The Berry Mission escrita por Blackbird


Capítulo 5
Capítulo 5


Notas iniciais do capítulo

Heeey pessoas kkk mais um capítulo, que eu particularmente adorei escrever, só não sei se vão gostar tanto assim. Anyway, espero que gostem e se divirtam com ele.
PS: Qualquer erro, me desculpem. Não fiz uma revisão das melhores.



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QUiNN

– Eu vou cuidar de você. Não se preocupe...

Passei a mão de seu ombro para sua bochecha, apertando levemente as maçãs do rosto moreno. Rachel me abriu um sorriso tão lindo e agradecido que tive mais que certeza que a protegeria de qualquer coisa, não apenas daquele protótipo de guerra, mas sim de qualquer coisa que pudesse apagar aquele sorriso que tem capacidade de iluminar qualquer túnel escuro.

Mas que melação foi essa Fabray?

Ora, ela é minha amiga. Gosto dela e quero protege-la.

Você só a conheceu um dia atrás, não acha que é demais? É mais uma mulher no mundo.

Não é mais uma mulher no mundo. Ela foi minha melhor amiga, e não preciso de mais de um dia para saber que ela é especial...

Mas...

Balancei a cabeça, recobrando a sanidade. Eram como se meu diabo e meu anjo discutissem em minha mente, um tanto cômico já que parecia aquelas cenas de desenho animado. Balancei a cabeça novamente. Não era hora para pensar em desenhos nem ter uma discursão pessoal. Tinha uma missão e uma garota para proteger.

Arrumei a metralhadora em meu ombro e dei as ordens a Rachel de me seguir de perto, sempre prestando atenção na retaguarda. Ela entendeu tudo direito e arrumou a arma em sua cintura. Me postei na saída da mesa/esconderijo, quando me pus a sair, um puxão leve em meu braço me fez parar. Rachel me olhava com um sorriso envergonhado. Não pude deixar de sorrir. Em meio ao caos, ela era adorável.

Mas o que merda foi isso, Fabray?

– Não gosto de matar, Quinn... Quer dizer, nunca matei e não quero que isso aconteça. – Entendia o que ela queria dizer, matar não é algo fácil, ainda mais para alguém não acostumado.

– Não se preocupe ok? Atire nas pernas e na barriga. Não matará, mas causara impotência ao oponente. – Ela assentiu. Seus olhos me viam com... Admiração? Adoração? Ela sorriu de lado e passou a mão em meu rosto, seus lábios formaram um nítido ‘ também vou cuidar de você.’ Sorri. Um estampido desgraçado me fez perceber que havíamos sido descobertas. Um homem gigantesco nos olhava com malícia no rosto, levantou a arma e atirou novamente, errando por pouco minha linda face. Ah eu não seria desfigurada por um filho da mãe desses. Antes que eu pudesse reagir ao seu ataque, ele atirou novamente, mas dessa vez algo me jogou ao chão. O corpo de Rachel me cobria e eu podia ver pouco, já que seus cabelos caiam sobre meus olhos. Escutei um estampido e a pistola que eu havia lhe dado estava em punho, o homem caiu no chão com a mão em sua barriga. Pelo visto ela me escutou.

A rolei para o lado e me levantei num pulo, batendo com as costas na ponta do tampo da mesa. Mas. Que. Merda. Praguejei baixo, levando um tom de reprovação dos olhos de Rachel. Sorri amarelo e comecei a correr, sentindo Rachel em meu encalço. Comecei a atirar e a bater nas pessoas, sempre prestando a atenção na morena. Conseguia ver homens da agencia, homens de preto e Finn e Jesse, correndo e atirando. Havia bastante gente, mas estávamos em vantagem... Acho. Observei Rachel atirar também, assim como eu havia dito: Pernas e barriga.

Os homens de preto começavam a prestar a  atenção em nós, começavam a vir mais e mais para cima. Senti um soco em meu estomago, agachei com a dor e senti um golpe em meu rosto. Cambaleei para trás, mas senti mãos me segurarem. Recobrei a sanidade, pronta para ver e atirar em quer que seja que tenha feito aquilo, mas o que estava na minha frente era uma Rachel extremamente raivosa (e sexy), batendo com um pedaço de ferro na barriga do homem. Ele se curvou, assim como eu, e ela desferiu um golpe na lateral de seu pescoço. Ele caiu com a dor, e de quebra, ainda levou um chute de minha parte. Ela riu pra mim e voltei a correr, puxando-a comigo.

