Blue Sky! escrita por Caio V


Capítulo 15
Visito Atlântida


Notas iniciais do capítulo

- NYAAAAH! *-* Obrigado por voltar seu fofo/lindo/meigo!
Então pessoal, eu voltei *-* Então, a primeira parte de Blue Sky está TERMINADA, logo logo vocês vão ter os outros capítulos, vou deixar programado (novo recurso, lindo).
Espero que gostem ^^



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Quando todo o mundo está para desabar, apoie-se em seu amor, e siga em frente. Sempre.

Assim que cheguei ao templo de Atena meu pai apareceu.

– Poseidon? – Atena parecia surpresa.

– Queri... Atena – Poseidon tentou disfarçar, em vão. Os outros guerreiros que estavam ali, a maioria lendo, encararam Poseidon com desprezo. Ele os ignorou e voltou-se para Atena. – Vim alertá-la de uma reunião no Olimpo amanhã. E também preciso falar com o Caio, é urgente.

– Claro – Atena deu de ombros.

Acompanhei Poseidon até o lado de fora do templo. Paramos ao lado da enorme estátua de Atena com uma coruja no ombro direito e uma lança na mão. Poseidon analisou a estátua por um instante e voltou-se para mim.

– É uma obra e tanto. Mais do que essa coruja merece – ele disse tentando mostrar desprezo.

– Sabe que não precisa disfarçar comigo, não é?

Ele deu de ombros.

– Costume. Enfim, preciso que venha comigo até meu palácio, em Atlântida – Poseidon disse tranquilo.

– Atlântida? – meu queixo caiu. – Tipo, a cidade submersa?

– Claro. Onde mais eu viveria? – Poseidon disse como se fosse óbvio. Talvez fosse.

– E como chegamos lá? – perguntei.

Meu pai segurou minha mão e em um piscar de olhos eu estava encarando um palácio submarino maior do que a Casa Branca e a Torre de Pisa juntas. Cercado por peixes, serias e tubarões pacíficos. Uma enorme estátua de Poseidon segurando um tridente estava ao lado do palácio, trancado com portas douradas que traziam os símbolos de Poseidon cravados – um tridente em cada lado da porta.

– Claro, assim – eu disse.

Poseidon e eu entramos no palácio. Andamos até o escritório dele – nada muito extravagante, só alguns papéis, pastas e um tridente de Bronze-Celestial que pesava mais do que minha casa inteira, mas que na mão de Poseidon parecia um chocalho mortal para recém-nascidos. Poseidon sentou em seu trono. Sim, o cara tem um trono no escritório.

– Sente-se – ele apontou para uma cadeira na frente dele. Sentei-me. – Apolo contou-me sobre a profecia. Disse que eu irei esquecer-me de quem sou e, francamente, não acho que Tritão esteja pronto para governar. Passarei meu trono para Percy Jackson, caso algo ocorra. Queria que soubesse.

– Obrigado por dividir – comentei. – Só isso?

– Estou preocupado, Caio – ele disse. Notei uma marca em seu braço direito, parecia caneta mortal, uma BIC, talvez. Estava escrito: Tio Popo. – A profecia é... perigosa.

– Relaxa Popo, vai dar tudo certo – brinquei. Poseidon me olhou furioso. – Desculpe-me. Tem algum plano?

Poseidon negou com a cabeça.

– Provavelmente Atena tem um – ele concluiu.

– Provavelmente – concordei. Poseidon parecia muito aflito, mas eu tinha quase certeza que não era com a profecia. – Preocupado com o conselho de amanhã?

– Pior – ele disse. Um suspiro profundo. E eu juro que ouvi alguns tritões gritando. – Com você.

– Eu? – fiquei surpreso.

– Você e Dite.

– Pelos deuses, você também? – murmurei.

– Não é certo.

– Nisso discordamos – uma voz feminina e infantil percorreu a sala. Olhei para o lado e tive que abaixar a cabeça. Uma garotinha de no máximo seis anos me encarava sorridente. Seus cabelos eram entrelaçados e louros, seus olhos verdes como os de Poseidon e sua pele levemente bronzeada. – Oi Caio.

