Sólo Tú Me Importas escrita por Bia Rodrigues


Capítulo 29
Capítulo 29


Notas iniciais do capítulo

Heeeeey! Como estão? Bom demorei um pouquinho, mas aqui estou hehe Quero agradecer pelos reviews, mas peço que comentem mais. Estão gostando da fic?

Espero que gostem desse capítulo :D



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Pov’s Violetta

–Tomás? –Eu disse olhando fixamente para ele.

–Violetta! Que saudades! –Tomás respondeu, ele queria me abraçar, porém eu me afastei. Eu o encarei, sem acreditar no azar de tê-lo ali. Senti minha respiração ficar mais pesada, esse com certeza era o pior momento para a volta de Tomás. –Senti sua falta.

–É....é eu também senti a sua. –Eu disse, embora não houvesse sentido tanto a falta dele. –O que faz aqui? –Questionei.

–Vim te ver. –Tomás disse óbvio.

–Quero dizer aqui em Buenos Aires. –Eu disse, pois queria saber o real motivo dele estar aqui. Queria saber o motivo de Tomás Heredia estar ali, um rapaz que já a prejudicou muito na vida amorosa.

–Consegui um emprego, e como estava com saudades daqui, decidi voltar permanentemente. –Tomás disse animadamente.

–Parabéns. –Fingi animação. Eu quis ignorar a palavra permanentemente.

–Eu estava com saudades de tudo isso, Buenos Aires, tive uma experiência incrível aqui. –Ele disse e eu assenti, eu estava desconfortável com a situação, mas ele não pareceu perceber.

Não é que eu não estava feliz dele estar aqui, mas eu também não estava comemorando a volta dele. O Sr. Leon Vargas não vai gostar nada disso. Tomás trará problemas, não precisa ser nenhum gênio para saber disso.

–O melhor de tudo isso, é que vou poder te ver, como antigamente. –Tomás disse se aproximando, evidentemente queria me beijar, e quando ele estava perto eu o brequei.

–Não seja inoportuno, estou aqui numa boa conversando com você, não confunda as coisas. –Pedi calmamente. Calmamente no jeito Violetta Castillo de ser.

–Mas eu achei que...-Eu o interrompi.

–Tomás, já faz três anos. -Eu disse, e soltei um rápido suspiro.

–É, mas não superei.

–Sinto muito, muito mesmo. Mas da minha parte o amor se perdeu. –Respondi, eu não gostava dele, mas também não queria magoá-lo.

–Você está agindo com frieza. Nosso reencontro não está sendo como imaginei. –Tomás disse.

–Me desculpe, é que eu não esperava ver você aqui, já faz três anos, passamos por muita coisa, coisas que foram esquecidas. –Eu disse a ele.

–Não foram esquecidas por mim! –Tomás disse alto, alto demais, eu apenas abaixei a cabeça. –Tenho que ir, vamos fingir que esse reencontro nunca aconteceu.

–Prefiro assim. –Respondi e Tomás foi embora cabisbaixo.

Foi horrível. Nem parecia que não nos víamos há três anos, foi um reencontro frio, eu simplesmente não sinto mais nada por ele, e isso é bom. Sentei um pouco sobre a bancada da cozinha, eu precisava me acalmar para encontrar o Leon.

–Não vou deixar que essa visita inoportuna estragar minha noite. –Me levantei, peguei minha bolsa, e parti para o hospital, que era onde Leon me esperava.

No caminho fui pensando: “Tomás realmente achou que poderia me beijar?” “Ele não teve a consciência de perceber que os sentimentos mudam, e que eu estava desconfortável com a situação?” “Que três anos são muita coisa?”.

Quando vi, eu já havia chegado ao hospital. Onde provavelmente eu encontraria um Leon impecavelmente vestido, porém reclamando de usar gravata.

Passei pela recepcionista que me odiava, e fui em direção ao quarto do Engravatado reclamão. Dei leves batidas na porta e pude ouvir um “Entra”. Adentrei o quarto e sorri com o que vi, e a partir desse momento me esqueci de todos os problemas que me cercavam.

León.

–Meu amor? –Ouvi a voz suave do engravatado reclamão, e isso me fez sair do pequeno transe que eu estava.