Quando estávamos perto da escada, um homem me parou. Puxei a pistola de minha cintura e desferi uma coronhada em sua nuca. Ele caiu como um pedaço de carne qualquer. Acho que Rachel vinha muito rápido e muito distraía também.

Me virei para ela e seu corpo só parou quando se chocou ao meu. Fomos jogadas para minha trás e por instinto, segurei sua cintura. Caímos no chão com um baque surdo e a dor me chegou. Mas não era só dor que eu sentia, havia outra coisa ali. Um toque... Em meus seios. Abaixei o rosto a tempo de ver o corpo de Rachel sobre o meu e suas mãos apoiadas em meus seios. Corei tão violentamente que poderia ser confundida com um tomate. Ela seguiu meu olhar e percebeu a situação que estávamos. Um aperto quase imperceptível em meus lindos atributos e no outro segundo ela estava de pé, quase roxa. Aposto que se tivesse um buraco ali, ela já estaria dentro e até enterrada.

Me levantei mais rápido ainda e atirei em um homem que nos observava. Antes que ela abrisse a boca para falar algo, a puxei para a porta. Não tínhamos tempo para aquilo. Abri a porta e a joguei para dentro. Tranquei a porta e seguimos pela escada com rapidez, o terceiro andar estava vazio.

Fechei a porta dupla que dava ao terceiro andar. Peguei a barra de ferro que Rach segurava e passei pelos puxadores do objeto. Mais segurança para terminar aquilo. Apoiei as mãos em meus joelhos e me permitir suprir a necessidade de ar, a corrida tinha sido cansativa.  A morena estava no mesmo estado, mas ainda tinha uma coloração forte em suas bochechas. Sua expressão suplicava por desculpas.

– Eu... Me desculpe, não vi você na minha frente e... – Levantei a mão direita, pedindo para que ela parasse. Tomei mais uma lufada de ar e fiquei ereta.

– Rach, sei que quer aprofundar nossa relação, mas tão rápido assim? – Sorri, tentando descontrair o clima. Ela relaxou mais. – Está tudo bem, acidentes acontecem. Mesmo que seja pegar nos seios alheios. – Ela soltou uma risada. Tiros e gritos eram ouvidos. Estávamos ganhando, mas Rachel tinha que acabar com aquilo logo. – Vamos? Tempo é precioso.

Ela voltou a correr pelo corredor, até chegar a uma ultima porta, do lado direto. Entramos e atravessamos a sala, chegando a outra. Era pequena, mas extremamente cheia de telas, botões e computadores. Não sou leiga em computadores, posso desenrolar alguns com nenhuma dificuldade, mas não era expert, morreria tentando, se estivesse sozinha numa sala como aquela. Rachel riu de minha expressão e bateu em minhas costas.

Puxou uma cadeira e se aproximou de um computador central. Ela digitava, abria e fechava programas com uma rapidez que me deixava um tanto tonta. Rachel puxou suas madeixas em um rabo de cavalo solto, sua nuca tinha uma marca roxa. Aquilo é um... chupão? Olhei mais de perto e constatei que sim e deveria estar ali por pelo menos uns três dias. Ri daquilo.

– Do que está rindo? – Seus olhos continuavam vidrados na tela. – Não é hora para rir sabe, Quinn?

– Não... É nada. – A risada ainda me consumia. Rachel não parecia ser do tipo de pessoa que faria aquilo. Será que ela tinha namorado? Não perguntei... Um barulho interrompeu meus pensamentos. Gritos, para ser mais exata. Rachel me olhou com pavor nos olhos. Eram duas mulheres gritando.

Pedi para Rachel terminar o trabalho, enquanto ia olhar o que era aquilo. A tranquei de forma mais segura e fui em direção ao som, o corredor estava vazio, mas sua porta estava aberta. Fui até ela com cuidado e a fechei novamente, a prendendo com o pedaço de ferro. Mais gritos. Da sala de reuniões. Fui até ela e com cuidado (lê-se: com um chute daqueles de cinema.) entrei.  Um homem de preto apontava sua arma para duas mulheres chorosas. Com o barulho, ele me olhou, pronto para atirar, sem medo de qualquer coisa e mais rápida que ele, empunhei minha metralhadora e lhe dei uns 3 tiros no peito desprotegido. Ele foi lançado para trás e caiu.

As duas mulheres olhavam o homem com espanto e eu ri, talvez fosse demais para elas. Perguntei quem elas eram: agentes fixas, daquele setor mesmo. As levei de volta para a sala onde estava minha pequena. Rachel continuava na mesma posição, apenas sua tela mostrava uma contagem regressiva, faltavam 5 segundos.

