– Bem, recebi informações de Quíron sobre nossa missão. Nós viajaremos de avião até a Grécia. Depois teremos que seguir nós mesmos pelo nosso caminho...

– Avião? – falou Percy – Tem certeza? Temos filhos de Hades, e bem, de Poseidon aqui...

– Os deuses lhe concederam permissão. Amanhã todos devem estar as 16h na Casa Grande, prontos para partir...

– Certo! É melhor irmos dormir – Falou Larry – amanha será um longo dia...

– Esperem – falei – Não seremos os únicos semideuses nesta missão.

– Como assim? – perguntou Nico

– Não sei. Quíron não me disse mais nada sobre isso. Mas acho que encontraremos mais semideuses no caminho.

– Isso é bom ou ruim? – Disse Clary.

– Não sei... vai depender do semideus – disse Jason.

– Então teremos que viajar para descobrir! Até amanhã pessoal – disse Larry indo em direção a porta.

Aos poucos todos foram saindo. Também ia sair, não queria dormir ali hoje... Além do mais, gostava mais do chalé de Atena. Recolhi algumas coisas minhas do chalé que havia levado para estudar e quando me virei, Percy ainda estava ali...

– O que você quer? – perguntei. Não queria ser grossa, mas estava cansada.

– Calma, mocinha – abri um sorriso... tomara que Jason não estivesse escutando isso – Só queria saber se você está bem... Ando te achando meio estranha...

– É que... não, não... não tenho nada...

– Não me engane, senhorita...

– Ta certo. Estou sobre muita pressão. Sempre quis liderar uma missão, mas é muito difícil. E tudo isto que está acontecendo. Parece que está tudo errado. Parece que voltei a ter 6 anos. Indefes....

E ele me abraçou. Um abraço sincero. Me senti bem, protegida e segura. O abracei também. E comecei a chorar. Um choro que estava trancado em minha garganta a tempo.

– Chorar de vez em quando faz bem, sabia? – ele se afastou e limpou minhas bochechas.

– Obrigada – falei corando.

– Ei! Não precisa ficar com vergonha... precisamos expressar nossos sentimentos as vezes... vem, vou te levar para o Chalé de Atena. – ele pegou minhas coisas e passou o braço sobre os meus ombros. Enganchei o meu braço em sua cintura. – Vamos.

Fomos caminhando bem devagar, sem trocar nem uma palavra. Um sentindo o calor do outro. O que será que se passava na cabeça dele, pensei. Tinha sido bom chorar. Ele parou de repente. Já estávamos na frente do chalé e nem havia notado.

– Bom, eu te deixo aqui... e prometo, não vou contar sobre o choro... – ele me deu um beijo na bochecha... – Até amanhã, Sabidinha...

– Até, menino da água, e, realmente, obrigada....

Ele saiu em direção ao chalé de Poseidon. Será que Silena notaria alguma coisa? Ou Jason? Fiquem olhando o menino que havia me salvado tantas vezes se afastar...

Entrei e fui direto para meu beliche... fiquei pensando em tudo que havia acontecido... e duas cenas me vieram a cabeça. A que acabara de acontecer. E a com Larry, alguns dias antes... e quando percebi, já estava dormindo.