Sólo Tú Me Importas escrita por Bia Rodrigues


Capítulo 25
Capítulo 25


Notas iniciais do capítulo

Eu volteeeeei! *Entrada triunfal* (Mentira) Mas enfim. Eu demorei, mas eu fiquei sem internet, me desculpem.
Vocês me deixaram muito feliz, o capítulo passado bateu o recorde de comentários da fic, e eu fiquei MUITO FELIZ, obrigada, de verdade :D


Espero que gostem do capítulo :D Tá grande, porque eu precisava compensa-los pela demora.


P.S LEÓN AGRADECEU POR COMENTAREM, ELE IRÁ GANHAR UM PUDIM :D



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Pov’s Violetta

E...eu aceito me tornar sua noiva. –Eu disse nervosa, Leon só abriu um sorriso e me fitou.

Não tive tempo de ouvir o que Leon tinha a dizer, apenas fechei a porta e saí daquele hospital, claro que no caminho eu encontrei a mãe de Leon completamente angustiada indo ver o filho, ela nem me notou.

“Me tornar noiva de Leon”, confuso, sim, realmente confuso, pelo menos para mim, não creio que iremos nos casar agora, mas é tão estranho falar “Nós somos noivos”

Claro que também há seu lado bom nessa situação, na verdade há partes muito boas nisso, pois eu simplesmente vou me tornar noiva do homem que eu amo. Eu sempre quis Leon (Por mais que às vezes eu não demostrei isso), e eu o tenho, me tornar noiva dele e ele meu noivo, é uma amostra que temos um relação forte, e queremos leva-la adiante.

Eu estava insegura, muito para falar a verdade, mas vou esperar um tempo antes de falar com Leon sobre isso. Nesse momento a única coisa que me importava era que ele estava de volta.

–Violetta, voltou cedo. –Meu pai disse assim que eu adentrei nossa casa, acho que ele estranhou o fato de eu estar sorrindo, pois perguntou: - Está tudo bem?

–Pai, o Leon ele....ele acordou. –Eu disse e meu pai sorriu.

–Isso é ótimo. –Indagou ele, meu pai não era fã do Leon, mas de todos os garotos com que eu saí, Leon era o que meu pai mais gostava. –Admito que estava preocupado com aquele garoto, sem contar que eu não aguentava mais ver você sofrendo daquele jeito.

–Eu não aguentava mais ficar sem ele. –Eu disse e meu pai fez uma careta.

–Vilu. –Disse Angie descendo a escadas com Julietta em seu colo. –Como está?

–O Leon acordou Angie. –Eu disse direta e Angie esboçou um enorme sorriso.

–Mas isso é ótimo. –Ela disse vindo me abraçar, mas tomou cuidado para não esmagar Julietta.

–Angie, eu estou tão mais tão feliz, você não faz ideia. –Eu disse admirando minha irmã no colo de Angie, ela tinha os cabelos do meu pai, e os traços da Angie. –Porém eu aproveitei a oportunidade que a mãe do Leon foi vê-lo e eu vim para casa, quero descansar um pouco. –Eu disse e Angie sorriu docemente.

–Claro, você precisa realmente de um descanso. –Ela disse me observando atentamente, eu apenas assenti e fui em direção ao meu quarto, mas antes pedi para Olga preparar um pudim para Leon.

Fui para o meu quarto, tomei um demorado banho quente, eu precisava relaxar um pouco, parei e percebi o enorme alivio que havia em meu peito. Minhas pernas estavam bambas, e minha respiração ameaçava se sessar, havia um turbilhão de sentimentos dentro de mim.

Eu estava feliz, mas eu tinha medo, eu acho que estava um pouco traumatizada, encerrei meu banho e me deitei, mas eu não queria dormir, pois eu tinha medo, medo de dormir e quando acordar descobrir que tudo foi um sonho, e que Leon não havia acordado realmente.

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Depois de um longo tempo o cansaço me venceu, minhas pálpebras se fecharam automaticamente e eu dormi, dormi bem, dormi tranquila, eu estava finalmente em “paz” depois de algumas semanas.

Despertei umas três horas depois, por incrível que pareça eu ainda estava cansada, parece que quanto mais eu durmo, mas eu fico com sono. Espiei no meu celular e o mesmo marcava 19:20 em ponto.