–Você está lindo! –Exclamei indo até ele que estava sentado sobre a cama. Leon estava de terno, com somente três botões fechados, a parte de cima dava lugar a sua gravata, que estava arrumada demais, ou seja, Leon teve ajuda.

–Eu que deveria dizer isso de você. –Leon disse rindo. –Está maravilhosa.

–Obrigada Sr. Vargas. –Eu disse rindo.

–Não me chame assim, Sr. Vargas é meu pai. –Leon disse e fez uma careta, eu ri.

–Então o que vamos fazer? –Perguntei.

–Digamos que sua surpresa está no terraço do hospital. –Leon disse e eu arregalei os olhos.

–Te...terraço? Leon você está louco. –Perguntei indignada.

–Você é minha namorada há um bom tempo, ainda não percebeu que sou louco? –Leon perguntou e riu.

–Sim, mas....mas você.....é loucura...você não pode sair desse quarto. –Eu disse tentando entendê-lo.

–Posso sim, eu combinei tudo com o doutor, porém para poder respirar tenho que levar isso comigo. –Leon disse e mostrou um carrinho com um tubo cheio de oxigênio, ele colocou um pequeno tubo no nariz, assim o oxigênio passaria do carrinho para ele. –Se importa se eu ficar com o tubo?

–Claro que não, além do mais, isso não me impede de te beijar. –Eu disse e lhe dei um rápido selinho. –Podemos ir?

–Claro. E acho que vai gostar. –Ele disse.

Leon esticou o braço indicando que eu me apoiasse nele, e com o braço livre arrastou o carrinho de oxigênio, o quê não era trabalhoso. Enquanto estávamos no elevador comecei há reparar um pouco nele.

Cabelos rebeldes em formato de topete, barba recentemente feita (Ele odiava ficar com barba) roupa impecavelmente passada, e postura completamente ereta.

A porta do elevador se abriu, Leon me deu seu braço e arrastou o carrinho de oxigênio. Meus olhos pararam na toalha de piquenique estendida no chão, com almofadas vermelhas e uma pequena mesa portátil no centro.

–Espero que goste. –Leon sussurrou. –Não tive muito tempo para prepar...

–Está perfeito. –Eu disse o interrompendo. –É diferente, eu não esperava isso. -Eu disse.

–Foi simples, mas foi de coração. –Leon disse e soltou um riso. –Vamos nos sentar.

Nos sentamos nas almofadas, e Leon abriu umas embalagens que estavam sobre a pequena mesa.

–Sushi? –Indaguei sorridente.

–Sabia que iria gostar. –Ele disse. Ele acabou de abrir desembalar a deliciosa culinária japonesa, e assim começamos a comer, ficamos uns minutos em silêncio, o que foi estranho.

–Parecemos dois desconhecidos, jantando juntos pela primeira vez. –Eu disse e ele sorriu.

–Prazer, eu sou Leon Vargas. –Leon disse rindo.

–Violetta Castillo. –Respondi na mesma situação.

–Tem namorado, senhorita Castillo? –Perguntou Leon.

–Tenho. Um mexicano de cabelos despenteados e rebeldes. –Eu disse.

–Ai meu Deus. Vou ligar para Fran e dizer que você está pegando o Marco. –Leon disse e riu, e olha que era raro Leon fazer humor com esse tipo de coisa.

–Idiota. –Eu disse.

–Há uma música que diz: “Eu já amei um idiota, e você também”. Me diga Castillo, você já amou um idiota? –Perguntou Leon.

–Não. Eu tenho um grande idiota na minha vida, não amei, amo esse idiota. –Eu disse.

–O idiota agradece. –Respondeu Leon dando risada.

Continuamos com a refeição, dessa vez o clima tinha ficado um pouco mais descontraído, até o Leon começar a tentar tirar a gravata e derrubar o molho choio na mesa, sujando tudo.

–E Vargas! –Exclamei e ri. Ele estava realmente atrapalhado, completamente desastrado, quando mais tentava limpar, mais lambança fazia. –Deixa eu te ajudar.

Me levantei e fui ajuda-lo, e rapidamente limpamos todo o estrago que o molho havia feito. Quando fui me sentar novamente nas almofadas, senti as mãos quentes do engravatado reclamão apertando minha cintura.

