The Berry Mission escrita por Blackbird


Capítulo 6
Capítulo 6


Notas iniciais do capítulo

Então... Desculpem a demora pessoas, eu tava meio ocupada, mas fico feliz e agradecida pelo numero de pessoas que acompanham. Um capítulo meio parado, pois é, mas leiam com carinho.



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E mais uma vez o despertador apitou, desliguei-o e me levantei, como sempre. Hoje é dia de voltar ao trabalho, três dias se passaram desde a invasão e a ordem foi ficar em casa por esses três dias, até que tudo seja ajeitado. Segui minha rotina a risca, me espreguicei, tomei meu banho, coloquei minha Barbra para cantar e preparei meu café. Finn havia me dito que no horário certo, um carro da agencia passaria para me pegar.

Tomei minha vitamina, fiz minha higiene bucal e resolvi assistir alguma coisa na tv enquanto esperava. Procurei, procurei até que enfim encontrei algo que preste: friends, melhor seriado de todos os tempos. Como não amar? Comecei a assistir e quando já estava no final, o interfone tocou. Não demorei a atende-lo.

– Sim... Ok, avise que eu já estou descendo. – Coloquei o telefone no gancho e fui atrás de meu casaco. Desci o prédio pelas escadas mesmo, o elevador estava demorando e eu não poderia me atrasar. Passei pelo portão e agradeci ao porteiro.

A rua estava calma, como sempre, pessoas passavam apressadas sem dar bola para o que acontecia ao seu redor. Procurei algum carro que me indicasse a CIA, mas uma cena extremamente inusitada e um tanto sexy me chamou a atenção: Uma mulher loira, com os cabelos, na altura dos ombros, esvoaçantes, os olhos claros cobertos com óculos pretos, uma calça jeans preta apertada, uma blusa branca coberta por uma jaqueta de couro estava encostada em uma moto gigantesca, segurando um capacete em seu braço direito. Ela estava extremamente linda. Sorriu e atravessou a rua em passos largos, aproximando-se de mim.

– Então, saudades? – Apertou minha cintura, depositando um beijo em minha bochecha. – Eu vim te buscar.

– Fantástico. Mas que mudança foi essa? – Apontei suas roupas.

– Qual? – Ela riu, olhando o próprio corpo. – Ora, esse é meu jeito, a diferença é que me viu de sapatilhas e agora estou de bota e usando couro. Gosto de variar sabe? – Tive que rir. Ela é adorável de qualquer jeito. – Vamos? Quero passar num canto antes de ir.

– Onde? – A segui até aquele bicho enorme e preto de duas rodas.

– Vai ver. – Me estendeu um capacete vermelho. Olhei dela para a moto e da moto para ela novamente. Me abriu um sorriso e recuou o objeto. – Nós vamos nisso?

– Prefere ir a pé? – Arqueou a sobrancelha, divertida. – Ora, vamos Rachel. Você vai gostar de andar na minha moto, é não é isto. Pode chamar de Har. – Foi minha vez de arquear a sobrancelha. – Har... Harley Davidson, a moto. Eu te salvei de um bando de caras armados, vai negar subir na garupa? – Me estendeu novamente o capacete e, mesmo a pouco gosto, aceitei. Ela passou as pernas pela maquina e me ajudou a fazer o mesmo, sentando as suas costas. Coloquei a mão em seus ombros e apertei, lhe dando sinal que estava segura. – Melhor não segurar aí. – O capacete abafava um pouco tanto sua voz, quanto minha audição. Não pude entender muito bem o que ela disse.

Ela deu a partida e rapidamente estávamos costurando com desenvoltura por entre o transito louco da cidade. A potencia da moto me pegou com tanta surpresa que vi a hora cair com a velocidade que andávamos, me agarrei ao tronco de Quinn, apertando a lateral de meu rosto em suas costas, tentando livra-lo de toda aquela ventania. Pude sentir o cheiro dos cabelos dela batendo contra minha pele, apertei-me mais contra ela e pelo retrovisor, vi seu sorriso se formar. Sorri em contrapartida.

Com uns dez minutos de transito, chegamos ao meu conhecido Starbucks. Ela desceu da moto e me pediu para esperar, e sem dar nem tempo de resposta, entrou na loja, ainda com capacete na cabeça. Exatamente onze minutos depois ela voltou, segurando dois cafés, me entregou um e continuou segurando o outro, enquanto o capacete agora pendia em sua outra mão. Agradeci aspirando o cheiro do café, mas espera... Aspirei de novo. Tem algo estranho. Esse não é o meu.

