Pov’s Violetta

E novamente eu estava sozinha, sem a pessoa que me completava, atingiram meu ponto fraco, Leon, eu chorava descontroladamente, a única coisa em que eu pensei foi correr, porém me seguraram antes que eu concluísse meu ato.

–Vem, você precisa sair daqui. –Fran me puxou juntamente com Cami e Naty.

–Como eu pude? Como eu pude? –Eu andava de um lado para o outro.

–Vilu calma.

–Não me peça calma, eu acabei de perder uma das pessoas mais importantes para mim, a ultima coisa que eu vou ter é calma. –Eu disse e as três abaixaram a cabeça.

–Vilu, eu sei que não é uma boa hora, mas nós precisamos ir para a aula. –Fran disse cautelosamente, eu assenti, apesar de tudo que ocorreu, não seria bom eu faltar em pleno segundo dia de aula.

Eu fui praticamente arrastada até a sala. Me sentei ao lado das garotas, e foi só aí que reparei na expressão abatida que Fran tinha no rosto, me lembrei que ela também estava passando por momentos difíceis, Marco nem a olhava, e provavelmente Leon faria o mesmo comigo. A aula começou e eu não conseguia prestar a atenção.

– “Me esquece, esquece tudo” – Era a única coisa em que eu pensava, às vezes escorriam algumas lágrimas, e eu as limpava disfarçadamente.

Depois de uns vinte minutos de aula a porta se abriu vagarosamente.

–Com licença. –Leon pediu e se sentou perto dos meninos. Eu não tirei os olhos dele nem um minuto, todos daquela sala perceberam a minha distração.

–Senhorita Castillo, já que você está prestando muita atenção na aula, por que não responde a pergunta que eu acabei de fazer. –O professor perguntou e eu gelei, todos me olharam, alguns com pena outros com desdém.

–Senhorita Castillo, não temos o dia todo. –O professor repetiu evidentemente nervoso, e eu não fazia ideia de qual era a pergunta.

–É Mozart (N/A Mozart foi um compositor) – Alguém respondeu no meu lugar, olhei pata trás e sorri feito boba ao ver quem tinha me “salvado”

–Como é? –O professor disse.

–A resposta para sua pergunta é Mozart. –Assim que a resposta foi dada o professor revirou os olhos.

–Sr. Vargas, só responda as perguntas quando eu mandar. –O professor Disse apontando para Leon que apenas assentiu. Eu olhei para Leon e ele correspondeu ao olhar, eu sussurrei um “Obrigada” e ele virou a cara e voltou a prestar a atenção na aula.

Fomos para a aula de dança e enquanto o professor não chegava eu decidi tentar me aproximar do Leon, ele estava conversando com André, o mesmo pareia tentar consola-lo.

–Leon...podemos conversar? –Eu perguntei e André saiu correndo.

–Desculpa ser grosso, mas não, não podemos conversar. –Ele disse querendo sair, mas eu segurei em deus dois braços.

–Por favor? –Eu disse e ele negou e eu bufei impaciente.

–Todos em circulo, por favor. –Disse a professora entrando na sala. –Hoje faremos um exercício sobre sentimentos, ou seja, iremos dançar de acordo com as nossas emoções. –Ela disse e metade da sala pareceu não ficar contente com o exercício.

–Como, por exemplo, arrependimento? –Fran perguntou enquanto olhava para Marco.

–Ou frustração. –Leon disse olhando para mim.

–Satisfação. –Diego disse rindo sarcasticamente.

–Preocupação. –Retrucou Fede.

–Remorso. –Eu disse cabisbaixa.

–Parece que temos alguns conflitos ocorrendo por aqui, isso vai ser melhor do que eu pensava. –Você bonitinho, fica com ela. –Ela disse apontando para Leon indicando que ele fosse até mim, eu tentei conter o sorriso já Leon fechou a cara.

–Você o outro bonitinho, vá até ela. –A professora disse para Marco ir até Fran, e consequentemente ela foi montando os pares. –É o seguinte, você vão expressar as emoções de vocês com o seus pares, mas é apenas para dançar, nada de chutar, espancar ou socar. –Ela disse como se fossemos crianças de cinco anos.

–Aposto que adorou ficar comigo? -Eu disse querendo provoca-lo.

–Você não faz ideia. –Ele disse segurando em minha cintura.

–Oque está fazendo? –Eu perguntei confusa.

