Sólo Tú Me Importas escrita por Bia Rodrigues


Capítulo 14
Capítulo 14


Notas iniciais do capítulo

Heeeeeeey! Gente eu sei que eu demorei, mas eu não tive tempo para escrever, porém minhas provas acabam amanhã e depois eu vou conseguir postar vários capítulos :D

Espero que gostem desse cap, ele ficou gigante! Queria agradecer pelos comentários deixados no capítulo anterior.

QUERIA DEIXAR UM AGRADECIMENTO ESPECIAL PARA A "Bia Gervazoni" POR TER DEIXADO UMA RECOMENDAÇÃO MARAVILHOSA :D FIQUEI MUITO FELIZ, OBRIGADA DE VERDADE :D



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Pov’s Violetta

Como não tínhamos absolutamente nada para fazer, decidirmos ficar em um lugar mais reservado do campus. Fomos para um dos jardins do campus, era um dos menos preservados e quase não continha flores, mas ao menos não tinha ninguém lá, quer dizer quase não tinha ninguém, pois havia mais dois casais que provavelmente faltaram à aula como eu e Leon.

Nos sentamos na grama umidecida pelo orvalho, a mesma estava extremamente gelada, fazendo assim que um calafrio passasse por minha espinha e eu acabei estremecendo e fazendo uma careta nem um pouco agradável.

–Está tudo bem? –Leon perguntou tentando segurar o riso, eu assenti jogando-lhe um olhar mortal.

Aconcheguei-me em seus braços e recostei minha cabeça em seu ombro, fechei os olhos na esperança de tirar um cochilo, pois eu não havia dormido nada nos últimos dois dias.

–Você não vai dormir, vai? –Perguntou Leon resmungando.

–Vou, e você como o namorado legal que é vai me deixar dormir em paz. –Eu disse em um tom descontraído e logo em seguida ouvi Leon resmungar novamente, soltei um riso e me aconcheguei mais em seu peito. Leon por sua vez afagou meu cabelo em forma de carinho, fazendo assim que eu pegasse no sono rapidamente. Infelizmente a paz que estávamos não durou muito tempo, o celular de Leon começou a tocar.

–Desliga isso Vargas! –Eu disse ainda de olhos fechados, e acredite, eu quando estou com sono não sou muito amigável.

–Vargas? Você costumava me tratar com mais carinho, só de raiva vou atender. –Ele disse tirando o celular do bolso e atendendo prontamente.

–Coloca no viva-voz. –Eu mandei, já que aquele maldito celular atrapalhou meu sono, eu achei que tinha direito de saber o porquê.

Ligação ON

–Vargas falando. –Leon disse imitando minha voz.

–Leon? Você não sabe o que nós achamos. –Disse uma voz que eu deduzi que fosse do Maxi.

–O que? -Leon perguntou não muito interessado.

–Você está com a Violetta? –Ele perguntou.

–Eu estou aqui. –Eu respondi no lugar de Leon.

–Ótimo! Preciso que venham até o dormitório feminino agora. –Maxi disse empolgado.

–Por quê? –Leon perguntou impaciente.

–Vocês irão ver. –Ele disse e desligou.

Ligação Off

–Ele desligou na minha cara? –Perguntou Leon meio bravo, eu ignorei a pergunta e me levantei empolgada.

–Vamos que eu estou curiosa.

–Ah, agora você decidi se mexer, mas quando eu queria atenção você preferiu dormir. –Ele disse emburrado e novamente eu o ignorei. O puxei e nós fomos correndo para o dormitório feminino, chegando lá vimos Maxi e o resto da turma toda, eles todos estavam muito afobados.

–Vocês não deveriam estar na aula? –Eu perguntei, afinal pelo horário eles ainda tinham aula.

–Disse a matadora de aula. –Falou Maxi na ironia. Nós oficialmente éramos um mau exemplo, todos estavam matando aula, e aparentemente ninguém ali parecia se preocupar com isso.

–Vem com a gente! –Ordenou Fran, e logo todos estavam seguindo a mesma, Leon ainda estava meio emburrado, eu me agarrei nele e seguimos o caminho. Fomos para um lugar desconhecido por mim, era dentro do dormitório, mas parecia que ficava meio escondido. Havia uma porta de madeira meio empoeirada, Maxi foi até ela e forçou a maçaneta, a porta rangeu fazendo um barulho horrível.

–Arrumamos isso depois. –Sussurrou Maxi. –Agora vamos entrar.

–Você quer que nós entremos nisso? –Disse Ludmila apontando para o lugar, que pela nossa visão estava completamente escuro.

–Espera só um pouquinho. –Maxi disse e tateou a parede do local, logo uma luz se acendeu ali dentro e Maxi sorriu triunfante. –Agora podem entrar. –Dessa vez disse Fran que sorria feito uma criança, o que foi muito bom, pois ela estava muito abatida nos últimos dias.

Entramos no lugar calmamente, eu admito que estava com um pouco de receio, havia uma escada de madeira, com tábuas velhas, o que fez o local parecer ainda mais assustador, assim que desci toda a extensão da escada pude observar o local atentamente, era um porão muito empoeirado de tamanho mediano, com paredes brancas, e aparentemente fazia muito tempo que ninguém ia ali.

