Gênesis: O Inicio Do Fim (Interativa) escrita por Alex Maxssuel


Capítulo 3
Bem-vindo a Gênesis.


Notas iniciais do capítulo

Bem, desculpem por qualquer erro, ficou um pouco monótono eu sei, mas é mais um capitulo introdutório mesmo, como um primeiro dia de aula em escola nova, onde todos já são amigos, e vc está tenso demais para tentar falar com alguém. mas acho que está rasoavel. Ficou maior que o esperado, por isso agradeço por ceder seu tempo para ler. Boa leitura.



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Acordei meio zonzo. Lembrava-me vagamente dos acontecimentos de anteriormente. Lembrava apenas três coisas: 1º - Ontem foi meu aniversário, 2º - Eu tinha sido atacado por alguém e só me lembrava de olhos vermelhos e por ultimo, eu havia matado meu melhor amigo.

Estava em uma sala semelhante a um hospital, com camas de ferro e colchões desconfortáveis. Cortinas brancas me impediam de ver o restante do lugar. Na cabeceira ao meu lado estava um copo com água e uma prancheta médica.

–Paciente encontrado desmaiado no portão da escola. -Li em voz baixa. -Como suspeitávamos, o paciente é um de nós. Nome, origem ou habilidades até então desconhecidos.

–Finalmente acordou! -Disse uma voz feminina, impaciente do outro lado. -Achei que iria me tornar um fóssil de tanto esperar.

A cortina se abriu revelando uma garota do outro lado, se fosse chutar pelo tamanho daria uns 10 anos de idade mas pelo seu rosto sabia que era um pouco mais velha, entre uns treze e quatorze anos. Ela cruzou os braços empinou o nariz com superioridade e começou a bater o pé irritada, pensei ter visto faíscas saírem dela, mas não confiava em minha visão já que estava zonzo e confuso. Ela vestia uma jaqueta que parecia ser de couro, tênis e calça, todos pretos. A fitei ainda em silêncio, as memórias de ontem ainda estavam muito frescas, sentia-me um lixo, não tinha vontade nem se quer de falar.

–Você é surdo ou só idiota? -Disse ela vindo para meu lado, ela pôs as mãos na cintura, inclinou o corpo para perto do meu rosto e me encarou, só então percebi o quão pequena ela era, parecia ter pouco menos de 1 metro e 50.

–Olha!Vejo que já estão conversando. -Disse uma voz vinda de trás da garota, poucos segundos depois um homem de jaleco e óculos apareceu em minha frente. Era careca e tinha uma expressão bondosa.

–Tentando. -Ela bufou, depois colocou o dedo indicador em minha bochecha e começou a girar a mão, afundando levemente o dedo em minha bochecha. -Mas parece que ele não é muito de conversa.

Distanciei-me da garota e me ajeitei, sentando na cama.

–Então, qual é o seu nome? -Perguntou o senhor de jaleco. -Eu sou Edward, o manda-chuva desta escola. Ou pelo menos da enfermaria.

–Sou Alecssander, -Respondi. -Alecssander Kazuya.

–Bem, ele já acordou doutor. E veja só. -Ela disse abrindo os braços em minha direção como se eu fosse uma atração de circo. -Ele fala. A propósito, sou Myranda Tsuka.

–Ignore a garota. Ela só esta um pouco inquieta, disse a ela que só poderíamos sair daqui quando você acordasse, e também esse é o primeiro dia de vocês como alunos da Gênesis, escola de controle e treinamento de pessoas especiais.

Pisquei o olho descrente, pensei ter ouvido errado. Gênesis? Aquela Gênesis? O lar de monstros e aberrações, “monstro” ouvi a voz de Luana sussurrar em minha cabeça.

– O lar de monstros. Sim, esse é o meu lugar. -Pensei alto.

Um tapa em meu ombro fez com que meu corpo se movesse para frente.

–Eu não sou um monstro. -Disse Myranda serrando os dentes, faíscas saiam de seu corpo faltando freneticamente. -Diferente? Sim. Um monstro? Definitivamente não.

–Sim. Sim, ninguém aqui é um monstro, pelo contrário, somos anjos protetores da humanidade. Somos privilegiados, não amaldiçoados. -Falou o doutor, como se fosse um discurso que já estava cansado de dar. -Mas agora temos assuntos mais urgentes para tratar. Venham, vamos decidir para qual sala vocês vão.

Em outra ocasião eu teria tentado argumentar, fugido ou me recusado a ir, porém, agora que soube, do pior jeito de todos, o quão perigoso eu sou e sabia que aquele era o meu lugar.

