Piratas Do Caribe e o Olho Da Fênix escrita por Milly G


Capítulo 2
Respire


Notas iniciais do capítulo

A lerdeza de sempre, só pra vcs não perderem o costume kkkk
Ficou até grandinho, para o segundo capítulo... Tô perdoada? ^^'




::ENJOY::



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Dois meses atrás...

Frio. Escuridão. Vazio...

E então, fogo.

Ela sentiu todo o sangue em seu corpo ferver. Seus pulmões pareciam que iam explodir. Sua alma estava prestes a entrar em combustão.

Tem razão... Isso não é justo.

“Essa voz...”

Arregalou os olhos, arrependendo-se logo em seguida. Seus olhos arderam quase tanto quanto seus pulmões ao entrarem em contato com as escuras águas do Pacífico. Quase completamente consciente, o pânico apossou-se de si. Debateu-se até a superfície, mas parecia não sair do lugar, e ela teve que se esforçar para reprimir um grito de desespero.

Estava quase se entregando quando sentiu uma dor lancinante em sua nuca. Tateou instintivamente e lá estava ele: o selo de Tia Dalma.

A razão para tudo aquilo.

“Espere...”, ela franziu a testa, sua mente clareando aos poucos. Relaxou o corpo e sentiu-se ser arrastada lentamente pela correnteza, porém, para cima. Os raios de sol que cortavam a água atingiram seu rosto momentos antes deste irromper da água. O ar fresco entrou violentamente em seus pulmões, e ela ficou um bom tempo tentando estabilizar a respiração.

- MALDIÇÃO! – ela gritou, usando mais fôlego do que tinha realmente.

Voltou a engasgar e só conseguiu respirar normalmente ao ouvir alguém chamá-la ao longe. A garota praticamente saltou a água, debatendo-se como um peixe, tentando chamar a atenção.

- Aqui! – ela sacodiu os braços acima da cabeça, afundando por alguns segundos para então voltar à superfície, furiosa.

Um pequeno barco aproximava-se lentamente. Seis homens ao todo. Velhos, com a pele maltratada pelo sol e os cabelos desgrenhados. Tinham uma expressão serena e quase divertida, parecendo alheios ao desespero da jovem.

- Aqui, aqui, calma. – o mais velho entre eles estendeu a mão calejada para ela, puxando-a para dentro.

Então um silêncio constrangedor tomou conta do pequeno barco. Uma dúzia de olhos a encaravam com estranheza e... malícia. Ela engoliu em seco, chegando a cogitar jogar-se de novo no mar.

Depois de seguir a direção de seus olhares, foi fácil entender por que não se desviavam. Um corte enorme em sua blusa, provavelmente causado pela espada de Barbossa, mostrava mais do seu busto do que o aceitável. Os seios fartos cintilavam sob o sol forte, e não parecia haver tecido o suficiente para cobri-los.

- P-Parem de olhar, seus porcos. – ela rosnou, dando-lhes as costas.

- Perdão. – o mais velho pigarreou, tentando esconder uma risada. – Pete chegou a achar que você era uma sereia, mas você tinha roupa demais.

Brooke trincou os dentes e respirou fundo, usando toda sua força de vontade para não retrucar e ser educada com seus “salvadores”.

- Qual seu nome, menina? – perguntou um deles depois de mais alguns minutos observando-a.

- B... – ela mordeu a língua. – Bell.

- Bell? – ele franziu a testa, mas depois simplesmente deu de ombros quando ela concordou. – Bem, eu sou Pete, e esses outros pervertidos são Gared – ele apontou para o mais velho -, Roy – um homem absurdamente magro de cabelos negros trançados até o meio das costas -, Simon – um jovem negro de pouco mais de 20 anos, bastante musculoso e com uma careca brilhante – Brad – este parecia apenas um pouco mais novo que Pete, por volta dos cinquenta anos, e com uma enorme barba branca. Quer dizer, quase. – E este é o Frank – um homem pálido, encolhido no canto do barco, apenas assentiu com a cabeça para ela. – Desculpe. – Pete encolheu os ombros. – Esse velho sofreu um bocado nas mãos de uma doida. Ela chegou a arrancar a língua dele.

Para provar – desnecessariamente – as palavras de Pete, Frank colocou para fora um toco escuro e úmido que um dia fora sua língua. Brooke engoliu em seco, por pouco não colocando a língua também para fora em uma careta.

Como... Como Jack fazia.

Ela baixou o olhar, curvada sobre os joelhos para esconder seu peito.

- Agora que todos foram devidamente apresentados – Pete continuou, arqueando uma sobrancelha pra ela. -, acho que devo perguntar por que a senhorita estava se debatendo no meio do oceano.