– Mas que... – Olhei o copo e lá estava o nome de uma mulher e um número de telefone. – Quinn? – Altivei a voz, chamando-a a atenção antes que levasse o café a boca. – Sei que sabe qual o café que tomo, então presumo que este não seja o meu, já que tem até o numero de uma mulher. Ou a atendente está flertando comigo ou o copo é seu.

– O que?! – Ela puxou o copo da minha mão. Constatou o numero que estava ali e corou ferozmente. – Desculpa Rachel, eu nem sabia que ela tinha feito isso. Acho que seu café é esse. – Me estendeu um dos copos. Senti o cheiro novamente e tive certeza que era o meu quando levei a boca. Admito que não fiquei feliz com aquela ação, mas não poderia dizer nada, só havia saído com Quinn uma vez. Terminamos as bebidas envoltas em uma conversa banal e em meio a desculpas dela.

Em pouco tempo voltamos para o transito louco da cidade, e mais uma vez eu estava com o rosto enterrado nas costas de Quinn, submersa em seu cheiro. Sentia uma vez ou outra ela fazer carinho em minha mão que estava apoiada em sua barriga. A medida que avançávamos para a saída da cidade, menos carros apareciam nas ruas e ela acelerava ainda mais, me fazendo apertar o abraço. Se eu não estivesse tão submersa em seu cheiro, teria dito que ela estava acelerando de propósito.

Não demorou a chegarmos à nova sede. Era um prédio pequeno, um andar mais alto que o antigo, verde, com mais seguranças que o normal. Legal, agora teria que vir de carro para o trabalho.

Observei Quinn sair da moto e tirar o capacete. Ela movimentou os cabelos de uma maneira tão selvagem, como um leão. Fiquei tão hipnotizada pela mulher a minha frente que nem percebi quando algo sobrenatural aconteceu: aquele bicho preto que tinha me carregado pela cidade toda, prendeu meu pé. O desequilíbrio me atingiu e quando estava pronta para sentir o concreto contra meu corpo, fui segurada. Os braços de Quinn rodearam minha cintura, dando sustentação ao meu corpo e eu me agarrei aos seus ombros fortes. Ela me colocou de pé, e nossos corpos ficaram tão perto, pude ver o brilho naqueles conhecidos olhos claros. Eu poderia me perder ali mesmo, mas então seus lábios se partiram, dando espaço para a língua que passava por ali. Mordi meu lábio, apertei seus ombros e a puxei mais para perto, em resposta, ela apertou minha cintura. Quinn Fabray me atraia e eu definitivamente queria beija-la.

Antes que eu pudesse chegar aos lábios rosados a minha frente, um barulho me tirou do transe, me fazendo afastar de Quinn. Ela pegou um dos capacetes que havia caído e o amarrou novamente em sua moto. Me sorriu amarelo e apontou para a entrada do edifício, seguimos em silêncio, com sua mão na base de minhas costas, me guiando.

O silencio era presente entre nós duas, de certa forma constrangedor, o que me deixava nervosa, mas tudo se dissipou quando entramos em um dos elevadores do lugar e ela me abriu um sorriso sincero e lindo como sempre. Senti borboletas em meu estomago... Mas o que é isso, Berry. O elevador não demorou para chegar ao segundo andar.

O interior dessa sede era muito parecido com o outro edifício, o grande espaço era coberto por várias mesas, cadeiras e papéis. Os trabalhadores andavam de um lado para o outro ajeitando suas mesas. Quinn, ainda dentro do elevador, me apontou uma mesa mais no fundo, com caixas em cima e minhas duas amigas estavam encostadas nela.

– Rach! – Tina me abraçou, seguida de Mercedes. – Bom te ver, depois de dois longos e trabalhosos dias. Descansei bastante.

– É isso aí garota, também fiz isso. Mas esses seus machucados vão demorar a sair ne? – Assenti, passando a mão no ombro machucado. – Bom, aqui tem algumas coisas nós conseguimos salvar e algumas coisas novas, alguém especial te deixou. – Me piscou e saiu, puxando Tina junto.

