Blue Sky! escrita por Caio V


Capítulo 16
Um Novo Cunhado?


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem ^-^



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/417937/chapter/16

Quando a escuridão cair sobre sua vida, e toda a terra tremer sob seus pés, você sentirá que tudo acabou, e terá vontade de desistir, mas lembre-se, o caminho para a vitória é doloroso, mas a recompensa vale a pena.

– Você é o garoto que gosta de atrair a mãe alheia? – ele perguntou.

– E você o bebê que gosta de atirar flechas – deduzi.

– E seu futuro cunhado – Poseidon interveio. Virei-me boquiaberto.

– Cunhado?

– Sim – Poseidon disse.

– Minha irmã é muito jovem...

Poseidon interrompeu.

– Não é a Beatriz.

– A Clivia? – perguntei.

– Tente novamente – disse Eros. Virei-me.

– Cheguei. Vamos acabar logo com esse massacre – uma nuvem formou-se e meu queixo despencou. Carol estava parada na minha frente usando um longo vestido azul e segurando um boque de rosas nas mãos.

– Você está linda – sorri. Eros me fuzilou com os olhos. Ri para ele. – Não se preocupe Eros, você também está deslumbrante.

– Pirralho insolente – murmurou Eros.

– Bebê gigante inútil – respondi. Poseidon me encarou com advertência. – O que ele vai fazer, pai? Fazer eu me apaixonar pela mãe dele? Ops.

Eros avançou em minha direção. Coloquei minha mão direita sobre o cabo da espada, mas meu pai entrou na frente dele.

– Toque um dedo em qualquer um de meus filhos e farei com que sua cabeça vire uma alga marinha – disse. Eros deu um passo para trás. – Melhor assim.

– Não precisava me defender – murmurei. – Não é o primeiro deus que me ameaça.

– Isso é o que me preocupa – Poseidon me encarou. Sorri descaradamente. – Você é um caso perdido.

– Faz parte da minha essência – confirmei. Poseidon murmurou alguns palavrões em grego.

Ele segurou minha mão e apareci no templo de Atena. Os dois se encararam e Poseidon desapareceu novamente. Atena veio em minha direção.

– Tudo bem? – perguntou.

– Descobri que tenho mais uma irmã, e que ela vai desperdiçar a imortalidade com um bebê gigante inútil que gosta de atirar flechas no bumbum alheio – murmurei. – Estou ótimo.

– Caroline e Eros, não é?

– Atena. Pode me dar uma carona para casa? – perguntei. Ela assentiu.

Atena segurou minha mão e eu apareci na minha sala. Minha mãe assistia televisão, até que começou a encarar Atena.

– Mãe? – ela parecia surpresa.

– Boa noite, filha – Atena sorriu docilmente.

– Filho – minha mãe levantou e beijou minha cabeça. –, pode nos deixar a sós, um instante?

Assenti. Subi as escadas e fiquei escutando ao lado do quarto de Beatriz.

– Obrigado por trazê-lo – disse minha mãe.

– De nada – respondeu Atena. – O que você tinha dito para ele? Sobre... mim.

– Eu disse aos dois que a avó deles era uma mulher brilhante. Muito inteligente – minha mãe sorriu.

– Era?

– Se eu dissesse que você está viva... iriam querer conhece-la – minha mãe concluiu. Atena concordou com a cabeça. – Desculpe-me.

– Está tudo bem – Atena disse, ouvi alguns poucos passos e um suspiro profundo. – Eles são bons netos.

Obrigado., pensei. Prendi um riso.

Ouvi um barulho vindo do quarto de Beatriz. O barulho de algo quebrando. Corri para dentro do quarto e minha irmã prestes a jogar mais um dos vasos no chão. Segurei o braço dela.

– Ei, ei! – tirei o vaso da mão de minha irmã e coloquei no chão. Encostei-a na parede. – O que é isso?

– Caio? – minha irmã me abraçou. Ela chorava muito.

– Qual é o problema? – perguntei.

– Eu... – Beatriz me guiou até a cama e sentamos. Ela chorava cada vez mais. – Promete que você nunca vai me deixar?

– Que história é essa? – acariciei o cabelo dela. – Sou seu irmão. Estarei com você sempre.

Beatriz sorriu.

– Quer dizer que eu vou ter que te aturar para sempre?

– Sinto muito por você.

Eu e Bia rimos. Ela tentava enxugar as lágrimas.

– Vamos viver para sempre? – ela perguntou. Afastei o abraço. Olhei para a marca de Atena em meu braço direito, Beatriz pareceu não entender o que eu estava fazendo, talvez ela não vesse a marca.

– Eu...

Ela interrompeu e insistiu.

– Vamos viver para sempre? – Beatriz perguntou.

Ninguém deveria viver para sempre. Era o que eu deveria e queria responder, mas minha irmã estava frágil demais para ouvir isso, então menti.

– Sim. Eternamente.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

"Ninguém deveria viver para sempre." Eu tenho sentimentos fortes por essa frase.
Gostaram? Comentem! E esse foi o PENÚLTIMO capítulo ^^



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Blue Sky!" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.