Sólo Tú Me Importas escrita por Bia Rodrigues


Capítulo 23
Capítulo 23


Notas iniciais do capítulo

Holaaa! DEMOREI muito, nunca demorei tanto para postar em uma fic, me desculpem, eu estou na correria, estou me organizando. Esse capítulo foi complicado de se escrever. Obrigada pelos reviews e agradeço também quem favoritou.


Espero que gostem :D



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Pov’s Violetta

–Isso quer dizer que o Leon está “voltando” para a sua vida. –Disse o doutor, eu juro que devo ter ficado estática por uns cinco minutos. –Senhorita Castillo....-Eu o interrompi.

–Castillo Vargas. –Eu completei, e o doutor riu, por mais que eu tivesse falado eu permanecia imóvel, eu não sabia o que fazer, meu coração queria saltar para fora do meu corpo, o que eu desejei nas ultimas semanas finalmente aconteceria, Leon estava acordando do coma.

–A senhorita está bem? -O doutor disse me dando um cutucão, e foi aí que eu “despertei”, foi aí que eu percebi que as coisas iriam finalmente voltar a ser como eram.

–Se eu estou bem? Eu estou ótima, excelente. O Leon, o Leon vai voltar, eu sabia. –Eu sabia! –Gritei, e com isso chamei a atenção de todos que estavam no hospital, nem liguei, eu estava feliz demais para ficar constrangida.

–Sim, e tem mais. –O doutor iria dizer, mas eu o interrompi, eu estava empolgada demais, não dava para controlar.

–Tem mais? Serio? –Eu disse afobada.

–Sim, senhorita Castillo....Vargas. –Ele disse rindo. –O seu noivo está reagindo muito bem aos tratamentos, o quadro dele é estável, e isso é ótimo. Não sabemos ao certo quando ele vai acordar, mas pelas nossas contas o Leon voltará à vida dentro de duas semanas.

–Duas semanas? Terei o Leon de volta em no máximo duas semanas? –Eu perguntei, era tudo tão inacreditável, eu sei que duas semanas parece ser um tempo longo. Mas há um tempo os médicos achavam que ele não acordaria desse “sono profundo”.

–Sim, agora eu preciso te pedir um favor. Como você esteve com o Leon todo esse tempo, eu gostaria que você desse a noticia do coma. Por mais que ele não tenha ficado tanto tempo assim, é um momento delicado. –O doutor explicou.

“Por mais que ele não tenha ficado tanto tempo assim”, para o doutor o Leon não ficou tanto tempo em coma, mas para mim, ter o Leon ali, deitado em uma cama, dia após dia, e ver que ele não acordava, era um horror, e esse tempo que ele passou em coma, para mim pareceu uma eternidade.

–Claro doutor, eu irei contar a noticia para ele. –Eu disse de uma maneira delicada. –Só preciso saber se irei controlar a emoção ao vê-lo. –Eu disse rindo.

–É muito legal saber que ainda há jovens que amam com você ama o seu noivo. –Ele disse.

–Obrigada. Sabe? É muito bom saber que as pessoas enxergam o meu amor por ele, nós já passamos por tanta coisa. –Eu disse.

–O amor é complicado, não é?

–O Leon costuma me dizer isso, ou melhor, costumava, nós passamos por muita coisa, e sempre que eu perguntava o porquê de ter tanta complicação no nosso relacionamento ele respondia: “O Amor é complicado”, claro ele também falava outras coisas, coisas de Leon. –Eu disse sorrindo.

–Como é o Leon? –O doutor perguntou se sentando em uma cadeira e indicando que eu o acompanhasse. O doutor era um homem mais ou menos da idade do meu pai, mas eles eram completamente diferentes, meu pai jamais perguntaria coisas sobre o Leon.

–Essa é uma pergunta bem difícil. –Eu disse rindo. –Tem tanta coisa sobre o Leon, que eu nem sei como te contar quem é o verdadeiro Leon Vargas.