Olhei as duas caixas, uma grande e aberta, com minhas fotos, pastas, papéis, alguns arquivos, minhas coisas. Tinha outra menor, fechada. A abri com calma e lá estava um dvd de Funny Girl... Mas espera, ele estava autografado? Senhor, ele realmente estava autografado. Sorri tão abertamente, quase a ponto de chorar, mas outra coisa me chamou a atenção na caixa. Uma foto. Era eu e Quinn, quando éramos pequenas, ela tinha o mesmo sorriso que hoje tanto me encanta, afaguei o seu rosto na foto. Puxei um cartão que estava por último.

Para que você lembre que uma vez eu já estive em sua vida, e agora pretendo não sair tão cedo dela.

Quinn Fabray.

Sorri. Uma semana e Quinn Fabray conseguiu amolecer meu coração.

xxx-xxx

Eu estava sentada entre Quinn e Finn. Ele remexia algo em seu próprio celular e de vez em quando ria, já a loira brincava agilmente com uma das canetas que estavam em cima da mesa, aliás ainda não tinha agradecido a ela pelo presente. Jesse observava o horizonte pela janela, sentado na extremidade. Estávamos na sala de reuniões, há uns trinta minutos, esperando a chegada dos diretores da agencia. Suspirei. Uma risada de Finn e eu suspirei novamente, comecei a batucar meus dedos contra o vidro da mesa, até sentir olhos em cima de mim.

Quinn me observava com os olhos serrados e o lábio mordido. Não pude tirar meus olhos daqueles lábios... Estavam tão perto dos meus mais cedo, pareciam tão macios, convidativos, tão quentes. Subi meu olhar e cheguei aos seus olhos, ao mesmo tempo em que os dela chegaram aos meus. Eles tinham um brilho diferente, mais enegrecido, mas podia-se ver toques cor de ouro na íris verde, estavam tão lindos, cheios de luxúria que me hipnotizaram, como tudo naquela mulher, então um sorriso cafajeste surgiu em seu rosto. Senti meu corpo todo reagir a aquela cena e então foi minha vez de segurar o lábio entre os dentes, chamando a atenção de seu olhar matador. Nós estávamos flertando novamente? Vi seus olhos percorrerem meu corpo. Sim, nós estávamos! Então vamos ver até onde Quinn Fabray chega.

Antes de botar meu plano em ação, a porta se escancarou. Três homens passaram por nós, todos conhecidos por mim: Sr. Casey, Sr. Schuester e o meu pervertido chefe, Jacob Ben Israel, com um enorme curativo na testa que tentava inutilmente esconder o galo que se formou ali. Sentaram os três em nossas frentes, cada um carregando uma pasta.

– Bom dia! – Os três falaram em uníssono, recebendo nossas respostas.

– Se sente bem, Jacob? – Sorri amavelmente para o homem que passava a mão no tal curativo.

– Sim... Parece que algo me acertou na cabeça, não sei o que era. – Seu sorriso cafajeste apareceu e eu logo vi que uma piada vinha por aí. – Se alguém quisesse cuidar de mim... – Senti Quinn bufar e soltei uma risadinha baixa. Se fosse minha loira, quem sabe eu faria isso...

– Muito perigoso Jacob, não se anda correndo por ai sem prestar a atenção. E aposto que você sabe se cuidar bem. – Agora a loira soltava uma risada, lhe pisquei o olho.

– Bom, temos muito que fazer hoje certo? – Sr. Casey começou. – Mas antes quero parabeniza-la senhorita Berry, agente 99 me falou de sua linda façanha. Ela estava tão orgulhosa quanto eu fiquei. – Agradeci ao homem com um aceno e passei meus dedos pelo braço de Quinn, que entendeu o agradecimento e segurou nossos toques ali, com a outra mão. Sorri internamente, como ela poderia ser tão fofa? – Aliás, quero parabenizar a todos, sem vocês nós não teríamos tanto sucesso. – Não sei se ficava feliz pelo que o homem falava ou pelos carinhos que Fabray deixava em minha pele. Mas o que ela estava fazendo comigo? Respondi seu carinho e a senti estremecer. – Mas pelo que vimos, não é tão simples assim.

– Nesses três dias que vocês estiveram em casa, nós estudamos todos os ângulos dessa invasão. – Sr. Schuester tomou a palavra, puxando alguns papéis de sua pasta. – Primeiramente, nós não sabemos quem invadiu...

– Como não?! Quer dizer, existem milhares de pessoas por ai que são perigosas, conhecemos a maioria. Era um exercito e não sabemos quem invadiu?

