Eu estava pensando em alguma resposta e percebi que havia caído, Jace estava paralisado com o braço levantado, Clary parou no meio do passo, Alec e Isabelle estavam observando algo que vinha de trás e os únicos daquela parte que não estavam congelados era Magnus e Simon, Magnus com seu cabelo com purpurina, uma blusa branca e uma calça social preta, seus dedos soltavam faíscas azuis e Simon com sua camisa do “MADE IN BROOKLIN”, com seus jeans e sua expressão estava confusa.

Aslan estava atrás de mim agora, eu podia sentir o poder emanar dele, mesmo eu estando de costas e eu nunca havia visto ele tão nervoso assim.

Aslan, Simon e Magnus pararam do meu lado e Magnus perguntou baixo.

“O que está acontecendo aqui, Baruch?” Simon olhou mais confuso ainda e perguntou para Aslan.

“Mas seu nome não era Aslan?” Eu respondi as duas perguntas, a de Magnus e a de Simon, nervosa.

“Aslan foi o apelido que eu dei a ele” eu disse e me virei para Magnus. “E se foi igual há pouco tempo atrás, é uma Anja chamada Helena.” Eu comecei a andar de um lado para o outro, e fui até Jace, que estava com duas adagas em baixo da camisa, eu só iria pegar por precaução.

Escondi debaixo da minha camisa e peguei minha lamina que estava fincada no chão, quando a tirei, um trovão estourou no céu.

“Eu vou sair, e chamo vocês se tiver alguma coisa no quintal.” Eu falei e os três hesitaram, mas sai e me deparei com uma Helena em farrapos, toda cheia de grandes arranhões, Castiel estava ao lado dela, com as roupas chamuscadas e outros três Nephilins sombrios estavam ao redor deles, com expressões assassinas no rosto.

Quando Helena me viu, ela praticamente rosnou quando sai porta a fora, e um dos Nephilins Sombrios correu para cima de mim e eu só consegui gritar uma palavra enquanto erguia a lamina.

“EMBOSCADA!” eu berrei e foi o tempo de eu investi contra o Sombrio que estava em pleno ar, consegui fincar a lamina em seu ombro e tive a certeza de que ele era novo, tinha cabelos ruivos, olhos verdes vivos e um físico que era duas vezes o tamanho do meu.

Ele caiu e gritou de dor, pelo canto do olho pude ver o vulto azul do grande lobo que pulou em cima do ruivo que me atacou e começou a dilacera-lo.

Várias descargas elétricas caíram no quintal, Aslan estava lutando com Castiel, e vi um raio na mão de Aslan que estava fazendo o papel de uma lamina e vi na mão de Castiel uma espada também, mas era esfumaçada e muito branca.

Magnus estava sem sucesso atingindo o Sombrio de cabelos castanhos escuros com suas chamas azuis, vi alguns hematomas pelo seu rosto, mas ele não desistia tão cedo.

Simon estava se saindo bem com socos rápidos acompanhados de mordidas na garganta do Sombrio de cabelos pretos, mas não tão bem assim, e corri para ajuda-lo, mas fui interrompida por Helena, que me pegou pelo pescoço e me jogou longe, me faz atingir a fonte que tinha no meio do quintal.

Eu olhei abismada para Helena, ela estava toda machucada e tinha a força de um leão e andava confiante de que essa noite ela iria me matar.

Pisquei repetidas vezes e puxei as adagas que estavam escondidas debaixo da minha blusa e vi meu sangue nelas e eu praguejei baixinho e me levantei.

Ela estava me olhando com um sorriso triunfante e eu devolvi com um rosnado nada lindo.

“Você é só mais uma formiga no meu caminho que tenho que eliminar isso vai ser a melhor coisa que irei receber.” Ela disse e eu me preparei com as adagas e falei suavemente.

“Não tenha tanta certeza, por que eu posso fazer você cair em um passo falso seu, e ter suas asas no meu travesseiro irá ser um premio e tanto.” Eu disse e ela riu ameaçadoramente e veio para cima de mim, quando ela levantou o braço, vi suas costelas em carne viva e com sangue fresco escorrendo, me esquivei para a esquerda, saindo do seu ataque raivoso e dei uma coronhada em suas costelas em carne viva.