–Expressando os meus sentimentos. –Ele disse irônico, Leon colou nossos corpos e começou a rodopiar pela sala, eu segurei em sua nuca, com uma das mãos, porém não passou disse. A aula passou rapidamente, só porque eu estava “gostando” da aula. E assim passamos a manhã, indo de sala em sala, e tendo aulas não muito agradáveis, e claro eu não desgrudei meu olhar um minuto sequer do Leon. No fim das aulas Leon estava sentando em uma mesa de cabeça baixa.

–Precisamos terminar nossa conversa. –Eu disse me aproximando de Leon e o mesmo suspirou em frustração.

–Vilu, já disse, eu quero que me esqueça, e isso inclui você parar de falar comigo. –Ele disse.

–Sim você disse, mas você sabe que lá no fundo você não quer que eu te esqueça, e você também não quer me esquecer.

–Como sabe que eu não quero te esquecer? –Ele perguntou.

–Se realmente você quisesse me esquecer, você não teria me defendido na aula hoje. –Eu disse e Leon engoliu em seco.

–Foi extinto, eu estou acostumado a te defender. –Ele disse com os braços cruzados.

–Você me defendeu, porque sente necessidade em me proteger, porque você me ama. –Eu disse.

–Sim Violetta, eu te amo, porque não se esquece de um amor tão rápido, pelo menos eu não esqueço. –Ele disse tentado parecer duro, porém pude perceber um pouco de magoa em sua voz.

–E você acha que eu esqueço? Leon eu nunca te esqueci, e também não vou te esquecer. –Eu dizia aos prantos, Leon deixou seu lado durão, e tentou me “consolar”, segurando meu rosto entre suas mãos.

–Vai ser melhor se nos esquecermos

–Melhor para quem? –Eu perguntei, e Leon suspirou pesadamente.

–Para nós dois. –Ele disse e depois saiu.

Pov’s Leon

Saí de lá apressadamente.

–Não olha para trás, não olha para trás. –Eu pensava, sabia que se eu me virasse eu voltaria correndo para ficar com ela.

–LEON! –Me virei assim que ouvi meu nome.

–O que você quer? –Eu perguntei com um tom de desgosto na voz.

–Te explicar uma coisa. –Marco disse afobado.

–Eu não me interesso por nada do que você tem a dizer, graças a você eu e a Vilu estamos mais separados do que nunca.

–É exatamente isso que eu quero te explicar, sabe eu e a Fran terminamos, e eu praticamente entrei em desespero, então o Diego apareceu lá no quarto e....

–Já disse que eu não quero ouvir. –Eu disse grosso e segui meu caminho.

Decidi ir até a única pessoa que seria capaz de me entender, ela estava na mesma situação que eu, e talvez pudéssemos ajudar um ao outro.

–Fran, está ai? –Eu perguntei batendo em sua porta, ela não respondeu, mas consegui ouvir o barulho de algo se mexendo dentro do quarto.

–Fran, por favor. –Eu pedi, e desta vez ela cedeu, abriu a porta com delicadeza, ela estava com olheiras profundas e com o rosto todo amassado de tanto chorar. Ela se “agarrou” no meu pescoço como sempre faz quando está angustiada.

–Entra. –Ela disse me dando espaço. Nos sentamos no chão, apoiados contra a cama.

–Eu não sei o que fazer. –Ela disse.

–Eu também não. –Eu completei.

–Como eu pude erra tanto? –Ela disse enfiando a cabeça entre os joelhos.

–Eu nem sei se o que fiz foi o certo. –Eu disse. Francesca apoiou a cabeça em meu ombro e chorou mais ainda.

Leon, preciso que chame ela. – Sabia muito bem o que Fran queria dizer com “ela”. –Sei que é difícil para você, mas eu preciso de vocês dois aqui comigo, vocês dois são como meu porto-seguro junto com a Cami, mas ela eu não vou chamar, pois possivelmente está com Broduey. –A ultima parte Fran soltou um pequeno riso, porém ela continuava chorando e eu estava ficando cada vez mais preocupado. A preocupação com a Fran foi maior que meu “ego” e acabei me convencendo de chamar a Vilu, disquei seu número rapidamente e ela atendeu prontamente.

–Vilu... –Eu disse sem coragem de terminar a frase.

–Leon? O que foi? –Ela perguntou alegre porém preocupada, já que meu tom de voz não era o dos melhores.

–Preciso de você........