– Oi... – esperei ela completar.

– Marcie – ela sorriu.

– Você é minha irmã? – perguntei.

– Não. Apenas uma deusa menor amiga de seu pai – disse. Olhei para Poseidon e ele apontou para o braço.

– Ah, você é a que escreveu isso no braço dele? – ela assentiu rindo. – Já gostei de você.

Marcie sorriu, depois voltou-se para Poseidon.

– Lord Poseidon, trago más notícias – ela disse. Poseidon encarou-a sugestivo. – A Górgona, Medusa, foi avistada.

– Ela voltou... – ele murmurou.

– Infelizmente – assentiu Marcie. – Essa não é a pior parte. Ela matou uma semideusa. Filha de Atena.

Meu coração veio na boca. Poderia ser minha mãe, ou Mirella? Deuses, não! Por favor, não!

– Qual era o nome? – perguntei desesperado. Marcie me olhou. – A semideusa, o nome?

– Mickaella – respondeu Marcie.

Suspirei aliviado. Notei que Poseidon fez o mesmo.

– Perdi algo? – perguntou Marcie.

– Minha mãe... é filha de Atena – eu disse. Os olhos de Marcie pareciam duas bolas de gudes enormes.

– Bem... – ela disse depois de alguns segundos. – tenho que ir ajudar Anfitrite.

Marcie fez cara de nojo e saiu da sala. Fechou a porta e eu e meu pai ficamos sozinhos novamente.

– Ela não é muito fã de Anfitrite, não é? – perguntei.

– Nem eu sou muito fã de Anfitrite – Poseidon respondeu dando de ombros.

– Então por que se casaram?

Porque deusas castas não aceitam pedidos de casamento em bibliotecas – ele tentou sussurrar, mas eu consegui ouvir tudo.

– Da próxima vez: evite contato direto com futuras Górgonas – eu disse. Poseidon me fuzilou com os olhos. O.K., assunto delicado., deduzi. – Mas, certamente, não foi sua culpa.

– Atena acha que viu algo que não viu – Poseidon disse tentando parecer tranquilo. – Apenas isso.

– E mesmo assim você a pediu em casamento?

– Eu não pedi – ele disse.

– Deuses – murmurei.

– Eu não podia arriscar. Se ela recusasse e contasse para Zeus...

– O que ele faria? Te mataria? – encarei Poseidon.

Ele hesitou.

– O Tártaro é bem pior que a morte – ele disse.

– Você diz que ama Atena, mas teve medo de cometer sacrifícios por ela? – Poseidon me encarava apreensivo. – Agora entendo por que é contra meu amor por Afrodite.

– Você fala de amor como se já tivesse vivido tempo o bastante para compreendê-lo – Poseidon disse tentando soar indiferente, mas pude notar a mágoa em sua voz.

– Tem razão – eu disse. –, sou apenas uma criança. Não vivi tanto quanto qualquer um de vocês, mas esse é o grande X da questão. Não importa quantos anos você ou qualquer um tenha, ninguém é capaz de compreender o amor. Nem mesmo Afrodite.

– Quando aprendeu isso? Entre a aula de História e Física?

– Não – levantei e caminhei em direção a porta. Antes de sair e deixar Poseidon sozinho eu virei-me para ele uma última vez. – Aprendi isso assim que vi o quanto você e Atena são tolos. Tolos o bastante para não notar que essa guerrinha particular dos dois só os consome e destrói.

Poseidon tentou dizer qualquer coisa, mas não conseguia. Virei-me e acenei.

– Boa noite, papai.

Em seguida caminhei para fora do escritório. Até esbarrar em uma pessoa que não pude identificar. Ele tinha cabelos longos e negros, duas enormes asas brancas e carregava um arco e flecha na mão direita e uma aljava presa à blusa branca. Seus olhos eram vermelhos, mas tinham certo tom de rosa, quase uma transição entre as duas cores.

– Desculpe-me – eu disse.

Ele me encarou indiferente.

– Caio, filho de Poseidon – estiquei minha mão para ele.

O homem apertou-a.

– Eros, filho de Afrodite.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Comentem!
Nyah *-*



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