Pov’s Violetta

Nos separamos calmamente, estávamos tão interligados um com outro, que parece que não conseguíamos nos separar, após o beijo ficamos abraçados e todos a nossa volta ficaram em um completo silêncio com olhares curiosos para saber o que viria depois, mas afinal de contas o que viria depois?

Leon me encarava ternamente, eu a essa altura deveria estar mais vermelha que um pimentão. Leon levou as mãos ao meu rosto e o acariciou levemente, ele sorria feito uma criança, quando ele se aproximou novamente para me beijar, mas o professor interrompeu.

–Vargas! Se o senhor não se incomodar, eu gostaria de continuar minha aula. –O professor disse para Leon de uma forma fria e desprezível, se tinha um professor que eu detestava era esse, não havia um professor mais enjoado na face da terra.

–Sim senhor. –Leon disse calmamente. O que? Leon não iria fazer nada? Eu já estava pronta para falar poucas e boas para aquele professor, apesar de ser o mais “velho” da situação ele teria que ter o mínimo de respeito por nós alunos. Leon me puxou para fora da sala impedindo que eu começasse uma briga.

Eu me debati contra ele tentado me soltar, o que foi um ato completamente inútil da minha parte, pois Leon era bem mais forte do que eu. Enquanto eu continuei me debatendo Leon me deu abraço em uma forma de me acalmar.

–Serio que você vai arrumar briga, justo agora? –Leon perguntou dando risada, eu até tentei ficar brava com ele, mas era praticamente impossível, principalmente após o que tinha acabado de acontecer. Eu neguei com a cabeça, e só depois percebi o que estava prestes a fazer, não seria bom arrumar briga com o professor.

–Precisamos conversar. –Leon disse serio, um lado meu estava feliz por ter esta conversa, outro lado estava completamente preocupado sobre o que ocorreria nessa conversa. –Vamos para o meu quarto, eu preciso me trocar, sabe esse meu modelito não é legal para andar em público. –Leon disse, e meus olhos se direcionaram para suas vestimentas, soltei um riso baixo ao lembrar que ele estava de pijamas. Leon assim que viu que eu ria dele revirou os olhos e me puxou para seu dormitório.

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Leon foi arrumar e eu fiquei aguardando (Impaciente), enquanto esperava acabei me recordando do beijo, minha mão direita involuntariamente tocou meus lábios, eu sorri feito boba ao lembrar da sensação maravilhosa que eu sentia quando os lábios de Leon tocavam aos meus. Meus pensamentos foram interrompidos pelo próprio Leon que saía do banho. Ele estava com os cabelos molhados ficando de uma forma mais atraente do que o normal. (Se é que isso é possível).

Ele se sentou ao meu lado na cama e não ousou falar nada, ele não estava muito diferente de mim, ambos estávamos corados e envergonhados, eu o olhava de soslaio com certa timidez.

–Então.....-Leon começou mas não prosseguiu.

–Então.... –Eu repeti sua fala.

–Tá bom, acho que já está na hora de acabarmos com esse clima desconfortável, e nos resolvermos. –Leon disse olhando nos meus nos olhos, eu fiquei em êxtase quando seu olhar verde penetrante pairou sobre mim.

–E como ficamos? –Eu disse indo direto ao ponto, já que ele não tomava a “iniciativa”.

–Eu quero muito reatar com você, mas parece que tudo é sempre tão complicado. –Ele disse coçando a nuca como se estivesse confuso.

–Espera aí, não vai me dizer que você não tem certeza se quer ou não ficar comigo. –Eu disse brava, afinal de contas a “declaração” que ele me fez mostrava o contrário.

–É tudo o que eu mais quero, mas eu sinto que acontece uma desconfiança entre nós. –Ele disse se referindo há alguns dias atrás quando eu preferi acreditar no Diego do que nele.

–Você não confia em mim? –Eu perguntei, passando de brava para chateada.

–Eu confio, a pergunta é: VOCÊ confia em mim? –Ele perguntou elevando seu polegar até meu rosto limpando uma lágrima que teimou em escorrer, por mais que eu estivesse fazendo esforço para não chorar.

–Eu seria idiota se não confiasse, você é provavelmente a pessoa mais confiável que eu conheço, e eu fui realmente uma tola por não ter confiado em você. –Leon sorriu com as minhas palavras, eu deveria ter dito isso a ele antes. Leon parecia querer dizer ou fazer algo, mas parecia não conseguir algo o impedia.

–“Às vezes precisamos apenas de 20 segundos de coragem para tomar uma atitude que muda nossa vida”. – Eu disse para ele, Leon parecia precisar disso naquele momento: Coragem. Ele se levantou e pegou uma caixinha que estava em seu criado mudo e voltou para cama.

–Ainda me restam uns 13 segundos de coragem. –Ele disse soltando um riso abafado, ele abriu uma caixinha na qual continha duas alianças prateados com um belo dourado em volta.

–7 segundos. –Ele disse baixinho. –Eu pretendia te dar isso no dia do nosso encontro, mas nós fomos interrompidos e........você sabe o resto. –Ele disse timidamente. Eu não conseguia formular uma resposta cabível para esse momento, eu levantei o braço e estendi a mão, Leon me olhou assustado.

