A Herdeira de Ravenclaw escrita por Bruna Gioia


Capítulo 15
Mirella Barner




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Ainda acho que O Isaac simplesmente se enganou por me dar a Felix Felicis. É...muito...valiosa para se dar de presente. Mas, eu gostei muito. Porém, não preciso de tanta sorte assim quanto ele falou.

Acordei em uma sexta-feira enevoada. As montanhas não eram vistas, graças a névoa. A única coisa que conseguia pensar era que eu teria treino de quadribol hoje. E... animada era um adjetivo muito diminuto para o que eu estava sentindo.

Enfim, estou agora no Salão Principal, tomando café. Isaac resolveu assinar o Profeta Diário agora. Não sei bem o porquê.

–Ora, para me manter informado! É importante. -Era sempre a sua desculpa.

–Tudo bem, só acho engraçado. -Eu respondia.

Olhei para o céu, começando a pensar no que comer para o café, quando...

–Pelas Barbas de Merlin! -Isaac começou. -Não é possível! Ela fugiu!

–O quê? Quem fugiu? -Eu falei, tirando o jornal da mão de Isaac.

Encarei perplexa aquele papel. Na primeira folha, havia a foto de uma mulher de cabelos lisos escorridos e loiros, e olhos cinzentos. Ela já tinha sido bonita algum dia, mas não hoje. A mulher fazia uma cara de intimidação, como se não se importasse com quem a estava olhando. Logo quando a vi, reconheci aquele rosto cansado.

–Mirella Barner. -Eu disse.

– Hã? Mas... Como? -Victoria perguntou, espantada.

–Como eu vou saber? -Respondi.

–Foi uma pergunta retórica, engraçadinha. -Victoria retrucou.

Suspirei.

–Er... quem é essa? -Charlie perguntou.

–O quê? Como assim "quem é essa"? Como alguém pode não saber quem é Mirella Barner? -Retrucou Victoria.

–Vicky, querida. Charlie é nascido trouxa. Ele não sabe quem é ela. Não se exalte. -Bom Charlie, -Eu disse, me dirigindo a ele. -Mirella é uma assassina terrível. Há 7 anos, ela matou uma família inteira, só porque eram nascidos trouxas.

Charlie me respondeu engolindo em seco.

Parecia que todos os alunos já sabiam da nova notícia. Alguns olhavam para os lados, quem sabe pensando que Mirella Barner estaria no corpo de um estudante.

...

Me dirigi à aula de Feitiços.

O Professor Flitwick já nos esperava em sua mesinha.

–Boa- tarde a todos! -Começou ele. -Hoje, vamos aprender um novo feitiço. O nome dele é Aquamenti. O que é Aquamenti? É um feitiço que libera um jato de água da varinha. Esse jato pode depender da intensidade, é claro...

O resto da aula foi bem legal, tirando o fato de estarmos todos molhados por praticar o feitiço.

As outras aulas se passaram como em um filme, em câmera lenta, é claro.

Mas, tinha chegado a hora dos treinos, e confesso que estou um pouco nervosa.

Estávamos nós, todo o time, no vestiário.

O time de quadribol da Corvinal era formado por Benjamin Lewis, um dos artilheiros, e capitão. Um outro artilheiro era Liz Sparks. Ela era simpática e muito bonita. O último artilheiro é Russell. O goleiro era o Jack Murphy. Os batedores eram Dave Dixon e Steve Phillips. Eles são muito engraçados e acabam animando o jogo.

A apanhadora, é claro, sou eu. Alicia Scott.

–Bom, queremos um bom treino, certo? -Disse Benjamin. - Ah, e... Alicia, não se sinta nervosa. É apenas um treino. Então, se concentrem, e que Rowena Ravenclaw esteja conosco.

Ela vai estar, pensei.

O treino foi muito divertido, e... pelo menos fizemos um bom trabalho. Liz fez vários pontos, porém, Jack jogou muito bem. Ele defendia com a agilidade de um felino. Dave e Steve rebateram muitos balaços.

–Chega por hoje! Foi um ótimo treino. -Exclamou Benjamin.

Saí do campo, em direção ao grande castelo.

Subi as escadas para o dormitório das meninas. Ainda eram 19:00. Tomei um banho e desci para a sala comunal da Corvinal.

Isaac estava sentado, conversando com John, aquele amigo de cabelos cacheados dele.

John tinha um sorriso meio tímido, mas era uma pessoa bem legal.

–Mas, você acha que ela vai se dar bem como apanhadora? -John perguntou.

Olhei para os dois, desconfiada. Ótimo, estavam falando de mim.