–Então me conte algum momento que você passou com ele? Sabe, eu sei que é estranho, mas eu fico curioso, eu olho para todos os meus pacientes, e fico imaginando como é a vida deles. E agora eu tenho a oportunidade de saber um pouco sobre Leon.

–Não tem problema, eu acho que vou gostar de te contar um pouco sobre a minha história com Leon. Lembrar-me dos nossos bons momentos. –Eu disse sorrindo.

(N/A Lembrando que teve uma passagem de tempo de um ano na fic, e agora eu vou contar algumas coisas que aconteceram nesse meio tempo).

Flashback On

–Leon para quieto. –Eu disse tentando fazer um nó em sua gravata. Iriamos a uma espécie de festa de negócios do meu pai e do pai de Leon.

–Já disse que eu não gosto de usar gravatas? –Ele disse.

–Umas dez vezes. –Eu disse acabando de fazer o nó. –Pronto, finalmente você está arrumado decentemente.

–Vilu? –Ele me chamou, e eu o olhei rapidamente. Leon deu uma rodadinha, eu dei risada. -Fala sério, eu estou um gato, não é? –Leon perguntou rindo.

–Sim, você está um gato. –Eu disse sem prestar muita atenção nele, eu apenas estava pegando algumas coisas e colocando em uma pequena bolsa.

–Você também está linda. –Ele disse sorridente

–Obrigada meu amor. –Eu disse indo até ele e lhe dando um selinho. –Agora vamos, se nos atrasarmos nossos pais nos matam, Leon apenas assentiu. Nós estávamos de férias da Universidade, então não teríamos problemas em relação ao horário e tudo mais.

–Vamos de carro? –Eu perguntei impressionada enquanto Leon tirava um carro preto da garagem da casa dele.

–Claro que vamos de carro, você achou que eu te levaria de moto?

–Pelo que eu sei, você não tem carro. –Eu disse “brava”, Leon deu risada e se aproximou de mim, me segurou pela cintura e soltei um riso fraco.

–Você tem um temperamento muito forte, como fica brava tão rápido? –Ele perguntou rindo, eu não respondi, sabia que Leon estava certo. –Você está linda. –Ele repetiu o elogio.

–Eu sei você já me disse isso hoje. –Respondi seca, Leon novamente riu.

–Sempre está linda. –Ele disse me roubando um selinho. –Vamos ferinha, não podemos nos atrasar. –Leon disse abrindo a porta do carro para mim, apenas entrei meio a contragosto.

Logo me acalmei, não havia um bom motivo para me estressar, tirando o fato que eu e Leon fomos obrigados a ir nessa festa. Coloquei minha mão sobre a perna de Leon, o mesmo sorriu, recostei minha cabeça sobre o banco e tentei relaxar.

–Não queria vir, não é? –Leon perguntou enquanto adentrávamos o salão.

–Não, não gosto dessas festas, há várias pessoas conversando sobre assuntos que eu não entendo, sem contar as pessoas metidas, que te olham como se você um insignificante. –Eu respondi calmamente.

–Para eles nós somos insignificantes, eles não se importam com quem nós somos, são apenas um bando de interesseiros. –Ele respondeu fazendo uma careta, apenas dei risada. Nossos pais estavam ocupados demais para conversar com a gente. Estávamos sentado em uma mesa completamente sozinhos, e o Leon nem me dava atenção.

–Você nunca para de comer? –Eu perguntei indignada.

–Que foi? Eu estou com fome. –Ele respondeu.

–Com fome hoje, com fome amanhã, com fome sempre. –Eu disse rindo, Leon apenas ignorou e continuou a comer. –Leon, você se sujou de bolo. –Eu disse e Leon riu, peguei um guardanapo e passei no canto de sua boca.

–Obrigado. –Ele agradeceu.

–Você parece uma criança. –Eu disse, Leon se aproximou e me deu um beijo no canto da boca, enquanto ele acariciava minhas costas, estávamos sentados em um lugar “público”, ou seja, eu não podia agarrar Leon ali.

