero passar por tudo aquilo novamente. –Leon respondeu, ele ainda estava parado na porta, de costas sem me encarar.

–Eu sei como você se sentiu. –Eu disse tentando confortá-lo.

–Não. Você não sabe. Eu lembro como se fosse ontem, a primeira vez que terminamos por conta do Tomás. Eu sofri em silêncio. –Leon disse com o tom de magoa transparecendo na voz.

Flashback On (Só o Leon narra essa parte)

–Eu estava péssimo, Ludmila tinha deixado escapar o vídeo que você e Tomás quase se beijavam. Era o aniversário da Francesca, você tinha sumido, e eu idiota como sempre não pensei que você estivesse com Tomás.

–É você fugiu, e foi atrás dele. Queria provar que ele estava mentindo. Queria provar que ele estava com a Ludmila, e na época eu fiquei bravo, pois eu não entendia o motivo de você fazer tudo aquilo. Mas depois eu me toquei, que você estava apenas com ciúmes.

–Aquele dia após o Studio. Eu cheguei em casa completamente desolado, eu estava péssimo, e sabe por que? Porque eu já te amava demais. E aquela foi a primeira vez que eu te perdi para o Tomás.

–Você não entende o quanto foi difícil para mim? Aquela época Violetta, foi horrível. Eu me sentia a sua segunda opção. Que tipo de pessoa consegue suportar, ver a pessoa que ama dividida entre dois amores.

–E o pior, é que você sente, bem lá no fundo, você sente que ela não te ama. Era assim que eu me sentia, eu me sentia que você gostava de mim, mas gostava mais ainda do Tomás.

–Eu não me sentia amado por você Violetta. Mas eu sentia que existia paixão, e eu te amava demais, apesar de muitas vezes, ignorar meus sentimentos. Porque ignorando meus sentimentos, eu achava que iria suportar a dor de saber que você não me amava.

–Então voltamos a namorar. Depois de um tempo terminamos novamente por causo do: Tomás. Você quase o beijou.

Flashback Off (Violetta novamente)

–Mas as coisas mudaram. –Leon disse, os dois choravam, não foi uma cena fácil de suportar. Ele nunca havia me dito essas coisas.

–As coisas mudaram. Escute. Naquela infeliz época do Tomás eu não te amava, mas eu era apaixonada por você...-Leon me interrompeu.

–Apaixonada por mim e por ele. –Leon resmungou.

–Mas você foi e é o único que eu amo. –Respondi. –Eu não amei o Tomás, não amei o Diego, não amei nenhum garoto além de você.

–Eu sei disso. Mas eu precisava te contar. Eu precisava te contar como eu me senti. E peço a você, que agora que o Tomás voltou, você não faça todas aquelas coisas novamente.

–Leon, você está louco? Óbvio que eu não vou fazer aquelas coisas novamente, você somente você é o único que eu quero, entenda isso, por favor. O Tomás ter voltado, não vai interferir nos meus sentimentos, até porque, se fosse para sentir alguma coisa, eu teria sentido quando ele tentou me beijar.

–Não sentiu nada? –Leon perguntou hesitante.

–Não senti absolutamente nada. Na verdade senti repulsa, e raiva. –Eu disse e ele soltou um pequeno riso.

Leon pareceu se acalmar, um pouco. Ele já estava virado para mim, e tentava desviar olhar enquanto prendia o choro. Leon fala que eu sou orgulhosa, mas ele não gosta de demostrar magoa na minha frente, acho que ele tem essa ideia de não parecer frágil.

–Eu te perdi uma vez para ele, perdi depois pela segunda vez, só não quero te perder pela terceira vez. –Leon disse baixinho.

–Não tenha medo. Não vai me perder. –Eu repeti, mas o Leon parecia estar inseguro ainda.

–Vou tomar um ar. Caminhar vai me fazer bem. –Leon disse e saiu lentamente pelo quarto. Ele teve um pequeno problema na hora de passar o carrinho de oxigênio pela porta.

–Leon. –O chamei, mas ele já havia saído. –Jamais vou te trocar pelo Tomás novamente. –Eu disse para mim mesma.

Eu sei que o Leon tem razão em ficar preocupado. Mas eu tenho certeza do que sinto. Assumo que se eu fosse mais madura naquela época que eu fiquei dividida entre o Tomás e o Leon, eu teria ficado com o Leon.

Pov’s Leon

Eu decidi dar uma volta pelo jardim do hospital, o doutor disse que esses passeios seriam bons para mim. Ele disse que eu também não deveria me estressar, mas isso eu não cumpri.

Eu sei, parece ridículo. O Leon está com medo do Tomás. Mas não é isso, a realidade é que eu não tenho medo daquela gazela topetuda. Eu tenho medo que a Violetta possa sentir algo por ele novamente.