– Rach, o que... – bum, bum, bum. Séries de buns foram desferidos no ar. – Está acontecendo?

– Os computadores estão sendo destruídos. – Ela me sorriu orgulhosa, tive que devolve-lo, eu também estava orgulhosa. – Onde estão as meninas?

– Elas... – Sumiram. Fomos juntas a sala anterior a que estávamos e lá estavam elas, olhando o que parecia ser escombros. Uma câmera do andar de baixo. – O que estão vendo aí?

– É o segundo andar. O primeiro está limpo. – Me mostrou a imagem, tinha razão. – Já o segundo nem tanto. Mas estamos indo bem. – Mostrou novamente a imagem, dessa vez do andar que estávamos agora a pouco. Ainda havia tiros e pessoas, mas ainda sim, estava mais calmo. Havia mais homens de preto ao chão. Não demoraria em que aquilo acabasse. – O que vamos fazer?

– Okay... Ah eu e Rachel voltamos para ajudar e vocês... – Apontei para as duas na frente do computados.

– Tina e Mercedes. – Rachel apresentou. – Rachel e Mercedes, essa é Quinn Fabray. Agente 99. – As duas ficaram boquiabertas. Tive que rir, era a mesma expressão que Rachel usou quando soube quem eu era.

– Ok, Tina e Mercedes, vocês sabem usar armas?

– Elas são apenas nerds, não as coloque no meio daquilo.

– Você também é, e se saiu muito bem.

– Fui treinada, elas não. Deixe-as em segurança. – Assenti. – Elas ficam aqui e quando tudo estiver ficando calmo, vem atrás da gente. – Assenti de novo. – Fiquem de olho, quando tudo estiver calmo, desçam.

– Com uma arma em mãos, ou seja lá o que encontrarem. E se tranquem.

Elas seguiram nossas recomendações. Se trancaram e procuraram uma arma. Troquei a pistola de Rachel e recarreguei minha arma. Pronta para terminar aquilo. Descemos as escadas com cautela. Tiros e gritos eram escutados, mais calmos que da vez que passamos por ali. No mesmo esquema de sempre: eu na frente e Rachel atrás, seguimos pelos escombros, atirando e batendo.

Após alguns homens ao chão, escutei o grito fino. O reconheceria de longe, Rachel. Um homem havia lhe batido de alguma forma e ela foi ao chão. Consegui ver vermelho, ele tinha coragem de bater numa mulher? Me aproximei pronta para lhe quebrar a cara, mas foi surpreendida pelo cabo de uma arma em meu rosto, caí próxima a morena. Era o mesmo homem da coronhada. Ele veio pra cima de mim, mas entrelacei nossas pernas e ele caiu, chutei suas partes baixar e me levantei, chutando sua barriga. Ele urrou alto e eu chutei seu rosto. Ele desmaiou.

Puxei mais uma vez a morena por entre os escombros. Ela batia como um animal nos homens, a raiva lhe consumia de uma forma divina, poderia ficar observando aquilo o dia todo, ela ficava linda brava, mas tinha homens para acabar. A raiva da baixinha era tanta que chegou a me bater, meu ombro ficou roxo.

– Rachel, Rachel... Tente se acalmar. Está tudo bem, os homens estão extintos aqui. – Segurei seus ombros com força, a fazendo parar. – Falta poucos, não precisa bater em todo mundo. – Ela riu seca e apertou meu ombro machucado, em desculpas. Antes que eu pudesse comentar qualquer coisa, um dos poucos homens de preto chegou perto dela. Isso já estava me cansando. Puxei Rachel para o meu lado e bati com a metralhadora com toda a força no rosto grotesco dele.  Ia sair daqui com um belo tumor cerebral. – Vamos encontrar os outros. – Voltamos a correr por entre todos. Homens da CIA invadiam o local, carregando os corpos mortos e alguns dos que ainda estavam vivos. Uma fumaça, densa dos escombros, cobria todo o perímetro, dificultando a visualização.

Corremos mais um pouco, até avistar Jesse vindo em nossa direção. Logo atrás dele, vinha Tina e Mercedes, estupefatas pelo estado da agencia. Sorri para os quatro.

– Então, pelo visto deu tudo certo. – Jesse olhava Rachel com curiosidade. – Você saiu viva? Que milagre... – Bufei.

– Ela é genial, e eu disse que cuidaria dela. – Estufei o peito, tinha que mostrar maioridade ne? Ela apenas soltou um riso desdenhoso. Um vulto me empurrou e então se agarrou a Rachel. Finn estava sufocando a mulher, que isso. – Vocês não confiam em mim não?