–Leon...-Sussurrei baixinho.

–Na verdade é Francesca. –Disse uma voz feminina de dentro do meu quarto. Levantei em um pulo, completamente assustada, e vi a figura de cabelos pretos sentada em uma poltrona em frente a minha cama.

–Francesca! O que faz aqui? –Perguntei com a mão sobre meu peito, completamente ofegante devido ao susto.

–Vim te ver. –Ela disse sorridente, e eu fiquei com a mesma expressão séria no rosto. –Eu precisava saber com você estava, sabe o Leon acordou e eu queria saber como você reagiu.

–Que bom que já soube. –Eu disse sorrindo.

–Aposto que você o agarrou assim que o viu. –Fran disse rindo.

–Não pude fazer isso, mas eu queria. –Eu disse acompanhando suas risadas.

–Sabe, fui vê-lo, mas não autorizaram minha entrada. –Fran disse um pouco cabisbaixa.

–Por quê?

–Parece que o Leon estava meio “agitado”, a mãe dele estava lá, eu não entendi muito bem o que houve. –Fran disse.

–Agitado? –Eu perguntei confusa, e a Fran assentiu.

–Vou vê-lo. –Eu disse me levantando da cama.

–Agora? Não está muito tarde? –Fran perguntou.

–Sim, mas eu a Sra. Vargas, somos as principais acompanhantes do Leon, ou seja, podemos ficar com ele todo momento.

–Posso ir com você? Eu preciso vê-lo, tenho saudades daquela peste. –Fran disse rindo. Eu ri também. Me troquei rapidamente, peguei o pudim de Leon, e fui com Fran até o hospital.

–Sabe, eu estou preocupada, sabemos que foi o Diego quem colocou fogo na Universidade. Mas infelizmente não temos como provar. –Eu disse Fran concordou.

–O Diego sumiu, nem a Ludmila sabe dele. –Fran disse.

–Sinceramente eu acho que é melhor assim, o Diego sumir, ele só me fez mal. Sem contar que ele quase matou o Leon, e isso eu não perdoo.

–Eu nunca gostei dele, mas quer queira quer não, ele não merecia ficar solto, há uma coisa chamada justiça, Vilu, e o Diego não merece a liberdade. –Fran disse.

–É verdade, mas prefiro esquecer as coisas que me fazem mal, e isso inclui o Diego. –Eu disse e Fran sorriu com isso.

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–Gostaríamos de ver o paciente Leon Vargas, por favor. –Eu disse á recepcionista.

–Nomes?

–Violetta Castillo e Francesca Reys. –Eu disse.

–Estão autorizadas, mas peço que esperem no corredor, terão que falar com o doutor. –Disse a moça.

–Por que não podemos entrar no quarto? –Eu perguntei confusa, a recepcionista me olhou com a cara amarrada.

–Simplesmente não podem. –A moça disse e começou a remexer em umas papeladas.

–Simplesmente não podemos? Ah faça-me o favor e de uma resposta decente. –Eu disse brava.

–Acalme-se. –Pediu ela.

–Me acalmar? Me acalmar? Isso é sério? –Eu gritei e Fran me olhou assustada. Okay, talvez Leon esteja certo e eu seja uma baixinha brava, mas as coisas para mim não estavam boas, e eu estava estressada.

–Não grite comigo! –A recepcionista disse em um tom tão alto quando meu. E quando eu iria responder, uma voz grossa nos interrompeu.

–Mas o que está acontecendo aqui? –Olhei e vi o doutor de braços cruzados.

–Essa mulher, claramente problemática, está exigindo ver o paciente Leon Vargas. –A recepcionista disse. “Claramente problemática”, não sou problemática, talvez um pouco.

–Se acalmem as duas, primeiro isso é um hospital, portanto não gritem. Segundo, peço que vocês duas me acompanhem. –Disse o doutor apontando para mim e para Fran.

O doutor parecia nervoso, um tanto preocupado, andávamos por aqueles corredores cheios de tristezas e preocupações. Eu odiava hospitais, odiava pelo fato de ter tanto sofrimento nesse lugar.

–O Leon dormiu durante a tarde, porém, quando ele acordou...-O doutor parou e suspirou pesadamente. –Quando ele acordou, ele mostrou sintomas complicados.