Silêncio. A ruiva simplesmente os olhou por demorados minutos, apática. Quer dizer, ela diria... o quê?

Isso a fez pensar, pela primeira vez, em tudo o que realmente a fizera chegar até ali – onde quer que ali fosse. Cassandra, seu pai, todas aquelas lembranças, toda a dor...

Na verdade, ela havia morrido.

Esse pensamento a atingiu como uma bala de canhão, mas não foi o que mais a desesperou.

- Jack... – ela deixou escapar, bem baixinho.

- O quê? – Pete inclinou-se para ela, curioso.

Ela cobriu a boca e sacodiu a cabeça freneticamente, os olhos quase pulando do rosto.

- N-Nada.

- Bem...? – Gared incitou-a, parecendo quase entediado novamente.

- Eu... – ela fechou os olhos com força. O que Jack diria? Um pequeno sorriso surgiu em seus lábios sem que ela percebesse. – Fui... sequestrada. Por um navio pirata – ela se interrompeu quando todos reviraram os olhos. – e... – ela pigarreou, encenando sua vergonha muito bem – recusei deitar-me com o capitão. Então me chutaram do navio.

Ela se forçou a olhar para cima para avaliar a reação dos homens. Nenhum deles parecia exatamente convencido, então ela se encolheu mais e tremeu um pouco para reforçar a aparência vulnerável. Como se fosse necessário, ela praguejou mentalmente. Devo estar com uma cara horrível...

Ela não soube se pela expressão de vergonha ou irritação, mas os marinheiros acabaram por aceitar sua história. Chegaram a achá-la até razoável, depois de avaliar novamente seus atributos físicos.

- Então... – ela ergueu o queixo, querendo resgatar um pouco de sua dignidade. – O que vão fazer?

Os seis se entreolharam por alguns segundos antes de irromper em risadas maliciosas.

- O que vamos fazer? – Pete repetiu, ainda rindo. – Bom, eu não falo por todos, mas eu bem que gostaria de...

Ele estendeu uma mão calejada em direção a seu peito, mas foi impedido por um mosquete que Brooke não se lembrava de ter mantido preso na calça. Bem, o que importava é que agora ele fazia uma mira perfeita entre as sobrancelhas do homem.

- Eu acho que não, amigo. – ela sorriu feroz, mas o velho devolveu o sorriso.

- O que disse?

Duas espadas e três mosquetes, empunhados por velhos fedidos, pervertidos e sem um pingo de hesitação. Não pareciam nem mesmo pensar em poupar o barco maltratado.

Calculou rapidamente as poucas chances que tinha de escapar daquilo, mas nenhuma parecia chegar a um bom resultado.

- Não esqueça, senhorita... – Pete abriu ainda mais o sorriso. – Que você é vítima aqui. Nós acabamos de salvar a sua vida. Podemos reverter a situação com a mesma facilidade. – ele deu de ombros.

Ela rastejou para trás, até estar equilibrada na proa no pequeno barco. Ainda segurava o mosquete com firmeza, mas não conseguia manter a mira.

- Não seja tão má agradecida. – ele continuou, erguendo-se sobre ela.

Os olhos de Brooke quase encheram-se d’água quando a sombra do homem cobriu sua visão. Lembranças de uma época nem um pouco feliz encheram sua cabeça, e ela soltou um grito esganiçado quando o velho a agarrou pelos ombros e a puxou contra ele. Seu pulso foi espremido até que seus dedos soltassem o mosquete, que sumiu num estalo ao cair no mar.

- Mas por você ser tão bonita, eu vou te dar duas opções. – ele sussurrou em seu ouvido, o hálito quente e fedendo a peixe enviando arrepios de repulsa por seu corpo. – Submissão ou... morte.

Ele então a agarrou pelo pescoço e a puxou para si, dando-lhe um violento beijo na boca. Com a outra mão, puxou seus cabelos para trás, aproveitando para rasgar a frente de sua blusa com os dentes.

Brooke gritou e se debateu, implorando aos prantos por ajuda, mas todos os outros pareciam apenas assistir num silêncio satisfeito. Não pôde se impedir de lembrar-se de sua infância, quando foi forçada a trabalhar de prostituta para Gregory. Daquelas dezenas de olhos famintos por seu corpo, e do desespero que era se sentir impotente.

Mas isso foi antes.

Uma queimação estranhamente reconfortante começou a subir pela sua nuca. Ela não era mais...

Ergueu o joelho subitamente, acertando a virilha do homem, que caiu de joelhos do mesmo segundo. Afundou a sola da bota em seu peito, fazendo-o cair esparramado no meio do convés, e em seguida montou sofre sua barriga, pegando a pistola presa em suas costas.