A enfermaria onde nos encontrávamos era toda pintada de branco, com vários quartos um do lado do outro, todos iguais, com portas azuis numeradas de 1 a 15 do lado esquerdo e de 16 a 30 do lado direito.

O dia estava bonito, o sol brilhava no céu azul sem nuvens, era um dia quente, mas apesar disso uma brisa refrescante passava por nós uma hora ou outra.

–Pelo visto ela está de bom humor hoje. -Suspirou o doutor após olhar para o céu. Ele nos olhou e percebeu nossas caras confusas, mas logo gesticulou para esquecermos e seguíssemos em frente.

O som de metal contra metal estava cada vez mais alto. Gemidos de dor e gritos de euforia tornaram-se audíveis à medida que caminhávamos. O lugar era enorme e cercado por grama, havia algumas pequenas casas que julguei sendo armazéns ou coisas do gênero. Diversas trilhas asfaltadas, tão largas que dois carros poderiam passar por elas sem dificuldades, serpentavam o local conectando casas e caminhos. Jovens uniformizados passeavam pela grama correndo, conversando, brincando ou soltando fogo uns nos outros. O doutor os mandou parar, afirmando que isso poderia machucar alguém ou por fogo na escola, mas os garotos só assentiram e continuaram a disparar fogo pelos dedos.

–Chegamos. -Disse o doutor.

A trilha em que estávamos terminava perto de um enorme terreno baldio, não havia trilhas, casinhas, ou qualquer outra coisa além de grama e pessoas. Lá longe vi um grupo de no mínimo vinte pessoas conversando em uma roda, todos sentados exceto por uma figura negra e um garoto que vinha em nossa direção. Apesar do dia estar quente o garoto vestia três casacos de frio, um encima do outro, também vestia uma calça e luvas, ambos muito grossos, um par de botas, um gorro e um cachecol.

–Este é Simon. -Gesticulou Edward, apontando para o homem.

Ele parecia ter 19 anos mas não tinha certeza pois graças ao cachecol e o gorro não pode ver muito bem seu rosto. Era um garoto pálido, de cabelos escuros, com lábios finos e olhos negros tão inexpressíveis quanto seu rosto. Era como se tivesse o rosto congelado naquela expressão.

Estendi a mão, o que deixou o doutor um pouco apreensivo e assustado como se tivesse pegado uma criança tentando enfiar um prego em uma tomada. Simon continuou do mesmo jeito, me lançando um olhar tão frio quanto a temperatura que ele devia estar sentindo.

Myranda moveu-se em minha frente e tentou apertar a mão de Simon, mas antes que pudesse sequer tocar no garoto ele se afastou e passou por nós sem dizer uma palavra.

–Garotinho mal-educado. Alguém precisa dar uma lição nele. -Resmungou ela. -Se eu tivesse com a minha katana de madeira teria sido bem diferente. Em falar nisso cadê...

–Como podem ver, Simon não é de falar muito. -Interrompeu Edward, encarando Myranda com desaprovação. -Agora vamos conhecer os outros.

Caminhamos em direção ao grupo, ao nos ver o garoto de preto sorriu. Ele vestia um sobretudo negro que estava repicado embaixo como se diversos cachorros o tivessem rasgado com suas presas, seus cabelos negros bagunçados voavam com o sopro do vento e seus olhos azuis elétricos nos fitavam de forma estranha, como um cachorro ao ver um bife em sua frente, o olhar de um predador quando encarava sua presa.

–Mike. -Falou o doutor. -Faça-me um favor e encaminhe esses novatos para suas respectivas salas? E peque leve com eles, eles acabaram de sair da enfermaria.

O Garoto assentiu com a cabeça. Após receber a confirmação Edward saiu apressadamente, como se tivesse terminado o seu trabalho indo em direção a enfermaria. O garoto, que acreditava ser Mike nos chamou, movendo o dedo indicador. Ao chegarmos perto o suficiente ele nos encarou em silêncio, com um olhar penetrante que parecia olhar dentro de minha alma, centímetro por centímetro, depois ele assentiu satisfeito, abriu um longo sorriso se espreguiçou, estralou alguns ossos, e fez um rápido aquecimento, depois disso ele nos fitou e se pôs em posição de batalha.

–Em pouco tempo saberão qual serão suas classes. -Disse ele de forma obscura. -Contando que saiam desse exame vivos, é claro.


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Notas finais do capítulo

Gomen tava sem ideia pro final hiaiahia. Então como ficou seus personagens? reclamem se ficou ruim, ou mostrem oq gostaram e querem que eu mantenha. Ficou bom? mereço comentários? Obrigado por lerem e até semana que vem.