Corporal's Rules escrita por Rivaille


Capítulo 6
Capítulo V


Notas iniciais do capítulo

Eu particularmente gostei muito de escrever esse capítulo. Espero que gostem ♥



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Diferente de todos os dias, hoje era um dia bom. O motivo? Era sábado. Eram poucas as vezes que os membros da Tropa Exploração podiam relaxar e esquecer pelo menos por um dia que por fora dessas muralhas existem aberrações.

A sala de jantar estava cheia com soldados que conversavam animadamente sobre o que fariam no seu dia de folga. Em uma mesa estava Jean, Eren, Armin, Sasha, Mikasa e até mesmo Hanji. Ela era bem mais velha que esses pirralhos, porém a mesma adorava estar perto deles.

— Garotos e garotas, o que vocês querem fazer hoje? – Hanji perguntou animada, enquanto os outros o observavam e ao mesmo tempo tomavam seu café da manhã.

— Que tal aproveitarmos o dia hoje? Poderíamos dar uma festa de noite. – Jean deu a ideia que foi recebida de forma positiva pelos colegas.

— Está louco? O capitão Rivaille simplesmente nos mataria, e ele nunca permitira algo desse tipo. – Armin falou tentando por um pouco de juízo na cabeça do colega.

Mikasa apenas observava os colegas, ela preferiu ficar calada sem dizer nada. A garota ainda se sentia um pouco “quebrada” desde o dia de ontem que havia sido bastante cansativo para ela.

— Amei sua ideia, loirinho. – Hanji falou animada. Ela simplesmente adorava festejar. – Bom, sobre o “fator Rivaille”, vocês podem deixar comigo. Eu posso cuidar daquele cabeça dura.

Eren que também estava ali e até agora não tinha pronunciado nenhum som soltou um suspiro de frustração. Se aquilo tudo desse errado seriam eles que teriam que pagar pelo castigo do Heichou. Não era fácil ter que limpar um castelo inteiro por várias vezes pelo capricho do Heichou.

[...]

— Levi, precisamos conversar. – Hanji praticamente invadiu o escritório do Corporal.

— Quatro olhos, você já percebeu que tem uma porta e que você deveria bater nela antes de entrar no meu escritório? – Levi falou de forma rabugenta, o que já era típico para Hanji. Desde que conheceu o amigo, ele sempre teve essa marcante personalidade.

— Deixe de ser rabugento. – Hanji falou animada. Bom já estava na hora de soltar a “bomba”. – Eu quero te pedir algo.

— A resposta é não. – Levi cortou a mulher, o que a deixou frustrada.

— Você nem sequer me deixou terminar de falar. – Hanji suplicou, o que o deixou irritado. Hanji era muito insistente na opinião dele.

— Vindo de você eu já prevejo que não será algo bom. – Agora ele tinha parado de prestar atenção nos papeis que estavam em cima de sua mesa e deu atenção a Hanji.

— Então é ai que você se engana. Eu estive conversando com alguns soldados hoje na hora do café da manhã e tivemos uma ideia de entretimento para o dia de folga.

Levi continuou a observar a mulher que falava animada, enquanto bebericou um pouco de seu chá que se encontrava em cima da mesa.

— E qual é sua ideia de entretimento, Hanji? – Levi não queria demonstrar que estava curioso para Hanji, mas ele realmente queria saber o que ela fazer para entreter todos esses soldados.

— Uma festa! – Hanji falou num tom de animação ao extremo. – Eu quero que você autorize para que demos uma festa.

— Definitivamente não. – Rivaille voltou a dar atenção aos papeis. Era previsível que Hanji viria com ideias insanas.

— Por que não? – A mulher perguntou frustrada.

— Você perdeu o pouco de sanidade que você tem? Pense comigo: festa, pirralhos bêbados, uma terrível bagunça dentro do castelo. Você parou para pensar na sujeira que vai ficar esse local depois dessa sua ideia insana? – Levi se alterou um pouco falando em um tom de irritação.

Não era a primeira vez que Hanji vinha com esses tipos de ideias para cima de Levi. O que ele tentava entender é de onde que aquela mulher tirava tanta animação para fazer essas coisas estupidas?

— A sujeira não é problema Sr. Limpeza. Eu faço os pirralhos limparem tudo no outro dia. – Hanji tentou convencer o homem, coisa que seria muito difícil.

— Não, Hanji. Eu já dei minha resposta final, agora você já pode se retirar.

— Argh, eu odeio fazer isso, Rivaille. Eu juro que se você nos permitir dar a festa eu limpo esse maldito castelo por uma semana.

Levi parou de fazer o que ele estava fazendo e voltou a dar atenção à mulher. A oferta era tentadora. O Heichou iria adorar ver sua colega de trabalho sofrer por uma semana. Não que ele fosse diabólico, mas ele queria ver sua amiga sofrer um pouco.

— Ok. Eu deixo você fazer essa estupida festa, porém quero que no outro dia esse castelo esteja brilhando. Quero que esses pirralhos não deixem nenhuma sujeira nesse castelo.

Hanji havia concordado com todas as exigências do Corporal, e logo após saiu da sala do mesmo praticamente pulando de alegria. Ela mal esperava para contar aos garotos que ela havia conseguido convencer o Corporal os deixar fazerem uma festa.

[...]

Hanji havia avisado a todos que na próxima hora todos podiam descer para o saguão por que a festa ia começar.

— Mikasa, você precisa ir. – Sasha suplicou pela milésima vez.

— Ok, Sasha! – Mikasa havia finalmente se rendido depois da amiga ter praticamente implorado. – Mas já vou avisando que não vou beber nada que tenha álcool.