–Complicados? –Eu indaguei com o choro preso na garganta.

–Quando um paciente acorda de um coma, normalmente ele não reage como o Leon, o paciente fica quieto e demora para interagir, por sorte com o Leon tinha sido diferente.

–Doutor, por favor, me diz o que houve. –Eu pedi, obviamente alguma coisa havia acontecido.

–O Leon acordou todo suado, com o olhar assustado, ele não queria deixar ninguém toca-lo. Ele conversou um pouco com a mãe dele e depois se calou. Não comeu, ou seja, não dê pudim a ele. Agora ele voltou a dormir, amanhã ele irá falar com o psicólogo. –O doutor disse triste.

–Psicólogo? Por que isso? –Fran perguntou e eu fiquei em silêncio, eu precisava organizar em minha mente, tudo o que o doutor dissera. –Ele está fiando maluco? É isso? –Indagou Fran.

–Claro que não, acontece que todo paciente quando sofre algo grave, em minha opinião, deve falar com um psicólogo, ainda mais se voltar de uma coma. –Ou doutor explicou calmamente, acho que ele estava preocupado, pois eu estava “meio” aflita.

–Ma..Mas o Leon estava bem, eu o vi, ele falou comigo normalmente, nem parecia que tinha acordado de um coma. –Eu disse rapidamente, eu estava confusa, eu queria entender o que houve, eu diria até que tinha um desespero em minha voz.

–Sim, tanto é que eu estranhei esse comportamento, mas acontece que ele não está bem, ele está em um estado de choque. Violetta entenda que ele ficou em coma, e não é nada fácil fazer com que ele compreenda isso.

–Eu sei, eu sei muito bem que ele ficou em coma. Se o senhor não percebeu eu sofri muito com isso. –Eu disse e abaixei a cabeça, ainda segurando o choro. –Só quero que ele fique bem. –Sussurrei mais calma.

–Ele vai ficar, mas o Leon precisa entender tudo o que se passou por ele. Quando ele acordou, eu creio que não havia “caído a fixa” de tudo que ocorreu com ele, depois de algumas horas, Leon raciocinou tudo, e percebeu o quanto é grave um coma, e isso o fez entrar em estado de choque.

–Mas ele vai ficar bem? Quando ele vai poder sair daqui? -Fran perguntou semi agoniada.

–Vai ficar bem, sabe Leon me parece um rapaz forte...-Eu o interrompi.

–Ele é. –Eu disse firme, enquanto olhava fixamente para baixo.

–Leon é um rapaz forte. –O doutor se auto corrigiu. –Creio que as seções com a psicóloga não serão tão duradouros, creio que logo ele se recupera, porém não tenho data prevista para que saia daqui.

–Obrigada, doutor. Mas será que podemos vê-lo? –Perguntou Fran docemente.

–Claro. Mas ele está dormindo, e olha que foi difícil fazê-lo dormir, ele estava agitado. –O doutor disse.

–Não se preocupe, queremos apenas vê-lo. –Eu disse, agarrei a mão de Fran e fomos rumo ao quarto.

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Fitei Leon, que dormida tranquilamente, me sentei ao lado da cama que ele estava deitado. Fran apenas nos observava sem dizer uma palavra. Acariciei seu cabelo e seu rosto, por sorte, Leon não acordou.

–Ele está meio quente. –Eu disse preocupada.

–A enfermeira disse que é normal. –Fran disse tranquilamente, ela parecia rir um pouco da minha preocupação. –Vou à lanchonete aqui do hospital mesmo, quer algo?

–Um chá gelado, por favor. –Eu disse e Fran assentiu simpaticamente.

–Já volto.

Apenas assenti e continuei a acariciar Leon, ele dormia feito uma pedra. Me levantei e comecei a rondar o quarto, impaciente, eu não via a hora de sair daquele hospital com Leon ao meu lado.

Direcionei-me até uma mesinha que estava no canto do quarto, ela estava cheia de cartas, presentes, flores e etc. Tinha apenas uma carta já aberta, provavelmente Leon havia lido. Era dos garotos.

Então o “príncipe encantado acordou?” Ainda bem Leon, já estávamos mandando o Maxi ir aí te dar um beijo para você despertar.