– Calma Finn. Como eu ia dizendo, não sabemos quem invadiu. Muitos dos homens que conseguimos capturar com vida, ou não nos respondem de jeito nenhum ou até morrem. Já cuidamos deles, mas nada nada que possamos fazer... Restaram poucos. Segundo, nas nossas buscas, percebemos que muitos arquivos sobre agentes foram roubados, dos que estão registrados aqui. E desses nomes que foram roubados – Passou a página. – os agentes estão sendo atacados. Três agentes foram atacados e até um deles morreu. Estamos os levando para as agencias, para que fiquem seguros. Só nos restaram dois nomes. Senhorita Berry e Fabray.

Eu estava em choque. Quinn arqueou a sobrancelha, sua mão que eu afagava correu pelo meu ombro até chegar no meu braço, ela apertou dando conforto e deixou ali. – Mas porque meu nome e o de Rach – Rach? Apelido fofo essa hora? – estavam seguros? Quer dizer, sou registrada aqui e ela trabalha aqui.

– Tivemos que levar a pasta da senhorita Berry, iriamos lhe dar a chance de ser agente de campo. – Casey me sorriu, mas eu ainda estava estática. – E o da senhorita estava em transição. E eis a questão da reunião... Vocês duas irão em uma missão. – Nós vamos o que? Eu sempre soube que queria isso como vida, mas escutar que realmente ia conseguir, isso me apavorava. Olhei séria para Quinn, ela simplesmente sorriu e apertou minha mãe. Uma onda de conforto me segurou, mas ainda sim eu estava meio que apavorada. – Não agora, faremos mais pesquisas, veremos o que acontece com os agentes que tem suas identidades por ai, falaremos com os homens que temos presos e vamos ajeitar a missão de vocês. São os nomes cotados pois sei que farão uma boa dupla e são as poucas que tem o nome seguro.

– Senhor... Eu sei que fiz treinamento e tudo, sei que me saí bem com a invasão, mas...É uma missão de verdade, mesmo querendo, isso meio que me apavora. – Sr. Schuester e Casey me sorriram compreensivo.

– Não se preocupe, o tempo que temos para ajeitar isso, a senhorita vai sofrer de um treinamento intensivo com o melhor grupo que temos. – Schuester passou a página. – Esses três agentes que estão ao seu lado vão lhe ajudar. Todos de uma maneira diferente, e quando chegar a hora, sei que vai estar preparada. – Se inclinou na mesa para mim. – Não se preocupe com nada senhorita Berry, temos tudo sob controle e não vamos deixar que nada lhe aconteça. Sua carreira de espiã vai começar em grande estilo.

Ficamos em silencio por um tempo. Eu ia ser treinada por meu melhor amigo, o dos cabelos cacheados que não era exatamente meu fã e pelo anjo loiro ao meu lado? Eu ia ser uma agente de campo e honrar o meu pai? Minha vida tinha se transformado de uma maneira tão boa, tudo que eu já quis estava acontecendo e a minha loira, minha amiga do meu lado, como nos velhos tempos.

Senti-a apertar e fazer carinho de leve em meu joelho, me tirando dos meus sonhos. Sorri-lhe e percebi que Jacob olhava nossa interação pelo vidro da mesa, Quinn olhou na mesma direção e bateu no tampo, tirando a atenção a atenção do homem, rosnando baixo. Mas que... Possessiva?

– Entenderam tudo até agora? – Assentimos para Casey. – Agora, Rachel, temos uma ultima ideia... Mesmo com sua pasta em nossas mãos, não temos certeza se eles sabem ou não de seu nome, assim como o da senhorita Fabray, esperamos que não. Ainda sim, por segurança, temos uma proposta... Que a agente 99 vá morar com a senhorita por um tempo. Ela pode protegê-la, e com as duas perto, podemos protege-las melhor, além do mais, vão ter tempo para se conhecer, virarem – Olhou para a interação da mão de Quinn ainda em meu joelho. – mais amigas. Assim, quando chegar a hora da missão, não ficarão acanhadas nem desconfortáveis.

– Eu adorei. – Quinn sorriu marotamente para mim, apertando meu joelho e me fazendo rir. – Vou adorar passar meu tempo com a Rach. – Seus olhos enegreceram novamente. – Adorar.

– Ah... Por mim, tudo bem, vai ser ótimo ter a Quinn comigo. – Realmente ótimo.