–Agora eu preciso de 20 segundos de coragem. -Eu pensei, Leon retirou uma das alianças de dentro da caixa e com delicadeza colocou em meu dedo, eu com as mãos trêmulas fiz o mesmo, assim que conclui o ato a emoção tomou conta de mim e eu desabei em lágrimas, porém desta vez eu chorava de felicidade, Leon deixou escapar algumas lágrimas dele também, por mais que ele tivesse uma imagem de garoto durão, aqueles que o conheciam sabiam de seu lado sensível que ele próprio fazia questão de esconder.

Minha mão subiu até seu rosto, e meu corpo foi de encontro com dele, fazendo nossos rostos se chocarem, Leon não perdeu tempo e me beijou, como sempre acontecia quando ele me beijava, um bilhão de sentimentos tomaram conta de mim, Leon parecia que estava na mesma sintonia que eu e o mais importante sempre que nos beijávamos eu me sentia amada.

Pov’s Germán

Fazia semanas que Angie estava estranha comigo, ela ia trabalhar e quando voltava ia direto para cama, eu estava ficando preocupado com a nossa relação, não fazia muito tempo que ele tinha chegado da França, então consequentemente não fazia muito tempo que havíamos reatado.

Eu decidi espera-la para saber exatamente o que estava acontecendo, depois de alguns minutos Angie entrou pela porta da sala, ela estava abatida preocupada como sempre, e aquilo só aumentou a minha preocupação, ela estava passando reto por mi até que eu a parei.

–Angie Castillo! Me diz o que está acontecendo! –Eu praticamente ordenei.

–Nada! –Ela disse curta e grossa.

–Me diz! Por favor. –Eu disse abaixando meu tom de voz, Angie se soltou de mim e se direcionou as escadas, ela parou e pareceu refletir um pouco.

–Angie voc....-Eu iria continuar mas ela me interrompeu com uma declaração que me deixou pasmo.

–Eu estou grávida!

Pov’s Violetta

Nos separamos ofegantes, eu sorri envergonhada para ele e enterrei minha cabeça em seu peito. Ele afagou meus cabelos e eu fazia uma caricia em seus braços, e como era bom estar em seus braços novamente.

–Não acredito. –Ele disse suspirando, e eu o olhei confusa.

–Não acredita em que?

–Em tudo isso, nós, finalmente juntos. –Ele disse e eu sorri para ele.

–Tem razão, isso parece surreal, mas valeu a pena esperar por você. –Eu disse para ele. Leon me envolveu e distribuiu beijos em meu pescoço, depois virou meu rosto delicadamente e me deus inúmeros selinhos seguidos.

–Com certeza eu senti falta disso. –Ele afirmou rindo.

–Pela primeira vez em meses eu me sinto bem, sabe o que faltava para a minha felicidade era ter você junto comigo. –Eu disse a ele.

–Quero tenerte junto a mí. –Leon cantarolou e depois deu um leve sorriso. Depois de um certo tempo, nós levantamos (Infelizmente), pois concluímos que não poderíamos ficar o dia todo no quarto, por mais que quiséssemos.

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Não havia possibilidade alguma de voltarmos para a aula, pois depois de tempo era proibida a entrada dos alunos na sala de aula, o que em minha opinião não passava de mera frescura, apesar de ser uma excelente universidade, ela tinha algumas regras fúteis e desnecessárias, pois afinal de contas não éramos mais crianças.

–Ainda não sei se gosto de estudar aqui. –Eu disse enquanto “admirava” o local.

–Era de se esperar, afinal de contas isso é como uma escola, e ninguém gosta de estudar. –Leon disse.

–Eu gosto de estudar. –Eu disse o abraçando de lado, Leon me olhou torto e disse:

–Por isso que eu falo que você é única, não conheço mais ninguém que goste de estudar. –Leon disse rindo e eu dei uma cotovelada na sutil em sua lateral, porém Leon não pareceu sentir dor.

–Nossa meu amor, como você é forte. –Ele disse de uma forma descontraída e eu o fuzilei com o olhar.

–Foi só voltar comigo que acabou o romantismo. –Eu disse a ele. Leon parou de andar no mesmo instante, eu me virei para ele preocupada, ele segurou minha mão e olhou em meus olhos (E como sempre eu fiquei hipnotizada), ele puxou meu queijo com delicadeza e nossos lábios roçaram (Eu já disse que eu fico louca quando ele faz isso?), e quando eu esperava pelo grande beijo, Leon deslizou seus lábios pela minha bochecha e distribuiu beijos por ali, eu não aguentando a situação o puxei pela camisa e nossos lábios se juntaram. Ao término do beijo Leon sorria vitorioso.

–O que foi? –Eu perguntei confusa.

–Viu como eu sou romântico até quando beijo. –Ele disse rindo.

–Idiota. –Eu disse a ele, o mesmo deu de ombros. Leon de fato era um idiota, mas era o tipo idiota que eu necessitava ter em minha vida......