– Eu confio. – Rachel praguejou, ainda com o rosto enterrado nos braços largos do homem. Escutar isso dela me encheu de felicidade. Quem diria... Ela se desvencilhou de Finn, movida pelo barulho de passos em nossa direção. Não tinha acabado?

Ficamos todos em alerta, correndo para algum esconderijo. Vi Rachel, a minha frente, puxar um extintor de incêndio. Observei o reflexo desses passos por um pequeno espelho jogado num canto. Aquilo não era um inimigo. Olhei para a morena novamente e ela estava pronta para bater em quem quer que fosse.

– Rachel... – Tentei alertar, mas foi em vão. O vulto passou pela gente, mas foi interceptado por algo vermelho. Rachel acabara de bater na cabeça do homem com o extintor de incêndio. O baque do objeto caindo me fez olhar o corpo. Era o chefe do departamento, Jacob Ben Israel. – Você bateu no seu chefe?

– Eu... – Ela levou a mão a boca, aproximando-se do corpo inerte. Fizemos o mesmo. – Ele está morto?

– Não. – Jesse constatou agachado ao lado do homem. – Mas foi um golpe certeiro, parabéns. Pelo menos ele merecia. – Sem duvida era verdade.

RACHEL.

Estava acabado, ainda bem que tudo correu certo, tirando o fato de ter deixado um roxo no ombro de uma loira linda, e de ter afundado o crânio do meu chefe, tudo acabou bem. Os agentes da CIA tiraram todos os homens, os corpos mortos e começavam a limpar os escombros.

Olhei em volta. Eles haviam acabado com toda a agencia. Tudo estava em ruínas, menos o terceiro andar, que por sorte não foi invadido... Ou pelo menos não por muitos homens.  Onde esta minha mesa? Ou pelo menos o resto dela...

A mesa estava em escombros. Minhas pastas, papéis, fotos... Tudo lotado de furos de balas. Bando de filho da mãe! Me escorei em uma das pilastras ali perto e me deixei observar toda a cena. A adrenalina passou e percebi o quanto estava cansada, o quanto minhas pernas doíam e o quanto os cortes em minha pele ardiam, meu rosto sangrava pelo golpe de um dos homens, sorte que um dos paramédicos ali me deu um band-aid. Limpei o suor em minha testa e fechei os olhos.

– Você está bem? – Uma voz doce em minha lateral direita me fez sorrir. Minha salvadora da pátria, Quinn Fabray. Assenti, absorvendo o veludo de sua voz. – Fico feliz. Tive medo de algo te acontecer... – Ela estava preocupada comigo? Que linda! Abri mais um sorriso.

– Tenho certeza que nada me aconteceria, você não iria deixar. – A olhei. Sua bochecha direita era tomada por uma gaze branca, tingida levemente de vermelho. Alguns arranhões em seu rosto e braços começavam a inflamar. Alisei seu cabelo, colocando uma mecha atrás da orelha, no meio do caminho. Afaguei sua bochecha, ela inclinou a cabeça em direção ao meu toque. – Obrigada.

– Não precisa agradecer. Eu realmente não deixaria nada te acontecer. – Seus olhos passearam por meu corpo com curiosidade. Tomou meu pulso e me puxou para sentar em um dos pedaços de madeira. – Espere um pouco. – Assim o fiz. Quinn saiu de meu campo de visão.

Mesmo com os machucados, ela estava linda. Seu sorriso sapeca contrastando com o sangue e as armas em punho. Ela é adorável e sexy ao mesmo tempo... Uma mulher encantadora. Perigosamente encantadora.

Já está encantada por ela, Berry?

Que tem demais? Quinn se transformou numa mulher incrível, não se precisa de muito para ver isso...

Ora, só bastou dois anos e dois dias para você babar por ela?

Serio? Vou ter uma discussão interna por Quinn Fabray numa hora dessas? Ai tenha dó.

– Rachel? – Dois dedos estalaram a minha frente. Quinn me observava com a expressão curiosa. – Isso é hora para voar em pensamento? – Riu.

– Desculpe, só estava pensando... No que aconteceu. – Ela deu de ombros, me sorrindo ainda mais abertamente.

– Tudo bem. Deve ser muito para você. – Dei de ombros. – Se importa de eu cuidar desse braço roxo? Deve estar doendo. – E realmente esta. Estendi o mesmo em sua direção, deixando a apoiar uma bolça de gelo na marca roxa, e amarra-la a mim com uma fita branca. – Isso vai melhorar, antes de dormir, de outra compressa. – Agradeci com um aceno e ela me respondeu com uma piscada.