Engatilhou-a e, sem desviar o olhar do rosto de Pete, apontou-a para seu joelho. Porém, com um pequeno sorriso, começou a deslizar o cano para cima, até que este encontrasse o ponto sensível entre suas pernas. O velho ficou branco como cal.

- Talvez agora eu deva lhe perguntar, amor. – murmurou Brooke, quase ronronando. – Submissão... ou morte?

A única resposta que teve foi o ranger suave do barco e das ondas que batiam contra ele. Nenhum dos tripulantes ousava sequer respirar, e a ruiva quase riu quando teve a impressão de que o homem sob ela tinha se urinado todo.

- Hã... Pete... – uma voz grossa, provavelmente a de Simon, chamou a atenção de todos por alguns momentos.

Foi só aí que Brooke percebeu estar envolta por uma névoa espessa.

- Ela...

Simon se interrompeu quando Pete deu um grito agoniado e começou a se contorcer. A pele de seu rosto ficou vermelha em questão de segundos, seguida por dezenas de bolhas até que esta pareceu começar a de desgrudar de seu rosto. Fumaça saia por ente os dentes escuros e cerrados, e ela percebeu, com certo horror, que os globos oculares dele estavam começando a derreter.

O homem estava morto antes de ela conseguir entender o que havia acontecido.

***

- I-Isso não é névoa. – Gared gaguejou. – O mar está...

- Evaporando. – Roy, Simon e Brad completaram ao mesmo tempo, completamente abismados.

A ruiva pôs-se de pé, confusa. Cutucou Pete com o pé para verificar se ele estava mesmo morto, e sorriu satisfeita com a confirmação. Notou que a “névoa” se dissipara com a mesma rapidez da queimação em sua nuca, e se perguntou o que isso significava. Não tem importância agora. Eu estou viva.

Piscou graciosamente para os outros homens, que a olhavam como se ela fosse o próprio Diabo.

- E então? – ela perguntou, quase dando um gritinho deliciado quando os homens saltaram para trás, apavorados. – Alguém mais quer escolher?

Os quatro negaram com a cabeça desesperadamente.

Não foi necessário pedir mais do que uma vez para que eles a levassem até Tortuga. A viagem foi rápida e silenciosa, e nenhum dos homens atrevia-se a olhá-la por mais do que alguns segundos. Gaivotas rodeavam o pequeno barco, às vezes bastante próximas, e Brooke se pegou pensando que seria divertido vê-las bicando os olhos daquele porco.

A garota não conseguiu conter um sorriso ao ouvir a cacofonia que vinha da ilha. Era absurdamente reconfortante, depois de todo aquele terror.

- C-Chegamos, senhorita... – gaguejou Garred ao atracarem.

A ruiva não se deu ao trabalho de olhá-lo. Ergueu-se e partiu com toda a elegância que uma garota encontrada no mar sabe-se lá quantos dias sob o sol caribenho podia ter.

Ela, porém, não foi muito longe.

Por estar muito exausta ou muito ansiosa, ela não reparou que estava sendo seguida. Teria se odiado por isso alguns meses atrás, mas, naquele momento, ela só pensava em como estivera perto da liberdade.

Um saco foi colocado em sua cabeça e seus braços foram presos às costas. Mãos grandes e grosseiras apertaram seus pulsos, e ela sentiu a pele já queimada se desfazer sob aquelas mãos. Mordeu a língua e sentiu as lágrimas escorrerem por seu rosto.

Por favor, Calypso... Sem ele, eu...

Alguém a ergueu e a jogou sob um ombro. Pôde ouvir uma voz abafada gritando obscenidades sobre seu corpo, e se perguntou por quanto tempo aquilo continuaria. Estava fraca, perdida e irritada. Não conseguia mover o corpo sem um grande esforço, e sob aquelas circunstâncias até temia fazê-lo. Sabia que em Tortuga ninguém viria ao seu socorro, e uma vez mais desejou que Jack aparecesse do nada para salvá-la, como sempre fazia.

Mas Jack estava morto. Ela o havia matado.

Tal pensamento lançou um calafrio por seu corpo, e ela irrompeu em lágrimas, sem conseguir controlar os soluços. Quem quer que a carregasse a sacodiu com violência, e ela mordeu o lábio com força para se silenciar.

Todo o barulho à sua volta desapareceu subitamente, e ela foi jogada no chão de algum lugar pouco iluminado. Se seus ouvidos não a estivessem enganando, podia ouvir o crepitar de uma lareira, mas ali estava muito silencioso para ser uma taberna.

- A encontramos, senhor. – a voz do homem lhe era familiar, e ela só precisou de um momento para reconhecê-la. Simon. – Pode-se dizer que ela é bem... esquentadinha.