–Quer dançar? –Ele perguntou e eu assenti. A música era lenta, claro, eu não esperava muito das músicas desse local, afinal isso tudo era um jantar de negócios. Passamos a noite dançando, fomos ignorados por nossos pais, mas isso não me afetou.

–Não acha que já ficamos nesse lugar por muito tempo? –Eu perguntei a Leon, eu queria ir embora daquele lugar logo.

–Acho que se formos embora, nossos pais nem irão notar. –Leon sussurrou, olhamos envolta e percebemos que não havia ninguém nos observando. –Vem! –Leon disse rindo e meu puxou.

Foi engraçado. Leon disse que queria dar um passeio comigo, e se recusou a levar o carro, disse que seu pai levaria depois, apenas concordei. Corremos pelas ruas escorregadias por conta da neve, havia neve nas ruas, mas por sorte naquele momento não nevava, mas logo logo iria cair uma bela nevasca.

–Finalmente livre! –Leon gritou e eu não havia entendido direito, mas assim que eu olhei para ele pude perceber o motivo de sua felicidade. Leon havia afrouxado a tão odiada gravata, eu só dei risada. –Que foi? Você sabe que eu detesto usar gravatas.

–Só não entendo o porquê. –Eu disse.

–Gravatas, apertam, coçam e me deixam com calor, apesar de não estar tão quente, enfim, não gosto de gravatas. –Ele disse.

Então tá. –Eu disse e dei de ombros.

–Não está com frio? –Perguntou Leon.

–Um pouco. –Eu disse, Leon tirou seu paletó e colocou em mim, e antes que eu pudesse dizer alguma coisa, ele me puxou pelas ruas. –Você vai cair, quer dizer, nós vamos cair se continuarmos assim. –Eu disse rindo.

–Nós não vam...-Leon iria dizer, mas......caiu, e ainda por cima me levou junto com ele, rolamos na neve, e quando finalmente paramos, não conseguíamos parar de rir da situação. –Me desculpe. –Leon disse me ajudando a levantar.

–Não se preocupe, só me escute da próxima vez. –Eu disse tentando tirar um pouco da neve que estava na roupa de Leon.

–Me desculpe mesmo assim, acabei estragando seu vestido. -Leon disse envergonhado. Eu novamente ri, essa era uma das noites mais alegres que eu tive, “pulei” no pescoço de Leon, e dei um rápido beijo nele.

–Já disse que não tem problema. –Repeti e Leon assentiu. –Pode me levar para casa? Meu pai provavelmente quer me ver. –Eu disse e Leon resmungou um pouco, porém ele cedeu ao meu pedido.

–Prontinho. –Ele disse assim que colocamos os pés na porta da minha casa.

–Obrigada, por tudo, me diverti hoje. –Eu disse lhe dando um selinho.

–Só um selinho? Eu pensei que eu, Leon Vargas, ganharia algo a mais do que um simples selinho. –Ele disse.

–Você é terrível. –Eu disse apoiando meus braços em seus ombros.

–Ganho o beijo? –Ele perguntou já com as mãos ao redor de minha cintura.

–Ganha Leon, você ganha o beijo. –Eu disse e o beijei, os lábios dele estavam quentes, e os meus pelo contrário, estavam bem gelados, foi um verdadeiro choque térmico, mas foi bom, muito bom.

–Agora eu estou feliz. –Ele disse.

–Vou repetir: Você é terrível. –Eu disse rindo Leon se afastou de mim, e eu estranhei.

–Eu sou terrível, e fico feliz com isso! Viu mundo, eu sou terrível! E também sou um idiota. –Leon gritou no meio da rua. Com certeza algumas pessoas xingaram ele, pois era de madrugada.

–Leon. –Eu o puxei pela gravata afrouxada, ele só dava risada, apenas o fitei incrédula.

–Preciso ir, meu amor, preciso ir. –Ele disse olhando a hora, me deu um beijo rápido na bochecha e se foi.

