Sólo Tú Me Importas escrita por Bia Rodrigues


Capítulo 26
Capítulo 26


Notas iniciais do capítulo

Heeeeeeey! Demorei? Eu sei, mas eu postei em duas fics esse fim de semana, ou seja, me matei para postar. Quero agradecer pelos reviews, e por quem favoritou. Muito obrigada :D

A fic está boa? Estão gostando? Comentem :3 EU IREI RESPONDER OS REVIEWS, MAS NÃO TIVE TEMPO

Espero que gostem :D



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"O medo não é real, é um produto dos pensamentos que você cria. Mas não me entenda mal. O perigo, sim, é algo muito real, mas o medo é uma escolha". (Will Smith).

Pov’s Violetta

–As melhores pessoas são assim...–Eu disse e Leon sorriu, foi um sorriso diferente, especial eu diria.

–Obrigado. –Sussurrou baixinho. Leon estava visivelmente cansado, pude reparar que seu rosto estava triste e abatido.

–Tem algo a mais de incomodando? –Perguntei preocupada enquanto pegava uma toalha para poder secar o rosto suado dele.

–Tenho medo. –Ele respondeu num sussurro. –Sei que é estranho, mas eu tenho medo.

–Não é estranho ter medo, é bom ter medo. Se tivermos coragem o tempo todo, com certeza estaríamos ferrados, pois nos meteríamos em confusões sem ter medo do que irá acontecer.

–Tem razão, você veio inspirada hoje, não é mesmo? –Ele perguntou com um leve riso.

–Talvez. –Respondi rindo.

–Te daria um beijo agora, mas como fui proibido, vou ter que controlar minha imensa vontade de fazer isso, e acredite se eu pudesse te agarrava. –Leon respondeu um pouco mais risonho, eu corei e soltei um leve riso.

–Dorme que seu mal é sono. –Respondi e ele deu de ombros.

–Não consigo dormir, esse tubo no meu nariz me atrapalha. –Respondeu irritado.

–Sem esse tubo você não respira. –Respondi dura, e Leon me olhou e resmungou.

–Você vai passar a noit.....-Leon foi interrompido por uma figura baixinha de cabelos pretos que passava correndo pela porta.

–Leon! –Gritou Francesca, ela pulou, literalmente pulou em cima do Leon, o coitado quase ficou sem ar.

–Fran! –Respondeu Leon contente, correspondendo ao abraço que ela havia lhe- dado, passou-se cinco minutos disso, e os dois lá. Pigarrei eles pareceram entender.

–Leon, quando ela vai entender que somos só amigos? E que de mim, ela não precisa ter ciúmes. –Perguntou Fran, e Leon riu.

–Sabe que eu não sei Fran. A Violetta não percebe que eu só tenho olhos para ela. –Respondeu Leon.

–Eu estou aqui. –Eu disse. –Só não bato em você Leon, porque está em uma cama de hospital.

–Não mais aqui quem falou. –Respondeu Leon fazendo uma cara de susto, eu e Fran rimos.

–Então criatura, como se sente? –Perguntou Fran.

–Me sinto bem, confesso que estou meio assustado com tudo isso, mas de resto, está tudo tranquilo.

–Só espero que esse acidente não tenha afetado sua maturidade, ou seja, tomara que ela não tenha diminuído mais ainda. –Respondeu Fran rindo.

–Eu sou uma pessoa madura. –Ele respondeu.

–Sim. Claro. Muito madura, porém tenho que ir, Marco me espera, ele mandou um abraço para você, não pode vir. –Fran disse, deu um beijo em mim e no Leon, e logo se foi.

–Ficou feliz que ela veio te ver, não é? –Perguntei feliz, eu não tinha ciúmes dos dois, apenas me incomodava uma certa conexão que eles tinham, não era uma conexão amorosa, era uma conexão entre amigos, que obviamente eu e ele não tínhamos.

–Muito, ela é minha melhor amiga, e foi bom ela ter me visitado. –Leon disse. Ele se levantou um pouco, ficando sentado na cama, apoiado com as costas contra o travesseiro.

–Mas, você ter me visitado também foi muito bom. Me perdoe por não ter agradecido antes, mas ter te visto daquela maneira, tão vulnerável com o olhar de dó sobre mim, me deixou meio angustiado. Então peço desculpas por não ter te agradecido, você merece, por tudo que passou antes de me ver “vivo” novamente.

–Não agradeça, tudo o que fiz por você, não é nada comparado a tudo que você fez por mim, se tem alguém que tem que agradecer, esse alguém sou eu. –Respondi sorrindo.

Leon nada disse, apenas sorriu, ajeitou o travesseiro e repousou sua cabeça contra a cama, fechou os olhos e suspirou pesadamente, com uma visível dificuldade, já que seu ar estava escasso.