Uma risada baixa entrou profundamente nos ouvidos de Brooke, arrepiando-a.

- Muito bem. Deixe-nos. – disse uma voz masculina naquele mesmo timbre, e ela sentiu até os ossos tremerem.

- Sim, senhor.

Ouviu uma porta fechar-se longe de si, e simplesmente engoliu em seco, tremendo.

- Coitadinha... – o homem aproximou-se em passos lentos, e o modo como puxou o saco de sua cabeça foi quase graciosa. – Perdoe a grosseria, é difícil encontrar homens civilizados por aqui. Meu nome é James Crow. – ele riu de novo, e a garota quase pulou.

Piscou os olhos com força e engoliu uma golfada de ar antes de olhar para o homem. Porém, todo o ar que havia conseguido reunir desapareceu antes que percebesse.

Descobriu que não era só a voz dele que a arrepiava. Observou desde a estrutura magra e musculosa que se inclinava para ela, os braços apoiados nos joelhos de modo displicente, a camisa azul aberta no peito, a pele bronzeada sob ela, uma pequena cicatriz um pouco acima do coração... E então encontrou seu rosto. Tinha um formato perfeito, assim como seus lábios, emoldurados pela barba por fazer. Coisa que sempre a encantou. Tinha cabelos loiros curtos e seus olhos pareciam duas lascas de ônix. Olhos estes que pareciam despi-la, mas que iam muito além de seu corpo. Pareciam enxergar sua alma.

- Senhorita – um sorriso preguiçoso formou-se nos lábios cheios e rubros do homem. -, respire.

Brooke arquejou, sentindo-se tola. Por quanto tempo estivera encarando-o?

- O-O que você quer de mim? – gaguejou estupidamente, rastejando para longe dele até que suas costas encontrassem uma parede.

O homem deu outra risadinha, colocando-se de pé. Ela então pôde perceber os ombros largos, assim como a calça escura que se esticava sobre os músculos de suas pernas.

- Muitas coisas, na verdade. Mas a pergunta seria: o que você quer de mim. Por acaso, eu tenho essas respostas também... Annabelle.

Ela gritou. Foi quase inconsciente, e os mesmos arrepios que tomavam seu corpo agora vinham carregados de terror. A ultima vez que alguém a chamou por seu nome verdadeiro foi... Quando seu pai a deixou para morrer nas mãos de Gregory.

- Não se preocupe. – ele lhe estendeu a mão. – Não tenho a intenção de lhe fazer mal. Na verdade, eu preciso de você.

Ela ainda não havia encontrado a voz, por isso apenas continuou fitando-o, completamente em choque, e isso lhe pareceu uma permissão para continuar.

- Tenho as respostas que você tanto busca. Posso ajudar sua amiga, e até mesmo seu capitão...

- O quê? – os olhos azuis de Brooke quase pularam de seu rosto. - Você sabe sobre...

- Catherine? Ah, sim. Mulher adorável. Tem um dom interessante. Irá encontrá-la esta noite.

A ruiva gaguejou qualquer coisa, para ambos incompreensível.

- Ele está bem?

O nome do pirata ficara engasgado em sua garganta, mas ela não precisou dizê-lo. Os olhos negros do homem reluziram, e só então ela percebeu que deveria, sim, temê-lo.

- Vejo que não é uma mulher paciente. Talvez possamos adiantar nossa conversa, então. Não sou homem de fazer coisas de graça. Imagino que nunca tenha conhecido um. – ele sorriu novamente, transformando as entranhas da garota em água.

- O que você... quer? – ela perguntou, com medo.

- Algum capitão extravagante chegou à Tortuga esta manhã com alguns pedidos interessantes. É um músico exibido, e me pagou uma boa quantia pelas melhores prostitutas da ilha.

- Não sou prostituta. – disse prontamente.

- Ah, não? – seus olhos reluziram de novo. – Um segundo atrás, me pareceu que você daria sua vida por... ele.

Brooke engoliu em seco, encolhendo-se. Ele tinha razão. Ela realmente faria qualquer coisa por ele, mesmo que isso significasse reviver a maior parte de sua desgraçada infância.

- Não me olhe assim. São apenas negócios. – ele a puxou pela nuca, cravando as unhas na cicatriz que havia ali. – Aliás, você precisa me pagar pelo homem que cozinhou.

Ela escancarou a boca, e ela prestes a dizer alguma coisa, mas foi impedida pela risada dele.

- Calma, calma. Por hora vamos aproveitar. Relaxe, divirta-se... E divirta-me.


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Notas finais do capítulo

E então, amores? Aceitando todo e qualquer tipo de opinião o/



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