Flashback Off

–Sei que parece uma simples história, uma história que não é muito importante para qualquer pessoa que a ouça. Mas para mim, essa noite foi muito especial, apesar de ter sido simples, eu adorei passar aquela noite com Leon. –Concluí.

–Eu gostei da história, Leon parece ser um bom rapaz. –O doutor disse.

–Ele é.

–Se quiser pode ir vê-lo. – O doutor disse rindo, provavelmente ele já sabia a resposta.

–Eu quero. –Respondi empolgada.

–Bom você pode ir então, já sabe onde é o quarto dele. –O doutor disse, eu agradeci, e fui correndo ao quarto.

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–Leon, logo você estará de volta, tenho saudades de você, sei que eu já disse isso antes, mas é inevitável. Você sempre foi o meu braço direito, sempre pude contar com você, por isso acho que você tem direito de saber: Sinto a sua falta. –Eu disse já emocionada, era impressionante, eu entrava no quarto do Leon, e sempre que eu o via daquele jeito, eu começava a chorar.

Era triste demais, é muito doloroso saber que seu namorado está em coma, que uma das pessoas que você mais ama pode perder a vida, e o pior, é saber que tudo é culpa sua.

–“De todos os loucos do mundo eu quis você.
Porque eu tava cansada de ser louca assim sozinha” – Eu cantarolei perto de seu rosto. –Eu te amo Leon, amo muito, chega a doer. –Sequei minhas lágrimas como sempre.

–Você é muito forte Leon, não forte no sentido de músculos e etc...Forte, você aguentou muita coisa, passou por muita coisa, tudo por mim, e você foi forte, não desistiu de mim, sempre me amou. E quando você acordar, eu quero retribuir todo esse amor.

Eu sei que parece exagero, mas quase ter perdido Leon me fez pensar se eu estava retribuindo todo o amor que Leon me dá. Eu espero ter feito ele feliz, eu sinto que o fiz feliz, mas sinto também que preciso demostrar melhor meus sentimentos por ele.

Eu penso que: não é simplesmente dizer um “eu te amo” da boca para fora, você tem demonstrar, demonstrar o seu amor com simples gestos, e é isso que Leon faz, ele me ajuda, me dá carinho, me apoia, ele faz muitas coisas, e o mais importante, ele me dá o amor.

Meus pensamentos foram interrompidos por um “apito” que saia de dentro de um dos aparelhos que estava conectado ao Leon. Me desesperei, comecei a gritar pedindo por socorro, logo uma equipe médica entro junto com o doutor. E eu fui retirada do quarto do Leon a força.

Uma hora se passou, foi uma hora de angústia, a única pessoa que conseguia me consolar, nesse momento provavelmente corria perigo de vida. Eu fiquei sentada em uma das cadeiras do hospital, chorando baixinho.

–Senhorita Castillo Vargas. –Disse o doutor, eu me levantei rapidamente e sequei as lágrimas.

–O que aconteceu doutor? –Eu perguntei nervosa, eu temia pela resposta.

–Tem uma pessoa lá dentro que está querendo te ver. –Ele disse sorrindo, eu não sei explicar o que eu senti, nem respondi o doutor, rapidamente me direcionei ao quarto de Leon.

Respirei fundo, e entrei no quarto, e claro eu já estava ao pranto novamente. Não era possível ver Leon, havia muitos enfermeiros em volta dele, e já que ninguém pareceu notar a minha presença, eu decidi me manifestar.

–Da licença? –Eu disse timidamente, os enfermeiros se afastaram e aí, eu o vi. Leon virou a cabeça com dificuldade até a porta, mesmo de longe eu consegui ver seus olhos com aquele brilho fantástico de sempre. Ele sorriu, acho que eu nunca tinha chorado tanto em minha vida. Depois de alguns segundos eu consegui me pronunciar.

–Leon! Leon....Meu amor você está de volta!


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Notas finais do capítulo

Então gostaram? Tá bom? Bom foi complicado escrever esse cap, por isso eu espero que tenham gostado. Peço que deixem reviews....Até logo, beijos :D