“AAHH.” Ela gritou e eu soltei uma risada, pegando seu cabelo e segurando forte, e comecei a bater sua cabeça contra a fonte de água.

Senti o corpo de Helena relaxar sobre meu aperto forte em sua cabeça depois de cinco pancadas com a cabeça dela contra a mureta da fonte, e tive certeza de que ela havia ficado inconsciente, e corri para Simon, que estava quase derrotado debaixo do Sombrio, então guardei minhas adagas debaixo da minha blusa e eu me joguei contra o Sombrio, como um leão se joga contra a caça e comecei a esmurrar ele enquanto rolávamos pelo chão.

Ele me atingiu com vários socos e pontapés, e eu tinha a certeza de que eu ficaria toda roxa, os socos dele ardiam demais, era como uma brasa quente contra minha pele, mas eu tinha o potencial de matar ele.

Batemos-nos enquanto estávamos no chão, eu tinha que cansar ele.

Eu desviei de alguns socos dele, mas ele nunca errava um em mim, e acertava todas as vezes nas minhas costelas, e percebi que minha blusa estava ensopada com o meu sangue, eu já não sentia mais dor, a adrenalina havia tomado conta de mim, as adagas haviam furado minha pele, e eu gritava a cada soco que ele me dava, e ele ficava com um sorriso triunfante.

Até que eu desloquei seu ombro esquerdo, e ele rolou para o lado, e me deu tempo suficiente de pegar uma adaga minha e pular em cima dele, prendendo-o debaixo de mim e enfiar a adaga no fundo do peito dele.

Eu estava ofegante e fiquei feliz de ver a vida vazar de seus olhos pretos, suas mãos estavam apertando minha ferida, mas eu não me importava mais, agora eu tinha que proteger Magnus e Aslan.

Levantei-me com dificuldade, eu estava arfando demais, o ar quase não entrava em meus pulmões e o lobo gigante azul veio ao meu lado, quando ele encostou o focinho ensanguentado em mim, uma descarga de energia passou por mim, me revigorando um pouco e encobrindo a dor.

Magnus estava preso contra a parede e o Sombrio havia feito um belo estrago nele, e o sombrio castanho estava bem interessado em Magnus, e consegui caminhar silenciosamente e enfiar minha adaga em suas costas, furando seu pulmão, e peguei minha outra adaga.

Fiz o Sombrio ficar de frente comigo e me arrependi amargamente.

Mesmo com uma adaga enfiada em suas costas, ele me deu um soco na barriga e desenfreou uma sequencia de socos em minhas costelas, ele era quatro vezes mais forte comparado ao Sombrio que eu havia acabado de matar e se não fosse pelo lobo, eu estaria morta nesse momento.

O lobo rosnou loucamente e pulou em cima do Sombrio que estava me atacando, e a cada mordida eletrizada do lobo o Nephilim gritava.

Eu dispensei o lobo com um movimento e me abaixei, ficando em cima do Sombrio, prendendo ele com o meu corpo e eu soltei um riso maligno, seus olhos estavam cheios de dor, e eu enfiei a adaga em seu peto, e observei seus olhos prateados deixando a vida.

Desabei do lado do Sombrio e senti a dor me apunhalar, queimava minhas costelas, meus braços estavam cheios de grandes hematomas pretos, meu rosto estava doendo, em cima da minha sobrancelha direita tinha um rasgo enorme.

O céu estava furioso, uma tempestade de raios coloria a tela cinzenta que era o céu.

Eu m esqueci-me de Helena, mas ela apareceu na minha frente e vi mais sangue dourado escorrer pelo pescoço dela, e ela não teve piedade nenhuma em pisar nas minhas costelas e ela disse furiosa.

“Eu serei a ultima coisa que você irá ver, Annabeth Morgenstern.” Ela disse e me pegou pelos meus cabelos ruivos e me jogou contra a parede, e eu perdi a consciência, vendo seu rosto ensanguentado furioso.