– Sexy... – Todos olharam para Jacob, que enrubesceu notoriamente. – Esse machucando dói... Dói. – Casey revirou os olhos, divertido.

– Então pode mesmo acolhe-la, certo? – Assenti. – Então ok senhorita Berry, vamos ajeitar as coisas da agente 99 e a levaremos ao seu apartamento, junto com a mesma, amanhã. – Assenti novamente com um sorriso no rosto. – Bom... Como pelo visto, toda essa reunião foi entendida, acho que não precisa mais ficar nessa chatice. – Me piscou o olho. – Vá para casa, ajeite seu apartamento, o dia de folga. As coisas serão levadas pela tarde de amanhã.

– Hm... Acho que ok. Então posso me retirar? – Os homens assentiram. Me levantei e acenei para todos. Abracei Finn e beijei a bochecha de Quinn, deixando uma marca fraca de batom. – Estarei te esperando em casa, até. – Sussurrei com uma rouquidão absurda. Quinn simplesmente se tremeu toda, me fazendo gargalhar. Com outro aceno saí da sala. Pelo visto agora a conversa ficaria mais séria.

xxx-xxx

No outro dia.

Carreguei a ultima das três caixas de Quinn para o quarto, e nossa como elas eram pesadas. Tinha chegado em casa uma hora depois de ter sido mandada embora, ontem, passando antes por um supermercado para comprar alguma coisa que, na minha opinião, Quinn comia. Arrumei o apartamento do melhor jeito possível, dando maior atenção ao quarto de hospedes, que no caso é onde ela ficará. A cama grande de casal era coberta por um lençol branco, assim como as cortinas, um guarda-roupa preto e vazio tomava a parede que ficava de frente para a janela e uma escrivaninha terminava de decorar tudo. Ela me ligou ontem a noite, para ter certeza que estava tudo bem, conversamos por algumas horas de uma forma tão descontraída que nem parecia que nós havíamos nos encontrado há pouco tempo. Quinn me deixava tão confortável, segura e tinha aquele sorriso de me dar borboletas na barriga.

A noite caiu e com ela minha fome, senti minha barriga roncar, já chegavam as nove horas da noite e nada da loira. Puxei o celular da mesa de centro da sala, quando a campainha finalmente tocou. Eu nunca tive ninguém morando comigo, nunca tive uma colega de quarto, mas tudo tem a sua primeira vez, ne? Arrumei minha roupa, amarrotada pelo sofá e fui em direção a porta e que senhora colega de quarto essa minha.

Quinn estava na minha porta, segurando um capacete em um braço e sua jaqueta no outro. Usava as mesmas botas do outro dia, mas seu jeans agora era mais claro e uma blusa regata preta, colada ao corpo, evidenciando algumas poucas curvas. Mais uma vez senti o olhar de luxuria e ela me despir com os olhos. Por incrível que pareça, eu gostei. Mas ora, ela era Quinn Fabray e meu lado cafajeste não ia negar que ficava louco com ela.

– Boa noite Rach... – A abracei, puxando-a para dentro logo em seguida. Ela olhou em volta, ainda com o braço em minha cintura. – Belo apartamento. Fico feliz que tenha me aceitado aqui, quer dizer, sei que é diferente...

– Tudo bem Quinn, é uma honra. Nunca fui de morar com ninguém e confesso que é meio estranho, mas estou animada, então espero que se sinta em casa. – Puxei os objetos da sua mão, os colocando na bancada que dividia a sala e a cozinha, lhe aponte o sofá e assim ela fez, sentando-se. – Naquelas caixas vêm suas roupas?

– Não, fiz compras hoje e amanhã vou busca-las. – Nossa, desculpa ai ne? Ela riu com minha cara. E mais uma vez minha barriga roncou. – Está com fome? – Assenti. – Fez alguma coisa? – Neguei com vergonha, ela sorriu. – Conheço uma pizzaria ótima, podemos pedir uma pizza e conversar um pouco, que acha?

– Ótimo, faz o pedido e posso lhe mostrar seu quarto... – E um sorriso lindo, aquele que me da borboletas no estomago apareceu. Sorri de volta. Pelo visto, morar com ela seria ótimo.


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Notas finais do capítulo

Bom, considerações ao episódio dessa semana de glee e ao Cory em Soul Meets Body, se quiserem ler.
O que acharam? Continuo a história desse jeito? tenho que mudar algo? me deem opiniões.



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