É também sei que deveria confiar nela. Mas eu preciso de um tempo para “digerir” que o Tomás voltou, e que a Violetta não sente mais nada por ele, eu preciso ter certeza, porque assim ficarei em paz.

–Lion! –Ouvi os saltos de Ludmila se aproximando, só ela me chama de Lion.

–Como vai? – Perguntei tentando não deixar transparecer que eu não estava a fim de conversar.

–Bem! Percebo que você melhorou. –Ela disse e eu assenti. –Preciso ter uma conversa séria com você.

–Diga. –Concordei, eu esperava que fosse rápido, eu precisava esfriar a cabeça.

–O Diego ele me....-Eu a interrompi.

–Sério? O Diego? Isso está aparecendo um reencontro de ex-namorados da Violetta. Suponho que saiba que seu querido Tommy voltou. –Eu disse e soltei uma risada sem humor.

–Para de graça, é sério. –Resmungou Ludmila e bateu o salto no chão (Uma atitude mimada só para comentar).

–O Diego é o ultimo nome que eu quero ouvir, Ludmila me desculpe, mas não estou com cabeça, ele já me ferrou demais. –Eu disse me retirando.

–Mas ele se arrependeu. –Ela gritou.

–Não. Não se arrependeu. –Gritei de volta.

Enfim, eu rodei, rodei e rodei aquele hospital, mas eu estava ficando entediado. Sem contar que ouvir o nome do Diego piorou meu stress. Eu queria voltar para o quarto, mas a Violetta provavelmente estaria lá, e eu não estava a fim de discutir novamente.

Pov’s Violetta

Passou-se uma hora mais ou menos, até a porta ser reaberta novamente, eu tinha ficado intacta esse tempo todo. O carrinho de oxigênio foi o primeiro a passar pela porta. Depois Leon entrou, com uma mão no carrinho e a outra enfiada no bolço.

–Finalmente! –Exclamei aliviada, não que eu estivesse preocupada ou algo assim. Leon me encarou, mas não disse nada. Ai que desgraça! –Como se sente?

–Dolorido. –Responde curto, mas sem ser grosso.

–Vai continuar esse clima estranho entre nós? –Perguntei.

–Não tem clima. Não tem clima nenhum. –Leon respondeu. –A verdade é que estamos confusos.

–Não estou confusa. Já disse isso, tenho certeza que você é o único para mim...-Não consegui continuar, pois Leon me interrompeu.

–Okay. Já sei, mas isso não me proíbe de sentir o que sinto. Mas acho que temos que nos entender, talvez não valha a pena brigar por algo que você não sente mais. Quero dizer....é ridículo, se você não sente mais nada pelo Tomás, não é? –Leon disse e perguntou. Soltei um riso, mas eu estava frustrada, ele queria de eu confirmasse mais uma vez que ele era o único que eu amava.

–É. –Foi a única coisa que eu consegui responder.

Passamos alguns irritantes minutos em silêncio.

–Odeio nossas discussões sem sentido. –Leon disse ainda com as mãos no bolso. –Odeio tanto como usar gravata. –Eu tive que rir desse comentário, gostava disso nele. Leon tinha a capacidade de fazer piada intencionalmente, isso era dele, uma marca dele.

–Você guardou essa mágoa do Tomás, eu entendo, porque afinal de contas nunca conversamos sobre isso. Quando ele foi embora, decidimos ignorar tudo o que tinha passado, e ficaram algumas coisas pendentes.

–Mas já foram esclarecidas. –Disse Leon. Eu me aproximei dele, eu precisava saber de uma coisa.

–Ainda dói? –Perguntei, ao ver o olhar confuso em seu rosto eu continuei. –Quero dizer...Ainda dói aqui. –Coloquei a mão em sei peito indicando seu coração. –Ainda dói em você lembrar daquilo que passamos?

–Dói. –Leon respondeu rapidamente. Eu engoli em seco. Por mais certeza dos nossos sentimentos, era óbvio que aquelas lembranças ainda doíam nele, eu só queria que ele conseguisse superar aquilo.

–Aaah – Foi o que eu respondi com um tom de frustração.

–Mas vai passar, já superei quase tudo aquilo. Porque se eu ficasse guardando aquela mágoa, provavelmente não estaríamos mais juntos. –Leon disse, ele me puxou pela cintura, por um momento achei que ele fosse me beijar, mas ele só envolveu seus braços em meu tronco e ficou me encarando.

Eu devo ter mudado de cor, porque foi meio constrangedor. Eu o puxei para um abraço, e acredite foi um abraço longo.

–Amo seus abraços, mas se me permite perguntar, não vai me soltar? –Leon perguntou após uns cinco minutos abraçados, eu suspirei e soltei uma risada abafada pelo choro.

–Vou te abraçara até a dor passar...


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Notas finais do capítulo

Então? Gostaram? Peço que comentem :D Eu prometo que irei respondê-los. :D Beijos e até breve :D