–Er... Eu...-Começou Isaac.

–Ah, nem precisa disfarçar, coisa loira. Sei que estão falando de mim. -Eu disse.

–Estamos nada. Coisa morena. -Retrucou Isaac.

–Tudo bem, acredito. -Respondi, rindo.

Ficamos conversando sobre quadribol, até que John se cansou e foi dormir.

–Ah, não aguento mais esse negócio de Mirella Barner. As pessoas falam disso o tempo inteiro! -Disse Isaac.

–É, comigo também está sendo assim. Todos têm muito medo dela. -Eu respondi.

Isaac olhava para todos os lados, menos para mim. Como se tivesse medo de me encarar.

–Ally, eu... preciso falar uma coisa com você. -Disse Isaac.

–Fale. -Respondi.

–E se... a Mirella Barnes tivesse fugido por um... propósito? -Ele começou. -E se... ela estivesse atrás... de um objeto específico?

Isaac pronunciou cada palavra com cuidado, como se tivesse medo de que eu explodisse.

Mas, a única coisa que eu consegui pensar foi: Ah, não.

Não, não, não.

–Agora... agora que eu iria ter uma... vida normal. -Conclui. -Não pode ser, Isaac, é impossível.

A única coisa impossível é a impossibilidade, Ally, pensei.

–É. Mas, também, é só um palpite. Não quer dizer que seja verdade. -Disse Isaac.

–É. Mas a maioria dos seus palpites são verdadeiros, sua... coisa loira! -Eu falei, irritada.

Isaac apenas sorriu.

–Então, vamos apenas torcer para que esse não seja verdade, tudo bem, coisa morena? -Ele me perguntou.

–É... tudo bem. -Respondi, chateada. -Acho que vou subir, estou com sono. -E estava mesmo.

Subi as escadas para o dormitório feminino.

Minhas colegas de quarto já estavam sentadas em suas devidas camas, e conversavam.

–Mas, ela é muito perigosa! -Disse Verônica.

Nem precisei perguntar quem era.

–É. Imagine só: Nós, alunos, dormindo em nossas confortáveis camas, até que uma assassina sanguinária entra pela janela e mata todas nós? -Falou Ária.

–Ninguém vai entrar em nosso quarto! Dumbledore lançou ele mesmo, um monte de feitiços e encantamentos em torno da escola. Ninguém vai se ferir. -Eu expliquei.

–Exatamente. A Alicia tem razão. -Concordou Clarie. -Além do mais, que assassino entraria em uma escola, sem nenhum propósito?

Engoli em seco. Sentia muito em pensar que ela tinha sim, um propósito.

Porém, meus pensamentos foram interrompidos por batidas na janela.

Minha grande coruja de penas vermelhas sobrevoava minha janela. Eu abri-a e a ave entrou.

Ouvi "Uau, que linda!" das minhas colegas de quarto.

Ezylpro aterrissou em cima do parapeito da janela. Tirei o envelope de seu bico.

A coruja piou, indignada pelo fato de eu não ter comida para ela.

–Me desculpe, mas não tenho petiscos para você hoje. Depois te dou alguma coisa. Sem ressentimentos, por favor, meu ruivo. -Eu disse para a coruja.

Ezylpro piou, bem menos chateado.

Abri a carta:

"Alicia!

Estamos tão, tão, tão orgulhosos de você! Nossa bonequinha agora é apanhadora! Seu pai está morrendo de orgulho, assim como eu.

Estamos muito felizes por você ter encontrado o tão precioso Diadema. Só espero sinceramente que você tome cuidado com ele, e que passe as férias de Páscoa conosco.

Muitas e muitas saudades! Estamos muito orgulhosos!

Com muito amor,

Mamãe e Papai.

PS: Elizabeth começará a mesma carreira do papai! Ela mandou um beijo para você."

Sorri. Minha irmã vai ser auror. Não imagino ela assim, mas tudo bem.

Elizabeth é completamente o contrário de mim. Ela é arrogante e antissocial. Tem a pele um pouco mais morena, olhos e cabelos castanhos. Ela é legal. Mas, nós brigamos quase sempre. Não sei se isso é bom.

Fechei o envelope.

Minhas colegas de quarto me encaravam, curiosas.

–É dos meus pais. -Falei, por fim.

Sentia que elas gostariam de mais informação, mas eu tinha preguiça de contar.

Então, fui dormir.


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Notas finais do capítulo

Esse.Capítulo.Não.Está.Muito.Criativo. Porém, eu espero que vcs gostem, que comentem, review, etc.~Mirella is diva~



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