–Como passou nesses três vezes? –Perguntou ele. –Como está sua irmã recém-nascida? E seus pais? As aulas voltaram? –Perguntou com uma estranha afobação.

–Durma, descanse, relaxe, repouse, foi muita coisa para um dia só. Depois conversámos. –Eu disse e depositei um beijo em sua bochecha, esse ato foi um tanto tentador, pois fiquei perto demais de seus lábios.

–Você vai embora? –Perguntou Leon com um tom cansado.

–Tenho que ir, me desculpe. –Respondi tristemente.

–Sem problemas, nos vemos amanhã? –Ele perguntou e eu assenti, me aproximei e roubei um rápido selinho dele, logo saí correndo.

–Que menina rebelde! –Ouvi Leon gritar ironicamente.

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Resumidamente, depois daqueles rápidos minutos com o Leon no hospital, eu fui para minha casa, tomei um banho rápido e quando eu iria dormir...

–Vilu? –Perguntou Angie entrando em meu quarto.

–Eu.

–Desculpa incomodar, mas como está o Leon? –Angie perguntou docemente.

–Bem, quer dizer, bem entre umas. –Respondi meio cabisbaixa.

–Mas há algo de errado com a saúde dele? –Perguntou assustada.

–Não, não! A saúde está estável, ele tem dificuldade de respirar fora isso, creio que não tem nada. O problema do Leon é psicológico, ele está meio assustado. –Respondi e Angie pareceu compreender.

–Ele tem medo?

–Sim. Tem medo de voltar a não acordar. –Respondi. –Eu o entendo, eu também tenho medo que isso aconteça. Foi doloroso demais saber que ele estava a beira da morte, não quero ter essa sensação novamente.

–Eu te entendo, perder, ou quase perder alguém que amamos é uma sensação que eu não desejo a ninguém, infelizmente a morte chega para todos. Se eu fosse você eu ficava feliz do Leon ter acordado, e tentaria esquecer que você quase o perdeu.

–Como sempre tem razão. Fala sério. Você é a melhor “Tia Madrasta Conselheira” de todas. –Eu disse rindo.

–Obrigada. Agora vou dormir, tenha uma boa noite. –Angie disse e eu assenti. E como previsto, capotei na cama.

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Acordei com o bendito raio de sol vindo da minha janela, mentira, acordei mesmo com uma tremenda chuva, trovoava e relampejava. “Ótimo” pensei comigo mesma, eu até gostava de chuvas, mas quando o tempo estava assim, eu sempre me sentia mau.

–Vou ao hospital. –Anunciei assim que terminei de tomar meu café.

–Outra vez? –Perguntou meu pai.

–Sim, prometi que iria, e vou ficar ao lado do Leon o tempo todo que ele estiver naquele hospital. –Respondi.

–Então tá. –Respondeu meu pai com um tom de ciúmes.

Peguei um táxi, e fui rumo ao hospital, peguei um belo de um engarrafamento por conta das chuvas. “Ótimo” pensei novamente, eu já não tinha acordado com um humor muito bom, e ainda pego um enorme trânsito

Assim que chegamos, paguei o táxi, e me direcionei até a recepção, por sorte não era aquela recepcionista que eu odiava. Minha entrada foi autorizada automaticamente, acho que já estavam acostumados com as minhas visitas. Quando cheguei perto do quarto do Leon, ouvi uma gritaria, rapidamente abri a porta.

–Desgraçado! Desgraçado! –Leon gritava, Marco o segurava, porém o mesmo ria. Leon gritava com......Andres. Andres?

–Foi sem querer. –Gritou Andres tentando se defender.

–Não acredito! –Gritou Leon, os outros que estava no quarto não paravam de rir.

–O que aconteceu aqui? –Berrei e todos me olharam assustados.

–O Desgraçado do Andres, comeu todo o meu pudim. –Leon respondeu, e o pior, era que ele realmente estava bravo.

–Foi sem querer. Eu não resisti. –Respondeu Andres.

–Calma, eu vou lá comprar outro. –Respondi e Leon sorriu para mim.

–Acho que tem dinheiro na minha carteira. –Leon disse.

–Leon, você não tem carteira. –Eu disse.

–Ah é verdade. –Disse ele tristemente, provavelmente se lembrou do acidente.

–Vou comprar o pudim, já volto. –Disse e todos assentiram.

Então fui lá, comprar o adorado pudim do Leon, às vezes penso que ele não regula bem, coitado do Andres. “Nunca se meta entre um homem e seu pudim”. O pudim demorou demais para sair, nunca vi tanta demora.