–Então gostaram? –Perguntou Maxi com empolgação, eu fiquei mau por ter que dizer a verdade e estragar a felicidade do garoto.

–Maxi é um lugar bem bem.....-Naty disse tentando completar, ela pareceu perceber que Maxi estava feliz e provavelmente não queria magoa-lo.

–Bem sujinho. –Disse André tentando dizer algo de útil.

–Isso nós resolvemos. –Disse Fran, pelo visto somente ela e Maxi tinham descoberto aquele lugar, e aparentemente eles eram os únicos que tinham gostado daquele porão.

–Maxi, Fran, sem querer ser indelicado, mas por que nos trouxeram aqui? –Disse Leon.

–Não é óbvio? Queremos esse lugar só para nós, um lugar que poderemos vir quando quisermos, sem sermos interrompidos.

–Mas esse lugarzinho é meio.... meio para baixo. –Disse Broduey cautelosamente.

–Pessoal pensem bem, podemos arrumar isso aqui, fazemos uma limpeza e depois é só decorar. –Disse Fran.

–Pensando assim é uma boa ideia, e será ótimo ter um lugar só para nós, ou seja, esse lugar tem que ficar em completo sigilo. –Eu disse.

–Não sei não, tem certas pessoas aqui que são meio traiçoeiras. –Disse Marco jogando uma indireta para o Fede.

–É o sujo falando do mau lavado. –Disse Leon para Marco.

–Está me chamando de traiçoeiro? –Disse Marco indignado.

–Se a carapuça serviu. –Leon disse a Marco, e por incrível que pareça eu senti pena do Marco, estava claro que ele estava chateado e confuso, o que provavelmente o deixava mal humorado.

–Deixa o Marco quieto Leon. –Eu disse tentando amenizar a situação.

–Vai defendê-lo? –Ele perguntou, e como eu não estava muito afim de brigar eu apenas continuei agarrada com ele, e o apertei com força contra mim.

–Uma pergunta básica, vocês dois estão juntos? –Perguntou Broduey com uma expressão confusa, e antes que pudéssemos responder Cami nos interrompeu.

–Nossa Broduey como você é inconveniente, a Vilu e o Leon estão agarrados daquele jeito e você acha que eles são apenas amigos? –Cami disse e eu corei completamente.

–Antes que a Vilu vire um pimentão e antes que vocês comessem outra discussão, o que acharam da ideia? –Fran perguntou.

–Eu achei ótima. –Eu disse me animando com a possibilidade de termos um lugar no campus só para nós.

–Eu também gostei, e vocês? –Disse Cami, o problema é que ninguém mais se manifestou. Eu belisquei o Leon sutilmente, porém como ele é escandaloso soltou um berro fazendo todos olharem para ele.

–Eu achei uma boa ideia. –Ele disse fazendo uma careta e esfregando o braço no lugar que eu belisquei, e depois a muito custo todo mundo acabou aceitando.

–Então vamos ao trabalho! –Disse Fran.

–Agora? –Todos os meninos perguntaram indignados.

–Agora! Deixem de ser preguiçosos. –Ela disse, e então o dia prosseguiu assim, primeiramente limpamos o local inteiro, o que deu muito trabalho e levou umas 3 horas, ao fim estávamos todos mortos, sentamos em fileira e encostamos na parede.

–E agora? –Perguntou Cami.

–Agora? Agora eu estou afim de tomar um belo de um banho quente e depois pular na cama. –Leon disse ofegante.

–Temos que decorar, afinal é melhor deixarmos esse lugar pronto logo, se não atrairemos muitas suspeitas.

–Então por que não saímos agora e vamos comprar os móveis? –Sugeriu André.

–André, nós não temos como trazer os móveis até aqui, a não ser que alguém aqui tenha uma caminhonete que possamos utilizar livremente. –Após eu dizer isso o próprio André levantou a mão, fazendo com que todos o encarassem com surpresa.

–Você tem uma caminhonete que possamos usar livremente? –Eu disse pasma.

–Eu não mais, o zelador tem! –Ele disse.

–Nós não vamos roubar o zelador, não estou afim de virar um delinquente. –Falou Maxi.

–Mas é só pedir emprestado. –Ele disse e logo em seguida saiu deixando todos estáticos.

–Eu vou atrás dele! –Disse Broduey, logo todo mundo saiu deixando apenas eu e Leon sozinhos.

–Está bravo ainda? –Eu perguntei deitando minha cabeça em seu ombro.

–Eu não estou bravo, é que nós acabamos de voltar e eu queria ficar um pouco mais com você. –Ele disse aparentemente chateado, o que a carência não faz com as pessoas, soltei um pequeno riso para ele e ele retribuiu.

