Sólo Tú Me Importas escrita por Bia Rodrigues


Capítulo 10
Capítulo 10


Notas iniciais do capítulo

heeey, como vocês estão? Como no outro cap eu recebi poucos reviews por conta da manutenção do nyah, eu queria pedir para vocês deixarem vários reviews neste cap. O cap de hoje está meio complexo, espero que gostem. :D



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Pov’s Violetta

–E você acha que eu perderia a chance de ver você todo atrapalhado durante um encontro em plena madrugada. –Eu perguntei me sentando ao seu lado.

–Assim você me magoa, eu não sou tão desastrado. –Ele disse fingindo estar triste. O encarei abobada por um instante, ele sorria para mim, o reflexo da Lua cheia batia contra seu rosto, dando um forte brilho em seus olhos.

–Mas então, preparada para a melhor noite da sua vida? –Ele perguntou se levantando e me estendendo a mão.

–Claro, afinal de contas eu estou aqui por esse motivo. –Eu disse acompanhando ele. Fomos em direção a sua moto que estava no estacionamento da universidade, um fato que me deixou preocupada, já que segundo as normas, os alunos dever permanecer dentro do campus durante a semana.

–Podemos sair? –Eu perguntei para ele, o mesmo já estava me entregando o capacete.

–Claro que sim, somos adultos responsáveis, eles não tem o direito de nos prender aqui. –Ele disse subindo da moto.

–Você? Um adulto responsável? –Eu disse rindo.

–Responsável eu não te garanto que eu sou, mas adulto sim, e tenho um RG para provar. –Ele disse acompanhando minhas risadas, e indicando para que eu subisse na moto.

–Adulto com uma mente de um garoto travesso de oito anos . –Eu disse soltando um risinho baixo, Leon fez uma cara feia, mas logo tratou de ligar a moto.

–Pode se segurar em mim se quiser. –Ele disse indicando que eu segurasse em seus ombros, porém não o fiz, invés de segurar-me em seus ombros como foi pedido, e envolvi meus braços em sua cintura e recostei-me em suas costas, Leon estremeceu, e ficou evidentemente mais nervoso.

Passamos pelos portões da universidade com facilidade, e logo nós estávamos “livres”, andando por lugares desconhecidos de Buenos Aires, pelo menos por mim, pois Leon parecia saber onde estava indo, assim eu esperava.

Não demorou muito e chegamos em um edifício, ele tinha uma espécie de rampa, onde Leon subiu com a moto, até chegar no topo do edifício, ou seja, estávamos no terraço.

–Chegamos ao nosso primeiro destino. –Ele disse descendo da moto e me guiando pela mão.

–O que fazemos aqui? –Eu perguntei confusa.

–Você verá em 5...4..3..2..1.......

–O qu......

–Só escuta, e fecha os olhos. –Ele me interrompeu. Logo em seguida eu ouvi um som de sinos em sincronia, depois uma pausa, olhei para Leon, confusa, e ele apenas indicou que eu continuasse ouvindo. O som de sinos voltou, e novamente estavam em sincronia, em seguida o barulho dos carros que passavam na avenida entraram em sincronia com o barulho dos sinos, o som das corujas se misturava com o barulho do vento que soprava fortemente, e assim os sons que a cidade emite foram se juntando, como se formassem uma única melodia, mas isso era loucura? Não era?

–Isso é loucura. –Eu disse para mim mesma, porém Leon pareceu ouvir, pois soltou um risinho.

–Meu avô costumava me trazer aqui, quando eu era mais novo. Ele falava que sempre que estivéssemos confusos, ou com algum conflito no coração, nós tínhamos que vir até esse prédio, fechar os olhos, e escutar a melodia que a cidade nos proporciona, e sim é loucura. –Ele disse.

–Isso é tão louco quanto duas pessoas sonharem com a mesma melodia. –Eu disse rindo, Leon me olhou ternamente, e logo acompanhou minha risada.

–Vamos? –Ele perguntou e eu assenti. Novamente estávamos pelas ruas de Buenos Aires e eu não fazia ideia para onde aquela pessoinha estava me levando.

–Chegamos! –Ele disse feliz.

–Onde estamos? –Eu perguntei olhando o local atentamente, sinceramente era um dos lugares mais “confortáveis” que já havia visto, e eu estava com uma sensação boa, uma sensação de paz.

–Não se lembra? –Ele perguntou risonho.

–Não.

–Eu te pedi em namoro aqui, eu ajoelhei te entreguei um anel de compromisso e fiz um pedido.

–Leon, isso nunca aconteceu. –Eu afirmei a ele.

–Tem certeza? –Ele perguntou e eu afirmei. Ele suspirou e abriu um largo sorriso, se ajoelhou e tirou do bolso um caixinha, em seguida disse:

–Violetta Castillo, você................ -Ele foi interrompido pelo barulho do meu celular que tocava “incansavelmente”.