— Ok, portanto que você vá já me deixa feliz. Eu finalmente quero falar com Connie. Você sabe, eu meio que gosto dele. – A garota falou corando.

[...]

— Adivinha quem eu consegui trazer para festejar conosco? – Hanji falou animada para o garoto loiro do seu lado.

— Quem? – Armin perguntou curioso.

— Rivaille! – Hanji falou com um sorriso orgulhoso no rosto.

Já Armin quase cuspiu o que bebia. Não era normal ver o Heichou em situações como essa, mas era Hanji, ela conseguia convencer a todos.

— Olha só quem chegou! Meu convidado favorito! – Hanji abordou rapidamente Levi.

— Tecnicamente eu não sou um convidado, já que também moro aqui. E é exatamente como eu te falei Hanji. Olha o tanto de pirralhos fazendo bagunça, e olha que isso é só o começo, quero ver quanto a maioria deles estiverem bêbados. – Rivaille falou irritado.

— Não se preocupe com isso. O combinado já está feito e não tem como volta atrás. – Hanji falou vitoriosa.

Rivaille deixou Hanji falando sozinha e foi sentar-se em um cantor qualquer, até notar a presença de certa garota de cabelos pretos. Era exatamente quem ele estava procurando, já que ele precisava devolver o cachecol da garota.

— Ackerman, você por aqui? Não sabia que gostava disso tudo.

— E nem eu pensava que você gostava de festas para pirralhos, né? – Mikasa falou irritada. Ela ainda não havia perdoado pelo treinamento.

— Acho que isso pertence a você. – Ele levou um tecido vermelho que Mikasa conhecia muito bem.

— Oh, graças a Deus. – Mikasa falou pegando da mão do Heichou.

— Agradecer às vezes seria bom. Ah é, me esqueci. Você não gosta muito de agradecer, certo? Já que eu salvei sua vida e nem ao menos um “obrigado” eu recebi.

— Muito obrigado, Heichou. – A garota falou agradecida. O que fez o Corporal sorrir – bem pouco – mas ele havia sorrido.

[...]

As horas haviam se passado e várias pessoas já estavam bêbadas, inclusive certo Corporal havia sido embebedado.

— Mikasa! - Hanji chamou atenção da garota que estava passando justamente na frente de Hanji.

— Hanji, você está bêbada? – Mikasa perguntou ao ver o estado da superior.

— Apenas um pouco, mas ele ali. – Hanji apontou para Mikasa que conversava com Jean e Armin. – Está bem pior, amanhã provavelmente ele vai morrer de ressaca e é por isso que eu te peço para que leve ele pro quarto dele. Acho que já chega pra ele.

Em outras circunstancias Mikasa nunca aceitaria tal pedido, mas ela devia um favor ao Corporal. Até por que ela era a nova “babá” dele.

— Rivaille, vamos. Eu vou te levar pro seu quarto. – Os três rapazes olharam para Mikasa. As bochechas de Rivaille estavam coradas por conta da bebida e seu cabelo estava totalmente bagunçado, sem contar com as roupas do Heichou. O paletó do terno que ele usava no começo havia sido perdido e alguns botões de sua camisa estavam abertos.

— Ouviram isso pirralhos? Mikasa vai me levar para o quarto. – O Corporal falou rindo, fazendo Mikasa revirar os olhos.

— Rapazes se me dão licença, Hanji pediu para eu leva-lo pro quarto. – Mikasa explicou a situação para Armin e Jean.

— Maldita quatro olhos. Sempre estragando minha diversão. – Rivaille resmungou e se levantou, mas ao se levantar cambaleou e quase foi direto pro chão.

— É sério isso? – Mikasa falou deixando o Corporal apoiar os braços em volta de seus ombros.

— Oe Ackerman! – O Heichou resolveu puxar assunto já que desde a saída da festa ela não tinha tido nada. – Tem tantas portas nesse lugar... Qual é o meu quarto? – Rivaille falou de forma lenta e arrastada por conta da bebida.

— Essa aqui. – Mikasa falou apontando para uma porta. – Me de suas chaves para eu abrir.

— Um momento. – O Heichou começou a procurar nos bolsos e o que estava demorando de mais.

— Chaves? – Mikasa perguntou, não era tão difícil assim achar chaves.

Depois de um tempo finalmente o Heichou havia conseguido achar a chave. Ao entrar no quarto do Heichou, Mikasa percebeu como ele era um homem organizado, o que era bastante obvio já que ele era obcecado por limpeza.

— Ackerman, já te falaram que você é muito bonita? – O Heichou falou com um sorriso bobo no rosto. – Você é tão bonita que eu tenho vontade de te beijar às vezes. – Rivaille falou como se fosse algo normal.

— Rivaille, eu acho que você deveria dormir. – Mikasa tentou desviar o assunto.

O Heichou se levantou da cama e se aproximou da garota, o que a deixou sem reação.

— Sabe, no dia que eu e você treinamos... Eu queria te dizer que você era boa, mas eu não consegui. Eu sou um idiota, né? – Rivaille falou totalmente bêbado. – Eu estou cansado Ackerman e eu agradeceria se você deixasse meu quarto agora.

Mikasa de imediato deixou o quarto. Sim, definitivamente Rivaille só podia estar muito bêbado para dizer tais coisas a ela, porém o mais estranho foi uma certa agitação no estomago depois de ouvir as palavras do Heichou.


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Notas finais do capítulo

Espero que gostem! Não se esqueçam de deixar seu comentário!