–Estamos sozinhos agora. –Eu disse aproximando meu rosto do dele, Leon abriu aquele sorriso que deixa qualquer pessoa encantada. Ele segurou meu rosto entre suas mãos e começou com o momento de tortura, ao invés dele me beijar logo, ele começou a me dar selinhos leves, depois desceu os beijos em direção ao meu pescoço, eu entrelacei minhas mãos em seu cabelo, despenteando-o, Leon soltou uma leve risada enquanto beijava meu pescoço, fazendo que eu me arrepiasse. Leon percebeu que eu já não aguentava aquele momento e logo tratou de selar nossos lábios, ele mordeu meu lábio inferior e eu estremeci em seus braços, ele pressionou minha cintura e me apertou contra si.

–É só deixar esses dois sozinhos por cinco minutos que eles já começam a se agarrar. –Disse Maxi e logo em seguida ouvimos risadas e rapidamente nos separamos.

–Conseguiram as chaves? –Leon perguntou tentando desviar o assunto, André levantou a chave e deu um sorriso orgulhoso.

–O que estamos esperando, vamos às compras? –Disse Ludmila e todas nós sorrimos e saímos correndo

–Mulheres! –Os garotos disseram em um uníssono, e logo saíram correndo atrás de nós. O pessoal foi na caminhonete e eu fui com Leon de moto, não demorou muito e chegamos à loja, nos separamos e cada um foi comprar uma “utilidade”. Eu e o Leon ficamos encarregados de comprar as tintas e os papeis de parede.

–O que acha dessa cor? –Leon disse pegando uma das amostras de tinta e esfregando em meu rosto, eu senti uma imensa vontade de xinga-lo mas como ele ficaria bravo eu desisti dessa ideia. Peguei um amostra também e taquei nele, porém nossa “brincadeira” não durou muito, um homem com o uniforme da loja pegou Leon pelo colarinho com brutalidade e segurou em meu braço com delicadeza, o homem nos arrastou para a fora da loja enquanto gritava aos quatro ventos que éramos um bando de arteiros (Isso que porque estávamos em dois).

Olhei para Leon e não pude conter o riso, a roupa dele estava toda torta, alguns botões de sua camisa haviam sido abertos, e o cabelo estava mais despenteado do que o normal, algumas garotas que passavam olhavam para Leon de uma maneira nada discreta, apesar de estar completamente desarrumado, Leon nunca deixava de ser extremamente atraente.

–Vem aqui. –Eu disse e o puxei, fechei botão por botão de sua camiseta, depois tateei seus cabelos na intenção de arruma-los, o que foi fácil, ao termino de tudo dei-lhe um selinho demorado.

–Acho melhor avisarmos a Fran que fomos expulsos da loja. –Leon disse coçando a nuca, como se estivesse com medo da reação de Fran.

–Você é o homem, você que ligue. –Eu disse em tom de brincadeira.

Ligação On

–Alô? Fran?

–Oi Leon, vocês já conseguiram comprar os materiais?

–Na verdade Fran, tivemos um probleminha. –Leon disse com receio.

–O que aconteceu?

–Sabe a sua amiga aprontou na loja e nós fomos expulsos. –Leon disse rindo.

–É MENTIRA! O Sr. Vargas aqui inventou de fazer uma brincadeira e nós acabamos sendo expulsos da loja por um homem baixinho e mal humorado. –Eu disse.

–O importante agora não é de quem é a culpa, eu só queria pedir para você comprar as tintas que eu vou esperar junto com a outra baixinha e mal humorada. –Leon disse olhando para mim e eu fechei a cara, pude ouvir risos da Fran do outro lado da linha.

Ligação Off

–Agora nos resta aguardar. –Leon disse me abraçando de lado, nos sentamos em cima da moto de Leon e ficamos esperando, depois de uma meia hora, comigo aguardando impacientemente, o pessoal saiu de lá cheios de sacola, e ainda tinha alguns funcionários carregando alguns móveis. Os homens depositaram os móveis em cima da pequena caminhonete, inclusive eu achei que não ia caber mais nada ali em cima, e saíram de cara amarrada, essa loja só tinha funcionário estressado? O pessoal teve que ir embora de taxi, enquanto Maxi iria dirigindo a caminhonete.

Chegando lá todo mundo começou a levar as coisas mais leves, como já estava escuro, havia poucas pessoas circulando no campus, o que facilitaria (E muito) nossa pequena mudança até o porão, como nós temos amigos “legais” o sofá acabou sobrando para mim e Leon, e eu não sou muito forte. Leon tirou sozinho o sofá de cima da caminhonete, pois eu não estava conseguindo.

–Acho melhor esperar um dos meninos virem até aqui, e ai ele me ajuda a carregar esse sofá lá para baixo. –Leon disse ofegante, e eu concordei.

–Eu vou levar uma dessas sacolas lá para baixo. –Eu disse tentando desviar do sofá que estava no meio do caminho, porém antes que eu pudesse passar, Leon me segurou, nós perdemos o equilíbrio e caímos no sofá, começamos a rir iguais duas crianças, porém fomos interrompidos por uma voz grossa e “obscura”.

–O que está havendo aqui?...


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Notas finais do capítulo

Entonces? Bom ou ruim? Peço que deixem seus reviews, é serio eu to meio carente de comentários :D Espero que tenham gostado de verdade. E uma pergunta Fedemila ou Diemila? Eu to precisando da opinião de vocês hehe... Bjs