–Me desculpa Leon, mas eu tenho que atender, deve ser importante para me ligarem a essa hora. – Eu disse e Leon assentiu cabisbaixo.

Ligação On

–Alô?

–VILU! Ainda bem que você atendeu, eu preciso de você, eu sei que você está com o Leon, mas eu realmente preciso de você. –Fran chorava, e suplicava que eu fosse até ela.

–Tudo bem, eu estou indo. –Eu disse e olhei de relance para Leon, o mesmo fez uma expressão completamente triste.

Ligação Off

–Leon, me desculpa, mas eu preciso que você me leve de volta para a universidade. –Eu disse.

–Mas por quê? –Ele perguntou preocupado.

–A Fran me ligou chorando, e pediu, praticamente suplicou para que eu ajuda-la.

–Tudo bem. –Ele disse, mas é óbvio que não estava tudo bem, fui até ele e acariciei seu rosto, porém ele desviou e foi até a moto.

–Vamos? –Ele perguntou.

–Vamos! –Eu disse cabisbaixa. Demorou um pouco até chegarmos na universidade, fomos em completo silencio, Leon estava decepcionado e eu não estava muito diferente.

–Boa noite. –Ele disse assim que me deixou na porta do dormitório feminino.

–Boa noite. –Eu sussurrei baixinho.....

Pov’s Leon

E mais uma vez, eu e a Vilu fomos interrompidos, eu estava prestes a pedi-la em namoro, mas como sempre alguém interrompeu, e olha que nós ainda tínhamos um encontro para finalizar, eu tinha preparado tudo aqui no campus. Sobre o poema? Eu tinha optado por não recitar, eu não sou o tipo de cara que é bom em fazer poemas, e isso também não é muito do meu estilo.

Fui para o meu quarto completamente frustrado, entrei chutando a primeira coisa que eu vi, esqueci que provavelmente Marco estaria dormindo, porém para a minha surpresa ele não estava lá, ele poderia estar com a Fran, já que ela segunda a Vilu, estava mal.

Tentei dormir, mas cheguei à conclusão que não conseguiria, eu estava atordoado demais para isso. Decidi dar uma volta pelo campus, para tentar esfriar a cabeça. No meio do percurso acabei encontrando com o Federico, ninguém dorme nessa universidade? Mas enfim ele estava desesperado.

–Ei Fede, o que houve?

–Eu fiz uma besteira muito grande.....A Fran! Coitada, eu não deveria ter feito isso, justo agora que as coisas estavam tão boas para mim. –Ele disse andando de um lado para o outro.

–Ei calma, o que você fez? –Eu disse ficando preocupado com a situação.

–Eu não posso dizer......eu não posso dizer. –Federico parecia um louco, ele parecia estar meio perturbado.

–Me diz o que aconteceu! –Eu praticamente ordenei, Francesca era minha melhor amiga, e aquilo já estava me preocupando.

–Calma! –Ele pediu.

–Como você quer que eu mantenha a calma? –Eu disse já ficando bravo.

–Não foi nada grave, quer dizer foi, mas foi um erro. –Ele disse, a essa altura nada fazia sentido......

Pov’s Diego

Eu já estava ficando preocupado, o louco do meu companheiro de quarto, Federico, chegou aqui falando que tinha cometido o maior erro da vida dele, dizendo que ele amava a Ludmila, mas tinha cometido um erro muito grave. Ele não falava nada com nada.

Eu decidi ir atrás dele, vai que ele comete alguma loucura, sem contar que a Ludmila é minha amiga, e eu quero saber o que ele fez. Estava andando pelos corredores do meu dormitório, até que passei pelo quarto do Leon e do Marco, a porta estava entre aberta, eu não resisti e fui olhar.

Abri a porta cautelosamente, e por incrível que pareça não tinha ninguém lá, eu estranhei, mas não podia desperdiçar a oportunidade de “fuçar” nas coisas do Leon. Adentrei o quarto, e olhei para ver se tinha algo que eu pudesse pegar, afinal se eu mexesse nas coisas dele, ele iria perceber. Vi que tinha um envelope sobre a mesa o abri e percebi que era um poema, com certeza era para Vilu.

–Interessante. –Eu disse para mim mesmo, logo saí do quarto e levei o envelope comigo. Porém assim que fechei a porta eu dei de cara com Marco, que voltava para o seu quarto, ele estava com cara de quem havia chorado.

–Posso saber o que você fazia no meu quarto? –Ele perguntou com raiva.

–Primeiro você me explica por que está chorando, então depois eu te explico o por que de estar no seu quarto. –Eu disse e Marco assentiu, ele me explicou tudo o que havia acontecido, e agora tudo fazia sentido, desde a loucura do Federico, até o Marco aparecer chorando na minha frente. E por sorte, um plano surgiu em minha mente, e não tinha como falhar.

–Marco, eu tenho uma proposta para te fazer........

Pov’s Violetta

–Fran se acalma e me conta o que aconteceu...-Eu dizia pela décima vez.