Bom uns 30 minutos depois eu voltei. Andres, Maxi, Broduey, Federico e Marco estavam conversando do lado de fora do quarto, eles riam de alguma coisa, me aproximei um pouco deles.

–Então tinha um pintinho que se chamava relam. –André contava. –Toda vez que chovia, relam“piava”. Nossa, e o prêmio de pior piada de todos os tempos vai para o Andres, o pior é que eu ri, não sei como, mas eu ri daquela besteira.

Me direcionei ao quarto de Leon, ouvi vozes, uma era Leon, a outra voz era........era feminina. Não era a Francesca, nem a Ludmila, muito menos a Cami. Como não sou muito ciumenta, eu entrei rapidamente no quarto. E advinha quem estava lá, abraçando o meu namorado.

–Que bom que veio, Lara. –Respondeu Leon, os dois não haviam me visto.

–Senti sua falta. –Ela disse e acariciou rapidamente os cabelos de Leon, os meus cabelos, só eu tocava naqueles castanhos cabelos mexicanos, ele pareceu não se sentir muito confortável com isso.

–É uma grande amiga, mesmo depois de tudo que tivemos, você continua sendo minha amiga, obrigado. –Agradeceu ele carinhosamente, por sorte era notável que para Leon, eles realmente eram apenas amigos, mas Lara não o enxergava apenas assim.

–Ainda me importo com você, e eu queria que você soubesse....-Eu achei que aquela conversa estava indo longe demais, decidi interferir com um “sutil” pigarro.

–Violetta. –Leon disse assustado.

–Trouxe seu pudim, meu amor. –Eu disse indo até eles, eu deixei claro o "meu amor", porque eu queria causar, assumo, eu queria causar. –Como vai Lara? –Perguntei.

–Bem. –Respondeu ela com vergonha. –Eu já vou indo.

–Obrigada por vir, se quiser pode vir outras vezes. –Disse Leon simpaticamente, e eu fiz uma careta.

–Obrigada Leon, pode deixar que eu virei, até logo. –Lara disse e saiu.

–Simpática demais sua amiguinha. –Comentei e Leon bufou.

–Não precisa ter ciúmes. –Leon disse calmamente.

–Precisa, e como precisa. Eu encontro ela te “agarrando”, e quase se declarando, mas o que me dá mais raiva é o modo que ela te olha, ela te olha com paixão, ela não superou você. –Eu disse e me sentei na beira da cama do Leon.

–Ela gosta, mas não quer estar comigo, pois sabe que eu não a amo, ela sabe que é você a garota que eu amo, ela sempre soube, e isso me dá pena, porque eu estava com ela, mesmo amando você, eu a machuquei, e quero consertar as coisas sendo amigo dela. –Leon respondeu.

–Não gosto que ela fique perto de você, não confio nela. –Respondi.

–Eu confio, e peço que aceite nossa amizade. –Leon pediu.

–Não vou aceitar, mas vou tentar compreender. –Eu disse e soltei um suspiro pesado.

–Obrigado. –Leon disse, foi aí que eu bati os olhos em uma carta sobre sua cama, era a carta da Lara.

–Posso ler? –Pedi, e Leon arregalou os olhos. –Só pela sua reação, eu vou ler. –Peguei a carta antes que Leon me impedisse.

–Não leia. –Leon disse.

–Por? –Eu perguntei.

–Não leia. –Repetiu pausadamente.

Eu abri o envelope, e comecei a ler a carta, e a expressão de Leon se tornava desesperada a cada segundo, e minha raiva apenas aumentava. Ao término da carta, eu olhei para Leon com fúria, e ele pareceu compreender.

–Você ainda me pede para deixar vocês dois serem amigos? Faça me o favor Leon, isso é ridículo. –Respondi com raiva. Joguei a carta com força na cama de Leon, e ele tentou me segurar, mas eu desviei.

–Violetta, me escuta. –Ele disse sério.

–Não! Não vou escutar! –Gritei, respirei fundo e disse: - Da licença.

–Violetta, não vai, precisamos conversar. –Leon suplicou. Eu neguei e saí com raiva daquele quarto, todos me olharam confusos. Minha paciência havia se esgotado, aquela garota não poderia escrever uma carta daquela para um homem comprometido. Meu sangue estava fervendo, fazia tempo que eu não me estressava assim, mas ao ler aquela carta, uma raiva súbita dentro de mim se despertou.

–Já chega, preciso ter uma séria conversa com a Lara.....

PS: “Nunca se meta entre um homem e seu pudim”


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Notas finais do capítulo

Então? O que acharam? Tá muito ruim? Tá bom? Me perdoem se tiver erros ortográfico, não pude revisar o capítulo. EU IREI RESPONDER OS REVIEWS, MAS NÃO TIVE TEMPO :D, Até logo hehehe.