Seu rosto quente se aproximou, e seus lábios rosados me pareceram bem atrativos, como sempre. Logo senti seus lábios sendo colados nos meus, o tubo de oxigênio que estava em baixo de seu nariz, atrapalhou um pouquinho, mas nada que incomodasse.

Para quem estava com problemas de respiração, até que Leon tinha bastante fôlego, eu estava com os braços presos em volta de seu pescoço, e minhas mãos acariciava sua nuca, senti Leon enrijecer sob meu toque.

Ele continuava com as mãos fortes na minha cintura, a apertando ás vezes, me pressionando contra ele, Leon dava risada durante o beijo, e com isso não pude evitar sorrir. Nos separamos entre selinhos ambos ofegantes, quer dizer eu estava ofegante, Leon até precisou sentar por conta da falta de ar.

–Meu amor, eu não queria falar sobre isso agora, mas eu queria saber se você tem previsão de ter alta? –Perguntei me sentando ao seu lado.

–O que acha de esquecermos isso por hoje? Ignorar completamente o meu estado doentio? Eu estou melhor e por sorte estamos aqui juntos, e é isso que importa.

–Tem razão.

–Então, não tive a oportunidade de saber, o que fez enquanto eu estava em coma? –Leon perguntou sorridente.

–Achei que você queria mudar de assunto. –Respondi.

–Certo...ãh me deixe pensar...Hoje foi um dia bem interessante, os meninos vieram me visitar e assistimos uma partida de futebol e o Thomas Muller fez um golaço...

A partir do momento que ele disse Thomas Muller meus pensamentos se afastaram completamente dali, um pequeno medo tomou conta de mim, eu teria que contar que Tomás voltara.

–Violetta? –Leon me chamou. –Me desculpe, se o assunto estava chato, é que eu realmente não sabia o que dizer.

–Não, de forma alguma. Eu que me distraí. –Expliquei.

–Você mente muito mal. – Leon disse e deu risada.

–Não menti, apenas me distraí! –Falei um pouco alto demais, Leon apenas assentiu e voltar a beliscar um pedaço de niguiri de salmão.

–Esplêndido! Extremamente apetitoso simples e delicioso. –Leon disse e eu ri de seu linguajar incomum. –Quer a sobremesa? –Perguntou.

–Claro, o que é? –Perguntei. Digamos que eu não me surpreendi quando Leon apareceu com dois pedaços de pudim e me entregou um. –Previsível. –Eu disse e ele riu.

–Eu merecia um pudim. –Leon resmungou baixinho.

–Nós merecemos um pudim! –Respondi.

–Viva o pudim! –Leon falou e ergueu seu copo de suco, sinalizando que fizéssemos um brinde.

–Viva o pudim, Leon! –Falei também, e assim brindamos a nossa noite.

[...]

–Então você vai dormir comigo hoje? –Perguntou Leon enquanto se livrava da gravata.

–Pode ser. –Eu disse, tentando esconder a animação.

–A cama é um pouco pequena, então vamos ficar um pouco apertados, okay? –Leon disse sorridente, quem vê pensa que ele estava incomodado em dormir apertadinho comigo.

–Sem problemas Lion. –Respondi e ele sorriu.

–Eu tenho que falar com um enfermeiro, e já volto. –Leon disse com a voz rouca, aquilo por incrível que pareça soou extremamente sexy, apenas sorri, ele me deu um beijo na bochecha e saiu.

É oficial, estou me sentindo como uma adolescente, como eu já havia dito antes. Sou Violetta Castillo, uma mulher com sentimentos de garotas, completamente apaixonada pelo noivo Leon Vargas

–Violetta? –Ouvi uma voz masculina me chamar, mas não era a voz de Leon. –Sei que eu não deveria ter vindo, mas precisa falar com você. –Ele disse, eu fiquei quieta, torcendo para que Leon aparecesse.

–Não vai dizer nada?

–O que faz aqui? –Perguntei com a voz engasgada. Antes que ele respondesse minha pergunta, senti braços contornarem meu corpo, era Leon, e ele não parecia nem um pouco feliz, com um tom de raiva ele disse:

–É Tomás, o que faz aqui?


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Notas finais do capítulo

Então? Gostaram? Me desculpem se não estiver tão bom, mas espero que tenham gostado :D Até logo :D E claro VIVA O PUDIM!