–Vilu eu não acredito que eu fiz isso.

–ME CONTA! –Eu disse exaltada, se ela me chamou até aqui, pelo menos me contasse o real motivo, tudo bem que ela é minha melhor amiga, mas se ela me tirou do encontro maravilhoso que eu estava tendo com o Leon, então que me contasse o motivo para tanta angustia.

–Eu beijei o Fede. –Ela disse rapidamente.

–VOCÊ OQUE? –Eu gritei.

–Ei, fica quieta, quer acordar o campus inteiro?

–Por que você beijou o Fede? Achei que amasse o Marco?

– E eu amo, e eu não senti nada quando o Fede me beijou, o problema é que na hora eu entrei em desespero, eu fui até o Marco e contei tudo, nós brigamos e......

–E? –Eu perguntei, mesmo sabendo a resposta.

–Terminamos. –Ela disse e desabou a chorar mais uma vez, fiquei mais um tempo lá, até que Fran pediu para ficar sozinha e eu fui para o meu quarto.

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Passei a noite em claro, eu estava com olheiras enormes, fiquei a noite inteira pensando em Leon, ele certamente estava bravo, também pensei na Fran, ela tinha errado porém amava o Marco, e terá que faze-lo perdoa-la.

Levantei sem a mínima vontade, Naty já tinha saído. Eu me arrumei e fui tomar café.

–Vilu. –Me virei para ver quem me chamava, abri um largo sorriso ao ver quem era.

–Oi Leon. -Eu disse animada.

–Eu queria te pedir desculpa pela minha reação ontem, eu fiquei bastante chateado. –Ele disse coçando a nuca envergonhadamente.

–Não tem probl........-Eu fui interrompida.

–Violetta, meu amor. –Diego me chamava.

–Diego, nós terminamos. –Eu disse, e olhei para Leon, o mesmo já estava fervendo de raiva.

–Eu sei, mas eu queria te mostrar uma coisa que eu fiz, do fundo do meu coração. –Ele disse em tom de deboche, em seguida começou a recitar um poema, Leon ao ouvir ficou vermelho de raiva.

–Seu......-Leon não conseguia completar a frase.

–Vilu, não foi ele que fez esse poema, fui eu, eu juro. –Leon disse desesperado.

–Ah, por favor, você não tente roubar o meu poema, eu fiquei horas e horas fazendo. –Diego disse.

–Vilu, não acredite no que ele diz não cometa esse erro novamente. –Leon disse sussurrando em meu ouvido.

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–Olha Violetta, eu tenho como provar que o poema é meu. –Diego depois de vários minutos de discussão.

–Como? –Eu perguntei e a raiva de Leon só aumentou.

–Marco! –Diego chamou, e logo em seguida Marco apareceu, ele estava com marcas de choro pelo rosto.

–O....o..poema..é. -Marco estava evidentemente nervoso, Diego deu uma "ombrada" nada sutil em Marco, para que o mesmo prosseguisse.

–O poema é do Diego. –Marco disse rapidamente, porém ele não parecia estar sendo verdadeiro, e não parecia querer dizer aquilo.

–Está mentindo. –Eu afirmei.

–É a verdade! –Marco disse desesperado,os olhos dele ficaram marejados, como se ele dependesse muito daquilo.

–Vilu, você não está pensando em acreditar no Diego está? –Leon perguntou.

–Você, tem como provar que o poema é seu? –Eu perguntei, porém me arrependi imediatamente depois.

–Sim, basta você acreditar na minha palavra. –Leon disse, e Diego riu sarcasticamente.

–Mas, assim você complica as coisas Leon. –Eu disse, e Leon me olhou tristemente.

–Eu não acredito nisso!

–Leon, você tem que entender que ele tem provas e você não.

–Você prefere acreditar nele no que em mim? Você prefere acreditar no Diego, uma pessoa que te traiu? –Ele disse.

–Me desculpe. –Eu disse.

–Me esquece, esquece tudo, mas eu quero que você saiba de uma coisa, não adianta vir atrás de mim quando você souber a verdade.

–Mas Leon, eu quero ficar com você, não com ele. –Eu disse segurando em seus braços.

–Se quer ficar comigo do jeito que diz, deveria acreditar em mim. –Ele disse me olhando de uma maneira fria.

–Mas.....-Leon me interrompeu.

–Sem, mas, eu já disse, me esquece, chega, eu cansei, você não percebe, mas tudo isso que você faz me machuca.

–Ó como ele é sensível. –Diego disse debochando.

–E você cala a boca. –Leon disse para Diego.

–Leon.......-Eu disse com algumas lágrimas rolando pelo meu rosto, vendo o mesmo ir em bora.

E foi assim que Violetta recebeu o efeito da frase: Acreditei nas pessoas erradas, e perdi a pessoa certa.

Violetta observou Leon indo embora, e o perdeu, mais uma vez..........


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Notas finais do capítulo

Então gostaram? Mereço reviews? Nos vemos logo logo :D Bjs