É brincadeira (Sabe que a gente te ama) Enfim, nós decidimos escrever essa carta para você, todos juntos. Você é um de nós Leon, quando descobrimos o seu estado, foi um grande “baque” para todos nós, era impossível de acreditar.

Por mais estranho que isso pareça, nós sentimos a sua falta, das suas palhaçadas conosco, do seu jeito “zueiro” de ser. Um cara de 20 anos com mente de 5, esse é o nosso amigo Leon Vargas.

Você deve estar estrando as nossas palavras, mas as meninas recomendaram que nós colocássemos todos os nossos sentimentos nessa carta (O que isso quer dizer?).

Continuamos não entendendo as mulheres, porém entendemos o sofrimento delas quando você estava em coma, e nós só compreendemos porque sofremos com elas. (P.S essa parte foi o Maxi que escreveu, pois ele está meio sentimental desde que essas coisas aconteceram com você).

Enfim, nos desculpe por não nos expressar muito bem, nós não somos bons nisso. Mas nós iremos te visitar, cara, você não vai escapar da gente mesmo deitado em uma cama.

Um grande abraço de Andres, Broduey, Federico e Marco. E um beijo de Maxi

P.S Não deixamos nenhum idiota chegar perto da Violetta.

Ao fim da leitura eu soltei um pequeno riso, estranhei o fato dos garotos estarem um tanto sentimentais ultimamente. Depositei a carta sobre a mesa, e espiei outras coisas que estavam ali, claro, eu não mexi em nada.

De: Lara

Para: Leon

Ao bater os olhos nessa carta, meu coração meio que disparou. Infelizmente ela não estava aberta, mas eu senti uma imensa vontade de abri-la. Por um lado não era justo com Leon, por outro eu tecnicamente tinha direito de saber o que a ex do meu namorado tinha escrito a ele.

Fiquei uns cinco minutos olhando para carta, e quando eu decidi que iria abri-la, ouvi barulhos. Rapidamente olhei para Leon, ele estava suado e se remexia na cama, extremamente agitado, e com a respiração ofegante, a carta caiu de minha mão e eu fui correndo até Leon.

–Meu amor. –O chamei baixinho, eu não tinha chamado um enfermeiro, pois o doutor havia explicado que essas coisas tinham acontecido com Leon, e que ele tivesse uma “crise” dessas, tínhamos que acalma-lo.

–Leon, acorde. –Eu disse chacoalhando-o. –Amor, acorde! –Eu praticamente gritei e ele acordou, me olhou assustado, uma expressão de pânico tomava conta de seu rosto.

–Vilu...-Ele disse em um sussurro.

–Meu amor. –Eu repeti baixinho.

–Vilu...Vilu....Vilu. –Ele disse repousando a cabeça no travesseiro.

–Estou aqui. –Eu respondi confusa.

–Vilu. –Ele disse novamente. Do nado a respiração dele se acelerou, e olhar assustado voltou. –Não quero voltar a ficar em coma. –Ele disse olhando em meus olhos.

–Você não vai ficar. –Eu disse segurando sua mão. –Durma novamente. –Pedi.

–Não vou dormir, nunca mais. –Respondeu. –E se eu não acordar? –Leon perguntou, esse era um medo que eu tinha.

–Isso não vai acontecer, você já está bem melhor, Leon. –Eu disse preocupada.

–Tem razão...tem razão. –Leon disse passando a mão sobre o rosto, tirando um pouco da fina camada de suor que o cobria. O doutor tinha razão, Leon estava em uma espécie de “choque”, ele tinha medo.

–Vilu. –Ele me chamou. –Tem algo errado comigo, não tem?

–Tem Leon. Tem algo errado com todos nós. –Eu disse sorrindo.

–Você me entendeu, eu não quis dizer isso. –Ele disse. –Você acha que eu estou ficando louco? –Ele perguntou e eu sorri, coloquei a minha mão sobre o rosto dele e disse.

–Eu acho que sim. Você está ficando louco, louquinho. Mas posso te contar um segredo? –Eu perguntei e ele assentiu.

–As melhores pessoas são assim....


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Notas finais do capítulo

Então? Tá bom? Ruim? Espero que tenham gostado, peço que comentem hehe :D. Não consegui revisar o cap, me perdoem se tiver erro ortográfico. Bom é isso, até logo :D




P.S Capítulo que vem tem "treta" hahaha