Mesmo depois de tudo, ela ainda vem cuidar de mim. Faz tão pouco tempo que nos conhecemos, que nos reencontramos e penso em Quinn como se não houvesse amanhã, lembro de nossas conversas, nossa infância... Ela se mostrou uma mulher tão especial que tenho certeza que nunca mais a quero longe de mim, de novo.

Os agentes da CIA vasculhavam, tiravam, jogavam coisas para o ar, procurando alguma coisa desconhecida. Pelo visto tinham achado, mas o que será...

– Faz muito tempo que saiu com alguém? – Os dedos finos de Quinn acariciaram a lateral do meu pescoço num ponto específico, me fazendo arrepiar. Pelo visto ela percebeu minha reação, já que um sorriso malicioso surgiu em seus lábios, e ela acariciou novamente o mesmo canto, me provocando outro arrepio.

– Ah... Sim, faz uns quatro dias, foi nesse fim de semana. – Seus dedos desceram pelos meus ombros, seu rosto se aproximou de meu pescoço. Podia sentir sua respiração superficial por cima de minha pele.

– Diga a ele que da próxima vez, seja menos espalhafatoso. – Sussurrou em meu ouvido, seguindo um beijo em minha bochecha. Arrepiei. Mas espera! Ele? Como ela sabia que havia sido ‘ele’?

– Como você sabe que foi...

–Ele? – Soltou uma risada. – Fácil! Homens deixam chupões em lugares vistosos, como se dissessem que estiveram ali, diferente das mulheres que deixam em cantos mais escondidos, como aqui. – Apertou meu ponto de pulso, bem abaixo da orelha. – E outra, ele esta um pouco mais claro do que o normal, o que indica que já faz alguns poucos dias. – Sua ideia tinha lógica. Corei violentamente, assim como quando cai em cima dela. Que vergonha. Ela riu de novo e afagou minhas costas. – Relaxa, já tive e já fiz marcas piores que essa. – Bufei. Não precisava saber disso, pois é. – E lá vem o Hudson.

E realmente vinha. Com alguns arranhões no rosto e alguns cortes no braço forte, Finn vinha em nossa direção, com seu famoso sorriso, torto estampado nos lábios. Ele me abraçou com tanta força pela segunda vez que vi a hora morrer asfixiada. Ele realmente teria que parar com isso. Bati em seus ombros, pedindo-o para parar.

– Hey. O chefe me pediu para falar com vocês, ele disse que não se tem mais nada para fazer, os homens já estão cuidando de tudo... Agora é só esperar para marcar uma reunião.

– E o Jacob? – Embora não seja fã dele, tenho que me preocupar, ne?

– Ah... Embora a pancada tenha sido enorme e ele ainda esteja desacordado, passa bem. Alias, Fabray? O chefe está te procurando.

– Ah... Ok. Então, vejo vocês depois. Tchau, Rachel. – E saiu em busca do homem. Finn tomou seu lugar ao meu lado, me dando um abraço lateral.

– Estou feliz que esteja bem. – Apenas lhe sorri. – Bom, você está liberada para ir para casa. Descanse que depois de amanhã, pegaremos no pesado.

– O que quer dizer?

– Isso aqui foi uma invasão, temos que saber o que aconteceu. Saber o que querem, o que descobriram, os planos... Você mais que nunca vai ser requisitada. Provavelmente seu nome está na lista da reunião...

– Ok, ok. Eu realmente preciso descansar. Pode me levar para casa? – Ele assentiu, depositando um beijo em minha têmpora. Seguimos para a saída do prédio, o céu claro me deu olá e eu respondi de bom grado. Como era bom ver que tudo estava bem, que muitos estavam salvos. Vi Quinn conversar com o senhor Casey, Jesse ao seu lado, Mercedes e Tina sendo amparadas e Finn ao meu lado, me observando. – Mas agora, o que foi?

– Tem um chupão no seu pescoço. – Revirei meus olhos. Será que todos resolveram observar meu pescoço, é isso? Soltei o cabelo, cheio de pedaços de fuligem, deixando-os esconder aquela maldita marca. O sorriso malicioso de Finn era gigantesco. – Ah, tire isso do seu rosto.

– Não tem nada em meu rosto. – O sorriso ainda estava ali. – Mas me disse que nada tinha acontecido entre você e a Fabray.

– E não aconteceu, agora vamos? Temos muito o que fazer a partir de agora.


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Notas finais do capítulo

Como eu disse na outra fic, não estou com tempo de atualizar regularmente, mas vou ajeitar isso em breve, tenham certeza.
Mas eae? Gostaram? Deixem comentários e até a próxima.



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